Buscar

Direito Empresarial - Estabelecimento (1 de 3)


Continue navegando


Prévia do material em texto

ESTABELECIMENTO
EMPRESARIAL
Considerações Gerais | Natureza jurídica
[Parte 1 de 3]
Prof. Thiago Cadidé
CONSIDERAÇÕES GERAIS
 CONCEITO: Complexo de bens, materiais ou imateriais, fungíveis 
ou infungíveis, consumíveis ou inconsumíveis, utilizados pelo 
empresário como instrumento para o exercício da empresa;
 Bens materiais: mobiliários, utensílios, imóveis e automóveis;
 Bens imateriais: patente, nome empresarial, marca registrada, 
desenho industrial, o ponto;
 Outros exemplos - ?
Prof. Thiago Cadidé
Art. 1.142, CC. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens 
organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por 
sociedade empresária.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
DIFERENÇAS IMPORTANTES!
 ESTABELECIMENTO ≠ EMPRESA
 O 1º é instrumento e o 2º é a própria atividade.
 ESTABELECIMENTO ≠ EMPRESÁRIO
 O 1º é instrumento e o 2º é aquele que se utiliza do instrumento.
 ESTABELECIMENTO ≠ LOCAL FÍSICO DA ATIVIDADE
 O 2º pode até fazer parte do 1º, porém não resume todo o conceito 
de estabelecimento
Prof. Thiago Cadidé
CONSIDERAÇÕES GERAIS
 ESTABELECIMENTO ≠ PATRIMÔNIO DO EMPRESÁRIO
 O 2º é todo o conjunto de bens, direitos, ações, posse e tudo o mais 
que pertença a uma pessoa física ou jurídica e seja suscetível de 
apreciação econômica;
 Nem todos os bens que compõem o patrimônio são, 
necessariamente, componentes também do estabelecimento 
empresarial. Para que isso aconteça deve haver uma destinação 
específica do bem para a atividade empresarial (patrimônio de afetação);
 Ex.1: empresário individual.
 Ex.2: sociedade empresária – clube para lazer dos funcionários.
 O patrimônio compreende até mesmo as relações jurídicas – direitos 
e obrigações – do seu titular, enquanto estabelecimento só 
compreende bens.
Prof. Thiago Cadidé
CONSIDERAÇÕES GERAIS
 ESTABELECIMENTO VIRTUAL e PONTO EMPRESARIAL 
ELETRÔNICO
 Estabelecimento virtual, segundo Gladston Mamede, é aquele que 
não tem base física, acessível exclusivamente por transmissão 
eletrônica de dados (enquanto o estabelecimento físico se acessa pelo 
deslocamento no espaço);
 O acesso por meio de transmissão eletrônica de dados é o seu 
diferencial.
 “Seria a hipótese de uma empresa que negocia seus bens ou serviços 
apenas pela Internet, sem estoques próprios e utilizando-se de tele-
emprego”;
 Composto eminentemente por bens incorpóreos (domínio do site, 
marcas etc.)
Prof. Thiago Cadidé
CONSIDERAÇÕES GERAIS
 ESTABELECIMENTO VIRTUAL e PONTO EMPRESARIAL 
ELETRÔNICO
 Antiga ideia de que “a internet é um mundo à parte”;
 O ponto empresarial eletrônico é mais um canal de 
oferta/negócios aberto em uma empresa como o seria o telefone, 
televisão, rádio etc.
 É o local onde se realiza o COMÉRCIO ELETRÔNICO:
Prof. Thiago Cadidé
“São os atos de circulação de bens, prestação ou intermediação de serviços 
em que as tratativas pré-contratuais e a celebração do contrato se fazem 
por transmissão e recebimento de dados por via eletrônica, normalmente 
no ambiente da internet” (Fábio Ulhoa Coelho).
CONSIDERAÇÕES GERAIS
 ESTABELECIMENTO VIRTUAL e PONTO EMPRESARIAL 
ELETRÔNICO
 Neste ponto, não se trata de um estabelecimento virtual, mas um 
componente a mais do estabelecimento “geral”;
Prof. Thiago Cadidé
Enunciado 95, III Jornada de Direito Comercial.
Os perfis em redes sociais, quando explorados com finalidade empresarial, 
podem se caracterizar como elemento imaterial do estabelecimento empresarial. 
“A internet é vista, hoje, não mais como um estabelecimento virtual, mas 
como um canal de negócios (compras, vendas, prestação de serviços) 
específico.” (Fábio Ulhoa Coelho)
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Prof. Thiago Cadidé
NATUREZA JURÍDICA
 TEORIAS UNIVERSALISTAS
Consideram o estabelecimento uma universalidade de bens.
 Universalidade é um conjunto de elementos que, quando reunidos, 
podem ser concebidos como coisa unitária, ou seja, algo novo e distinto 
que não representa a mera junção dos elementos componentes;
 Os elementos não perdem sua individualidade, mas podem compor um 
todo, o qual tem um valor patrimonial diverso, podendo, inclusive, ser 
objeto de negócios jurídicos;
Prof. Thiago Cadidé
Art. 90, CC. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, 
pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de 
relações jurídicas próprias.
NATUREZA JURÍDICA
 TEORIAS UNIVERSALISTAS
Consideram o estabelecimento uma universalidade de bens.
 UNIVERSALIDADE DE DIREITO
 A reunião dos bens que a compõem é determinada pela lei (por exemplo: 
massa falida, espólio).
 UNIVERSALIDADE DE FATO
 A reunião dos bens que a compõem é determinada por um ato de 
vontade (por exemplo: biblioteca, rebanho);
 Teoria majoritária;
 É o empresário que escolhe dar essa destinação e organização aos bens 
e não a lei que define;
Prof. Thiago Cadidé
NATUREZA JURÍDICA
 TEORIAS UNIVERSALISTAS
Consideram o estabelecimento uma universalidade de bens.
 UNIVERSALIDADE DE FATO
 De fato, o que dá origem ao estabelecimento empresarial, na qualidade 
“universalidade”, é a vontade do empresário, que organiza os diversos 
elementos que o compõem com a finalidade de exercer uma 
determinada econômica.
 Ex.: Divórcio extrajudicial. Pensão alimentícia para cônjuge. Cláusula penal 
por inadimplemento. Transferência do estabelecimento.
Prof. Thiago Cadidé
Art. 1.143, CC. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e 
de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam 
compatíveis com a sua natureza.
Gostou do material?
 Não esqueça que esta é apenas a 1ª parte!
 Acompanhe a Parte 2 (aviamento e clientela) e a Parte 3 (contrato 
de trespasse) no meu perfil do Passei Direto:
https://www.passeidireto.com/perfil/31831357/
 Também lhe convido a me acompanhar no Instagram, onde 
compartilho um pouco mais de conhecimento:
Prof. Thiago Cadidé