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Gastrit� � úlcera� No estômago que acontece principalmente a digestão das proteínas pela enzima pepsina Divisão do estômago: cárdia, corpo, fundo e antro Cárdia: vai ocorrer muita produção de mucina, visto que está perto do esôfago, as glândulas foveolares que irão produzir mucina. No corpo e no fundo gástrico: vão ser encontradas células principalmente para a digestão de proteína. As células rosas (coram com eosina) são as células que produzem o ácido clorídrico, ou seja, são as células parietais. As células roxas (azuladas) são hematoxifilicas que produzem a pepsina, são as células principais Resuminho: ● Células parietais: produção de ácido clorídrico e fator intrínseco; ● Células principais: produção de pepsinogênio. A junção das células parietais com as células principais vão originar a glândula fúndica. Antro: vai produzir mucina, assim, também é rico em glândulas foveolares, pois é preciso reduzir o pH antes de jogar no intestino, para estabilizar o pH . No antro também encontra-se as células G que liberam gastrina, com a função de estimular a liberação de ácido clorídrico pelas células parietais. Estímulo visual faz com que o nervo vago atinge a célula G e estimula a produzir gastrina, a gastrina age nas células fúndicas, estimulando a secreção de pepsina e ácido clorídrico. O ácido inibe a gastrina, quando há muito ácido. Caso clínico Gertrudes, 55 anos, procura atendimento na UBS por quadro de “gastura” na boca do estômago há meses. Refere azia e queimação há 3 meses, além do empachamento pós prandial há 2 meses, nega outros sintomas. Refere uso de diclofenaco para aliviar as dores dos ombros. Paciente mora em uma comunidade onde não há saneamento adequado e divide sua casa de 1 cômodo com mais 5 pessoas da família. Não apresenta alterações do exame físico. A endoscopia apresenta região hiperemiada em antro com teste de urease positivo. A. Qual a hipótese diagnóstica? B. Qual melhor exame para avaliação? C. O que justifica os sintomas da pobre dona Gertrudes? Gastrit� ● Aguda – neutrófilos ● Crônica – Linfócitos e macrófagos Gastrite aguda: epitélio gástrico invadido por neutrófilos, estresse, etilismo, alimentação, elitismo. Fisiopatologia Etilismo + tabagismo: lesão direta na mucosa. Anti-inflamatórios não esteroidais: inibe a COX 2 e consequentemente diminui a produção de prostaglandina E2 e I2, fazendo com que diminua a produção de HCO2, de muco e fosfolipídeos. Obs: A COX-2 É responsável pelos fenômenos da inflamação e produção das prostaglandinas, responsáveis pela proteção estomacal. Diferente da COX-1, que é apresentada em todo o organismo, a COX-2 só é apresentada em áreas de inflamação e no endotélio. Estresse: - Estresse psicológico: gastropatia, gastrite sem alteração morfológica – você tem os sintomas, mas não tem alteração da mucosa. - Traumatizados/queimados: produzem grande quantidade de endotelina e baixa quantidade de óxido nítrico, fazendo uma vasoconstrição, diminuindo o fluxo sanguíneo. Assim, as células foveolares vão reduzir a produção de mucina, já que há uma diminuição de nutrientes com a redução do fluxo sanguíneo. Histologia - Infiltração de neutrófilos, epitélio com vermelhidão (hiperemia. Gastrit� crônic� Causas: H.Pylori, falta de saneamento, baixa escolaridade, hiper-habitação, Fatores de virulência da H. Pylori: ● Flagelo: motilidade ● Urease: amônia ● Adesinas: adesão ● Toxinas: inflamação A transmissão por H.Pylori é fecal - oral A infecção geral ocorre no antro, visto que é o local de pH mais básico e o alimento já está digerido. As bactérias ficam dentro da glândula foveolar que çé rico em mucina, fazendo com que o pH aumente, fazendo com que aumente a produção de gastrina já que o pH está alto, ativando as células parietais a produzir mais ácido. Causando um ciclo vicioso, aumento de gastrina, aumento de ácido e gerando uma lesão da mucosa gástrica por aumento da acidez e redução do pH. Imagem histológica do antro gastrico Outra fisiopatologia: a H. Pilory infecta as glândulas fúndicas e provoca a destruição das glândulas por um processo inflamatório e destruição celular e consequente atrofia do epitélio Autoimune: produção de anticorpos contra as células parietais, diminuindo a produção de ácido e de fator intrínseco (permite a absorção de vitamina B12), causando atrofia do epitélio gástrico, aumento o pH do suco gástrico, já que há uma destruição das células parietais, assim, há um aumento do pH e respostas as células foveolares sofrem uma alteração e passam a ter hiperplasia. As células G perdem a função por hiperplasia. Obs: produção de anticorpos contra a bomba de hidrogênio e potássio, fazendo com que não produza o ácido. Úlcer� ● A principal causa de úlcera é o H.Pylori ● O H.Pylori pode reduzir o pH se houver infecção de antro e aumentar o pH se tiver infecção de corpo e de fundo. ● Úlceras são lesões acima de 0,5 cm Hiperclorêmica: lesão do epitélio por baixo pH, esse pH ácido cai no duodeno causando uma úlcera duodenal. Tipo 2 ( corpo) e 3 (antro ou duodeno) Hipoclorêmica: lesão por falta de mecanismos de defesa, ocasionando úlceras gástricas, diminuição da acidez e aumento do pH e diminuição da proteção gástrica. Tipo 1 (incisura angular) e tipo 4 (cárdia) A H. Pylori no corpo e no fundo causa um aumento do pH e perda da proteção gástrica. Também vai ocorrer uma diminuição de bicarbonato pelas células D que produzem somatostatina. Proteção gástrica: células foveolares e pequena curvatura: tipo 1 cardia: tipo 4 corpo e fundo: tipo 2 antro: tipo 3
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