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Habilidades e Atitudes Médicas no Exame Físico

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1 Beatriz Ribas 
 
HaBiLiDaDeS 
E 
AtItUdEs 
MéDiCaS I 
Beatriz Ribas 
 
 
2 Beatriz Ribas 
Exame Físico 
Para se obter dados do exame físico é necessário a 
utilização dos sentidos (tato, audição, visão, olfato), as 
habilidades necessárias no exame físico são: 
 Inspeção; 
 Percussão; 
 Ausculta; 
 Palpação. 
Devem ser tomadas algumas medidas de biossegurança: 
 As mãos devem ser lavadas antes e depois do exame 
físico; 
 O uso de luvas deve ser estimulado e obrigatório 
quando o paciente apresentar erupções cutâneas, assim 
como exame na cavidade bucal; 
 Deve-se sempre utilizar jaleco, calças compridas, 
calçados com solado antiderrapante e de fácil limpeza; 
 O uso de EPI deve ser indispensável quando há 
contato com líquidos corporais (sangue e secreções); 
 Todos os profissionais da área de saúde que possuem 
contato direto com paciente devem tomar vacinas 
contra Hepatite B, influenza A, tétano. 
A inspeção se inicia no momento em que o médico entra 
em contato com o paciente realizando assim uma 
“inspeção geral”, uma “Inspeção direcionada” pode ser 
panorâmica ou localizada, sendo efetuada a olho nu ou 
com auxílio de uma lupa. 
A inspeção direcionada exige boa iluminação como por 
exemplo a luz natural, mas sendo artificial deve ser 
preferencialmente luz branca e intensidade suficiente. A 
exposição adequada da região a ser inspecionada e uso 
ocasional de alguns instrumentos para melhor 
desempenho (lupa, lanterna, otoscópio, oftalmoscópio). 
São necessários mesa de exame ou maca, lençol 
descartável, lençol ou avental para cobrir o paciente e 
mesa à beira do leito para colocar os instrumentos e 
aparelhos que serão utilizados durante o exame. 
cPalpação 
A palpação recolhe dados por meio do tato (fornecendo 
as impressões da parte mais superficial) e da pressão (as 
mais profundas). 
Privacidade, temperatura agradável da sala, atenção a 
gestos e expressões faciais do paciente, sempre cobrir 
o paciente com avental ou lenço e informar o paciente 
de casa toque que irá realizar, são pontos chaves para 
um bom exame físico. 
Através da palpação é possível perceber algumas 
modificações como temperatura, textura, umidade, 
espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza. 
Além da percepção de frêmito, elasticidade, 
reconhecimento de flutuação, crepitações, vibrações, 
pulsação e verificação da existência de edema entre 
outros. 
Explique cada etapa do exame ao paciente e a maneira 
como ele pode cooperar. 
 Variantes que podem ser sistematizadas: 
 Palpação com a mão espalmada (utilização de toda 
mão de uma ou de ambas): 
 
 Palpação com uma mão sobrepondo a outra: 
 
 Palpação com a mão espalmada, utilizando apenas as 
polpas digitais e a parte ventral dos dedos: 
 
3 Beatriz Ribas 
 
 Palpação com a borda da mão: 
 Palpação utilizando o polegar e o indicador como uma 
pinça: 
 
 Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos 
(especifico para avaliação de temperatura): 
 
 Digitopressão, realizada com a polpa do polegar ou do 
indicador (compressão de uma área com diferentes 
objetivos como pesquisa de dor, edema, avaliação da 
circulação). 
 
 Puntipressão comprimir um objeto pontiagudo em 
contato com o corpo, realizado para avaliar a sensibilidade 
dolorosa do paciente e para analisar telangiectasias tipo 
aranha vascular: 
 
 Vitropressão com auxilio de uma lamina de vidro 
comprimida contra a pele, analisando através da lamina 
(utilizada para distinção de eritema e púrpura, no eritema 
a pressão do vidro ocasiona o apagamento da 
vermelhidão e no púrpura permanece a pressão): 
 
 Fricção com algodão (utilizado para avaliar a 
sensibilidade cutânea) 
 
4 Beatriz Ribas 
 
 Pesquisa de flutuação se aplica o dedo indicador ao 
lado da tumefação , enquanto a outra mão é colocada 
do lado oposto exercendo pressões perpendiculares. 
Havendo liquido a pressão determina um leve rechaço 
do dedo da mão esquerda, ao que se denomina 
flutuação. 
 Outro tipo de palpação bimanual combinada, quando o 
dedo indicador da mão direita é introduzido na boca, 
enquanto as polpas digitais dos outros dedos (menos o 
polegar) da outra mão faz a palpação externa da área: 
 
cPercurssão 
Baseia-se que ao golpear um ponto qualquer do corpo, 
originam-se vibrações que possui características próprias 
quanto a intensidade, ao timbre e a tonalidade. 
Observar não só o som obtido, mas também a 
resistência oferecida pela região golpeada. 
 Percussão direta golpeasse diretamente com as 
pontas dos dedos a região alvo, o dedo fletido imitando 
um martelo os movimentos são feitos com a articulação 
do punho (utilizado em percussão do tórax do lactente e 
das regiões sinusais do adulto) 
 
 Percussão digitodigital golpea-se a borda ungueal do 
dedo médio ou indicador da mão direita a superfície 
dorsal da segunda falange do dedo médio ou indicador 
da outra mão: 
Ao dedo que golpeia designa-se plexor, e o que recebe 
o golpe é o plexímetro. 
Posições da mão que percute: 
1. Todos os dedos, exceto o dedo médio, que 
procura imitar a forma de um martelo, fica 
estendidos sem nenhum esforço 
 
2. O polegar e o indicador ficam semiestendidos, o 
mínimo e o anular são fletidos de tal modo que 
suas extremidades quase alcancem a palma da 
mão, enquanto o dedo médio procura adotar a 
forma de martelo. 
 
5 Beatriz Ribas 
 
A movimentação da mão se fará apenas com a 
movimentação do punho. O cotovelo permanece fixo, 
fletido em ângulo de 90° com o braço em semiabdução. 
 Punho-percussão com a mão fechada, golpeia-se com 
a borda cubital, verifica-se se desperta sensação dolorosa 
 
 
 Percussão com a borda da mão, os dedos estendidos 
e unidos golpeiam a região desejada com a borda ulnar 
observando-se alguma sensação dolorosa 
 
Esses dois tipos de percussão são usados no exame 
físico dos rins. Os golpes são dados na área de projeção 
deste órgão (regiões lombares), e a dor é sugestiva de 
lesões inflamatórias das vias urinárias altas (pielonefrite). 
 Percussão por piparote com uma das mãos golpeia-
se o abdome com piparotes, enquanto a outra espalmada 
na região contralateral, buscando captar ondas liquidas 
chocando-se contra a parede abdominal (utilizada em 
pesquisa de ascite) 
 
XSons obtidos com a percussão 
 Som maciço: é o que se obtém ao percutir regiões 
desprovidas de ar (na coxa, no nível do fígado, do 
coração e do baço); 
 Som submaciço: constitui uma variação do som 
maciço. A existência de ar em quantidade restrita lhe 
concede características peculiares; 
 Som timpânico: é o que se consegue percutindo 
sobre os intestinos ou no espaço de Traube (fundo do 
estômago) ou qualquer área que contenha ar, recoberta 
por uma membrana flexível; 
 
6 Beatriz Ribas 
 Som claro pulmonar: é o que se obtém quando se 
golpeia o tórax normal. Depende da existência de ar 
dentro dos alvéolos e demais estruturas pulmonares. 
cAusculta 
A ausculta consiste em ouvir os sons produzidos pelo 
corpo. Em sua maioria, os ruídos corporais são muito 
suaves e devem ser canalizados através de um 
estetoscópio para serem avaliados. 
 
Para uma boa ausculta é necessário um ambiente 
silencioso, a posição é de extrema importância, 
geralmente a ausculta do coração é em decúbito dorsal, 
ou com o tórax ligeiramente inclinado para frente ou em 
decúbito lateral esquerdo (examinador em pé e a direita 
do paciente). Para ruídos respiratórios o paciente mante-
se sentado, um pouco inclinado para frente durante a 
ausculta anterior o examinador fica à direita e durante a 
ausculta posterior à esquerda. A posição mais frequente 
do paciente para a ausculta do abdome é o decúbito 
dorsal, com o examinador em pé, à direita dele. 
cOlfato como recurso de diagnóstico 
Não tão importante quanto a ausculta, palpação e 
percussão, mas algumas vezes permite que com o fato 
da existência de odor fornece indicio de diagnóstico. 
Halitose: Odor desagradável atribuídaa diferentes causas 
((má higiene bucal, cáries dentárias, próteses mal 
adaptadas, afecções periodontais, infecções de vias 
respiratórias, alterações metabólicas e algumas afecções 
do aparelho digestivo) 
 
 
 
7 Beatriz Ribas 
Exame Físico Geral 
cAvaliação do estado geral 
é subjetiva com base no conjunto de dados exibidos pelo 
paciente interpretado com a experiencia de cada um 
(você vai criando um próprio acervo de estado) 
basicamente é divido em: 
 Estado geral bom; 
 Estado geral regular; 
 Estado geral ruim. 
cConsiência 
Avaliação do nível de consciência e de estado mental 
implica em dois aspectos: avaliação neurológica e 
avaliação psiquiátrica. 
Estado de vigília: percepção consciente do mundo 
exterior; 
Estado de obnubilado: paciente apresenta apenas 
distúrbios de ideação e certa confusão mental. 
Para o exame de nível de consciência deve-se observar 
alguns fatores: 
 Perceptividade: capacidade de responder perguntas 
simples ou respostas corriqueiras; 
 Reatividade: Reação a estímulos inespecíficos (dor, 
desvio dos olhos e cabeça através de estímulos); 
 Deglutição: Capacidade de levar os alimentos até a 
boca e degluti-los; 
 Reflexos: Respostas a manobras de alguns reflexos 
Avaliação dos níveis de consciência: 
- Consciente; 
- Desorientado; 
- Orientado; 
- Sonolento (quando não requisitado dorme); 
- Obnubilado (sonolento e desorientado); 
- Torporoso ou estupor (abre os olhos apenas com 
estímulos dolorosos); 
- Inconsciente 
 
cFala e linguagem 
 Disfonia ou afonia: alteração no timbre da voz 
(rouquidão); 
 Dislalia: alterações menores na fala (tasa ao invés de 
casa) exemplo também disritmolalia, que compreende 
distúrbios no ritmo da fala, tais como a gagueira e a 
taquilalia; 
 Disartria: alteração no musculo da fonação (voz 
arrastada), hipertonia de parkinsonismo (voz baixa) ou 
perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar); 
 Disfasia: Há diversos graus de disfasia, desde 
alterações mínimas até perda total da fala. A disfasia pode 
ser de recepção ou sensorial (o paciente não entende o 
que se diz a ele), ou de expressão ou motora (o paciente 
entende, mas não consegue se expressar), ou ainda do 
tipo misto, que é, aliás, o mais frequente.; 
 cEstado de hidratação 
Parâmetros de avaliação: 
- Alteração abrupta de peso; 
- Alteração da pele quanto a umidade, elasticidade e 
turgor; 
- Alteração da mucosa quanto a umidade; 
- Fontanelas; 
- Alterações oculares 
- Estado geral. 
cEstado de desidratação 
Parâmetros de avaliação: 
- Sede; 
- Diminuição abrupta de peso; 
- Pele seca, com elasticidade e turgor diminuído; 
- Mucosas secas; 
- Olhos afundados e hipotônicos; 
- Fontanelas deprimidas; 
 
8 Beatriz Ribas 
- Estado geral comprometido; 
- Excitação psíquica ou abatimento; 
- Oligúria 
 
cPeso 
- Peso ideal; 
- Peso máximo normal; 
- Peso mínimo normal. 
 INDICE DE MASSA CORPOREA 
IMC = Peso / (altura)2 
 Baixo peso: IMC menor que 19,99 kg/m2 
 Normal: IMC de 20 a 24,99 kg/m2 
 Sobrepeso: IMC 25 a 29,99 kg/m2 
 Obesidade: IMC 30 a 39,99 kg/m2 
 Obesidade Morbida: IMC acima de 40 kg/m2 
 Cirunferência abdominal 
O excesso de gordura abdominal está relacionado a 
alterações metabólicas (síndrome metabólica) 
Homens: até 102 cm 
Mulheres: até 88 cm 
cFácies 
Resultante dos traços anatômicos mais expressão 
fisionômica. Expressão no olhar, movimentos da asa do 
nariz, posição da boca. 
 Fácie normal ou atípica: possui muitas variações, 
facilmente reconhecido por todos, (importante identificar 
expressões faciais dos pacientes); 
 Fácies hipocrática: Olhos fundos, parados e 
inexpressivos, palidez cutânea e leve cianose labial 
 
 Fácies renal: edema predominante ao redor dos olhos, 
palidez cutânea 
 
 Fácies leonina: alterações por lesões do mal de 
Hansen, pele espessa grande número de lepromas de 
tamanhos variados e confluentes, em maior número na 
 
9 Beatriz Ribas 
fronte, super cílios caem, nariz se espessa e se alarga, 
lábios grossos e proeminentes. 
 
 Fácies adenoidiana: nariz pequeno e afilado, boca 
sempre entreaberta. Aparece em portadores de 
hipertrofia de adenoide. 
 
 Fácies parkinsoniana: cabeça inclinada para frente e 
imóvel nessa posição. Olhar fixo, supercílios elevados, 
expressão de espanto; 
 
 Fácies de besedowiana: olhos salientes (exoftalmia) e 
brilhantes, destaca-se no rosto magro 
 
 Fácies mixedematosa: rosto arredondado, nariz e 
lábios grossos, pele seca, espessada e com acentuação 
nos seus sulcos. 
 
10 Beatriz Ribas 
 
 Fácies acromegálica: saliência das arcadas 
supraorbitárias, proeminência das maçãs do rosto, maxilar 
inferior mais desenvolvido, aumento de nariz, orelha e 
lábios; 
 
 Fácies cushingoide ou de lua cheia: rosto arredondado 
 
Observado também em pacientes que fazem uso de 
corticoides 
 
 Fácies mongoloide: possui uma prega cutânea 
(epicanto) o que torna os olhos afastados lembrando os 
olhos de chineses, nota-se um rosto um pouco 
arredondado e boca quase sempre entreaberta 
(síndrome de down); 
 
 
11 Beatriz Ribas 
 Fácies de depressão: basicamente é a expressão do 
rosto, cabisbaixo, olhos com pouco brilho e fixos em 
pontos distantes, demonstra sempre tristeza; 
 
 Fácies pseudobulbar: pessoa possui crises de choro ou 
risos involuntárias, porém conscientes, sendo assim 
paciente tenta conte-las causando aspecto espasmódico 
à fácies; 
 Fácies da paralisia facial periférica: assimetria da face, 
com impossibilidade de fechar as pálpebras, 
repuxamento da boca para o lado e apagamento do 
sulco nasolabial (bigode chinês); 
 
 Fácies miastênica ou fácies de Hutchinson: ptose 
palpebral bilateral (olho baixo) obrigando assim o paciente 
franzir a testa e abaixar a cabeça; 
 
 Fácies do deficiente mental: traços faciais apagados e 
grosseiros, boca constantemente entreaberta as vezes 
com salivação, hipertelorismo e estrabismo quando 
presentes são acentuadas, olhar desprovido de objetos; 
 Fácies etílica: Olhos avermelhados e certo rubor na 
face, hálito etílico, voz pastosa e sorriso meio indefinido; 
 Fácies esclerodérmica: fácies de múmia (imobilidade 
facial) a fisionomia é inexpressiva, parada, imutável; 
 
cBiotipo ou tipo morfológico 
Conjunto de características morfológicas apresentadas 
pelo indivíduo. Biotipo e altura não são a mesma coisa. 
Tipos de biotipos: 
S Longitudelíneo: Pescoço longo e delgado, tórax afilado 
e chato, membros alongados com franco predomínio 
 
12 Beatriz Ribas 
sobre o tronco, musculatura delgada, lâmina de tecido 
adiposo pouco desenvolvida. 
S Mediolíneo: Tipo intermediário, equilíbrio entre o 
membro e o tronco, desenvolvimento harmônico entre 
musculatura e lâmina adiposa. 
S Bradilíneo: Pescoço curto e grosso, tórax alongado e 
volumoso, membros curtos em relação ao tronco, 
musculatura desenvolvida e lâmina adiposa bem 
desenvolvida, geralmente baixa estatura. 
 
 
cMarchas 
O modo de andar do paciente poderá ser grande 
utilidade diagnóstica especialmente em afeções 
neurológicas. 
O paciente deve caminhar uma distancia cerca de 5 
metros, descalço, de preferencia de calção, com os olhos 
abertos e fechados, indo e voltando. 
aMarcha do envelhecimento: 
Caracteriza por aumento da flexão dos cotovelos, cintura 
e quadril. Diminuem também o balanço dos braços e o 
levantamento dos pés (se arrastando) e comprimento 
dos passos diminuem. Mas nem sempre presente em 
todos os idosos. Esta marcha pode estar atrelada a 
doenças neurológicas e/ou osteomusculares. 
 
aMarcha atáxica: Geralmente está relacionada com 
uma desordem da marcha. Esse tipo de marcha é 
observado em pessoas com dificuldades na execução de 
movimentos por problemas neurológicos. 
aMarcha Escavante: Nesse caso, ao andar, a pessoa 
toca o chão com a ponta do pé, como se estivesse 
escavando, daí a origem do nome. O problema ocorre 
por conta de lesõesno nervo fibular, que impede a 
dorsiflexão do pé. 
 
aMarcha Parkinsoniana: Paciente apresenta fraqueza 
nos músculos pélvicos. A pessoa tenta se equilibrar 
afastando os pés. 
 
13 Beatriz Ribas 
 
aMarcha Tesoura: Observa-se alternância cruzadas dos 
passo devido a uma paralisia cerebral ou doença de Litlle. 
 
aMarcha Ceifante: Ao andar, o paciente mantém o 
membro superior fletido em 90º com cotovelo e adução, 
e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior 
do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona a 
perna se arrasta formando um semicírculo, pacientes que 
tiveram AVC pode ter essa sequela. 
 
aMarcha Anserina ou de pato: O paciente acentua a 
lordose, inclinando o tronco de um lado para outro, 
encontrado em diminuição da força dos músculos 
pélvicos e das coxas. 
 
 aMarcha Cerebelar: andar ziguezague parecido a de 
um bêbado, lesões no cerebelo. 
 
14 Beatriz Ribas 
 
aMarcha tabética: paciente mantém olhar fixo no chão, 
i ndica perda de sensibilidade proprioceptiva por Lesão 
Do Cordão Posterior Da Medula. 
 
 
aMarcha de pequenos passos: paciente efetua passos 
muito curtos e arrasta os pés como se tivessem 
dançando. Pacientes com Paralisia Pseudobulbar e na 
Atrofia Cortical da Senilidade 
 
 
aMarcha Vestibular: paciente não caminha em linha 
reta, dificuldade de equilíbrio. Encontrado em pacientes 
com lesão vestibular (labirinto). 
 
Sinais Vitais 
cTemperatura Corporal 
A temperatura corporal interna permanece-se constante 
com variações de até 0,6º isso graças ao aparelho 
termorregulador, bem diferente da externa que é 
suscetível a variações de temperatura do ambiente. Os 
valores térmicos aumentam de acordo com algumas 
condições se alimentar, prática de exercícios físicos. 
A condução de calor para a pele é controlada pelo grau 
de constrição das arteríolas e das anastomoses 
arteriovenosas. A vasoconstrição, por sua vez, regulada 
pelo sistema nervoso simpático, responde às alterações 
que ocorrem na temperatura corporal interna. 
Quando a temperatura corporal atinge 37°C inicia-se a 
sudorese, que a partir deste ponto aumenta rapidamente 
com um mínimo de elevação na temperatura corporal. 
A taxa de produção de calor é reduzida a partir deste 
instante. 
 
15 Beatriz Ribas 
A temperatura corporal pode apresentar variações na 
dependência do local em que será procedida a sua 
mensuração. Desse modo, ele pode ser: axilar, oral, retal, 
timpânico, arterial pulmonar, esofágico, nasofaringiano e 
vesical. 
 Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 36 a 
36,5°C 
 Temperatura bucal: 36 a 37,4°C 
 Temperatura retal: 36 a 37 ,5°C, ou seja, 0,5°C maior 
que a axilar. 
sFebre 
Significa temperatura corporal acima da faixa da 
normalidade. Causada por transtornos no próprio cérebro 
ou por substâncias tóxicas que influenciam os centros 
termorreguladores. 
A febre pode ser resultado de infecções, lesões teciduais, 
processos inflamatórios e neoplasias malignas, além de 
outras condições. 
h Início 
A febre pode ser súbita ou gradual, carrega consigo 
geralmente sinais e sintomas. É frequente sensação de 
calafrio nos primeiros momentos de hipertermia. Em 
algumas ocasiões, predomina um ou outro sintoma da 
síndrome febril, prevalecendo a cefaleia, a sudorese e a 
inapetência. 
h Intensidade 
S Febre leve ou febrícula: até 37,5°C 
S Febre moderada: de 37,6° a 38,5°C 
S Febre alta ou elevada: acima de 38,6°C. 
a Febre prolongada: termo usado quando a 
febre permanece por mais de 1 semana, tenha 
ou não caráter contínuo 
h Evolução 
S Febre continua: permanece sempre acima do 
normal com variações de até 1ºc sem grandes 
oscilações; 
S Febre irregular ou séptica: picos muito altos 
intercalando-se com temperatura baixas ou até 
ausência; 
S Febre remitente: há hipertermia diária com 
variações de 1ºc, mas sem ausência; 
S Febre intermitente: o período de hipertermia 
é interrompido por um período de temperatura 
norma, (febre de manhã, mas não no período 
da tarde); 
S Febre recorrente ou ondulante: período de 
temperatura normal interrompido por período 
de temperaturas elevadas. 
h Término 
Crise: Febre desaparece subitamente; 
Lise: Hipertermia desaparece de forma gradual. 
cPressão arterial 
É a força exercida pelo sangue nos vasos sanguíneos. 
h Fatores determinantes: 
PA = Pressão arterial; 
DC = Débito cardíaco (vs*fc ) 
RPT= Resistência periférica (vaso constrição da 
rede arteriolar) 
PA = DC*RPT 
h Recomendações para medir a pressão arterial 
Esfigmomanômetro: deve ser do tamanho 
adequado de acordo com o diâmetro do braço 
do paciente. Medida do antebraço/2 = local onde 
vou medir o diâmetro do meu paciente, de 
acordo com esse diâmetro utilizo o 
esfigmomanômetro adequado. Peculiaridades: 
• Manguito de tamanho adequado: 2/3 do 
comprimento do braço (80% do 
comprimento e 40% da circunferência) 
• Padrão: 12 a 14 em de largura x 23 em de 
comprimento 
 
16 Beatriz Ribas 
• Manguito para coxa: 14 a 20 em de 
largura x 35 a 40 em de comprimento 
• Em pacientes obesos: meça com 
manguito apropriado, ou meça no 
antebraço (apenas a pressão sistólica pelo 
método palpatório), utilizando a palpação 
da artéria radial. 
 
Há 3 tipos de sistema para registro da pressão 
arterial: 
Coluna de mercúrio: padrão ouro; 
Aneroide: deve ser calibrado semestralmente ou com 
certa frequência se necessário; 
Eletrônico: fornece as medidas em um marcador digital 
 
 
hMétodos para medir a pressão arterial 
S Método direto. Fornece a pressão direta ou intra-
arterial (mais invasivo); 
S Método indireto. Rotineiramente, utiliza-se a técnica 
auscultatória com estetoscópio. 
hTécnica: 
O paciente deve estar em um local tranquilo, em repouso 
por no mínimo 3 minutos, pode estar sentado, deitado 
ou até mesmo em pé, mas é necessário manter a veia 
braquial no mesmo nível do coração (melhor circulação), 
o braço deste deve estar em posição confortável e com 
a palma da mão voltada para cima. Em casos de gestante 
evitar decúbito lateral direito. 
Como agir? 
- Olá meu nome é Beatriz, sou estudante do primeiro 
período de medicina do iesvap, posso aferir sua pressão? 
- O senhor(a) veio até como aqui (carro, a pé), a quanto 
tempo o senhor aguarda? Se sente confortável? A 
 
17 Beatriz Ribas 
quanto tempo fez sua última refeição? Praticou exercício 
físico hoje? Qual horário? Então posso iniciar? 
Pedir licença e mexer o braço do paciente se necessário, 
seguindo as recomendações. 
Procedimento: 
Localize a pulsação da artéria braquial; 
Coloque o manguito 2cm acima da fossa cubital (dobra 
o braço); 
Palpe o pulso radial (artéria radial a do dedão); 
Infle o manguito até desaparecer o pulso da radial, 
desinfle lentamente até reaparecer a pulsação (essa será 
a pressão sistólica); 
Coloque o esteto na artéria radial, e insufle o manguito 
cerca de 30mmHg acima do encontrado anteriormente; 
Solte o ar de maneira continua 2-3 mmHg/s até o 
esvaziamento total; 
Caso os ruídos estejam sendo percebidos com 
dificuldade, aumente o ângulo entre o braço e o tórax, 
retificando a artéria, pois isso pode facilitar a ausculta dos 
sons. 
HSons de Korotkff 
Fase I (aparecimento de sons): o primeiro som é claro 
como uma pancada. O peso da onda sistólica é maior que 
a pressão do manguito e o sangue na artéria; 
Fase II (batimentos com murmúrio): com a dilatação da 
artéria pressionada, a contracorrente repercuti e cria 
murmúrios na parede dos vasos sanguíneos; 
Fase III (murmúrio desaparece): os batimentos passam a 
ser mais audíveis e mais acentuados. A artéria que sofreu 
constrição continua a se dilatar com a redução da 
pressão do manguito; 
Fase IV (abafamento dos sons): os batimentos 
repentinamente tomam-se menos acentuados. 
Fase V (desaparecimento de sons): restabelece-se o 
calibre normal da artéria e o sangue não mais provoca 
ruídos perceptíveis à ausculta da artéria radial. 
hDeterminaçãoda pressão arterial 
Pressão arterial sistólica – primeira fase 
Pressão arterial diastólica – última fase (ausência de som) 
 
cAuscuta 
Os focos clássicos de ausculta servem como pontos de 
referência, pois nessas regiões relativas encontram-se 
informações pertinentes em relação as valvas. 
a Foco mitral: situa-se no quinto espaço intercostal 
esquerdo na linha hemiclavicular correspondente a ponta 
do coração; 
a Foco aórtico: segundo espaço intercostal na linha 
para esternal esquerda; 
a Foco Pulmonar: segundo espaço intercostal na linha 
para esternal direita. Segunda bulha pulmonar; 
a Foco tricúspide: quinto espaço intercostal na linha 
para esternal esquerda; 
 
O ambiente de ausculta deve ser silencioso, pois os 
ruídos cardíacos são de pequena intensidade, o paciente 
deve estar bem acomodado em uma posição 
confortável, sendo a posição padrão decúbito dorsal a 
cabeça apoiada em um pequeno travesseiro e com o 
tórax exposto. O médico se posiciona a direita do 
paciente. 
 
18 Beatriz Ribas 
 
aObjetivos da ausculta do coração 
hBulhas cardíacas 
- Primeira bulha(B1): Fechamento das valvas mitral 
e tricúspide (TUM); 
 - Segunda bulha (B2): Fechamento das valvas 
aórtica e pulmonar (TA); 
- Terceira bulha (B3): É um ruído protodiastólico de baixa 
frequência, que se origina a das vibrações das paredes 
ventriculares que se distende pela corrente sanguínea 
que penetra na cavidade durante o enchimento 
ventricular; 
- Quarta bulha (B4): Ocorre no fim da diástole ou pré-
sistole, podendo ser ouvida em condições mais raras. 
 
Reconhecidas a 1 a e a 2 a bulhas, o passo seguinte 
consiste em determinar o ritmo do coração e o número 
de batimentos por minuto, isto é, a frequência cardíaca.

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