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fluxograma CA DE UTERO PREVENÇÃO

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OBJETIVO 6 
 PREVENÇÃO
 DETECÇÃO PRECOCE
 PROGRAMAS/VACINAÇÃO
 O exame preventivo do câncer do colo do 
 útero (Papanicolau) é a principal estratégia 
 para detectar lesões precursoras e fazer o 
 diagnóstico precoce da doença. O exame 
 pode ser feito em postos ou unidades de 
 saúde da rede pública que tenham 
 profissionais capacitados.
 Sua realização periódica permite reduzir a 
 ocorrência e a mortalidade pela doença. O 
 exame preventivo é indolor, simples e 
 rápido. Pode, no máximo, causar um 
 pequeno desconforto. Para garantir um 
 resultado correto, a mulher não deve ter 
 relações sexuais (mesmo com camisinha) 
 no dia anterior ao exame; evitar também o 
 uso de duchas, medicamentos vaginais e 
 anticoncepcionais locais nas 48 horas 
 anteriores à realização do exame.
 É importante também que não esteja 
 menstruada, porque a presença de sangue 
 pode alterar o resultado. Mulheres grávidas 
 também podem se submeter ao exame, sem 
 prejuízo para sua saúde ou a do bebê. 
 Quem deve fazer e quando fazer o exame 
 preventivo:Toda mulher que tem ou já teve 
 vida sexual e que estão entre 25 e 64 anos 
 de idade. Devido à longa evolução da 
 doença, o exame pode ser realizado a cada 
 três anos. Para maior segurança do 
 diagnóstico, os dois primeiros exames 
 devem ser anuais. Se os resultados 
 estiverem normais, sua repetição só será 
 necessária após três anos. 
 A prevenção primária do câncer do colo do 
 útero está relacionada à diminuição do risco 
 de contágio pelo Papilomavírus Humano (
 HPV). 
 A transmissão da infecção ocorre por via 
 sexual, presumidamente por meio de 
 abrasões microscópicas na mucosa ou na 
 pele da região anogenital.
 Consequentemente, o uso de preservativos (
 camisinha masculina ou feminina) durante a 
 relação sexual com penetração protege 
 parcialmente do contágio pelo HPV, que 
 também pode ocorrer pelo contato com a 
 pele da vulva, região perineal, perianal e 
 bolsa escrotal. 
 Gestantes Gestantes têm o mesmo risco 
 que não gestantes de apresentarem câncer 
 do colo do útero ou suas lesões 
 precursoras. O achado dessas alterações 
 durante o ciclo grávido puerperal reflete a 
 oportunidade do rastreamento durante o 
 pré-natal. Apesar de a JEC no ciclo 
 gravídico-puerperal encontrar-se 
 exteriorizada na ectocérvice na maioria das 
 vezes, o que dispensaria a coleta 
 endocervical, a coleta de espécime 
 endocervical não parece aumentar o risco 
 sobre a gestação quando utilizada uma 
 técnica adequada32. Recomendações O 
 rastreamento em gestantes deve seguir as 
 recomendações de periodicidade e faixa 
 etária como para as demais mulheres, 
 devendo sempre ser considerada uma 
 oportunidade a procura ao serviço de saúde 
 para realização de pré-natal (A). 
 Mulheres na pós-menopausa Mulheres na 
 pós-menopausa, sem história de 
 diagnóstico ou tratamento de lesões 
 precursoras do câncer de colo uterino, 
 apresentam baixo risco para 
 desenvolvimento de câncer20,27 (evidência 
 moderada). O rastreamento citológico em 
 mulheres menopausadas pode levar a 
 resultados falso-positivos causados pela 
 atrofia secundária ao hipoestrogenismo, 
 gerando ansiedade na mulher e 
 procedimentos diagnósticos e terapêuticos 
 desnecessários. É fato que o diagnóstico de 
 casos novos de câncer do colo uterino está 
 associado, em todas as faixas etárias, com 
 a ausência ou irregularidade do 
 rastreamento. O seguimento de mulheres 
 na pós-menopausa deve levar em conta 
 seu histórico de exames. Recomendações 
 Mulheres na pós-menopausa devem ser 
 rastreadas de acordo com as orientações 
 para as demais mulheres (A). Se necessário, 
 proceder à estrogenização previamente à 
 realização da coleta, conforme sugerido 
 adiante (vide Exame citopatológico normal 
 – Resultado indicando atrofia com 
 inflamação) (B). 
 Histerectomizadas O rastreamento 
 realizado em mulheres sem colo do útero 
 devido à histerectomia por condições 
 benignas apresenta menos de um exame 
 citopatológico alterado por mil exames 
 realizados33. Recomendações Mulheres 
 submetidas à histerectomia total por lesões 
 benignas, sem história prévia de 
 diagnóstico ou tratamento de lesões 
 cervicais de alto grau, podem ser excluídas 
 do rastreamento, desde que apresentem 
 exames anteriores normais (A). Em casos de 
 histerectomia por lesão precursora ou 
 câncer do colo do útero, a mulher deverá 
 ser acompanhada de acordo com a lesão 
 tratada (A). 
 Mulheres sem história de atividade sexual 
 Considerando os conhecimentos atuais em 
 relação ao papel do HPV na carcinogênese 
 do colo uterino e que a infecção viral 
 ocorre por transmissão sexual, o risco de 
 uma mulher que não tenha iniciado 
 atividade sexual desenvolver essa neoplasia 
 é desprezível. Recomendações Mulheres 
 sem história de atividade sexual não devem 
 ser submetidas ao rastreamento do câncer 
 do colo do útero (D). 
 Imunossuprimidas: Recomendações O 
 exame citopatológico deve ser realizado 
 nesse grupo de mulheres após o início da 
 atividade sexual com intervalos semestrais 
 no primeiro ano e, se normais, manter 
 seguimento anual enquanto se mantiver o 
 fator de imunossupressão (B). Mulheres HIV 
 positivas com contagem de linfócitos CD4+ 
 abaixo de 200 células/mm3 devem ter 
 priorizada a correção dos níveis de CD4+ e, 
 enquanto isso, devem ter o rastreamento 
 citológico a cada seis meses (B). 
 A detecção precoce do câncer é uma 
 estratégia para encontrar um tumor numa 
 fase inicial e, assim, possibilitar maior 
 chance de tratamento. 
 
 
 A detecção pode ser feita por meio da 
 investigação com exames clínicos, 
 laboratoriais ou radiológicos, de pessoas 
 com sinais e sintomas sugestivos da 
 doença (diagnóstico precoce), ou com o 
 uso de exames periódicos em pessoas sem 
 sinais ou sintomas (rastreamento) mas 
 pertencentes a grupos com maior chance 
 de ter a doença. 
 
 
 Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) 
 do câncer do colo do útero, em que a 
 detecção de lesões precursoras (que 
 antecedem o aparecimento da doença) 
 pode ser feita através do exame 
 preventivo (Papanicolaou). Quando 
 diagnosticado na fase inicial, as chances de 
 cura do câncer cervical são de 100%. A 
 doença é silenciosa em seu início e sinais e 
 sintomas como sangramento vaginal, 
 corrimento e dor aparecem em fases mais 
 avançadas da doença 
 Vacinação contra o HPV: O Ministério da 
 Saúde implementou no calendário vacinal, 
 em 2014, a vacina tetravalente contra o 
 HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir 
 de 2017, o Ministério estendeu a vacina para 
 meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 
 anos. Essa vacina protege contra os tipos 
 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros 
 causam verrugas genitais e os dois últimos 
 são responsáveis por cerca de 70% dos 
 casos de câncer do colo do útero. 
 existem duas vacinas profiláticas contra 
 HPV aprovadas e registradas pela Agência 
 Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e 
 que estão comercialmente disponíveis: a 
 vacina quadrivalente, da empresa Merck 
 Sharp & Dohme (nome comercial Gardasil), 
 que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 
 18; e a vacina bivalente, da empresa 
 GlaxoSmithKline (nome comercial 
 Cervarix), que confere proteção contra HPV 
 16 e 18. 
 A vacina quadrivalente está aprovada no 
 Brasil para prevenção de lesões genitais pré-
 cancerosas de colo do útero, vulva e vagina 
 e câncer do colo do útero em mulheres e 
 verrugas genitais em mulheres e homens, 
 relacionados ao HPV 6, 11, 16 e 18. 
 A vacina bivalente está aprovada para 
 prevenção de lesões genitais pré-
 cancerosas do colo do útero e câncer do 
 colo do útero em mulheres, relacionados ao 
 HPV 16 e 18.

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