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Síndrome edematosa

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SÍNDROME EDEMATOSA: 
Sinal: dado objetivo notado pelo paciente e notado pelo examinador, por método clínico ou de exames complementares. 
Sintoma: sensação subjetiva anormal percebida pelo paciente, não observada pelo examinador. 
Síndrome: conjunto de sinais ou sintomas que ocorrem associadamente e podem ser determinados por diferentes causas. 
EDEMA: 
Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células; 
Pode ocorrer em qualquer sítio; 
Edema cutâneo: infiltração de líquido no espaço intersticial dos tecidos que constituem a pele e a tela celular subcutânea. 
 
 
Fisiopatologia do edema: 
Aumento da pressão hidrostática, aumento da permeabilidade capilar, obstrução dos vasos linfáticos, diminuição da 
pressão oncótica. 
 
Anamnese: 
Duração 
Localização: 
Edema localizado: causas ortopédicas, dermatológicas e vasculares. 
Edema generalizado: causas renais, cardíacas e hepáticas. 
Membros inferiores: unilateral: ortopédicas, dermatológicas e vasculares. 
 bilateral: cardíaco, renal e hepático. 
Face: renal e alergias. 
Evolução: vespertino: causas cardíacas e venosas. 
 Matutino: renal. 
 Pós-trauma: ortopédico. 
 Pós-contato com substâncias: alérgico. 
Melhora com repouso? Com elevação dos membros inferiores? 
 
Exame físico: 
Ganho de peso, icterícia, sinais de hepatopatia, oligúria e turgência jugular. 
Localização e distribuição, intensidade (1+/4+), consistência (duro ou mole) e elasticidade (elástico ou inelástico) 
(compressão = Sinal de Godet), temperatura da pele (quente: causas inflamatórias e infecciosas, frio), sensibilidade (dor: 
ortopédico, dermatológica, inflamatória e vascular, insenbilidade: eritema, lesões dermatológicas e cianose). 
Seguimento clínico: 
Dígito pressão, perímetro da região acometida e peso diário. 
Possíveis condições clínicas associadas: uso de beta bloqueadores, corticoide, progestágenos, hipotireoidismo, desnutrição 
e idiopático. 
 
CASO CLÍNICO 1: 
D.L.P, 14 anos. 
HDA: paciente refere que há 5 meses começou a apresentar quadro de edema de membros inferiores e de face, associado 
a urina escura e espumosa e também cansaço aos médios esforços. Na ocasião, procurou assistência médica no serviço 
publico da cidade de Montes Claros – MG, por ser a referência de sua cidade. 
Ao consultar um clínico geral, foi diagnosticado com Síndrome Nefrótica, o paciente foi encaminhado para um nefrologista, 
que iniciou tratamento empírico com prednisona 40mg/dia, durante 3 meses. Na ocasião, o paciente apresentou acne 
generalizada, estrias por todo o corpo, hipertensão arterial sistêmica e irritabilidade. Não teve melhora do edema e da 
espuma da urina, apresentando piora da função renal, motivando sua referência ao Serviço de Nefrologia do HCFMUSP. 
Antecedentes: paciente relata que na infância apresentou episódios de infecção urinária que se resolveram sem cirurgia. 
Nega hipertensão arterial sistêmica, diabetes melitus, tuberculose, lesões de orofaringe, furunculose, outras nefropatias 
prévias, queixas respiratórias ou gastrointestinais, etilismo, tabagismo e alergia medicamentosa. Pais saudáveis e dois 
irmãos saudáveis. Está em uso de furosemida 240mg/dia e enalapril 20mg/dia. 
Exame Físico: 
 
Localização e distribuição: face, subpalpebral, pode ser generalizado. 
Intensidade: 4+/4+ 
Consistência: mole. 
Elasticidade: elástico. 
Temperatura da pele: edema frio (normal). 
Sensibilidade: indolor. 
Outras alterações: hipertensão, acne generalizada, estrias... Matutino = piora pela manhã. 
Provável diagnóstico: SÍNDROME NEFRÓTICA. 
 
 
CASO CLÍNICO 2: 
S.P.E., sexo masculino, 58 anos, natural e procedente do interior de São Paulo, com história prévia de hipertensão arterial 
sistêmica (HAS), dislipidemia e tabagismo em tratamento com inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), 
digitálico, betabloqueador, diuréticos e hipolipemiante, foi encaminhado para avaliação cardiológica pré-operatória de 
gastroplastia. 
Exame Físico: paciente em mau estado geral, dispneico aos mínimos esforços, com sudorese fria. 
PA: 90x60 mmHg, FC: 88 bpm, peso: 125 Kg; Altura: 1,75 m; IMC: 40,8 Kg/m2. 
Estase jugular presente. Ausência de déficits focais. 
Murmúrio vesicular presente, com estertores crepitantes em terço inferior, bilateralmente. 
Precórdio ativo com ictus visível e palpável no sexto espaço intercostal na linha axilar anterior. Ritmo cardíaco regular, em 
três tempos, terceira bulha presente. 
Hepatomegalia dolorosa a 4,5 cm do rebordo costal direito e ausência de derrames articulares. 
 
 
 
Localização e distribuição: edema generalizado (retenção de líquido no pulmão). 
Intensidade: 4+/4+ 
Consistência: mole. 
Elasticidade: inelástico. 
Temperatura da pele: normal ou reduzida. 
Sensibilidade: indolor. 
Outras alterações: pele lisa, brilhante (distendida) 
Provável diagnóstico: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. 
 
CASO CLÍNICO 3: 
F.L.P, sexo feminino, 22 anos, branca, lúpica, natural e procedente de Gandu. Foi admitida no Pronto Socorro com quadro 
de dispneia aos mínimos esforços, iniciada há 5 horas, dor torácica ventilatório-dependente à esquerda e dor em MMII há 
1 semana. No atendimento inicial, apresentava agitação psicomotora, taquipneica, baixa saturação de O2. Ao exame físico, 
apresentava FC de 145 bpm, com ritmo regular, FR de 36 ipm, PA de 110x75 mmHg, SAT O2 de 88%, T: 36°. A ausculta 
cardíaca mostrava ritmo regular, 2T, com hiperforese de B2 em foco pulmonar, sem sopros. 
No exame pulmonar, expansibilidade diminuída em bases, FTV diminuído, macicez em base esquerda. Abdome sem 
alterações. 
Parto há 1, cesariana com complicação e hospitalização por 1 semana. 
 
Localização e distribuição: localizado em membro inferior direito, assimétrico. 
Intensidade: 4+/4+ 
Consistência: mole. 
Elasticidade: elástico. 
Temperatura da pele: normal ou fria. 
Sensibilidade: doloroso. 
Outras alterações: cianose. 
Provável diagnóstico: TROMBOSE VENOSA PROFUDA. 
 
 FLEGMASIA CERÚLEA E ALBA DOLENS: 
 
Sinal da Bandeira, Sinal de Bancroft, Sinal de Homans são indicativos de TVP. 
Flegmasia é o termo usado para descrever o importante edema e dor nos membros inferiores em casos de tromboses 
venosas profundas que atingem as veias ilíacas e mesmo a veia cava inferior. 
 
 
 
Há 2 tipos: 
Flegmasia cerúlea dolens quando existe cianose, com grave comprometimento circulatório. 
Flegmasia alba dolens quando não há cianose, mas sim palidez devido à isquemia secundária ao comprometimento do 
fluxo arterial por interrupção do retorno venoso (menos frequente e mais grave). 
 
Sinal de Homans: caracterizada por dor ou desconforto na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé. 
 
 
Sinal da Bandeira: menor mobilidade da panturrilha quando comparada com o outro membro. 
 
 
Sinal de Bancroft: dor à palpação da panturrilha contra estrutura óssea. 
 
 
CASO CLÍNICO 4: 
F.M.L, sexo feminino, 51 anos de idade, procurou assistência médica devido a edema e dor no braço direito, pós-
tratamento cirúrgico de câncer de mama. O diagnóstico do câncer ocorreu após perceber nódulo na axila e no seio em 
2010, quando procurou o médico, que fez uma biópsia e diagnosticou carcinoma. A paciente realizou 8 sessões de 
quimioterapia pré-operatória. No dia 16 de janeiro de 2021, realizou mastectomia total e esvaziamento axilar a direita, 
retirando 25 linfonodos e fazendo 38 sessões de radioterapia. Em fevereiro de 2021, o braço começou a edemaciar e 
surgiram dores na região escapular, referida como sendo no braço. Após três meses, começou a perder o movimento do 
braço, havendo piora nas dores, o que a levou a usar medicação analgésica frequente. Referia ter perdido todo movimento 
do braço, passando a sentir parestesia no polegar, que se estendeu para todo o braço. 
 
Localização e distribuição: localizado em membro superior direito, assimétrico 
Intensidade: 4+/4+ 
Consistência:duro. 
Elasticidade: inelástico. 
Temperatura da pele: normal. 
 
Sensibilidade: indolor. 
Outras alterações: parestesia, dificuldade de movimentação do membro, pele grossa e áspera. 
 
Provável diagnóstico: LINFEDEMA. 
 
CASO CLÍNICO 5: 
D.L.O, sexo feminino, refere que há cerca de 4 meses vem apresentando dor nas articulações, de carater migratório, 
simétrico, com piora ao acordar, que permanece por até 30min, sem deformação articular. Nega trauma. Refere 
aparecimento de lesões circulares avermelhadas, de cerca de 0,5cm no tórax. Nos últimos quatro meses foi levada à 
emergência da cidade duas vezes após quadro convulsivo, porém não obteve diagnóstico. Além disso, refere ter notado 
queda de cabelo, que não está crescendo novamente, e está incomodando esteticamente. Nega febre, perda de peso, 
astenia. 
Antecedentes Médicos: Menarca aos 11 anos, com ciclos posteriores regulares. G2P0A2. Os abortos foram espontâneos. 
Nega hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, alergia medicamentosa e internações prévias. 
Antecedentes Familiares: Mãe diabética desde adolescência. 
Hábitos de Vida: Nega etilismo e tabagismo. Vai a academia 5 dias na semana. Dieta balanceada rica em frutas e legumes. 
Interrogatório Sistemático: Refere que nos últimos meses suas mãos começaram a ficar azuladas com redução da 
temperatura. 
 
Localização e distribuição: localizado, simétrico. 
Intensidade: 4+/4+ 
Consistência: mole. 
Elasticidade: elástico. 
Temperatura da pele: normal ou aumentada. 
Sensibilidade: doloroso. 
Outras alterações: FENÔMENO DE RAYNAUD. 
 
Características da ARTRITE AUTO IMUNE: 
Migratório, simétrico, poliartrite, poliartralgia, dói mais que aparenta o exame físico. Acomete mão, dedos (falanges), 
punhos e joelhos. Eritema: sugere artrite séptica ou gota. 
 
 
CASO CLÍNICO 6: 
A.G.S.C, 86 anos, sexo feminino, foi trazida a serviço de emergência por agente de saúde que a encontrou em casa 
sonolenta, com queixa de confusão mental. Paciente, referia sono excessivo. Sem mais dados relevantes ao caso. 
Exame físico inicial encontrava-se em regular estado geral, mucosas normocoradas, xerose cutânea, confusa, desorientada, 
anictérica, acianótica, afebril, eupneica em ar ambiente. 
Pressão Arterial: 106/78 mmHg, bradicárdica, frequência respiratória de 14 ipm. Ausculta pulmonar com crepitações 
bibasais. Extremidades: frias. Sem mais alterações. Solicitados exames complementares. 
 
 
Localização e distribuição: generalizado. 
Intensidade: 3+/4+ 
Consistência: duro. 
Elasticidade: inelástico. 
Temperatura da pele: fria. 
Sensibilidade: indolor. 
Outras alterações: pele seca, fina, descamativa e amarelada. 
Provável diagnóstico: MIXEDEMA (hipotireoidismo). 
Laboratoriais: TSH 76 Um/L, T4 livre 0,08 Um/l; creatinina 1,29. 
Em revisão de prontuário, evidenciou-se diagnóstico prévio de hipotireoidismo, sem tratamento. Iniciou-se Levotiroxina 
100mcg/dia. Paciente evoluiu com melhora dos sintomas e foi encaminhada para acompanhamento em ambulatório de 
endocrinologia. 
 
CASO CLÍNICO 7: 
V.K.L., sexo masculino, 9 anos, comparece à emergência relatando ter repentinamente surgido edema periorbital e em 
lábios. Além disso, está com “sensação de aperto na garganta”. Criança com histórico de alergias a diversos alimentos 
(amendoim, leite de vaca, crustáceos). O pai também apresentava diversas alergias. 
 
 
Localização: predominantemente em face, generalizado. 
Intensidade: 4+/4+ 
Consistência: mole. 
Elasticidade: elástico. 
Temperatura da pele: quente. 
Sensibilidade: indolor. 
Outras alterações: prurido e sibilos. 
Provável diagnóstico: ANGIOEDEMA. 
 
 
ANGIOEDEMA: 
Inchaço que ocorre nas camadas mais profundas da pele por extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos. Esse edema 
habitualmente afeta áreas que possuem um tecido mais “frouxo”, que seja mais passível de se distender, como a pele da 
face, os lábios, as pálpebras e as mucosas das vias aéreas, incluindo faringe, laringe e úvula. Os quadros de angioedema 
costumam ser localizados, afetando apenas uma parte do corpo.

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