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Otorrinolaringologia – Isadora Nunes – Med 101 1 Nariz e seios paranasais Fossas nasais: nariz e coanas Narinas são os orifícios anteriores das fossas nasais As aberturas posteriores são as coanas O vestíbulo nasal é a entrada do nariz As vibrissas são os “pelos” que servem de proteção Paredes: Inferior: Abobora palatina Superior: Frontal Etmoide Esfenoide Interna ou septo nasal: Cartilagem quadrangular Lâmina perpendicular etmoide Vômer Parede externa ou turbinada: Cornetos (conchas nasais) – inferiores, médios e superior - O corneto é formado pala cabeça, corpo e cauda Meatos – inferiores, médios e superior Otorrinolaringologia – Isadora Nunes – Med 101 2 Nessa imagem vemos a plica nasi. A plica nasi junto com o septo nasal forma a válvula nasal. A plica nasi é formada pela cartilagem lateral superior e cartilagem lateral inferior A válvula nasal regula a entrada de ar no nariz Mucosa nasal (pituitária ou membrana de Schneider): A mucosa nasal é formada por 4 camadas: Camada epitelial – cilíndrica ciliada vibrátil que com o trauma sofre metaplasia para estratificado ciliar, cuboide, estratificado epidermoide Membrana básica – de natureza colagênica Cório ou túnica própria – camada subepitelial, glândulas caliceformes (produtoras de muco), infiltrações linfocitárias Camada periosteal: membrana de tecido conjuntivo denso, vascularizada, fibrosa e resistente que envolve por completo os ossos Pirâmide nasal: 1. Osso próprio do nariz 2. Cartilagem lateral superior 3. Cartilagem alar 3’. Ramo interno – columela (subsepto) 4. Cartilagens acessórias 5. Lamina fibrosa (interliga as cartilagens) 6. Narina 1. Osso próprio do nariz 2. Cartilagem lateral superior 3. Borda antero superior da cartilagem septal 4. Ramo externo da cartilagem alar 5. Cartilagens acessórias 6. Depressão entre as cartilagens 7. Narina Otorrinolaringologia – Isadora Nunes – Med 101 3 Fisiologia nasal: Filtração ou purificação: Vibrissas (pelos no vestíbulo nasal) Função ciliar Muco nasal – agregante e bactericida Reflexo esternutatório espirros Umidificação: Secreção mucosa Transudação serosa Secreção lacrimal Aquecimento: Quando o indivíduo tem respiração bucal, o ar deixa de ser aquecido (ar + frio), umidificado (ar + seco) e purificado. Por isso, pessoas com respiração bucal tem maiores chances de ter infecções de vias aeres superiores Os cílios batem na mesma direção, mas não ao mesmo tempo, e sim, em ondas sincrônicas Exigem um meio fluido para o seu trabalho e mesmo para a sua sobrevivência A camada superficial do muco é viscosa, pegajosa, e a ela aderem as “impurezas” do ar inspirado, inclusive bactérias (os vírus escapam melhor desta contingencia). E a camada subjacente que é serosa, fluida A camada superficial é transportada na extremidade dos cílios na direção da rinofaringe e a segunda camada, fluida, coloidal, envolve os cílios transporte sempre do nariz para rinofaringe A natureza glicoproteica do muco confere a ele uma pronunciada aptidão de se hidratar. A desidratação do muco torna-o muito viscoso, dificultando ou mesmo impedindo a atividade ciliar. Por isso é importante lavar o nariz com soro fisiológico pelo menos 2x ao dia 1. Curva respiratória principal 2. Curva respiratória acessória turbulência das correntes aéreas 3. Curva olfativa Ciclo nasal função termorreguladora orgânica Olfação Nervo olfativo – único nervo que aflora na superfície Otorrinolaringologia – Isadora Nunes – Med 101 4 Olfato: Defesa Prazer Integração com o paladar O bulbo olfatório está localizado em um local de fácil trauma Ele capta a mensagem para o sistema limbo traduzir Distorções do olfato: Hiposmia – diminuição do olfato Hiperosmia – aumento do olfato Parosmia – mudança qualitativa ou anormal Cacosmia – sensação subjetiva de odor desagradável Anosmia – completa perda do sendo de cheiro Presbiosmia – degeneração fisiológica do olfato Fisiopatologia: Insuficiência respiratória nasal: Causas anatômicas: Desvios do septo nasal melhora a abertura de um lado e piora do outro Hipertrofia adenoideana pode causar obstrução na passagem aérea Hipertrofia dos cornetos Colapso das cartilagens alares Outras causas: Rinite Granulomatoses Poliposes Alergias A insuficiência respiratória nasal pode causar uma respiração bucal que vai ter como consequências: Boca – dentes – palato palato ogival, projeção dos dentes superiores, mordida cruzada Seios paranasais maior propensão a rinosinusites Otorrinolaringologia – Isadora Nunes – Med 101 5 Faringe Laringe Ouvidos Tórax Coluna Face fascie de respirador bucal Sintomas: Ronco Apneia noturna Sonolência diurna Astenia Baixa do rendimento físico e intelectual Seios paranasais: Os seios paranasais são cavidades aeradas e revestidas por mucosa do tipo respiratório ciliado localizadas nos ossos ao redor das fossas nasais, comunicando-se com estas através de canais e óstios 4 seios paranasais revestidos com epitélio cilíndrico ciliado e células caliciformes: Frontal Maxilar Etmoide Esfenoide O seio mais assimétrico é o seio frontal por ser o último a ser formado Podem ser classificados em: Anteriores (maxilar, frontal e etmoidal anterior que se comunicam com o meato médio) Posteriores (etmoidal posterior e esfenoidal que se abrem ao nível do meato superior) No meato inferior se abre o conduto naso-lacrimal Embriologia: Os seios paranasais são derivados do ectoderma e originam-se com evaginações da cavidade nasal Seios maxilares: surgem durante o 2º mês de gestação e a pneumatização máxima ocorre em torno dos 12 anos. É possível observar a raiz dos dentes molares no seio maxilar. É o único com atuação contra a lei da gravidade e o mais passível de infecção Otorrinolaringologia – Isadora Nunes – Med 101 6 Seios etmoidais: surgem durante o 2º mês de gestação, sendo extremamente pequenos durante o nascimento, como pequenas cavidades cujo conjunto formam um labirinto Seios frontais: surgem dos seios etmoidais, a partir de 2 anos. É o último a se desenvolver. A pneumatização do seio frontal ocorre com maior intensidade entre os sete e doze anos, o que aumenta a suscetibilidade da região frontal as fraturas, de tal modo que só começam a ser visibilizados em radiografias a partir dos 7 anos de idade. Cessam seu crescimento aos 20 anos, permanecendo inalterados durante toda a vida adulta Seios esfenoidais: não passam de 2 mm de diâmetro ao nascimento. A pneumatização é lenta até a puberdade O movimento ciliar dentro dos seios maxilar é feito em direção ao óstio (infundíbulo) do seio na parte superior da parede medial, drenando para a região do meato médio (sob o corneto médio) Os seios frontal, etmoide anterior e maxilar drenam para o meato médio Os seios etmoide posterior e esfenoide drenam para o meato superior Fisiologia: Os seios paranasais são câmaras suplementares de aquecimento e umidificação Redução do peso do crânio Proteção da cavidade orbitaria e encéfalo Otorrinolaringologia – Isadora Nunes – Med 101 7 Caixa de ressonância Semiologia: Anamnese Inspeção e palpação dos seios paranasais Rinoscopia anterior Rinoscopia osterior Endoscopia rinossinusal Anamnese: Queixa principal Tempo de inicio Fatores de piora e melhora Em crianças, sempre fazer perguntas sobre hipertrofia de adenoide Inspeção: Observar o nariz: assimetria, lesao externa, respiração nasal ou bucal Observar os seios paranasais: abaulamento e edema Palpação do nariz: Movimentar o nariz,observando se há crepitação, dor Palpação dos seios paranasais: Primeiro palpar os frontais, etmoidais e maxilares Rinoscopia anterior: Feito com um espéculo nasal Inserir o esculo nasal na fossa nasal e fazer movimentos delicados, abrindo a cavidade nasal para observar os cornetos, o assoalho da cavidade nasalo teto da cavidade nasal, o septo e o vestibulo Sempre retirar o especulo semi aberto Em crinaças, pode realizar a rinoscopia anterior com o dedo Otorrinolaringologia – Isadora Nunes – Med 101 8 Rinoscopia posterior: Realizado com o espelho de garcia Introduz o espelho de gascia previamente desembaçado até a parte de tras da uvula É possivel visualizar as formações adenoides, a cauda do corneto inferior, secreções e sangramentos Caiu em desuso, sendo substituida pela endoscopia nasal Endoscopia nasal: Rigidos ou flexiveis Excelente definição de imagem e profundidade de campo Acesso a areas mais dificeis de visualização Melhora sensível no diagnóstico e tratamento Permite a visualização da parte anterior e posteriro, podendo chegar na laringe Exames complementares: RX: cavum, ossos proprios nasais (suspeita de fraturas) e seios paranasais TC RNM Figura 1: rx com hipertrofia de adenoides Figura 2: rx de ossos proprios x rx de seios paranasais Otorrinolaringologia – Isadora Nunes – Med 101 9 Figura 3: TC x RNM (hipertorfia de cornetos e desvio acentuado de septo) Incidencias - RX: Waters ou mento naso maxilar Caldwell ou frontonaso frontal Hirtz ou axial submento-vertice esfenoide e etmoide posterior Perfil todos
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