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Distúrbios de aprendizagem

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Distúrbios de
aprendizagem
Há dois tipos de distúrbios de
aprendizagem:
1)Específico ou primário
Atingem as crianças inteligentes que
normalmente frequentam escolas cujo
método sempre é adequado. Não
apresentam alterações motoras,
sensoriais ou psicológicas que justifiquem
a dificuldade.
2)Inespecífico ou secundário
A aprendizagem se dá de forma
inadequada pela existência de um fator
causal identificável que interfere na
aprendizagem.
5 a 10% das crianças em
idade escolar apresentam
algum distúrbio de
aprendizagem.
Distúrbios mais específicos
Grupo 1: Dislexia (alteração de
processamento fonológico básico
incluindo a habilidade linguística, leitura e
atividade de soletrar).
Grupo 2: Distúrbios de aprendizagem não
verbais (dificuldade de solucionar
problemas e de aprender termos
aritméticos para computar. Além dos
distúrbios do ritmo e visuoespaciais,
motores e de percepção tátil. Se referem
à noção espacial, atividades
organizacionais e regras).
Para escrever é fundamental que se
tenha a habilidade motora e visual
espacial preservada; essa habilidade
depende do hemisfério direito que está
envolvido nas funções visuoespaciais e
emocionais; dependem também do
hemisfério esquerdo que têm ligação com
a fala, leitura e a execução motora.
Os distúrbios da aprendizagem
também englobam os distúrbios do
desenvolvimento da coordenação que
também chamamos de dispraxia.
- Esse distúrbio é caracterizado pela
dificuldade de coordenação que a
criança apresenta e que tende a
atrapalhar na realização das
atividades escolares e no convívio
social e é um distúrbio que não se
origina de um comprometimento
neurológico ou mental que seja
identificado.
- A dispraxia é relacionada à
discalculia(dificuldade para
pensar, refletir, avaliar ou
raciocinar atividades
relacionadas à matemática) e
disgrafia (habilidades de escrita
abaixo do esperado para a
idade, relacionada a falta de
equilíbrio entre a qualidade da
formação da letra e a taxa de
produção) e de forma mais ampla
é associada também aos
distúrbios de linguagem e ao
autismo .
As causas dos distúrbios de
aprendizagem podem ser:
- Déficits sensoriais;
- Alterações da dinâmica familiar;
- Ambiente escolar inadequado;
- Doenças crônicas com
medicamento;
- Intercorrências neurológicas ou
pediátricas;
- Deficiência mental;
- TDAH
Transtorno do déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH)
- Mais encontrado em crianças: déficit de
atenção, impulsividade e hiperatividade.
↓
influenciam o comportamento
no
convívio familiar e social, o
rendimento escolar, o
desenvolvimento emocional e
a autoestima.
A partir de 1980
O TDAH passou a ser reconhecido como
entidade definida quando o Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais estabeleceu critérios
diagnósticos, atualmente classificado em
3 diferentes subtipos:
● Combinado (50 a 75%);
● Predominantemente
hiperativo-impulsivo (até 15%) - maior
prejuízo no convívio com a família/amigos
do que na escola;
● Predominantemente déficit de atenção
(20 a 30%) - maior prejuízo no
desempenho escolar, porém melhor
convívio social. É mais comum em
meninas, ao passo que os demais
predominam em meninos em até 3%.
Fatores biológicos e ambientais do
TDAH:
● Eventos gestacionais adversos. Por
exemplo: toxemia (intoxicação do acúmulo
excessivo de toxinas endógenas ou
exógenas no sangue), eclampsia
(convulsões generalizadas e inexplicadas
em mulheres), idade materna, parto
prolongado, hemorragia pré-parto, baixo
peso e fatores tóxicos como tabagismo e
alcoolismo.
● A hereditariedade também é um fator
importante;
● A predisposição genética é
caracterizada pelas alterações neurais e
essa predisposição leva a uma alteração
funcional que é mediada pela alteração de
neurotransmissores (dopamina,
noradrenalina e em parte a serotonina).
Tratamento para TDAH
A medicação é recomendada, junto com a
terapia comportamental (funciona, mas
nem sempre os pais e professores
conseguem aderir a esse tipo de
tratamento).
A medicação mais utilizada pelos médicos
é o Metilfenidato que aumenta a
concentração de dopamina nas sinapses
pré-frontais e estriatais; reduz a
hiperatividade, agressividade e o opositor
desafiante, para uma melhor relação com
familiares e amigos.
ALTERAÇÕES DO DISTÚRBIO DE
APRENDIZAGEM NÃO VERBAL
- Déficit tátil-perceptual bilateral com
predomínio no hemicorpo
esquerdo.
- Déficit bilateral de coordenação
mais evidente à esquerda.
- Déficit de organização
visuoespacial.
- Dificuldade de adaptação a
situações ou problemas novos ou
complexos principalmente quando
a solução é de origem não verbal.
- Dificuldade de entender e utilizar
sinalizações de reforço positivo e
negativo.
- Dificuldade de lidar com a noção
do tempo.
- Boa memória verbal para decorar
textos, ler e soletrar, mas em
repetição de dados ou ideias que
já haviam sido expostas.
- Déficit de entoação da fala
(prosódia inadequada).
- Discalculia.
- Dificuldade de raciocínio
significativa, devido ao
atendimento de muito mais
estímulos verbais do que táteis e
visuais.
- Dificuldade de análise, julgamento
e percepção de situações e
inter-relações que contribui para o
desajuste social, em longo prazo,
favorecendo o surgimento da
ansiedade e depressão.
- Tendência ao sedentarismo
CARACTERÍSTICAS DOS DISTÚRBIOS
DE APRENDIZAGEM NÃO VERBAIS
- Conceituação não especificada
seja como distúrbio do
desenvolvimento ou dependente
de possível etiologia traumática ou
pré ou perinatal.
- Eventuais influências ambientais
pouco definidas.
- Substrato anatômico associado
com alterações do hemisfério
direito, substância branca e
integração intermodal (corpo
caloso), não existindo estudos de
neuroimagem, a não ser por meio
de relatos de caso.
- Alterações táteis mais evidentes à
esquerda e déficits
visuoperceptivos e psicomotores.
Apraxia motora oral.
- Déficit no que se refere à
formação e assimilação de
conceitos, bem como resolver
problemas, gerar estratégias,
testar hipóteses, estabelecer
relações de causa e efeito e
desenvolver o pensamento
operacional.
- Má prosódia.
- Alteração da memória perceptiva
visual (discriminação, detalhes,
relações, má retenção de traços
fisionômicos), tátil, não verbal e
para retenção de informações
complexas.
- Déficit de atenção quanto a
informações táteis e visuais, bem
como quanto a repetições verbais,
que são comuns.
- Distúrbios da aprendizagem de
grafomotores, na compreensão da
leitura, na aritmética e raciocínio
matemáticos, bem como em
ciências.
- Dificuldade de adaptação
psicossocial e tendência a repetir
ou perseverar comportamentos já
assimilados, portanto
estereotipados.
- Distúrbios da conduta, da
percepção e do julgamento social,
com consequente baixa
sociabilidade e tendência ao
isolamento podendo levar a
ansiedade e depressão.

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