Buscar

TCC_POTC_TURMA A-B1_STELA FELICIANA LISBOA DE OOLIVEIRA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
Universidade do Estado de Santa Catarina 
Centro de Educação a Distância - CEAD 
Curso de Pedagogia a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA E FAMÍLIA 
Uma Aproximação Necessária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Stela Feliciana Lisboa de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Urubici 
2015 
 
2 
 
 
 
 
STELA FELICIANA LISBOA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA E FAMÍLIA 
Uma Aproximação Necessária 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
curso de Pedagogia a Distância, do Centro de 
Educação à Distância, da Universidade do 
Estado de Santa Catarina, como requisito parcial 
para obtenção do título de Licenciado em 
Pedagogia. 
 
Orientador (a): Rose Clér Estivalete Beche 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Urubici 
2015 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
Dedico este trabalho a todos aqueles que acreditam que a educação é o pilar para 
uma sociedade mais justa e humana. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus por guiar meus passos, a minha mãe (em memória) que sempre 
lutou pela nossa família, a minha filha Khaly Zamparetti que sempre me incentivou para essa 
conquista, ao meu companheiro Paulo Machado Back que nos momentos de incertezas me 
ajudou a redescobrir novas certezas, aos meus irmãos que sempre acreditaram na minha luta, 
a Sheila, Nadimar e Marizana que fizeram parte do início desta minha conquista e as minhas 
amigas e companheiras que caminharam juntas comigo até esse momento, Claudia Roberta 
dos Santos e Fernanda Santos Godinho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós 
ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” 
 
Paulo Freire 
 
6 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O trabalho de Conclusão de Curso titulado ESCOLA E FAMÍLIA: Uma Aproximação 
Necessária, foi elaborado a partir das nossas observações e da nossa docência na turma do 
terceiro ano na Escola Nucleada Valdirene Arruda da Cunha Borguezan, Urubici (SC) e na 
turma do Pré II do Centro de Educação Infantil Amélia Matos da Luz, Urubici (SC). 
 Nosso objetivo principal foi desenvolver atividades que envolvessem os conhecimentos para 
o período através de uma história e que através da mesma a relação com a família tivesse um 
novo olhar, não esquecendo que no ato da contação de histórias buscou-se proporcionar as 
crianças perceber-se e sentirem-se sujeitos de sua própria aprendizagem, favorecendo suas 
interações no ato de ler; interpretando, questionando, argumentando e formulando suas 
opiniões a cerca das leituras que realizam. As leituras propostas ultrapassaram o impresso no 
papel, tendo como recurso as diferentes formas de linguagem. 
No Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (antigo PETI), nosso projeto 
intitulado “Conceito e Sustentabilidade”, buscou caminhos para promover mudanças 
significativas na qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. 
 
 
Palavras-chave: História, Família, Escola, Sustentabilidade. 
 
 
7 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
The work titled SCHOOL AND FAMILY: A Necessary Approach was drawn from our 
observations and our teaching in the third grade class at School nucleated Valdirene Arruda 
da Cunha Borguezan, Urubici (SC) and Pre II class of the Center for Education Children 
Amelia Matos da Luz, Urubici (SC). 
 Our main goal was to develop activities that involved knowledge for the period through 
history and through it the relationship with family had a new look, not forgetting that in the 
act of storytelling stories sought to provide children perceive themselves and feel subjects of 
their own learning, facilitating their interactions in the act of reading; interpreting, 
questioning, arguing and formulating their opinions about the readings they perform. The 
readings exceeded the proposed printed on the paper, with the use different forms of 
language. 
In Living Services and Strengthening Linkages (formerly PETI), our project entitled" Concept 
and Sustainability ", sought ways to promote significant changes in quality of life and respect 
for the environment. 
 
 
Keywords: History, Family, School, Sustainability. 
 
 
 
8 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 02 
 
1 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO E LEITURA DE 
CONTEXTO 03 
1.1 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO NOS ANOS INICIAIS 03 
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL 07 
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO EM OUTROS ESPAÇOS 
EDUCACIONAIS 13 
 
2 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA 15 
2.1 PROJETO DE INTERVENÇÃO NOS ANOS INICIAIS 15 
2.2 ANÁLISE REFLEXIVA INDIVIDUAL DO PROCESSO DE INTERVENÇÃO 
NOS ANOS INICIAIS 23 
 
2.3 PROJETO DE INTERVENÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 25 
2.4 ANÁLISE REFLEXIVA INDIVIDUAL DO PROCESSO DE INTERVENÇÃO 
NA EDUCAÇÃO INFANTIL 30 
 
2.5 PROJETO DE GESTÃO EM OUTROS ESPAÇOS EDUCATIVOS 31 
2.6 ANÁLISE REFLEXIVA INDIVIDUAL DO PROCESSO DE INTERVENÇÃO 
EM OUTROS ESPAÇOS EDUCATIVOS 36 
 
3 CONTRIBUIÇÕES DOS CAMPOS DE ESTÁGIOS COMO ESPAÇO DE 
FORMAÇÃO DOCENTE 
 
37 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 38 
 
REFERÊNCIAS 39 
 
 
 
 
2 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nosso estágio foi realizado do terceiro ano na Escola Nucleada Valdirene Arruda 
da Cunha Borguezan, Urubici (SC), na turma do Pré II do Centro de Educação Infantil Amélia 
Matos da Luz, Urubici (SC) e no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 
(antigo PETI). 
Os nossos projetos de docência tiveram como tema escolhido para os anos 
iniciais: Dona Baratinha em Foco e para a Educação Infantil: Eu faço a História, escolhemos 
estes temas, pois acreditamos que as histórias nos fornecem possibilidades de envolver e de 
aproximar a família da escola e de forma lúdica contemplar conhecimentos. 
No Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (antigo PETI), nosso 
projeto intitulado “Conceito e Sustentabilidade”, buscou caminhos para promover mudanças 
significativas na qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. 
 
3 
 
 
 
1 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO E LEITURA DE CONTEXTO 
 
1.1 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO ANOS INICIAIS 
 
A Escola Nucleada Valdirene Arruda da Cunha Borguezan, está localizada à, Rua 
Cesário Amarante, cidade de Urubici, no Estado de Santa Catarina, tem como coordenadora 
da instituição Joice Farias, e como profissional referência Marilia Ribeiro Macari. A Escola 
Municipal Valdirene Arruda da Cunha Borguesan, iniciou seus trabalhos lentamente como 
uma de interior, recebendo poucos alunos, com a sua reforma deixa de ser conhecida como 
uma escolinha e passa a ser conhecida como uma escola preocupada com o desenvolvimento 
e o aprendizado do aluno e também por estar bem localizada, ou seja, no centro da cidade e 
por sua estrutura física se diferenciar das demais. 
 
1.1.1 - Dimensão extraescolar 
A escola Nucleada Municipal Valdirene Arruda da Cunha Borguesan situada na 
Rua Cesário Amarante, no Centro da cidade de Urubici, trabalha em conjunto com outros 
órgãos públicos visando o desenvolvimento do aluno não apenas no espaço escolar, assim a 
instituição está vinculada a área da saúde e com órgãos responsáveis pelo cumprimento dos 
direitos das crianças, tais como o conselho tutelar e Ministério Público. 
A escola está vinculada em programas de formação da cidadania, entre eles 
programa bolsa escola, APÓIA, garantindo a permanência do aluno na escola, projeto série, o 
qual permite a informatização da escola e o PDE – Plano de Desenvolvimento da Escola, com 
o objetivode garantir a qualidade do ensino. 
A Escola tem como função social trabalhar os conhecimentos científicos e a 
formação integral dos cidadãos, elevando sua autoestima, trabalhando os valores morais, 
religiosos e éticos, procurando desenvolver certas habilidades tais como: falar, ouvir, ler e 
escrever, criar, ter capacidades e liberdade de expressão, ser solidário, autônomo, crítico, 
curioso, conhecedores dos seus direitos e deveres. 
A preocupação com a família é verificada, pois em alguns momentos a instituição 
busca meios para resolver problemas particulares das mesmas, havendo assim também um 
4 
 
 
 
trabalho com o grupo familiar onde a escola em atividades tais como rifas, bingos entre outros 
há uma interação com o grupo escolar e a família e comunidade. 
Existem políticas publicas que regem o seu funcionamento e o trabalho 
pedagógico da escola, com o objetivo de incentivar as crianças e seus familiares na formação 
de conceitos de cidadania, que os façam sentirem-se cidadãos dignos de direitos e deveres, 
para que isto aconteça suas atividades são embasadas, em documentos legais como 
Constituição Federal de 1988, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990, Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, O Currículo escolar vai sendo 
construído em um processo dinâmico, tendo como referência as Diretrizes Curriculares 
Nacionais e a Proposta Curricular de Santa Catarina, entendendo que o currículo constitui-se 
no principal objeto de atuação dos educadores. 
Os principais referenciais teóricos que norteiam a elaboração do PPP da escola 
são Freire, Vygotsky, Wallon, Piaget. 
 
1.1.2 - Dimensão intraescolar 
Durante muito tempo nas comunidades do Rio do Engano, Invernador, Campestre 
II e Rio dos Bugres as escolas funcionavam como multisseriadas. 
Vendo a dificuldade do professor em exercer várias funções além do pedagógico 
houve uma mobilização por parte das comunidades aonde os pais vieram a solicitar à 
Secretaria Municipal de Educação um professor para cada série. Sendo assim as professoras 
efetivas foram transferidas para a E.N.M. São Francisco. Este nome foi dado em homenagem 
ao nome do pai de uma das funcionárias da Secretaria Municipal de Educação. 
Como já era um desejo do Prefeito e da Secretária da Educação uma escola 
municipal no centro da cidade, onde transferiram os alunos e a escola que passou a chamar-se 
E.N. São Francisco no dia 09-02-2004 na Rua Cesário Amarante. 
Nesta escola frequentavam alunos das comunidades de Lajeado Liso, Toca Ruim, 
Vacas Gordas, Campestre, Riacho, Baiano, Rio do Engano e Centro da cidade. 
Em 2009, a E.N.M. São Francisco passou a ser chamada E.N. Valdirene Arruda 
da Cunha Borguezan em homenagem a uma funcionária, que fazia parte do quadro dos 
servidores públicos da Prefeitura Municipal de Urubici. 
5 
 
 
 
Atualmente os alunos que estudam na escola são a maioria filhos de moradores da 
área urbana, agricultores, capatazes de fazendas e de pequenos proprietários de terra. Alguns 
destes alunos querem seguir a profissão dos pais, outros se preocupam com a saída do campo 
sendo que, querem sair para continuar seus estudos e sonham com uma profissão diferente. 
Há também alunos que não encontram nenhum incentivo por parte dos pais e por isso se 
acomodam e não demonstram empenho em aprender, necessitando por parte do professor, um 
trabalho mais amplo para poder superar essa carência escolar. Precisa estar atento e manter 
um diálogo constante com esses pais visando conquistar e construir o entendimento e a 
consciência dessa necessidade do conhecimento para seus filhos e assim torná-los mais 
responsáveis. 
A função social da escola é trabalhar os conhecimentos científicos e a formação 
integral dos cidadãos, elevando sua autoestima, trabalhando os valores morais, religiosos e 
éticos, procurando desenvolver certas habilidades tais como: falar, ouvir, ler e escrever, criar, 
ter capacidades e liberdade de expressão, ser solidário, autônomo, crítico, curioso, 
conhecedores dos seus direitos e deveres. 
O Ensino Fundamental é um dos níveis da Educação Básica no Brasil, é 
obrigatório, gratuito em escolas públicas, e atende crianças a partir dos 6 anos de idade. 
O objetivo do Ensino Fundamental Brasileiro é a formação básica do cidadão. 
Para isso, segundo o artigo 32º da LDB de 1996, é necessário: 
 
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno 
domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, 
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição 
de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; 
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e 
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 
 
A duração do Ensino Fundamental até o ano de 2006, eram de 8 anos, passando 
para 9 anos, com a alteração da Lei da LDB nº 9394/96, em seus artigos 29, 30, 32 e 87, 
através da Lei Ordinária 11.274/2006, a qual ampliou a duração do Ensino Fundamental para 
9 anos, tendo estabelecido prazo até o ano de 2010 para os estados e municípios e distrito 
federal para se adequarem a nova lei, sendo assim divido em duas etapas anos iniciais que 
http://www.infoescola.com/educacao/ensino-fundamental/
http://www.infoescola.com/educacao/ensino-fundamental/
http://www.infoescola.com/educacao/lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao/
http://www.infoescola.com/educacao/ensino-fundamental/
http://www.infoescola.com/educacao/aprendizagem/
6 
 
 
 
compreende do 1º ao 5º ano, sendo que a criança ingressa no 1º ano aos 6 anos de idade e 
anos finais que compreende do 6º ao 9º ano. 
De acordo com o art. 24 da LDB de 1996, inciso primeiro diz: [I - a carga horária 
mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de 
efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver]. 
Com a instituição da Fundef Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magistério em 1º de janeiro de 1998, o Governo Federal 
incumbiu municípios de assumir a responsabilidade pelo ensino fundamental, mas isso não os 
obriga, sendo que no estado de Santa Catarina foi definido que a transição da responsabilidade 
por este tipo de educação vai ser feito por escolas e não por município, mas não impedindo 
que municípios demonstrem interesse por assumir esta responsabilidade. 
Para o Ensino Fundamental a concepção que permeia a educação em suas 
implicações é a concepção sócio histórico que admite a interação do individuo como 
característica definidora da constituição humana que tem como concepção o: 
MUNDO: que está em constante transformação. Transformação contraditória 
provocada pelo próprio homem e sua cultura. 
HOMEM: que é um ser social e histórico e é a satisfação de suas necessidades que 
o leva a trabalhar e transformar a natureza, estabelecendo relações com seus semelhantes, 
produzindo conhecimentos, construindo a sociedade e fazendo a sua história. 
SOCIEDADE: a qual é um sistema dinâmico e contraditório em constante 
processo de mudança. A interação social é fundamental para o desenvolvimento das formas 
de atividade de cada grupo cultural. 
ESCOLA: que desempenha bem o seu papel, na medida em que parte do que a 
criança já sabe (conhecimento que ela traz do seu cotidiano, e sua forma de ver o mundo), 
fazendo com que seja capaz de ampliar e desafiar a construção de novos conhecimentos, na 
linguagem vygotskyana: incidir a zona de desenvolvimento potencial dos educandos. 
Vygotsky, ainda salienta a importância da linguagem, como instrumento coletivo 
e histórico, resultado de uma experiência, originada na prática social. “A linguagem é o 
sistema simbólico básico de todos os gruposhumanos. A questão do desenvolvimento da 
linguagem e suas relações com o pensamento é dos temas centrais de investigações”. 
 
7 
 
 
 
A escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar 
com competência e dignidade na sociedade, buscará eleger, como objeto de ensino, 
conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada 
momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as consideradas essenciais 
para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres. Para tanto ainda é 
necessário que a instituição escolar garanta um conjunto de práticas planejadas com 
o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem dos conteúdos de maneira 
crítica e construtiva. A escola, por ser uma instituição social com propósito 
explicitamente educativo, tem o compromisso de intervir efetivamente para 
promover o desenvolvimento e a socialização de seus alunos. (PCN, 1997, p. 34) 
 
Diante do exposto, percebemos que a escola não mais deve estar organizada em 
conteúdos vazios sem um fundamento para o aprendizado, por isso os PPPs das escolas 
devem estar pautados com o objetivo de fornecer meios que medeiem os conhecimentos, 
buscando métodos para desenvolver práticas para que o mediador, neste caso o professor ou 
quem esteja responsável pela atividade alcance o seu objetivo. 
Por isso, ainda é fundamental que professores em suas práticas estejam engajados 
neste contexto, buscando sempre a atualização e métodos que não estão dispostos nos 
currículos reais, deixando para trás a divisão de conteúdos por matéria, concebendo assim a 
interdisciplinaridade no contexto escolar que defendida vários autores e está pautada nos 
PCNs de 1998. 
 
 
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
O Centro de Educação Infantil Amélia Matos da Luz, esta localizado à, Rua Guilherme C. 
Broering, cidade de Urubici, no Estado de Santa Catarina, tem como coordenadora da 
instituição Sandra Fabiani Bittencourt Warmling, e como profissional referência Edna 
Beckhauser, é uma escola conhecida como assistencialista, mas quem tem a oportunidade de 
conhecê-la como nós consegue perceber que existe uma preocupação com o aprendizado das 
crianças que ali são recebidas, sendo estas com idade entre 04 meses até 06 anos de idade. 
 
1.2.1 - Dimensão extraescolar 
Desde a sua fundação a CEI Amélia Mattos Luz foi fundada pensando na família, 
pois foi pensado como forma de encontrar um lugar para que famílias que precisavam 
8 
 
 
 
trabalhar deixassem seus filhos e até os dias de hoje esta visão ainda é tida como prioridade, 
pois prioriza-se vagas para crianças que os pais comprovadamente trabalhem e ainda seu 
horário de funcionamento também funciona pensando no horário de trabalho dos pais das 
crianças que são atendidas na escola, sendo o horário a partir das 07:30 horas até as 18:00, 
mas o ônibus disponibilizado pela Secretaria Municipal de Educação em algumas 
comunidades já passa para pegar as crianças a partir das 07:00 horas. 
A CEI Amélia Matos Luz atualmente esta situada na Rua Guilherme C. Broering, 
no Centro da cidade de Urubici, recebe crianças das comunidades próximas na sua maioria 
crianças carentes, e por sua estrutura física ser maior que as demais escolas de educação 
infantil do município recebe também crianças de outras comunidades para suprir a falta de 
vagas no município. 
Mesmo que o C.E.I, Amélia Mattos Luz seja visto como um centro assistencialista 
existem políticas publicas que regem o seu funcionamento e o trabalho pedagógico da escola, 
com o objetivo de incentivar as crianças e seus familiares na formação de conceitos de 
cidadania, que os façam sentirem-se cidadãos dignos de direitos e deveres, para que isto 
aconteça suas atividades são embasadas, nas Diretrizes curriculares da Educação Infantil do 
município de Urubici de 2012, o qual foi escrito com o embasamento em documentos legais 
como Constituição Federal de 1988, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990, 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, o Referencial Curricular 
Nacional para a Educação Infantil e as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação 
infantil (2010) e na busca de subsidiar um documento que tenha como referencia a realidade 
social foram elencados para o amparo das atividades pontos dos PCN´s de 1997. 
Os principais referenciais teóricos que norteiam a elaboração do PPP da escola e 
também as Diretrizes Curriculares do ensino infantil do município são Freire, Vygotsky, 
Wallon, Piaget, Rubem Alves. 
 
1.2.2 - Dimensão intraescolar 
A C.E.I. Amélia Matos da Luz, foi fundada em meados de 1979, onde a Secretária 
Municipal de Educação da época Adélcia Zenaide Borba de Souza, juntamente com outras 
pessoas da comunidade empenhadas na educação, sentiram a necessidade de um local que 
9 
 
 
 
pudesse atender crianças carentes e também servir como complemento a educação que já 
recebiam na escola regular. 
Esta preocupação surgiu da necessidade das mães que precisavam trabalhar para 
melhorar a renda mensal e também por não terem com quem deixar seus filhos menores 
durante o dia e as crianças maiores que frequentavam a escola regular por meio período, no 
restante do dia. 
A iniciativa tomada por tais pessoas foi recorrer ao prefeito municipal da época, 
Noé da Costa Ribeiro, o qual se mostrou favorável e empenhado, porém dispunha de poucos 
recursos financeiros para executar a ideia só a nível municipal. Foi recorrido aos órgãos 
públicos de maior importância e decidiu-se pela implantação da FUCABEM (Fundação do 
Bem Estar do Menor) no município. 
Implantada tal ideia, iniciou-se o trabalho com a abertura de dois núcleos, o 
primeiro no centro da cidade e o segundo no bairro Águas Brancas. 
Com os núcleos divididos, surgiu a necessidade de escolher nomes que 
denominassem cada local. Com o núcleo instalado no centro da cidade, foi chamada de 
FUCABEM “Criança Feliz”. 
A FUCABEM “Criança Feliz”, na época atendia crianças de 3 a 7 anos de idade, 
os menores de 7 anos contavam com o atendimento assistencialista e para as crianças de 7 a 
14 anos eram ministrados cursos como, bordados, pintura em tecido e gesso, crochê, aulas de 
músicas (flauta e violão), jardinagem, além de acompanhamento escolar. 
A escola funcionava em um prédio cedido pela Igreja Nossa Senhora Mãe dos 
Homens, foi sentida necessidade da construção de uma sede própria. Diante dessa situação o 
prefeito municipal autorizou a construção do prédio para a escola, também com a ajuda da 
comunidade através de doações, o prédio atual do C.E.I. foi inaugurado em 1983. Os 
convênios com a FUCABEM durarão aproximadamente 13 anos, nos últimos anos, tornou-se 
unicamente municipal, com grandes mudanças em seus objetivos, atendendo exclusivamente 
a educação infantil. 
Atualmente denomina-se C.E.I. Amélia Matos da Luz, situada à Rua Guilherme 
C. Broering, centro da cidade de Urubici. Atende aproximadamente 80 crianças a maioria 
vinda do bairro, Brasília, considerado um dos bairros com maior carência econômica, cultural 
e afetiva, recebe ainda, crianças do bairro centro, pela maior facilidade de acesso, e algumas 
10 
 
 
 
de outros bairros com a necessidade de suprir a falta de vagas neste tipo de ensino pelo 
município, as crianças que são atendidas na escola são com idade entre 04 meses a 06 anos de 
idade. Dividida em quatro turmas, sendo elas; berçário, maternal I e II, pré I e pré II. 
No Brasil o Ministério da Educação existe desde 1930, passando por várias 
transformações desde então, na década de 80 o campo da Educação Infantil ganhou um 
grande impulso, tanto no plano das pesquisas e do debate teórico quanto no plano legal, 
propositivo e de intervenção na realidade, em 1988, a Constituição Federal reconheceu o 
dever do Estado e o direito da criança a ser atendida em creches e pré-escolas e vincula esse 
atendimentoà área educacional, sendo que 1990 o Estatuto da Criança e do Adolescente 
reafirma os dispositivos enunciados na constituição. O MEC também teve um importante 
papel, inicialmente na coordenação do Movimento Criança Constituinte, mas a Educação 
Infantil somente foi incluída em 1996, quando houve uma grande reforma na educação, com a 
promulgação da LDB, (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394), que 
ressaltou a importância da educação infantil. 
O Ministério da Educação Coordenação Geral de Educação Infantil, diz que a 
Educação Infantil, é a primeira etapa da Educação Básica, deve ser oferecida em creches e 
pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que 
constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de 
crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e 
supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social, 
sendo que não existia uma lei que obrigava realmente a matriculas de crianças nas escolas de 
ensino infantil, mas em 04 de abril de 2013 com a nova redação dada pela Lei nº 12.796 a 
educação básica obrigatória e gratuita passa a ser desde os 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos 
de idade, ou seja não mais facultativa como era antes, estados e municípios terão até o ano de 
2016 para se adequar a nova lei, e todos os pais também terão a obrigação de matricular seus 
filhos em escolas de ensino regular de educação infantil. 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (Brasília, 1998), 
afirma que "as crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres que 
sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio". Assim, durante o processo de 
construção do conhecimento, "as crianças se utilizam das mais diferentes linguagens e 
exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que 
11 
 
 
 
procuram desvendar". Este conhecimento constituído pelas crianças "é fruto de um intenso 
trabalho de criação, significação e ressignificação". Ainda convém salientar que 
compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo 
é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Embora os conhecimentos 
derivados da psicologia, antropologia, sociologia, medicina, etc. possam ser de grande valia 
para desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns de ser das 
crianças, elas permanecem únicas em suas individualidades e diferenças (Referencial 
Curricular Nacional para a Educação Infantil, 1998, p.22). 
A partir do momento em que alcançou - se uma consciência sobre a importância 
das experiências da primeira infância foi criada várias políticas e programas que visassem 
promover e ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças, que 
por sua vez, passaram a ocupar lugar de destaque na sociedade dentre os mais conhecidos são 
o Conselho da Criança e do Adolescente que traçam as diretrizes políticas e o os Conselhos 
Tutelares zelam pelo respeito aos direitos das crianças e dos adolescentes. Tornando-se 
relevante citar também o Plano Nacional de Educação (PNE), que em consonância com os 
princípios da Educação para Todos, estabelece metas relevantes de expansão e de melhoria da 
qualidade da educação infantil. A atuação, nesse sentido, tem como objetivo concretizar as 
metas estabelecidas no PNE e incentivar estados e municípios a elaborem seus planos locais 
de educação, contemplando neles a educação infantil ressaltando assim a importância 
destinada á infância na sociedade atual. 
Muitos são os aspectos previstos nos Referenciais para adequar as escolas de 
educação infantil às necessidades das crianças são desconhecidos da maioria dos pais, tais 
como: As escolas devem ter duas cozinhas, uma para as crianças de 0 a 3 anos e outra para 
crianças de 4 e 5 anos, o espaço físico deve ser de 2 m² por criança em sala, e inclusive deve 
ter fraldário e lactário independentes da sala de aula. Conforme a Resolução CEB/CNE nº 
5/2009, art.5º, § 6º, é considerada educação infantil em tempo parcial, a jornada de, no 
mínimo, quatro horas diárias e, em tempo integral, a jornada com duração igual ou superior a 
sete horas diárias, compreendendo o tempo total que a criança permanece na instituição. 
A educação infantil possui duas dimensões: a de cuidar e a de educar, que devem 
ser consideradas como essenciais e importantes nas propostas pedagógicas voltadas para essa 
faixa etária, sendo necessário ressaltar que o cuidar compreende os cuidados básicos com a 
12 
 
 
 
alimentação, a higiene e o vestuário. E além do cuidar é necessário o educar a criança, 
colocando-a como indivíduo que possui o direito de se apropriar do conhecimento e começar 
a se preparar para o processo de alfabetização. 
A proposta da educação infantil deve estar permeada por uma concepção de 
criança e educação infantil que valorize o sujeito e o seu processo de formação humana. A 
educação infantil deve ser o espaço onde a criança poderá ter acesso a conhecimentos 
formados historicamente ao mesmo tempo em que participa como sujeito histórico, produtor 
dessa cultura. Por meio da interação da criança com o outro, ela irá descobrir-se, descobrir o 
outro, descobrir o mundo, experimentando, e criar novos significados para sua intervenção 
nesse mundo fazendo-se assim importante o processo de inclusão, pois, as crianças devem 
estar todas juntas aprendendo. A diferença é um fator importante para os processos de 
aprendizagem e desenvolvimento, pois eles se tornam mais efetivos quando se tem a 
oportunidade de realizar trocas com pares em níveis de aprendizagens e desenvolvimento 
diferentes, gerando novos desafios e contribuindo para que as pessoas avancem em suas 
conquistas. 
O processo educativo da criança é marcado pela internalização de valores, 
crenças, normas e representações sociais dominantes que contribuem com o processo de 
formação corporal, cultural, psicológica e social, e assim, para a realização e envolvimento 
dos sujeitos em suas futuras atividades produtivas e sociais. 
Na psicologia, na década de 20 e 30, Vygotsky defende a ideia de que a criança é 
introduzida no mundo da cultura por parceiros mais experientes. Wallon destaca a afetividade 
como fator determinante para o processo de aprendizagem. Surgem as pesquisas de Piaget, 
que revolucionam a visão de como as crianças aprendem, a teoria dos estágios de 
desenvolvimento. As teorias pedagógicas se apropriam gradativamente das concepções 
psicológicas, especialmente na Educação Infantil, impulsionando o seu crescimento. 
Muitas leis e órgãos existem para afirmar os direitos das crianças na área da 
educação infantil, mas a maior necessidade é por parte de nós educadores avaliando sobre os 
nossos conceitos no que se refere à infância para que seja modificada a concepção de 
educação infantil assistencialista, visto que a origem desse tipo de educação tinha o objetivo 
de atender a população carente atuando em muitas situações para compensar as carências das 
crianças e suas famílias, significa atentar para várias questões que vão muito além da 
13 
 
 
 
legislação, ou seja, assumir as especificidades da educação infantil e rever concepções sobre a 
infância, as relações entre classes sociais, as responsabilidades da sociedade e o papel do 
estado diante das crianças pequenas. (Referencial Curricular Nacional para a Educação 
Infantil, 1998). 
 
 
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO OUTROS ESPAÇOS 
EDUCACIONAIS 
 
A estrutura física que é desenvolvida no Serviço de Convivência e Fortalecimento 
de Vínculos (SCFV) está localizada à Rua Clarismundo José Custódio no centro da cidade de 
Urubici, local de fácil acesso recebendo crianças contempladas com o programa, sendo que 
recebe crianças de todas as comunidades do município.Todas as crianças que necessitam de 
transporte para chegar a instituição é oferecido de forma gratuita pela secretaria da municipal 
de educação em ônibus adequados para o transporte escolar, mas a instituição é regida pela 
secretaria de assistência social, trabalham em conjunto com outros órgãos públicos visando o 
desenvolvimento das crianças e adolescentes que ali estão, pois este espaço já é reservado 
com o propósito de erradicar o trabalho infantil e prevenindo ainda que não tenham contato 
com drogas evitando também a prostituição, assim a instituição está vinculada a área da 
saúde e com órgãos responsáveis pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, 
tais como o Conselho Tutelar e Ministério Público. É uma instituição regida pelo governo 
federal através do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), com o objetivo de 
possibilitar a criança e ao adolescente um desenvolvimento singular e contextualizado dentro 
de seu ambiente social mediante convivência familiar e comunitária. 
A preocupação com a família também foi verificada por nós, pois em alguns 
momentos a instituição busca meios para resolver problemas particulares das mesmas. Seu 
vínculo é com a secretaria de serviço social. 
O trabalho realizado no SCFV é em conjunto com todas as turmas, sendo assim 
todas as atividades desenvolvidas são com o mesmo objetivo, alguns alunos apresentam uma 
necessidade de assistência maior que outros, mas todos que ali estão é percebido a 
necessidade de serem atendidos de forma geral pela assistência social do município. 
14 
 
 
 
O programa recebe crianças de 06 até 15 anos tem quatro salas em boas 
condições, uma sala de estudos destinada aos professores, um refeitorio que oferece uma 
alimentação orientada pela nutricionista, oferecendo em alguns casos almoço para os alunos 
que chegam de escolas formais e alunos que iram para escolas formais, o espaço para 
atividades externas é pequeno, obrigando o professor de educação fisica buscar outros locais 
para as suas atividades, a estrutura fisica que pertence a esta instituição foi reformada pois a 
mesma era usada como um deposito e por isso as suas condições de infra estrutura deixam a 
desejar. 
A coordenação da instituição é primeiramente feita pela secretaria de assistência social do 
município de Urubici, mas todavia existe a designação de um cargo como coordenadora deste 
espaço. 
 
 
 
15 
 
 
 
2 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA 
 
2.1 PROJETO DE INTERVENÇÃO NOS ANOS INICIAIS 
 
2.1.1 Identificação do campo de estágio 
Escola Nucleada Valdirene Arruda da Cunha Borguezan, turma 3º ano do ensino 
fundamental. 
 
2.1.2 Identificação da Equipe de estagiários 
Claudia Roberta dos Santos, Fernanda Santos Godinho e Stela Feliciana Lisboa de Oliveira. 
 
2.1.3 Tema e Título do projeto 
TEMA: A história utilizada como instrumento de mediação entre família e aprendizagem. 
TÍTULO: Dona Baratinha em Foco 
 
2.1.4 Justificativa 
O projeto Dona Baratinha em foco é uma proposta educacional de incentivo para 
que família e escola possam caminhar juntas, aproveitando a leitura de histórias como um 
instrumento de ligação entre elas. Alguns alunos do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola 
Nucleada Valdirene Arruda da Cunha Borguezan apresentam carências no aprendizado da 
leitura e da escrita. O Projeto Dona Batatinha em foco está fundamentado no princípio de que 
a leitura de gêneros diversos, associado a diversas formas de arte (música, dança, teatro, 
desenho e pintura) e atividades lúdicas diferentes (brincadeiras e jogos), bem como as 
histórias que estão presentes na nossa cultura, há muito tempo e o hábito de contá-las e ouvi-
las tem inúmeros significados e está relacionado ao cuidado afetivo, a construção da 
identidade, ao desenvolvimento da imaginação, a capacidade de ouvir o outro e a de 
expressar-se. Além disso, a leitura de histórias aproxima a criança do mundo letrado e 
colabora para a democratização de um de nossos mais valiosos patrimônios culturais: a 
escrita. Pois isso só é possível por meio do contato regular com os textos desde cedo e de sua 
participação frequente em situações diversas de leitura. 
O projeto Dona Baratinha em Foco foi elaborado para ser trabalhado de forma 
16 
 
 
 
lúdica e interdisciplinar. 
O projeto Dona Baratinha em Foco foi elaborado para ser trabalhado de forma 
lúdica e interdisciplinar, na perspectiva de propiciar um melhor entendimento em nossos 
trabalhos como professores tendo em vista que o papel da pedagogia, desde sua mais profunda 
origem é de estabelecer um diálogo com as ciências humanas, sendo este um desafio 
permanente para os pedagogos em que a própria infância impõe seu direito de formação 
plena, como sujeitos de valores, condutas, culturas, identidades, memória, sentimento e 
corporeidade, apresentamos a teoria de alguns dos pensadores que conduziram nossos 
trabalhos, os quais são passivos de mudanças, pois o trabalho de educador não é um serviço 
pronto e acabado, mas que esta em constante construção e atualização, onde FREIRE, 
VYGOTSKY, PIAGET e os PCNs fundamentaram nosso trabalho, os quais foram 
considerados por nós aqueles que devemos seguir para dar início a nossa prática, em todos os 
espaços de educação. 
PIAGET, um biólogo que entendeu através de seus estudos que o ser humano 
passa por estágios de aprendizagem que são responsáveis pela condição de assimilação do 
conhecimento. Para o autor, o indivíduo só estará apto a aprender se seu cognitivo estiver 
preparado para tal, esse momento de aprendizagem, PIAGET chama de insight, contribuição 
importante neste momento da educação que estamos vivendo onde alunos têm o seu tempo 
para aprender e não repetem o ano espera-se o seu amadurecimento. 
PIAGET constatou com seus estudos, que a experiência é importante para que 
ocorra o momento da assimilação do conhecimento, segundo o biólogo, quando o aluno 
experimenta o saber, ele constrói um caminho mais breve ao entendimento do fenômeno 
estudado. Portanto, a interação do indivíduo com o meio físico e biológico, quanto maior e 
mais cedo, propicia o desenvolvimento do pensamento. 
O método de aprendizagem que Jean Piaget apresenta para o sistema educacional 
consiste na interação contínua do indivíduo com o meio, através da mediação do professor, 
em uma relação de respeito e cooperação mútuos. 
A teoria de Paulo Freire remete-nos para a reflexão acerca da metodologia 
educacional, que por bem, faz mais parte do passado que do presente educacional, naquele 
tempo em que o professor era o dono do saber e o aluno um mero espectador com o único 
intuito, receber informações que não detinha. 
17 
 
 
 
FREIRE denominou de bancária esse tipo de educação, pois, para ele se identifica 
com o modelo bancário, o professor é o depositante e o aluno o depositário do saber, restando 
para o segundo apenas render “juros”, sem possibilidades de críticas reflexivas. A educação, 
na visão de Paulo Freire precisa reestruturar-se para inserir o aluno num ambiente onde ele 
não esteja para puramente aprender, mas sim, para compartilhar conhecimentos num processo 
de mútua troca do saber. “Ninguém ensina nada a ninguém e as pessoas não aprendem 
sozinha” (FREIRE, in ROMÃO, 2001:23). 
Vivemos através da história humana as transformações que ocorreram na 
educação e embasados em teorias sócio interacionistas observamos que as inter-relações 
fortalecem a educação e contribuem para a formação de cidadãos críticos, conscientes e 
sabedores de seus direitos e deveres perante a sociedade em que vivem. 
Na concepção histórico-cultural, tem em Vygotsky seu maior representante, que 
considera o processo ensino aprendizagem interativo, no qual o professor é o mediador da 
aprendizagem autônoma do aluno, mantendo com ele uma relação dialética, de influências 
recíprocos sendo ambos os sujeitos ativos nesse processo. 
A mediaçãoé à base do pensamento de Vygotsky: “Qualquer função do 
desenvolvimento cultural da criança aparece duas vezes, ou em dois planos diferentes. Em 
primeiro lugar, aparece no plano social e depois, no plano psicológico”. (Vygotsky in Coll et 
al.). 
A partir deste pensamento o professor tem o papel decisivo na aprendizagem da 
criança, como também dos adultos que interagem com elas, é através do outro que a criança, a 
partir de suas interações constrói aprendizagens significativas do mundo. Assim sendo, o 
educador deve ter um conhecimento razoável das ciências, para propor significantes 
adequados aos significados que a criança precisa construir, bem como a psicologia, deve 
embasar a sua prática docente para assim buscar compreender e entender melhor essa criança 
afetivamente e favorecer a sua autoestima. 
A proposta apresentada pelos PCNs sugere que a formação dos alunos tenha um 
caráter mais geral, possibilitando-lhes o desenvolvimento de capacidades que os habilitem a 
utilizar as diferentes tecnologias; assim, prioriza como proposta metodológica a investigação, 
para que o aluno possa exercitar sua capacidade de buscar informações e analisá-las, de forma 
significativa, deixando de lado o hábito da memorização. Para atingir estes objetivos, os PCN 
18 
 
 
 
trazem uma ideia de interdisciplinaridade que requer uma mudança no currículo da escola e 
para isso: Propôs-se, numa primeira abordagem, a reorganização curricular em áreas de 
conhecimento, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento dos conteúdos, numa 
perspectiva de interdisciplinaridade e contextualização (PCN, 1997:8). 
Há que se considerar que o trabalho interdisciplinar é possível quando existe: a 
integração de conteúdos; uma concepção unitária do conhecimento; o estudo e a pesquisa 
como duas facetas do processo de aprendizagem e a visão de que aprendemos ao longo da 
vida. Percebe-se assim, que o papel da escola é o acesso ao conhecimento construído e 
acumulado. É fundamental que quem transmite o conhecimento busque a introdução de novas 
definições e sua relação com outros conceitos, estimulando o pensamento crítico e a formação 
de novos e futuros cientistas. 
Freire diz que: 
 
"Quando nos referimos ao valor das interações em sala de aula, é importante 
pensarmos que este referencial não compactua com a idéia de classes socialmente 
homogêneas, onde uma determinada classe social organiza o sistema educacional de 
forma a reproduzir seu domínio social e sua visão de mundo. Também não 
aceitamos a idéia de sala de aula arrumada, onde todos devem ouvir uma só pessoa 
transmitindo informações que são acumuladas nos cadernos dos alunos de forma a 
reproduzir em determinado saber eleito como importante e fundamental para a vida 
de todos." 
 
O interesse do professor está exatamente em conhecer este processo que se instala 
a ação pedagógica. Não adianta ensinar a criança ou o adulto o que já sabe, e não resolve 
verificar o que não sabe, mas partir do conhecimento prévio para um conhecimento novo. Há 
uma zona de desenvolvimento situada entre o real e o potencial, chamada por Vygotsky de 
proximal, quando auxiliada pelo professor, outra criança ou adulto, evolui no processo 
chegando a alcançar o desenvolvimento real. 
Vygotsky aponta que construir conhecimento implica numa ação partilhada, que 
implica num processo de mediação entre sujeitos. Nessa perspectiva, a interação social é 
condição indispensável para a aprendizagem. A heterogeneidade do grupo enriquece o 
diálogo, a cooperação e a informação, ampliando consequentemente as capacidades 
individuais. As relações sociais se convergem em funções mentais, por isso a necessidade da 
educação inclusiva relacionando em um processo dinâmico que ao incluir o aluno com 
necessidades educacionais especiais no ensino regular exige das instituições escolares novos 
19 
 
 
 
posicionamentos em relação ao processo ensino-aprendizagem, buscando assim concepções e 
práticas inovadoras e uma mudança de atitude no que se refere à avaliação, à organização 
curricular e principalmente mudanças de atitudes para não admitir o preconceito, 
discriminação e barreiras entre culturas. 
 
2.1.5 Fundamentação Teórica 
Nossa formação nos prepara através de disciplinas com foco voltado para uma 
educação emancipatória, como diz Paulo Freire, preocupada em nos apresentar 
fundamentações teóricas que colocam a educação através de interações com a cultura, a 
política, o outro e a sociedade. Vivemos através da história humana as transformações que 
ocorreram na educação e embasados em teorias sócio interacionistas observamos que as inter-
relações fortalecem a educação e contribuem para a formação de cidadãos críticos, 
conscientes e sabedores de seus direitos e deveres perante a sociedade em que vivem. 
Vygotsky aponta que construir conhecimento implica numa ação partilhada, que implica num 
processo de mediação entre sujeitos. Nessa perspectiva, a interação social é condição 
indispensável para a aprendizagem. A heterogeneidade do grupo enriquece o diálogo, a 
cooperação e a informação, ampliando consequentemente as capacidades individuais. As 
relações sociais se convergem em funções mentais. 
 
2.1.6 Objetivos 
 
2.1.6.1 Objetivo geral 
O objetivo central desse projeto é o de promover a interação entre família e escola 
através do incentivo à leitura desde o início das etapas de escolaridade. O incentivo do adulto 
deve ser fundamental nesse processo sendo o mediador entre a criança e o livro. 
 
2.1.6.2 Objetivos específicos 
Nosso grupo procurou relacionar os objetivos do projeto de forma que 
contemplassem os conhecimentos propostos pela instituição para o 3º ano do ensino 
fundamental para o 3º bimestre. 
Por compreendermos que a instituição planeja seu ano letivo, buscamos com o 
20 
 
 
 
nosso projeto de intervenção apenas contribuir no processo ensino-aprendizagem respeitando 
o planejamento da instituição. 
 
2.1.7 Metodologia 
Nossa metodologia foi planejada com base em determinados momentos: 
1º momento: Faremos nossa apresentação para a turma e incentivaremos os alunos para que 
em casa recontem a história da Dona Baratinha para suas famílias e assim as mesmas possam 
contribuir ajudando nas atividades que os alunos levarem para casa; 
2º Momento: Roda de conversa, nesse momento trabalhamos a interpretação e a intervenção 
dos alunos na história; 
3º Momento: Esse momento será planejado antecipadamente, por nós com atividades 
xerocadas que contemple os conteúdos elencados abaixo: 
- Português: Anúncio, classificados, relatos; 
- Matemática: divisão exata e números pares e impares; 
- Geografia: pecuária e extrativismo; 
- História: Trabalho no presente, grandes mudanças; 
- Ciências: Corpo humano; 
- Religião: Natureza; 
- Artes: Dramatização; 
- Educação Física: Coordenação motora ampla; 
4º Momento: A socialização dos trabalhos, esse é o momento que esperamos para 
compartilhar com a família, que deverá ser recebida de forma carinhosa e com um gostoso 
lanche. 
 
2.1.8 Recursos 
Participação da família contando uma história infantil para seu filho; 
Presença da família na escola, conforme necessidade de cada membro da família a se 
apresentar na escola, a partir de alguma participação, através de contar história, ensinar 
alguma brincadeira; 
Filmadora para registrar a dramatização; 
Xérox, folha A4; 
21 
 
 
 
Uma sala para apresentar a dramatização de uma das versões da história para um momento de 
socialização com os professores, pais e alunos. 
 
2.1.9 Cronograma 
 
ATIVIDADES SIGNIFICATIVAS CARGA 
HORÁRIA 
SUJEITOS 
ENVOLVIDOS 
Português: Anúncio, classificados, 
relatos e tirinhas 
10 aulas de 
45min cada 
Estagiárias e a turma 
Matemática: divisão exata e não exata e 
números pares e impares 
10 aulas de 
45min cada 
Estagiárias e a turma 
Geografia: pecuária e extrativismo 4 aulas de 45min 
cada 
Estagiáriase a turma 
História: Trabalho no presente, grandes 
mudanças 
4 aulas de 45 min 
cada 
Estagiárias e a turma 
Ciências: Corpo humano 4 aulas de 45 min 
cada 
Estagiárias e a turma 
Religião: Natureza 2 aulas de 45 min 
cada 
Estagiárias e a turma 
Artes: Dramatização 2 aulas de 45 min 
cada 
Estagiárias e a turma 
Educação Física: Coordenação motora 
ampla 
3 aulas de 45 min 
cada 
Estagiárias e a turma 
Total 40h 
 
2.1.9.1 Detalhamento das atividades 
Português: Produção Textual 
Matemática: Jogos 
Geografia: Construção de mapas 
História: Saída de campo 
Ciências: Como é meu corpo e como ele se desenvolve 
22 
 
 
 
Religião: Natureza 
Artes: Dramatização 
Educação Física: Coordenação motora ampla 
 
2.1.9.2 Cronograma da turma 
2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira 
Educação Física Matemática Ciências Educação Física Literatura 
Artes Matemática Português Matemática Ciências 
Português Geografia Português Matemática Ciências 
Português Educação Física Literatura História Português 
Religião Geografia Artes História Matemática 
 
2.1.10 Avaliação 
A avaliação aconteceu sistematicamente durante o projeto, de forma contextualizada. 
 
2.1.11 Bibliografia ou fontes de consulta 
AGRANITO, Lais de Castro. Quem quer casar com a Dona Baratinha? Despertando o 
gosto pela leitura por meio de uma história. Disponível em: 
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=49446 >. Acessado em 
30/10/2013. 
 
Diretrizes Curriculares – Anos Iniciais, Município de Urubici – 2013.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=49446
23 
 
23 
 
2. 2 ANÁLISE REFLEXIVA INDIVIDUAL DO PROCESSO DE INTERVENÇÃO NOS 
ANOS INICIAIS 
O período de estágio durante o processo de intervenção na turma do 3º ano da 
Escola Nucleada Valdirene Arruda da Cunha Borguezan tornou-se a confirmação de que a 
teoria e a prática precisam caminhar juntas, pois, assim o processo de ensino e aprendizagem 
se fortalece e a probabilidade de acertos aumenta. 
Minha chegada à instituição provocou uma bagunça maravilhosa, fui professora 
alfabetizadora da metade desta turma e a outra metade pertencia a uma professora que durante 
o período que trabalhamos juntas trocamos muitas experiências e atividades, inclusive 
produzimos alguns trabalhos com as duas turmas de forma conjunta, assim, eu conhecia 
praticamente todas as crianças e eles a mim, por isso, da recepção tão calorosa. 
Logo de chegada algumas crianças me perguntaram sobre o Pedro (Pedro era um 
urso de pelúcia que me acompanhou durante o ano em que as alfabetizei, era o meu mascote 
que conversava comigo, passeava nas casas dos alunos e um período passeou na minha irmã e 
mandava bilhetes e fotos para a turma e desta maneira trabalhei alguns gêneros textuais com 
eles) e eu fiquei encantada por eles lembrarem, já que haviam se passado dois anos. 
Aproveitei o interesse e utilizei o meu Pedro novamente para instiga-los em algumas 
atividades. 
Minha estadia nesta turma tinha por objetivo além de trabalhar de forma 
interdisciplinar utilizando uma história, atrair a família para uma aproximação com a escola. 
Nos primeiros dias a professora da turma e a coordenadora da escola nos colocaram uma 
situação não muito animadora, elas já haviam tentado essa aproximação e a participação da 
família havia sido pequena, mas eu e minhas colegas de estágio não desanimamos e fomos 
persistentes em conversar com a turma a respeito da importância da família estar a par de tudo 
o que acontecia durante nossas aulas e que ao final a família seria convidada a assisti-los 
interpretando a história trabalhada numa confraternização. 
Assim passamos nove dias trabalhando atividades relacionadas ao conteúdo para o 
período, buscando sempre a interdisciplinaridade e proporcionando aprendizagens em grupos 
e individuais e quando percebíamos um ou outro aluno se destacando procurávamos utiliza-lo 
como mais um instrumento mediador para seus colegas de turma. Neste e em vários 
momentos nos percebíamos utilizando as tantas aprendizagens teóricas, não vou mentir 
muitas vezes riamos juntas e dizíamos: Mas não é que é verdade a teoria caminha com a 
24 
 
 
 
prática! É muito bom perceber que nossa formação realmente faz sentido em uma sala de 
aula. 
Trabalhar com uma história também facilitou nosso estágio, as crianças não são 
muito diferentes dos adultos neste quesito, elas gostam de ouvir uma boa historia contada de 
forma empolgante e isso eu e minhas colegas fizemos com rigor fantástico! 
Ainda falando a respeito da aprendizagem que a historia nos proporcionou para 
interagirmos com a turma, que não apresentava um desenvolvimento homogêneo, mas, que 
conseguia caminhar nesse processo de acordo com suas próprias habilidades, inclusive a 
Camila, uma aluna especial, ela não era minha aluna no primeiro ano, mas, era da minha 
companheira Rita e também já me conhecia, com ela trabalhamos a oralidade e conseguimos 
fazer uma avaliação oral, a qual a deixou encantada, pois, atribuímos uma nota a essa 
avaliação e isso a deixou em par de igualdades com os demais. Sabemos que a nota não deve 
ser a principal avaliação, mas naquele momento ela se fez necessária, assim eu e minhas 
colegas compreendemos. 
Finalmente chegou o último dia do nosso estágio e as expectativas à espera das 
famílias contagiaram não apenas as crianças, mas, a professora da turma, a coordenadora e 
todas nós estagiárias, mas para surpresa de todos não faltou um representante de cada criança, 
o que nos deixou muito felizes e emocionadas, essa participação em massa acreditamos tenha 
sido o resultado de muita conversa com as crianças, de atividades proporcionadas que 
envolviam a participação da família e a curiosidade que provocamos na própria família. Foi 
muito bom, foi à certeza de estarmos no caminho, de termos dado um pequeno passo em 
direção a uma relação que sabemos é de extrema importância para o desenvolvimento 
acadêmico de toda criança. 
Sabemos que não conseguimos contemplar todos os conteúdos de forma definitiva 
e que a professora da turma provavelmente retornaria em alguns conteúdos proporcionando as 
crianças novas oportunidades de aprendizagens, mas fazendo um balanço da nossa estadia 
nessa turma acreditamos que se não atingimos os cem por cento, também não passamos em 
branco e que provavelmente conseguimos deixar algum conhecimento para aquelas crianças, 
pois as mesmas tenho certeza nos proporcionaram aumentar nossa bagagem com seus 
conhecimentos, os quais não se fizeram de rogadas para nos transmitir. 
Hoje registrando esses momentos percebo que o estágio também me proporcionou 
ter a certeza de que estou fazendo o que gosto e que se o salário de professor não paga todas 
as minhas contas, a alegria de estar em uma sala de aula não tem preço. 
25 
 
 
 
 
2.3 PROJETO DE INTERVENÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
2.3.1 Identificação do campo de estágio 
Centro de Educação Infantil – Amélia Matos da Luz – Pré II 
 
2.3.2 Identificação da Equipe de estagiários 
Claudia Roberta dos Santos, Fernanda Santos Godinho e Stela Feliciana Lisboa de Oliveira. 
 
2.3.3 Tema e Título do projeto 
TEMA: A história utilizada como instrumento de mediação entre família e aprendizagem 
TÍTULO: Eu faço a história 
 
2.3.4 Justificativa 
Nosso projeto esta embasado nas teorias de Vygotsky por se tratarem de teorias que 
apresentam uma relação direta com o processo ensino-aprendizagem. 
Segundo Vygotsky o desenvolvimento e aprendizagem ocorrem a partir de mediações sociais, 
e essas mediações precisam ser incentivadas, estimuladas e valorizadas dentro do processo 
ensino-aprendizagem. 
O Projeto Eu faço a História também aproveita o fato das histórias estarem presentes na nossa 
cultura, há muito tempo e o hábito de contá-las e ouvi-las tem inúmeros significados e está 
relacionado ao cuidado afetivo, a construção da identidade, ao desenvolvimentoda 
imaginação, a capacidade de ouvir o outro e a de expressar-se. Além disso, a leitura de 
histórias aproxima a criança do mundo letrado e colabora para a democratização de um de 
nossos mais valiosos patrimônios culturais: a escrita. O projeto Eu Faço a História foi 
elaborado para ser trabalhado de forma lúdica e interdisciplinar. 
Nosso grupo procurou relacionar os objetivos do projeto com os objetivos das Diretrizes 
Curriculares da Educação Infantil do Município de Urubici para o Pré II para o 1º bimestre. 
Por compreendermos que a instituição planeja seu ano letivo, buscamos com o nosso projeto 
de intervenção apenas contribuir no processo ensino-aprendizagem respeitando o 
planejamento da instituição. 
 
2.3.5 Fundamentação Teórica 
Nossa formação nos prepara através de disciplinas com foco voltado para uma 
26 
 
 
 
educação emancipatória, como diz Paulo Freire, preocupada em nos apresentar 
fundamentações teóricas que colocam a educação através de interações com a cultura, a 
política, o outro e a sociedade. Vivemos através da história humana as transformações que 
ocorreram na educação e embasados em teorias sócio interacionistas observamos que as inter-
relações fortalecem a educação e contribuem para a formação de cidadãos críticos, 
conscientes e sabedores de seus direitos e deveres perante a sociedade em que vivem. Nosso 
embasamento teórico se encontra na teoria de Vygotsky que diz: 
Vygotsky aponta que construir conhecimento implica numa ação partilhada, que implica 
num processo de mediação entre sujeitos. Nessa perspectiva, a interação social é condição 
indispensável para a aprendizagem. A heterogeneidade do grupo enriquece o diálogo, a 
cooperação e a informação, ampliando consequentemente as capacidades individuais. As 
relações sociais se convergem em funções mentais. 
 
2.3.6 Objetivos 
 
2.3.6.1 Objetivo geral 
Desenvolver o prazer pela leitura, apreciando a história contada, compreendendo 
seu enredo, identificado os personagens, memorizando a história, e ampliando o vocabulário 
nela envolvido e assumindo o desafio de tornarem-se contadores de histórias para os pais. 
 
2.3.6.2 Objetivos específicos 
- Participar e interagir no momento da leitura de histórias; 
- Representar ideias por meio de desenhos; 
- Valorizar a importância da preservação das manifestações culturais; 
- Realizar a contagem oral, por meio de recursos, como: música, brincadeiras e objetos; 
- Criar desenhos e pinturas; 
- Explorar os elementos musicais para expressão e interação com os outros e a ampliação de 
conhecimento de mundo; 
- Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e o 
ritmo corporal nas suas brincadeiras e danças em situações de interação. 
 
2.3.7 Metodologia 
Nossa metodologia está planejada com base em determinados momentos: 
1º momento: Faremos nossa apresentação para a turma e incentivamos os alunos para que em 
casa recontem a história para suas famílias e assim as mesmas possam contribuir ajudando nas 
atividades que os alunos levarem para casa; 
27 
 
 
 
2º Momento: Roda de conversa, nesse momento trabalhamos a interpretação e a intervenção 
dos alunos na história; 
3º Momento: Esse momento será planejado antecipadamente, por nós com atividades 
xerocadas que contemplem os conteúdos elencados pela professora da turma para esse 
período; 
4º Momento: A socialização dos trabalhos, esse é o momento que esperamos para 
compartilhar com a família, que deverá ser recebida de forma carinhosa e com um gostoso 
lanche. 
 
2.3.8 Recursos 
Participação da família colaborando nas atividades do aluno; 
Presença da família na escola, para socialização; 
Filmadora para registrar a dramatização; 
Xérox, folha A4; 
Uma sala para apresentar a dramatização da história para um momento de socialização com os 
professores, pais e alunos. 
 
2.3.9 Cronograma 
ATIVIDADES SIGNIFICATIVAS CARGA 
HORÁRIA 
SUJEITOS 
ENVOLVIDOS 
Linguagem Oral e Escrita: participar 
em diálogos (situações diversas) roda 
de conversa, recontar histórias, escuta 
de textos lidos, de narrativas orais, 
apreciando a leitura feita por outros, 
visualização de letras, leitura de 
imagens, construção de textos 
coletivos que podem ser ditados ao 
professor. 
10 aulas de 01:00 
hora cada. 
Estagiárias e a turma 
Natureza e Sociedade: brincadeiras 
que trabalham o vínculo de 
pertencimento. 
3 aulas de 01:00 
hora cada. 
Estagiárias e a turma 
Matemática: brincar de contagem 4 aulas de 01:00 Estagiárias e a turma 
28 
 
 
 
oral, visualização de números, 
sequência numérica. 
hora cada. 
Artes Visuais: criação de desenhos e 
dramatização. 
10 aulas de 01:00 
hora cada. 
Estagiárias e a turma 
Movimento: deslocamento, regras de 
socialização. 
7 aulas de 01:00 
hora cada. 
Estagiárias e a turma 
Total 34h 
Obs.: Às 6 horas restantes estávamos interagindo em outros momentos em que a 
turma participa (café da manhã, recreio, almoço e hora do sono). 
 
2.3.9.1 Detalhamento das atividades 
Nesse item elencamos atividades de acordo com os referenciais curriculares da instituição e 
que podem ser realizadas com o projeto Eu Faço a História: 
As atividades estarão relacionadas às histórias que seguem um roteiro e no qual o aluno é ator 
ativo, assim contemplamos atividades relacionadas às disciplinas trabalhadas no Pré II. 
As atividades apresentam três momentos: 
(1ª) A história é contada e ao mesmo tempo o professor executa os movimentos sugeridos, 
desta forma os alunos acompanham os movimentos e ajudam o professor a criar outros. 
(2ª) O professor juntamente com os alunos distribui os papéis de cada um na história. 
(3ª) O professor e os alunos constroem um circuito para que a história seja encenada. 
Prática de Leitura – Através da leitura de imagens (vídeo). 
Prática de Oralidade – Momento de socialização da história. 
Prática de Escrita – Através da história escrita. 
Matemática – Trabalhando as noções da matemática através dos movimentos de ziguezague, 
subir e descer, dentro e fora, noção do espaço que cada criança tem dentro da história. 
Natureza e Sociedade – Estabelecendo a relação entre o professor, os colegas e a autonomia 
no momento em que cada aluno tem um papel importante na interpretação da história. 
Movimento – Exploração dos movimentos desenvolvendo a psicomotricidade, trabalhando o 
movimento e a parte psíquica que seria a afetiva e a cognitiva, utilizando assim a teoria de 
Piaget que afirma que a inteligência se constrói a partir da atividade motriz das crianças e que 
nos primeiros anos de vida até aproximadamente os sete anos a educação é psicomotriz. 
Artes/Linguagens – Trabalhando a dramatização. 
 
29 
 
 
 
2.3.9.2 Cronograma da turma 
Segundo a professora da turma não existe um cronograma fixo, pois a mesma trabalha de 
forma interdisciplinar, assim apresentamos abaixo o cronograma que utilizamos. 
 
2ª Feira 06/04 3ª Feira 07/04 4ª Feira 08/04 5ª Feira 09/04 6ª Feira 10/04 
Linguagem 
oral e escrita 
Artes visuais 
Linguagem 
oral e escrita 
Matemática 
Artes visuais 
Movimento 
Linguagem 
oral e escrita 
Artes visuais 
Natureza e 
sociedade 
Linguagem 
oral e escrita 
Artes visuais 
Natureza e 
sociedade 
Movimento 
Linguagem 
oral e escrita 
Artes visuais 
Natureza e 
sociedade. 
2ª Feira 13/04 3ª Feira 14/04 4ª Feira 15/04 5ª Feira 16/04 6ª Feira 17/04 
Linguagem 
oral e escrita 
Artes visuais 
Movimento 
Linguagem 
oral e escrita 
Artes visuais 
Matemática 
Movimento 
Linguagem 
oral e escrita 
Artes visuais 
Matemática 
Movimento 
Linguagem 
oral e escrita 
Artes visuais 
Movimento 
Linguagem 
oral e escrita 
Artes visuais 
Movimento 
 
 
2.3.10 Avaliação 
A avaliação aconteceu sistematicamente durante o projeto de forma contextualizada. 
 
2.3.11 Bibliografia ou fontes de consulta 
CLEMENTE, Heloisa. Ginástica HistoriadaIII. Disponível em: 
<http://professoraheloisaedfisica.blogspot.com.br/2010/01/ginastica-historiada-iii.html>. 
Acessado em 30/10/2013. 
 
LOURENÇO, Noêmia A. Ginástica Historiada – Brincadeira com movimento. Disponível 
em: <http://queridadocencia.blogspot.com.br/2011/07/ginastica-historiada.html>. Acessado 
em 30/10/2013. 
 
Diretrizes Curriculares – Educação Infantil, Município de Urubici – 2012. 
 
http://professoraheloisaedfisica.blogspot.com.br/2010/01/ginastica-historiada-iii.html
http://queridadocencia.blogspot.com.br/2011/07/ginastica-historiada.html
30 
 
 
 
2.4 ANÁLISE REFLEXIVA INDIVIDUAL DO PROCESSO DE INTERVENÇÃO NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
A chegada a Educação Infantil para estagiar e colocar em prática minha docência 
foi tranquila e muito calorosa, a turma era pequena e consegui conversar com todos da turma. 
No primeiro dia apresentei junto com minhas colegas nosso projeto e o primeiro 
contato que eles tiveram com a história que faria parte de todo o processo foi através de um 
vídeo que levamos e que era dramatizado por alunos de uma creche de outra comunidade, 
porém, da mesma cidade. Isso provocou uma reação muito legal nas crianças, pois, elas se 
identificaram com as crianças do vídeo e essa identificação se deu pelo fato de serem crianças 
comuns, não eram atores desconhecidos, mas sim, crianças com realidades bem parecidas 
com elas e isto fez com que a turma ficasse bem ansiosa para também dramatizar a história e 
apresentar para suas famílias. Este fato só contribuiu para nossa docência. 
Procuramos propor atividades relacionadas à história interagindo com os eixos da 
Educação Infantil de forma interdisciplinar, assim os dias foram passando e entre atividades 
em grupo e individuais procuramos colocar a importância da família para que nossa 
participação nesta turma atingisse nosso objetivo. Todos os dias pedíamos para que as 
crianças colocassem ao par da família o que haviam realizado na creche e algumas atividades 
que propomos a participação da família se fazia necessária. Assim como nos Anos Iniciais a 
expectativa pela participação da família não era animadora, mas, assim como não 
desanimamos nos Anos Iniciais, não seria nesse momento que o desanimo tomaria conta de 
mim ou de minhas colegas de estágio. 
Finalmente chegou o dia da confraternização e para nossa surpresa e de todos da 
creche a família das crianças se fez presente, o único aluno que não foi possível comparecer 
ninguém da família a professora da turma nos deu uma aula de superação das dificuldades que 
enfrentam durante todo o ano, mas mesmo assim consegue superar, ela pediu para que a 
professora de outra turma falasse que estava representando a família deste aluno e essa atitude 
fez com que o aluno não sentisse tanto a falta da sua família. 
Durante os dias de minha docência aplicamos atividades que contribuíram para 
novos conhecimentos para a turma, mas também, me senti em alguns momentos perdida por 
não perceber fluir outras atividades e nestes momentos a professora da turma, a Edna me 
ofereceu outras maneiras de transmitir o que eu queria e isso me fez perceber como é bom 
termos bons profissionais na educação e que fazem questão de contribuir com nossa 
caminhada, pois, não é uma caminhada diferente e sim a mesma. 
31 
 
 
 
2.5PROJETO DE GESTÃO EM OUTROS ESPAÇOS EDUCATIVOS 
 
2.5.1 Identificação do campo 
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. 
 
2.5.2 Identificação da Equipe de estagiários 
Claudia Roberta dos Santos, Fernanda Santos Godinho e Stela Feliciana Lisboa de Oliveira. 
 
2.5.3 Tema e Título do projeto 
TEMA: Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente 
TÍTULO: Conceito de Sustentabilidade 
 
2.5.4 Introdução 
Cuidar do destino do nosso Planeta é responsabilidade de todos, sendo assim a 
escola ou qualquer outro espaço que trabalhem com a educação seja ela formal ou não formal 
são lugares favoráveis para trabalhar ações que propiciem Qualidade de vida e respeito ao 
meio ambiente, tema que contempla o conjunto de metas dos oito objetivos do milênio 
organizados pela ONU em 2000, pelo fato de que essas instituições são grandes geradoras de 
resíduos. Então, é importante que trabalhemos no sentido de envolver a comunidade escolar, 
alunos, pais, educadores e funcionários para que esta situação modifique, formando novos 
hábitos. 
A Educação Ambiental é muito mais do que conscientizar sobre o lixo, a 
reciclagem e a poluição. É trabalhar situações que possibilitem a comunidade escolar pensar 
propostas de intervenção na realidade. 
Entretanto, na criança no jovem é mais fácil desenvolver a sensibilidade, o gosto 
e o amor pela natureza, diferente do adulto, que algumas vezes, desenvolvem apenas o 
respeito, para isso podemos contar com um ferramenta importantíssima nos dias atuais que 
são as mídias digitais, pois elas fazem parte do cotidiano de milhões de pessoas pelo mundo 
afora. 
Este projeto irá contemplar através do uso das mídias, com uma gestão criteriosa 
para que sejam alcançados os objetivos, buscando a percepção, a necessidade de que 
pequenos atos, que podem ser responsáveis por grandes transformações que devem ser 
assumidas por nós, para o resto de nossas vidas e assim estaremos garantindo o futuro de 
32 
 
 
 
nossas gerações tendo como base a fraternidade e a sustentabilidade, desta forma, teremos 
uma noção reafirmando que tudo está interligado. 
 
2.5.5 Justificativa 
O conceito de sustentabilidade, que deve gerar Qualidade de vida e respeito ao 
meio ambiente, apesar de conhecido e difundido, é pouco compreendido e menos ainda, 
vivenciado. Para qualquer pessoa questionada sobre tal assunto, identifica que 
sustentabilidade é um método de preservar o meio ambiente e na realidade, não é só isso. 
Com isso, verificamos que é um dos melhores caminhos para promover mudanças 
significativas de atitudes e comportamentos até por que durante o período de estágio de 
observação, nosso grupo percebeu que as crianças e adolescentes que ali são atendidas 
provem de famílias e comunidades muito simples que muitas vezes a própria sociedade acaba 
esquecendo-os, em alguns aspectos os quais acabam não buscando os seus direitos. 
Então com a intenção de conscientizar cidadãos capazes de identificar e buscar os seu direitos 
e perceberem que pequenas atitudes podem mudar suas vidas, e pelo fato de que a instituição 
desenvolve oficinas com materiais que deixam de ser lixo para se transformar em arte, 
elaboramos o projeto de gestão com o que acreditamos que teria um melhor desenvolvimento 
na instituição. 
 
2.5.6. Objetivos 
 
2.5.6.1 Objetivo geral 
Implantar práticas sustentáveis de forma a conscientizar para a importância de 
trabalhar o tema na busca da transformação de cidadãos capazes de identificar e buscar os seu 
direitos e perceberem que pequenas atitudes podem mudar suas vidas e o desenvolvimento do 
planeta. 
 
2.5.6.2 Objetivos específicos 
- Criar uma mídia para ajudar no acompanhamento de ações de sustentabilidade, promovendo 
assim um interesse maior pelo assunto. 
- Identificar e promover atitudes sustentáveis no coletivo e, individualmente, agir 
coerentemente com elas. 
- Desenvolver atitudes diárias de respeito ao ambiente e à sustentabilidade, 
http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/projeto-escola-sustentavel-544933.shtml
33 
 
 
 
- Ampliar o interesse por projetos ambientais e se integrar em sua organização e implantação. 
- Trabalhar com material reciclado de forma a reutilizar. 
 
2.5.7 Fundamentação Teórica 
A questão ambiental vem marcando pautas de discussões importantes, onde são 
tomadas decisões cruciais para o desenvolvimento da humanidade. Diversos encontros com 
esta temática são realizados com a finalidade de solucionar problemas que afligem o ser 
humano na atualidade. 
Assim, a mídia passa a ter um papel fundamental na divulgação de informações 
para a populaçãode maneira eficaz no tocante à formação de uma consciência ambiental mais 
sólida. 
A Educação Ambiental aparece como instrumento fundamental à transformação 
das pessoas. É à luz da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), Lei Federal n. 
9.795/99, que se entende Educação Ambiental (EA) para fins desta pesquisa como sendo: 
 
Um conjunto de processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem 
valores sociais, conhecimentos, habilidades e competências voltadas para a conservação do 
meio ambiente, bem de uso comum e do povo, essencial à ótima qualidade de vida e sua 
sustentabilidade (BRA, 1999, p.1). 
 
No artigo 2º da PNEA, a educação ambiental é declarada direito de todos e 
componente essencial da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em 
todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. 
É uma luta a favor de novas ideias e valores éticos, em que deve prevalecer a 
melhoria da qualidade de vida para todos (PELICIONE, 2005, p. 596-597). 
 
2.5.8 Proposta de ação 
Realização de conversa com o grande grupo da instituição para apresentação do 
projeto e definir os as habilidades do grande grupo na busca de alcançar os objetivos. 
Firmar parceria com a secretaria de obras para uma eventual necessidade de apoio 
e manter o apoio da secretaria da educação para manter o direito ao acesso às mídias pela 
instituição. 
Criar uma pagina no facebook, para divulgação dos trabalhos e com o objetivo de 
conscientizar um maior numero de pessoas quanto a necessidades de pequenas mudanças para 
ajudar o planeta e automaticamente a nós. 
34 
 
 
 
Buscar apoio de entidades privadas na doação de lixeiras adequadas para 
separação de material na escola, e a possibilidade de implantar as mesmas em espaços 
públicos e privados. 
Buscar o apoio da prefeitura para que seja cedido a instituição um espaço para 
trabalhar com horta. 
Dar continuidade com trabalhos com material reciclado, contextualizando a sua 
importância. 
Iniciar a construção da horta. 
 
2.5.9 Cronograma 
Ação Tempo (semana/mês/ano) Sujeitos Envolvidos 
Apresentação do projeto 15 dias Funcionários 
Parcerias 01 mês Órgãos públicos e privados 
Criação de Mídia 15 dias Todos e um gestor. 
Trabalhos O ano todo Todos da instituição 
Trabalho com a horta O ano todo Todos da instituição 
 
2.5.10 Considerações finais 
Percebemos que é muito importante a gestão para o desenvolvimento de um 
projeto, e que sustentabilidade e mídias podem e devem caminhar juntas tendo em vista que 
as mídias tem uma influencia muito grande sobre as pessoas. 
Concluímos, que esta entidade de ensino não formal têm papel muito importante 
na construção dos conceitos e opiniões das crianças e adolescentes que são atendidas 
diariamente, onde existe um trabalho sobre as questões sociais e ambientais, mas que existe 
uma dificuldade de relacioná-las com os mais diversos setores, como a economia, o 
desenvolvimento sustentável, a saúde, a educação em si, dentre tantos outros. 
A mídia tem alto poder de influencia sobre os alunos atendidos na instituição 
tendo que tomar cuidado com o seu uso diante de uma sociedade capitalista, onde se busca o 
lucro acima de tudo, e onde a sustentabilidade segue na contra mão do que hoje se conhece 
como desenvolvimento, mas não é por esse motivo que devem deixar de ser utilizadas como 
meio de divulgação da educação ambiental, podendo alcançar a maior quantidade de 
espectadores possíveis de forma que estes possam compreendam e desenvolvam sua 
consciência ambiental de forma sólida e eficaz. 
35 
 
 
 
2.5.11 Referências Bibliográficas 
ESTEVES, Glaucia, Vivendo com a ciência, disponível em: 
<http://vivendocomciencia.blogspot.com.br/2012/11/a-relacao-entre-gestao-
democratica.html>, acessado em 31/10/2014. 
 
NOGUEIRA, Neide, Projeto: Escola Sustentável, disponível em: 
<http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/projeto-escola-sustentavel-544933.shtml>, 
acessado em 31/10/2014. 
 
PANDINI, Carmen Maria Cipriani, Gestão de educação a distância: caderno pedagógico, 
1. ed., Florianópolis, UDESC:UAB:CEAD, 2014. 
 
PANDINI, Carmen Maria Cipriani, Produção de material didático para a Educação a 
Distância: caderno pedagógico, 1. ed., Florianópolis, UDESC:UAB:CEAD, 2014. 
 
PEREIRA, Uhênia Caetano, Sustentabilidade: da teoria à prática – por uma educação 
ambiental Transformadora, disponível em: 
<http://nupeat.iesa.ufg.br/up/52/o/34_Sustentabilidade.pdf>, acessado em 31/10/2014. 
 
PEREIRA, Joaquim Vitor de Araújo, Divulgação da educação ambiental, disponível em: 
<http://www.sbpcnet.org.br/livro/63ra/arquivos/jovem/39divulgacao.pdf>, acessado em 
31/10/2014. 
 
__________Oito jeitos e mudar o mundo, disponível em: 
<http://www.objetivosdomilenio.org.br/meioambiente/>, acessado em 31/10/2014. 
 
 
http://vivendocomciencia.blogspot.com.br/2012/11/a-relacao-entre-gestao-democratica.html
http://vivendocomciencia.blogspot.com.br/2012/11/a-relacao-entre-gestao-democratica.html
http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/projeto-escola-sustentavel-544933.shtml
http://nupeat.iesa.ufg.br/up/52/o/34_Sustentabilidade.pdf
http://www.sbpcnet.org.br/livro/63ra/arquivos/jovem/39divulgacao.pdf
http://www.objetivosdomilenio.org.br/meioambiente/
36 
 
 
 
2.6 ANÁLISE REFLEXIVA INDIVIDUAL DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO 
PROJETO DE GESTÃO 
 
O período que passei no espaço não formal de educação, desde o conhecimento da 
instituição até a produção do projeto que seria uma sugestão de trabalho para o Serviço de 
Convivência e Fortalecimento de Vínculos tornou-se um tempo de aprendizagens. 
Eu já conhecia este espaço de aprendizagens, pois, trabalhei durante um ano neste 
local, mas, voltar a ele com uma nova ótica e com novas perspectivas me fez gostar ainda 
mais de estar lá. As pessoas que lá trabalham mesmo com todas as dificuldades que 
infelizmente qualquer instituição de educação precisa atravessar proporcionam uma 
diversidade de atividades sempre visando a busca do cidadão na sociedade e isso é a prova de 
que a educação seja ela formal ou não formal só precisa de bons profissionais, criatividade e 
vontade de fazer. 
Em relação ao nosso projeto procuramos não fugir dos objetivos da instituição e 
conhecendo um pouco do que já está sendo realizado procuramos apenas contribuir um 
pouco. 
Assim propomos trabalhar utilizando atitudes que já estão sendo construídas na 
instituição e com um diferencial em utilizar os meios de comunicação para divulgá-las 
oportunizando outras pessoas a refletirem e por que aderirem à mensagem transmitida. 
Toda a instituição recebeu nosso projeto com muito carinho e nos acolheram em 
todos os momentos durante nossa passagem, sentimos que fomos ouvidas e também ouvimos 
relatos de alunos e professores de experiências parecidas que já estavam sendo realizadas. 
Assim concluímos mais uma etapa da nossa formação compreendendo que juntos 
somos mais e que a educação se faz presente em todos os locais onde existe alguém com 
vontade de fazer a diferença neste mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
3 CONTRIBUIÇÕES DOS CAMPOS DE ESTÁGIOS COMO ESPAÇO DE 
FORMAÇÃO DOCENTE 
 
Os campos de estágios me proporcionaram uma aprendizagem que envolveu a 
teoria e a prática, me fazendo vivenciar teorias através da prática. 
Nossa docência nos proporcionou vivenciar a aprendizagem através das 
mediações como aprendemos com Vygotsky e Paulo Freire, nos trabalhos que realizamos em 
grupos. 
Também com Piaget que nos ensinou que a aprendizagem passa por estágios, ou 
seja, planejamos nossos planos de aula de acordo com a turma em que iriamos aplicar. 
E finalizando essas considerações me reporto a Paulo Freire novamente quando 
nos fez perceber que o aluno chega à escola com uma bagagem que deve ser trabalhada de 
maneira inteligente para transformar o processo ensino aprendizagem em um processo 
significativo

Outros materiais