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Resumo: Radiologia do SNC Anatomia do crânio A substância branca e a substância mais profunda é um pouco mais escura que a substância cinza (córtex cerebral). Então quando um paciente tem a perda da densidade entre a substância branca e a cinza significa que as duas apresentam densidades semelhantes, ou seja, uma lesão vascular (AVC isquêmico) gera edema que torna as duas substâncias com a mesma densidade. O tecido cerebral ocupa por completo a cavidade craniana, com poucas sulcação cerebral e líquor presente na fissura basal. O cérebro do idoso vai perdendo volume, o que é normal na fisiologia do envelhecimento, isso faz com que a sulcação fique mais presente, espaços liquóricos mais alargados e espaços ventriculares aumentados. Então em pacientes jovens qualquer hematoma parenquimatoso, subdural ou epidural vai causar um efeito de massa muito grande, porque o hematoma vai ocupar o espaço onde o tecido cerebral estava expandido, diferente do paciente idoso, que vai ter uma complacência cerebral maior em razão dos espaços liquóricos estarem aumentados, isso faz com que o paciente idoso tenha menos sintomas que o paciente jovem. Acidente Vascular Cerebral É o termo amplo que inclui um grupo heterogêneo de distúrbios cerebrovasculares com apresentações clínicas, patológicas, etiologia, prognóstico e tratamentos diferentes. Existem vários tipos de AVC, entre eles infarto cerebral (80%), hemorragia intracraniana primária (15%), hemorragia subaracnóide não traumática (5%) e miscelânea (oclusões venosas). Na TC o AVC torna a substância branca mais cinzenta e a substância cinza preta, ou seja, a região fica com, praticamente, a mesma densidade. Lesão Isquêmica A região que apresenta uma lesão isquêmica na TC aparece com uma tonalidade preta. O edema é gerado quando a lesão está no início, quando há uma cronificação a região se apresenta mais preta com apagamento dos giros e perda da diferenciação entre o córtex e substância branca. Hemorragia Hipertensiva Causa mais frequente de hemorragia intraparenquimatosa não traumática em adultos. Causa alterações degenerativas na túnica média de pequenas artérias. Pode haver extensão ventricular ou HSA. Hemorragia Subaracnóide Apresenta um quadro clínico de cefaléia, déficit neurológico, alteração da consciência e rigidez nucal. Na TC apresenta hiperdensidade em sulcos, fissuras e cisternas. A causa mais comum é a rotura de aneurisma. Casos Clínicos Lesão isquêmica a esquerda OBS: Lembrar que na lesão isquêmica à falta de sangue que causa a morte tecido e edema, levando a cronificação com perda de volume. Lesão hemorrágica à esquerda com apresentação de expansão do sangue causando edema por compressão Lesão isquêmica a direita OBS: Lembrando que uma lesão isquêmica cronificada apresenta densidade próxima da densidade do líquor e perda volumétrica do tecido na região da lesão. Lesão hemorrágica a esquerda (AVC hemorrágico primário) Hemorragia subaracnóidea (sangue ocupando todas as cisternas) Infarto lacunar OBS: apresentam déficit sensitivo ou neurológicos isolados Lesão hemorrágica hipertensiva com desvio da linha média (laceração tecidual com drenagem de sangue para dentro do ventrículo) Hemorragia subaracnóidea Lesão isquêmica cronificada a esquerda (perda de volume + densidade maior + marcação dos sulcos) e lesão isquêmica aguda a direita (apagamento de sulcos + expansão tecidual) Pneumoencéfalo (ar no interior da cavidade craniana - janela óssea) Lesão extraparenquimatosa (lesão epidural - formato convexo) Lesão extraparenquimatosa (lesão epidural - formato convexo) Lesão extraparenquimatosa (lesão subdural à direita - formato côncavo) Pneumoencéfalo
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