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Ventilação, fluxo sanguíneo e troca gasosa nos animais domésticos

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▪ Recobertos por uma membrana protetora 
chamada pleura e compostos de brônquios que 
se dividem em bronquíolos e alvéolos 
pulmonares. 
▪ Os bronquíolos são responsáveis pelo transporte 
de ar da traqueia para o alvéolos. Já os alvéolos 
formam o tecido pulmonar e são pequenas 
bolsas compostas por uma membrana muito fina 
cercada de vasos sanguíneos.
▪ Sua principal função é oxigenar o sangue e 
eliminar o dióxido de carbono do corpo.
INTRODUÇÃO
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/bronquios/
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/traqueia/
VENTILAÇÃO NOS 
ANIMAIS DOMÉSTICOS
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA
1. Manter o metabolismo tecidual (O2 por 
CO2)
2. Termorregulação
3. Metabolismo
4. Proteção:
▪ Poeira
▪ Gases Tóxicos
▪ Agentes infecciosos
5. Pressão abdominal: Micção, defecação e 
parto.
PROCESSOS ENVOLVIDOS NA TROCA GASOSA
VENTILAÇÃO
VE: Ventilação minuto
VC: Volume corrente
F: frequência
VE = VC x f
VIAS AÉREAS DE CONDUÇÃO: ESPAÇO MORTO 
ANATÔMICO
✓ Não acontece troca gasosa.
✓ Os capilares aquecem o ar.
✓ A água da mucosa umidifica o ar.
ALVÉOLOS
VENTILAÇÃO ESPAÇO MORTO: 
TERMORREGULAÇÃO
Em animais em repouso ocorre o aumento 
da ventilação do espaço alveolar e 
diminuição da ventilação do espaço morto 
anatômico.
↑ VC ↓ f = aumento de 
calor
↓VC ↑ f = perda de 
calor 
OS MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO
Músculos que atuam na 
inspiração:
• Diafragma
• Intercostais externos
• Abdutores
Músculos que atuam na 
expiração:
• Abdominais
• Intercostais Internos
OS MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO
▪ Capacidade residual funcional (CRF).
▪ Pressão da cavidade pleural (Ppl) diminui durante a inspiração.
▪ Pressão alveolar (Palv) diminui durante a inspiração.
▪ Complacência pulmonar (C): Medida das propriedades elásticas dos pulmões.
▪ Resistência das vias aéreas (RV) : Mede o atrito da complacência.
▪ Magnitude da mudança da pressão pleural (ΔPpl).
ΔPpl = (VC/C ) + RV
RESPIRAÇÃO X CORRIDA
FATORES MECÂNICOS 
DA RESPIRAÇÃO
FORÇAS DE RETRAÇÃO ELÁSTICA DO 
PULMÃO (FREP) 
As forças de retração elástica do pulmão (FREP) têm como resultante uma força que 
tende a diminuir o volume (contração), promove a expiração.
A ELASTICIDADE PULMONAR 
▪ O colapso dos pulmões que 
ocorre quando o tórax é 
aberto e durante a expiração 
é resultado da elasticidade 
inerente dos pulmões.
▪ A capacidade elástica de todo 
o sistema se dá pelas fibras de 
elastina.
FORÇAS DE TENSÃO SUPERFICIAL E SURFACTANTE 
PULMONAR
▪ As forças de tensão superficial que contribuem 
para o recuo elástico do pulmão se originam da 
interface ar-líquido dentro dos espaços aéreos 
terminais.
▪ A tensão superficial é controlada pela produção 
do “surfactante” pelos pneumócitos tipo II. Tal 
substância reduz a tensão superficial através de 
sua ação “detergente” sobre a molécula de 
água, levando indiretamente a menor tendência 
ao colabamento.
FORÇAS ELÁSTICAS DO ARCABOUÇO DA CAIXA 
TORÁCICA (FECT)
Forças elásticas do arcabouço da caixa torácica (FECT) agem no sentido de aumentar o 
volume de tal caixa (sentido contrário que FREP), promovendo inspiração.
PULMÃO ESTÁ MECANICAMENTE 
CONECTADO À CAIXA TORÁCICA 
PELO LÍQUIDO PLEURAL Os pulmões são recobertos 
pela pleura visceral, e o tórax 
é revestido pela pleura 
parietal. Estas duas 
superfícies pleurais são 
mantidas proximamente 
apostas por meio de uma fina 
camada de fluido pleural.
O AR SOFRE 
RESISTÊNCIA 
PARA CHEGAR 
AOS 
PULMÕES?
O FLUXO DE AR 
SOFRE OPOSIÇÃO DO 
ATRITO DAS VIAS 
AÉREAS
Durante a respiração, o ar flui 
através de tubos das vias aéreas 
superiores (p. ex., narinas, faringe 
e laringe) e da árvore 
traqueobrônquica, a qual oferece 
resistência friccional ao 
movimento de ar.
A CONTRAÇÃO DA 
MUSCULATURA LISA AFETA OS 
DIÂMETROS DA TRAQUEIA, 
BRÔNQUIOS E BRONQUÍOLOS
▪ A musculatura lisa regula 
ativamente o diâmetro das vias 
aéreas em resposta a estímulos 
neurais e de outros tipos.
▪ O sistema nervoso parassimpático 
inerva a musculatura lisa das vias 
aéreas por meio do nervo vago, com 
os gânglios parassimpáticos 
localizados nas paredes das vias 
aéreas
A DISTRIBUIÇÃO DE AR
▪ Uma troca gasosa ótima requer que ar e sangue cheguem juntos ao alvéolo, 
isto é, a correspondência de ventilação e fluxo sanguíneo.
▪ A distribuição é sempre desigual em certo grau.
CASO CLÍNICO: FIBROSE 
PULMONAR EM CÃO
▪ HISTÓRICO: Setter inglês com 3 anos de idade 
apresenta angustia respiratória, relutância no 
exercício, não se alimenta por “perda de ar”.
▪ EXAME FÍSICO: Magro, respira pela boca, 
frequência respiratória elevada, porém pouco ar 
obtido devido depressão dos espaços intercostais. 
Sem esforço abdominal nem dificuldade na 
expiração. Mucosas azuladas, nenhum som 
pulmonar auscutável e outros sistemas normais. 
Radiografia apresenta opacificação das regiões 
pulmonares onde estariam preenchidas por ar, 
brônquios normais, elevada pressão pleural 
durante a respiração, resistência normal das via 
aéreas, complacência pulmonar diminuída e 
volume corrente diminuído.
▪DISCUSSÃO: A alteração na Ppl confirma o 
esforço pra respirar, podendo indicar (1) 
metabolismo elevado (2) obstrução das vias aéreas 
(3) diminuição da complacência pulmonar. Esse 
terceiro é confirmado devido à opacificação 
pulmonar. A retração dos espaços intercostais 
indica uma resistência a expansão. O cão 
apresenta doença difusa na área de troca dos 
pulmões, que ao reduzir a complacência, aumenta 
o esforço respiratório. A cor azulada indica 
dessaturação de hemoglobina devido ao 
comprometimento da troca de oxigênio.
▪A biópsia revela fibrose difusa ao redor dos 
alvéolos, sendo o prognostico ruim.
FLUXO SANGUÍNEO 
PULMONAR NOS ANIMAIS 
DOMÉSTICOS
CIRCULAÇÃO 
PULMONAR 
CIRCULAÇÃO 
SISTÊMICA
CIRCULAÇÃO PULMONAR
VASOS SANGUÍNEOS 
PULMONARES
▪ Os vasos alveolares são 
capilares de paredes finas que 
perfundem o septo alveolar. 
São quase que diretamente 
expostos às mudanças de 
pressão ocorridas nos alvéolos 
durante a respiração. 
▪ Os vasos extra-alveolares
incluem as artérias pulmonares 
e as veias, que ocorrem 
juntamente com brônquios em 
um tecido conjuntivo solto 
chamado feixe broncovascular. 
Este feixe é circundado por uma 
membrana limitante à qual o 
septo alveolar está aderido.
VASOS SANGUÍNEOS 
PULMONARES
ARTÉRIAS 
PULMONARES
▪ Regulação do fluxo sanguíneo.
▪ Artérias pulmonares principais: acompanham os brônquios, 
são elásticas.
▪ Artérias pulmonares pequenas: adjacentes aos bronquíolos 
e ductos alveolares, são musculares. Conduzem aos capilares 
pulmonares, os quais formam uma extensa rede ramificada 
de vasos dentro do septo alveolar, quase cobrindo a 
superfície.
▪ A quantidade de músculo liso na parede das artérias 
pulmonares menores determina a reatividade da vasculatura
á hipóxia alveolar e outros estímulos neurais e humorais.
VEIAS 
PULMONARES
▪ Parede fina.
▪ Conduzem o sangue dos capilares para o 
átrio esquerdo.
▪ Constituem um reservatório de sangue para 
o VE, importante no caso de mudanças 
repentinas no debito cardíaco.
PRESSÕES VASCULARES PULMONARES
▪ Embora a circulação pulmonar receba o débito total do ventrículo direito, as pressões arteriais 
pulmonares são muito menores que as pressões sistêmicas.
▪ A pressão de oclusão pulmonar é apenas ligeiramente maior do que a pressão atrial esquerda. 
▪ A pequena diferença de pressão entre a artéria pulmonar media e o átrio esquerdo indica que a 
circulação pulmonar oferece baixa resistência vascular ao fluxo sanguíneo.
▪ A resistência vascular pulmonar (RVP) é calculada da seguinte maneira, onde Ppa é a pressão 
arterial pulmonar média; Pla a pressão atrial esquerda; e Q, o débito cardíaco.
▪ RVP diminui ainda mais quando há um aumento no fluxo sanguíneo pulmonar e na pressão 
vascular pulmonar.
RVP = (Ppa – Pla) / Q
▪ Gradiente vertical de perfusão.
▪ Fluxo de sangue por unidade de volume pulmonar 
aumentadoda parte de cima para a parte de baixo 
do pulmão.
▪ Quadrupedes: pressão de perfusão pulmonar média 
em repouso é suficiente para perfundir toda a altura 
do pulmão (pouca ação da gravidade).
▪ O fluxo sanguíneo é distribuído preferencialmente 
para a região dorsocaudal do pulmão nos 
quadrúpedes eretos.
DISTRIBUIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR
Figura 37.4 Alteração na resistência
vascular em consequência de aumento
do volume pulmonar. Os detalhes dos
diagramas representam os vasos
alveolares (C) e extra-alveolares (E).
PRESSÃO VASCULAR TRANSMURAL
▪ O diâmetro dos vasos sanguíneos é uma função da diferença de pressão entre 
o interior e o exterior do vaso, que é denominada pressão transmural.
▪ A pressão dentro dos vasos aumenta quando o volume de sangue interno 
aumenta, como ocorre durante o exercício. Isto leva a um aumento na pressão 
transmural, que faz os vasos dilatarem.
▪ A pressão transmural também pode aumentar se a pressão ao redor dos vasos 
diminuir. Isto ocorre em grandes artérias e veias pulmonares conforme o 
pulmão infla.
CONTRAÇÃO DAS ARTÉRIAS PULMONARES 
MUSCULARES
▪ As artérias pulmonares recebem tanto as inervações simpáticas 
quanto parassimpáticas, mas a densidade de inervação 
autonômica varia entre as espécies. Embora a circulação 
pulmonar tenha tanto receptores alfa quanto beta-
adrenérgicos, o efeito final da ativação simpática é a 
vasoconstrição. 
▪ A acetilcolina liberada dos nervos parassimpáticos que ativam 
os receptores muscarínicos pode causar vasodilatação através 
da liberação de óxido nítrico (ON) pelo endotélio e 
vasoconstrição por efeitos diretos sobre a musculatura lisa. De 
forma geral, o efeito da ativação parassimpática é a 
vasodilatação.
HIPÓXIA ALVEOLAR
▪ Nos alvéolos pouco ventilados, o ar tem uma baixa pressão parcial de oxigênio e, para o 
animal, há pouco benefício em manter o envio de sangue para estes alvéolos. Para corrigir 
este problema, a hipóxia alveolar resulta em vasoconstrição das artérias pulmonares. 
▪ Essa vasoconstrição hipóxica reduz o fluxo sanguíneo nos alvéolos pouco ventilados e 
redistribui o fluxo sanguíneo pulmonar ao longo das regiões pulmonares mais bem ventiladas. 
Apesar de a resposta vasoconstritora à hipóxia estar presente em todas as espécies, a 
magnitude desta resposta varia enormemente.
Figura 37.6 Relação entre a
quantidade de músculo na túnica
média das pequenas artérias
pulmonares e a alteração da pressão
arterial pulmonar quando animais são
expostos a um ambiente hipóxico. Os
animais com camadas musculares
mais espessas, como os bovinos e os
suínos, apresentam maior resposta
vascular à hipoxia do que os animais
com quantidade bem menor de
músculo nas pequenas artérias
pulmonares, como o cão e ovinos. O
equino apresenta uma resposta
baixa/intermediária.
ACOMODAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO
▪ Para acomodar o aumento no fluxo sanguíneo, os vasos sanguíneos 
pulmonares se dilatam; ou seja, a RVP diminui. Esta dilatação é, em 
parte, passiva, como resultado do aumento na pressão intravascular, 
que advém do fluxo sanguíneo aumentado. 
▪ A liberação de ON pelo endotélio, induzida pelo fluxo, causa o 
relaxamento do músculo liso e a dilatação do vaso.
▪ Na maioria das espécies, a pressão arterial pulmonar durante o 
exercício árduo é de cerca de 35 mmHg, mas no cavalo ela aumenta 
para mais de 90 mmHg. O aumento é atribuível, em grande parte, a 
uma pressão atrial esquerda muito elevada (50 mmHg ou mais), 
que é provavelmente necessária para o rápido enchimento 
ventricular esquerdo quando a taxa do coração exceder os 200 
batimentos/min.
▪ Quando a pressão do átrio esquerdo é elevada, as pressões arteriais 
e capilares pulmonares devem, necessariamente, ser ainda 
maiores, a fim de manter o fluxo através do pulmão. Estas altas 
pressões intravasculares associadas ao exercício causam o 
extravasamento de eritrócitos dos capilares pulmonares quando os 
cavalos exercitam-se de maneira árdua, fenômeno conhecido como 
hemorragia pulmonar induzida pelo exercício.
ACOMODAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO
CIRCULAÇÃO BRÔNQUICA
CIRCULAÇÃO BRÔNQUICA
▪ A circulação brônquica fornece nutrientes aos tecidos da árvore traqueobrônquica e aquece e 
umidifica o ar inspirado, mas não participa nas trocas gasosas.
▪ Além do fluxo de sangue venoso liberado pela artéria pulmonar nos alvéolos para oxigenação, os 
pulmões também recebem um suprimento de nutrientes por meio das artérias bronquiais. 
▪ Existe uma comunicação livre entre os capilares dos sistemas pulmonar e bronquial. 
▪ Apesar de a circulação brônquica fornecer fluxo sanguíneo nutriente para muitas estruturas 
pulmonares, o pulmão não morre se a circulação brônquica for obstruída. As inúmeras anastomoses 
entre os vasos brônquicos e pulmonares fornecem fluxo sanguíneo pulmonar para os vasos 
brônquicos. Da mesma forma, quando partes da circulação pulmonar são obstruídas, a circulação 
brônquica prolifera e mantém o fluxo sanguíneo para as partes afetadas do pulmão. A circulação 
brônquica também prolifera quando as vias aéreas estão inflamadas.
CASO CLÍNICO: GARANHÃO COM EPISTAXE 
BILATERAL PÓS-CORRIDA
▪ HISTÓRICO: Um garanhão Thoroughbred, com 
2 anos de idade esteve em treinamento na 
pista. Ele tem tido um bom desempenho no 
início das corridas, mas tem se cansado 
muito no final. Na última vez em que o cavalo 
correu, o treinador notou sangue saindo de 
suas narinas ao final da corrida. O cavalo não 
teve nenhum outro problema até agora. 
CASO CLÍNICO: GARANHÃO COM EPISTAXE 
BILATERAL PÓS-CORRIDA
▪ EXAME CLÍNICO: Os parâmetros do exame físico 
estão normais. No reexame respiratório para 
detectar alterações sutis nos pulmões, não foram 
observadas alterações. O exame endoscópico 
realizado em repouso é normal, exceto por uma 
quantidade mínima de sangue escuro presente 
na traqueia distal. No exame endoscópico 
realizado enquanto o cavalo está se exercitando 
em uma esteira é visualizado sangue no hilo da 
traqueia. A citologia da amostra revela 
predominantemente eritrócitos com uma pequena 
percentagem de neutrófilos. Cultura para bactéria 
é negativa.
CASO CLÍNICO: GARANHÃO COM EPISTAXE 
BILATERAL PÓS-CORRIDA
▪ COMENTÁRIO: Este cavalo tem, provavelmente, 
hemorragia pulmonar induzida pelo exercício (EIPH). 
Embora 65% ou mais dos cavalos de corrida tenham 
vazamento de sangue em suas passagens de ar durante 
exercício intenso, o sangramento das narinas ocorre em 
menos do que 0,5%. As altas pressões capilares 
pulmonares criam uma grande diferença de pressão 
entre os alvéolos e o leito capilar pulmonar, levando a 
uma ruptura das junções compactas epiteliais e 
endoteliais, o que resulta em sangramento nos alvéolos 
e vias aéreas. Recentemente, o estreitamento
das pequenas veias pulmonares devido ao engrossamento 
da parede também foi identificado em cavalos com EIPH. 
Por obstruir o fluxo venoso, isso contribui ainda mais para a 
alta pressão capilar. 
CASO CLÍNICO: GARANHÃO COM EPISTAXE 
BILATERAL PÓS-CORRIDA
▪ TRATAMENTO: O repouso não é uma forma de 
cura porque a EIPH é uma consequência da 
fisiologia normal do exercício. A furosemida
(um diurético) diminui a gravidade do 
sangramento. Ao aumentar a micção, a 
furosemida diminui o volume do sangue, o que 
diminui a pressão capilar pulmonar. 
TROCA GASOSA NOS 
ANIMAIS DOMÉSTICOS
TROCA GASOSA
▪ A composição de uma mistura gasosa pode ser descrita por fracionamento ou
pressão parcial
▪ Entender a troca gasosa requer a compreensão da composição dos gases e das
forças que levam ao seu movimento nos pulmões, no sangue e nos tecidos.
▪ Não é apenas a fração de oxigênio que é importante para a troca gasosa, temos
que levar em conta a pressão parcial desse gás (também chamada de tensão) e é
essa tensão que é importante na troca gasosa
▪ Para determinar a pressão parcial do oxigênio temos a seguinte fórmula:
Po2= PA X Fo2
▪ A concentração de oxigênio e de outros gases é reduzida pela presença demoléculas de água
sob a forma de vapor, portanto o cálculo de pressão parcial muda sob presença da água:
▪ Já no caso do gás alveolar, a composição é determinada pela ventilação alveolar e pela troca de
oxigênio e dióxido de carbono:
▪ A tensão média de oxigênio nos alvéolos do pulmão pode ser calculada a partir da equação do
gás alveolar:
Po2 = (PA - Ph2o) x 
Fio2 
PAco2 = K x Vco2 / 
Va 
PAo2 = [( PA - Ph20) x 
Fio2] - PAco2 / R
A hipoventilação
alveolar, uma 
diminuição na ventilação 
alveolar em relação à 
produção de dióxido de 
carbono, eleva a PAco2 e 
diminui a PAo2. 
▪ O oposto da hipoventilação alveolar, a hiperventilação alveolar, causa uma
diminuição da PAco2, uma vez que a ventilação é aumentada em relação à
produção de dióxido de carbono.
▪ A hiperventilação ocorre quando a necessidade de ventilação é aumentada por
estímulos como a hipóxia, acidose ou aumento na temperatura corpórea.
▪ Uma forma modificada da equação do gás alveolar pode ser usada para determinar
a PAo2 com finalidades clínicas.
PAo2= [ ( PA – Ph2o) x Fio2 ] – Paco2/ R
TROCA GASOSA
▪ A troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o alvéolo e o sangue capilar
pulmonar ocorre por difusão.
▪ A difusão é o movimento passivo de gases por um gradiente (pressão parcial) de
concentração.
▪ Podemos representar utilizando a fórmula:
*D é determinado por vários fatores.
Vo2 = D x A x (PAo2 – Pcapo2) / X 
TROCA GASOSA
▪ Nos pulmões, a barreira que separa ar e 
sangue (x) tem menos de 1 μm de 
espessura. 
▪ Embora fina, esta barreira possui uma 
camada de líquido e surfactante 
revestindo a superfície alveolar; uma 
camada epitelial, geralmente formada 
por células epiteliais tipo I; membrana 
basal; interstício de espessura variável e 
uma camada de endotélio.
▪ Além de movimentar os gases por esta 
barreira hematoaérea, a difusão 
também os movimenta em direção ao 
plasma, permitindo o acesso de 
oxigênio aos eritrócitos e à 
hemoglobina.
▪ Durante o exercício intenso, os músculos 
extraem grande quantidade de oxigênio 
do sangue; assim, o sangue venoso misto 
que retorna ao pulmão contém pouco 
oxigênio. 
▪ Além disso, no exercício, o débito 
cardíaco é alto e a velocidade do fluxo de 
sangue através dos capilares é rápida. 
Assim, mais oxigênio deve ser 
transferido em um tempo menor do que 
o requerido em um animal em repouso.
▪ Nestas condições extremas, pode não 
ocorrer o equilíbrio de difusão, e a tensão 
de oxigênio do sangue que deixa os 
pulmões e entra nas artérias sistêmicas 
(Pao2) pode diminuir durante o exercício 
intenso.
▪ Como resultado das diferenças de pressão 
parcial entre os tecidos e os capilares, o 
oxigênio se difunde nos tecidos e o dióxido de 
carbono se difunde no sangue até que as 
pressões parciais teciduais e sanguíneas se 
igualem. Os tecidos com alta demanda de 
oxigênio possuem mais capilares por grama de 
tecido. 
▪ Durante exercício, o fluxo sanguíneo muscular 
aumenta em parte como resultado do 
recrutamento de capilares que não são 
perfundidos no animal em repouso. 
TROCA GASOSA
▪ O aumento na utilização de oxigênio e na produção de dióxido de carbono pelo músculo 
durante o exercício diminui a Po2 e aumenta a Pco2 do músculo, o que aumenta o gradiente 
de pressão dirigida para a difusão. 
▪ Nos alvéolos, a troca gasosa é conseguida 
pela grande proximidade entre o ar e o 
sangue. Idealmente, cada um dos milhões 
de alvéolos deve receber ar e sangue em 
quantidades ótimas para a troca gasosa; 
ou seja, a ventilação e a perfusão devem 
ser pareadas (na realidade, isto nunca 
ocorre). 
TROCA GASOSA
▪ O volume de ventilação alveolar em 
relação ao fluxo de sangue capilar 
pulmonar, a relação Va/Q determina a 
adequação da troca gasosa pulmonar.
Representação diagramática de três alvéolos e seus capilares exibindo o efeito de diferentes 
relações de ventilação/perfusão nas tensões de oxigênio e dióxido de carbono 
(Po2e Pco2, respectivamente).
▪ Qualquer alvéolo com baixa relação é 
relativamente perfundido em excesso e 
subventilado. 
▪ A Po2 do sangue que deixa essas 
unidades de baixa é substancialmente 
diminuída, mas a Pco2 é apenas 
discretamente elevada. 
▪ Unidades com baixa ocorrem 
frequentemente nas doenças 
pulmonares porque a ventilação é 
reduzida pela obstrução aérea ou pela 
inflexibilidade do pulmão causada por 
processos inflamatórios. 
▪ Os alvéolos localizados à direita da 
unidade normal, apresentam uma alta 
relação; a ventilação é alta quando 
comparada com o fluxo sanguíneo.
▪ Em um cão normal, a maior parte do 
fluxo de sangue e
da ventilação é receptada por unidades de 
troca gasosa com relação próximo a 1.
Unidades com relações VA/Q muito altas 
ou muito baixas não recebem fluxo de 
sangue ou ventilação.
▪ Em um cão com pneumonia, uma 
porção considerável do fluxo 
sanguíneo é receptada por unidades 
com baixas relações VA/Q ,ou seja, 
unidades hipoventiladas. 
▪ A quantidade de sangue passando 
através dos desvios da direita para a 
esquerda também é aumentada pela 
pneumonia.
▪ A composição do sangue arterial sistêmico é determinada pela composição do sangue 
capilar que é drenado de cada alvéolo. 
▪ A doença pulmonar acentua a disparidade. Esta disparidade tem maior efeito na troca de 
oxigênio, hipoxemia ocorre.
▪ O dióxido de carbono é bastante solúvel e, uma vez que sua curva de dissociação é quase 
linear, o alvéolo hiperventilado pode compensar os hipoventilados. Por esta razão, a 
hipercarbia, também chamada hipercapnia (Paco2 aumentada), raramente ocorre no 
pulmão doente. 
▪ Diferença de tensão alveoloarterial de oxigênio (DTAao2) varia entre 5 e 10 mmHg em 
pulmões sadios. 
TROCA GASOSA
▪ Os desvios (shunts) vasculares da direita para a esquerda permitem que o sangue atravesse o 
pulmão ventilado.
▪ Em desvios vasculares (shunts) da direita para a esquerda, o sangue do ventrículo direito passa 
diretamente para o pulmão ventilado e retorna para átrio esquerdo. 
▪ Estes desvios possuem uma relação VA/Q igual a zero e formam-se quando os alvéolos entram em 
colapso (atelectasia), são hipoventilados em decorrência de uma obstrução aérea completa ou são 
preenchidos por exsudatos, como ocorre na pneumonia aguda. 
▪ Os desvios da direita para a esquerda também podem ser resultado de defeitos cardíacos 
congênitos complexos,como a tetralogia de Fallot. 
▪ Parte de cada movimento respiratório ventila o espaço morto e não 
participa da troca gasosa. 
▪ A ventilação do espaço morto consiste em gás que não participa das trocas 
gasosas. Isto inclui tanto o espaço morto anatômico quanto o espaço 
morto alveolar. Este último é constituído por alvéolos que recebem 
ventilação, mas não fluxo sanguíneo.
▪ O espaço alveolar morto pode se formar quando a pressão arterial 
pulmonar é baixa ou em patologias que obstruam vasos.
TROCA GASOSA
▪ As tensões arteriais de oxigênio (Pao2) e de dióxido de carbono (Paco2) são medidas para avaliar 
a troca gasosa.
▪ As tensões gasosas do sangue arterial são o resultado final de processos individuais envolvidos 
na troca gasosa e, portanto, são afetadas pela composição do ar inspirado, pela ventilação 
alveolar, pela difusão alveolocapilar e pela paridade e ventilação/perfusão. 
▪ As alterações na Pao2 induzidas pela altitude devem sempre ser consideradas quando as tensões 
gasosas no sangue são avaliadas.
▪ A difusão anormal e a disparidade na relação prejudicam a transferência do oxigênio do alvéolo 
para o sangue arterial, aumentando a DTAao2 e reduzindo a Pao2. A Paco2 raramente aumenta 
por ter alta solubilidade.
▪ Em animais com pulmões sadios, a administração de oxigênio(aumentando a Fio2) aumenta a 
Pao2. Se o despareamento VA/Q se agravar, esta administração apenas aumentará 
modestamente a Pao2, em especial na presença de desvios da direita para a esquerda.
• HISTÓRICO: Você examina um bulldog 
com 5 anos de idade. Normalmente, o cão 
adora passeios curtos e lentos. Nos 
últimos 6 meses,a respiração do animal 
ficou cada vez mais ruidosa. Quando 
acordado, o cão apresenta, a cada 
inspiração, um ruído seco; quando dorme, 
ronca alto e acorda frequentemente, 
levantando-se e virando-se antes de se 
deitar novamente. Em uma ocasião, o 
dono tentou levá-lo para correr, mas o cão 
desmaiou, fazendo um ruído alto na 
garganta enquanto tentava respirar.
CASO CLÍNICO: 
HIPOVENTILAÇÃO EM UM CÃO 
DA RAÇA BULLDOG
EXAME CLÍNICO: O cão apresenta bom estado 
geral; mas, andando pela sala, você percebe os 
ruídos que ele emite enquanto respira. Você 
também observa que as membranas mucosas 
dos lábios apresentam um tom azulado. O cão 
está em estação enquanto você anda pela sala; 
mas, quando você está conversando com o 
dono, ele se deita e aparentemente começa a 
dormir. Com isso, os ruídos respiratórios ficam 
ainda mais altos. No exame físico, não são 
observadas anormalidades no coração ou no 
trato digestório mas há várias alterações no 
trato respiratório. As narinas externas do 
animal são extremamente pequenas e é difícil 
introduzir um espéculo para examinar a 
cavidade nasal.
Quando a boca do cão é aberta, uma 
quantidade excessiva de tecido mole é 
observada na faringe e é impossível movê-
la para o lado para examinar a laringe. A 
auscultação pulmonar não é de grande 
ajuda, pois todos os sons gerados pelo 
tecido solto, que vibra nas vias aéreas 
superiores, são transmitidos para o 
pulmão. As radiografias, porém, não 
revelam alterações pulmonares e a 
traqueia é bem estreita. Uma amostra de 
sangue arterial é obtida para medição de 
tensão de oxigênio e dióxido de carbono. A 
Pao2 é de 50 mmHg (normal, 95-100), e a 
Paco2 é de 75 mmHg (normal, 40). 
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
▪ REECE,William. 
Fisiologia dos animais 
domésticos.
▪ KLEIN, Bradley. Tratado 
de fisiologia 
veterinária.

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