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1 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia MORFOLOGIA APLICADA À ODONTOLOGIA CÉLULA Todo ser vivo é formado por células. A célula é a unidade estrutural e funcional, dos seres vivos. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO CELULAR • Seres unicelulares: bactérias; protozoários; fungos; e algas. • Seres pluricelulares: algas; fungos; plantas; e animais. ORGANIZAÇÃO DOS SERES PLURICELULARES TIPOS DE CÉLULAS • Célula eucariótica: a) São encontradas em protozoários, fungos, plantas e animais; b) São células mais complexas e maiores; c) São ricas em membranas, apresentando outras membranas além da membrana plasmática; d) Possuem cariomembrana e, por isso, o material genético fica limitado à um espaço denominado núcleo; e) Apresentam material genético composto por várias moléculas de DNA lineares, que formam os cromossomos; f) Se dividem por mitose e meiose; g) Possuem diversas organelas citoplasmáticas. • Célula procariótica: a) São encontradas em bactérias e outros seres vivos similares; b) São células muito simples e pequenas; c) São pobres em membranas, apresentando apenas a membrana plasmática; d) Não possuem cariomembrana e, por isso, o material genético fica disperso. e) Apresentam material genético (molécula de DNA) circular, que forma o nucleoide; f) Não se dividem por mitose e meiose; g) A maioria se divide por fissão binária. COMPOSIÇÃO CELULAR As células são formadas por moléculas e estas, por sua vez, são formadas pela combinação de elementos químicos ou átomos. 2 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia NÍVEIS HIERÁQUICOS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES ESTRUTURA DAS CÉLULAS A células que formam o organismo de muitos dos seres vivos apresentam uma membrana envolvendo seu núcleo, por isso são chamadas de células eucariotas. A célula eucariota é constituída de membrana plasmática, citoplasma e núcleo. Diferente das células eucariotas, a célula procariota não possui membrana nuclear nem estruturas membranosas no seu interior. CÉLULA ANIMAL As células animais são células eucarióticas as quais são encontradas nos animais (reino animalia). Lembre- se que todo ser vivo (animal ou vegetal) é constituído de células. Enquanto as células animais formam os tecidos e órgãos dos animais, as células vegetais formam os tecidos das plantas (reino plantae). ESTRUTURA, PARTES E FUNÇÕES As células animais apresentam uma estrutura organizada. Elas possuem três partes básicas: a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo. A célula animal é envolvida pela membrana plasmática que delimita o seu conteúdo e controla a entrada e saída de substâncias. Envolta da membrana plasmática existe o glicocálix, que confere proteção às células animais. No citoplasma encontramos diversas organelas, como os ribossomos, lisossomos, centríolos, mitocôndrias, etc. O núcleo celular contém o material genético, na forma de cromossomos. Como a célula animal é eucarionte, o núcleo é delimitado por membrana. As células animais têm a função de originar tecidos e órgãos que apresentam funcionalidades complementares. Cada organela presente na célula desempenha uma função específica. ORGANELAS DA CÉLULA ANIMAL • Núcleo: a) Presente apenas nas células eucarióticas. b) É limitado pelo envoltório nuclear (poros e lâmina nuclear). c) No interior do envoltório nuclear encontra-se a cromatina e o nucléolo. Envoltório nuclear: a) Delimita o ambiente nuclear. b) Lâmina nuclear: forma uma espécie de esqueleto de sustentação do envoltório nuclear e atua como sítio de ancoragem para fixação da cromatina. c) Poros: permitem a passagem de moléculas grandes do núcleo para o citoplasma e vice- versa. Cromatina: a) É o DNA + proteínas (histonas). b) Eurocromatina: região do DNA que se encontra em atividade de transcrição. c) Heterocromatina: região do DNA que não se encontra em atividade de transcrição. d) Durante o processo de divisão celular a cromatina se condensa sendo denominada de cromossomo. 3 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia e) Os cromossomos possuem centrômeros, e de acordo com a posição destes, os cromossomos podem ser divididos em: • Nucléolo: a) Local de transcrição do RNA ribossomal (RNAr) e da montagem das subunidades dos ribossomos. b) As subunidades ribossomais deixam o núcleo em direção ao citoplasma onde forma o ribossomo. c) Estrutura presente no núcleo das células. d) Coordena os processos de reprodução celular através da síntese de proteínas. • Membrana plasmática: a) Estrutura celular fina que delimita a célula sendo responsável pela saída e entrada de sustâncias. Assim, ela tem a função de proteger as estruturas celulares internas. • Citoplasma: a) Região mais volumosa, onde se encontram o núcleo e as organelas celulares. • Ribossomos: a) Organela responsável pela síntese de proteínas. b) São grânulos formados por duas subunidades ribossomais de tamanhos diferentes. c) Encontram-se livres no citoplasma ou aderidos na membrana do Retículo endoplasmático. • Polirribossomos: a) Conjunto de ribossomos que se organizam para realizar a leitura de uma mesma fita de RNA mensageiro durante a tradução. • Retículo endoplasmático: a) Organela que forma um sistema de canais citoplasmáticos circundados por membranas. b) Pode estar associado a ribossomos (RER) ou não (REL). c) Funções gerais do retículo endoplasmático: transporte de substâncias no interior da célula; armazenamento de substâncias; suporte mecânico para a manutenção da forma celular. d) Funções específicas do retículo endoplasmático rugoso: síntese de proteínas devido a presença de ribossomos. e) Funções específicas do retículo endoplasmático liso: síntese de lipídios e esteroides; detoxificação; glicogenólise. • Complexo de golgi: a) Organela que forma um sistema citoplasmáticos de membranas constituídas por sáculos achatados e por vesículas que participam do processo de secreção. b) Funções: glicolisação de proteínas e lipídios; empacotamento de substâncias em vesículas que são eliminadas como secreção; formação de lisossomos. • Lisossomos: a) São formados no complexo de golgi e são estruturas responsáveis pela digestão celular. • Tipos de lisossomos: a) Lisossomo primário: recém-formado que ainda não participou do processo digestivo. b) Lisossomo secundário: encontra-se em atividade e pode ser classificado em heterofagossomo (consiste no processo através do qual o lissosomo digere uma partícula estranha a célula, ou que não será mais utilizada) ou autofagossomo (é o processo através do qual o lissosomo digere uma própria organela celular em desuso, como por exemplo a mitocôndria). c) Corpo residual: são formados quando a digestão é incompleta. • Mitocôndrias: a) Organela móvel e plástica encontrada no citoplasma. b) É constituída por duas membranas: 1. Membrana externa: delimita a organela; composta por 50% fosfolipídios e 50% proteínas; contém porina (proteína transportadora que forma canais aquosos). 2. Membrana interna: delimita o compartimento interno da organela; composta por 20% fosfolipídios e 80% proteínas; contém cardiolipina (fosfolipídio muito seletivo); projeta para dentro da mitocôndria complexas invaginações denominadas cristas mitocôndriais. 4 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia c) Na matriz mitocôndrial encontram-se moléculas de DNA, ribossomos, proteínas e enzimas que participam da respiração celular. d) Função: realizar respiração celular aeróbia. e) A respiração celular é o principal processo pelo qual os seres vivos liberam energia através da oxidação dos compostos orgânicos. f) Etapas da respiração celular que ocorrem na mitocôndria: ciclo de krebs (matriz mitocôndrial)e fosforilação oxidativa (cristas mitocôndriais). g) A mitocôndria é responsável pela maior parte de energia útil derivada da oxidação dos nutrientes. h) A energia obtida pela oxidação dos nutrientes é utilizada para acionar bombas de prótons (H+) ligadas as membranas mitocôndrias e também para geram um gradiente eletroquímico de prótons através da membrana. i) A enzima ATP sintase usa a energia gerada pelo fluxo de prótons para sintetizar ATP a partir de ADP e fosfato. j) Teoria da endosimbiose: as mitocôndrias teriam sido originadas a partir da endocitose de bactérias aeróbias. k) Características mitocôndriais que estão de acordo com a teoria: presença de material genético próprio; ribossomos 70s característicos de bactérias; as cristas mitocôndriais assemelham-se a estruturas bacterianas. • Centríolos: a) Estrutura celular que auxilia na divisão celular (mitose e meiose). • Peroxissomos: a) Organela pequena, rica em enzimas, que é delimitada por uma única membrana. b) Atua na degradação de H2O2 por ação da enzima catalase. c) Responsável pelo armazenamento de enzimas. • Vacúolos: a) Responsáveis pela reserva energética e o armazenamento de substâncias. CÉLULA VEGETAL As células vegetais formam os tecidos das plantas. São semelhantes às células animais, uma vez que possuem muitas organelas em comum, mas diferem delas por possuírem parede celular, cloroplastos e vacúolos, adequadas ao modo de vida das plantas. ORGANELAS DA CÉLULA VEGETAL A célula vegetal é diferente da célula animal, porque embora tenham várias organelas em comum (mitocôndrias, retículo endoplasmático, lisossomos, entre outras), a célula vegetal possui algumas organelas específicas como os cloroplastos, que lhe permite realizar a fotossíntese. • Plastos: a) Existem leucoplastos, sem cor, que fazem reserva de amido e cromoplastos coloridos, que possuem pigmentos. Um plasto pode se transformar no outro. b) Cloroplastos: são as organelas responsáveis pela realização da fotossíntese. Elas contêm o pigmento clorofila, que lhes confere a cor verde e absorve a luz solar, permitindo que o processo ocorra. São organelas membranosas, que possuem DNA e são capazes de se autoduplicar. Têm estrutura semelhante à das mitocôndrias, o que é explicado pelos cientistas como um mecanismo evolutivo de simbiose entre procariontes e eucariontes (teoria endossimbiótica). 5 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • Parede celular: a) A parede celular ou parede celulósica é exterior à membrana plasmática que envolve a célula. b) É um envoltório mais ou menos espesso, composto por um polissacarídeo chamado celulose. c) Sua função é dar sustentação à planta, sendo por isso também chamada de membrana esquelética de celulose. d) Existem poros nas paredes celulósicas, através dos quais passam pontes de citoplasma muito finas, chamadas plasmodesmos. Por meio dos plasmodesmos há comunicação entre o citoplasma das células vizinhas. • Vacúolos: a) Os vacúolos são espaços, envolvidos por membrana, em cujo interior podem ser armazenadas substâncias como a seiva. b) Tem como função regular o pH e a entrada de água, através do controle osmótico. Com isso, os vacúolos controlam a turgidez da célula. c) Nas plantas jovens há vários vacúolos menores que se juntam e formam um grande vacúolo único à medida que a planta se desenvolve. DIFERENÇAS ENTRE CÉLULA ANIMAL E VEGETAL A célula animal e vegetal são eucariontes, ou seja, pertencem ao tipo celular mais complexo e que constituem a maior parte dos seres vivos. A célula eucarionte é aquela que possui núcleo individualizado, delimitado por uma membrana celular. Apesar dessa semelhança, as células animais e vegetais apresentam diferenças quanto à estrutura, formato e componentes celulares. • Estrutura e forma: a) As células animais e vegetais apresentam formato diferenciado. A célula animal possui formato irregular, enquanto a célula vegetal apresenta uma forma fixa. b) As células animais podem apresentam cílios e flagelos, o que não ocorre na célula vegetal. c) Podemos observar um grande vacúolo na célula vegetal, que ocupa grande parte do seu citoplasma. Isso deve-se a função da célula de armazenar seiva e realizar o controle da entrada e saída de água. • Parede celular: a) A parede celular é uma estrutura exclusiva das células vegetais. Ela corresponde a um envoltório externo à membrana plasmática, formado pelo polissacarídeo celulose. • Organelas: a) As organelas celulares são estruturas que realizam as funções essenciais para o funcionamento das células. b) As células animais e vegetais apresentam algumas organelas específicas, conforme a atividade que realizam. • Veja as organelas existentes nas células animais e vegetais: • É importante destacar que os plastos apresentam três tipos: a) Leucoplastos: sem pigmento e armazenam amido como forma de reserva energética. b) Cromoplastos: responsáveis pela cor de frutos, flores e folhas. c) Cloroplastos: de coloração verde por conta da clorofila, são responsáveis pela fotossíntese. COMPOSIÇÃO MOLECULAR DA CÉLULA • As moléculas da célula podem ser: a) Inorgânicas; b) Orgânicas. 6 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia MOLÉCULAS INORGÂNICAS • Água: a) É o elemento mais abundante na Terra e pode ser encontrado nos estados físicos líquido, sólido e gasoso. b) Sua molécula é formada por dois átomos de hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio, cuja fórmula é H2O. A. Água corpórea total: a) Corresponde a 50% - 70% do peso corporal. b) Correlaciona-se inversamente com a gordura corporal. c) Está distribuída entre LIC (2/3 da água corpórea total) e LEC (1/3 da água corpórea total). B. Funções da água: a) É um solvente universal, capaz de dissolver uma grande quantidade de substâncias. b) É importante para o transporte de substâncias dentro e fora das células. c) Participa do mecanismo de termorregulação do organismo. d) Permite que reações químicas aconteçam, chamadas de reações de hidrólise e síntese. C. Fatores que alteram a água corporal: a) Idade: o percentual decresce com a idade, em crianças 75-80% do peso corporal e em idosos 40-50% do peso corporal. b) Sexo: mulher tem menos água corporal porque tem maior proporção de tecido adiposo. c) Peso: obesos tem menos água corporal porque a quantidade de tecido adiposo é maior. D. Desidratação: a) Ocorre quando o organismo apresenta quantidade insuficiente de água. b) Pode ocorrer por ingestão insuficiente ou por perdas excessivas de água. c) Os sintomas da desidratação são volume sanguíneos reduzido, pele áspera e fraqueza. E. Edema: a) Acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial. b) Causas: cardíaca, renal, pulmonar, desnutrição, obstrução venosa ou linfática, trauma. • Sais minerais: a) São nutrientes que apresentam as mais variadas funções e podem ser observados em seres vivos e também na matéria não viva. A. Os principais sais minerais encontrados nos seres vivos são: a) Flúor: fortalece ossos e dentes. b) Cálcio: participa da formação e constituição do tecido ósseo. c) Ferro: forma hemoglobina, que ajuda a levar oxigênio e atua na respiração celular. d) Sódio: regula a quantidade de líquidos no organismo. e) Potássio: atua no mecanismo de contrações musculares. f) Fósforo: participa do metabolismo das células. g) Iodo: faz parte dos hormônios da tireoide, que controlam a taxa de oxidação da célula e o crescimento. h) Magnésio: auxilia no mecanismo de relaxamento muscular. i) Zinco: participa da produção de proteínas. MOLÉCULAS ORGÂNICAS • Lipídios: a) Fosfolipídios: são moléculas anfipáticas, ou seja, uma região (cabeça) é hidrofílica, e outraregião (cauda) é hidrofóbica. Portanto, parte da molécula se combina com a água, e parte, não. Formam a estrutura básica da membrana celular. b) Esteróides (colesterol): presente na membrana celular, sendo importante no controle da fluidez, precursor de esteroides. c) Triglicerideos: são as gorduras e os óleos. Apresenta função principal de reserva energética, depósito. d) Cerídeos: sua principal função é impermeabilização, evitando a perda de água 7 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia em superfícies sujeitas à desidratação. Pode ser de origem animal, como cera de abelha, constituindo a colmeia, e cera do ouvido, protegendo o canal auditivo. • Carboidratos: A. Podem ser classificados em três grupos: a) Monossacarídeos: são açúcares muito simples, e seus principais representantes são a glicose (fabricada pelos vegetais durante a fotossíntese), a frutose (encontrada no mel) e a galactose (presente no leite). Os monossacarídeos são solúveis em água. A glicose é um carboidrato (açúcar) do tipo monossacarídeo. Ele é um dos mais importantes carboidratos, sendo usado como fonte de energia primária pela maior parte dos organismos, de bactérias ao ser humano, além de fazer parte de importantes vias metabólicas. b) Dissacarídeos: são formados pela união de dois monossacarídeos. Os dissacarídeos são solúveis em água. Os exemplos mais conhecidos de dissacarídeos são: 1. Sacarose: formado por uma molécula de glicose e uma molécula de frutose. A sacarose é o açúcar que consumimos em casa, que usamos em nosso café, sucos, doces etc. Esse carboidrato pode ser encontrado principalmente na cana-de-açúcar e na beterraba. 2. Lactose: formado por uma molécula de glicose e uma molécula de galactose. É o açúcar encontrado no leite, e é a principal fonte de energia para o bebê durante a amamentação. c) Polissacarídeos: são formados pela união de centenas, e até mesmo milhares, de monossacarídeos e não são solúveis em água. Os exemplos mais conhecidos de polissacarídeos são: 1. Amido: principal fonte de energia em nossa alimentação. As plantas utilizam o amido como reserva de energia, e por isso podemos encontrá-lo no interior de caules, mas principalmente nas raízes, tubérculos e sementes. 2. Celulose: a celulose é o principal componente da parede celular dos vegetais. 3. Quitina: principal constituinte do exoesqueleto (esqueleto externo) dos artrópodes, como os insetos, aracnídeos, crustáceos etc. • Proteínas: a) As proteínas também são polímeros, formadas pela ligação peptídica entre vários aminoácidos. Elas têm inúmeras funções em nosso organismo, além de estarem presentes na membrana celular, entre elas, temos: a) Estrutural: as proteínas são os constituintes básicos das fibras musculares, cabelo, ossos, dentes e pele. Ex.: a fenilalanina é precursora da tirosina, que produz a melanina, molécula responsável pela cor dos cabelos e da pele. b) Catalisadores: as enzimas catalisam as reações bioquímicas (reações intra ou extracelulares importantes que ocorrem nos animais e vegetais). Sem as enzimas, essas reações não ocorreriam num tempo hábil e a vida acabaria. Ex.: a anidrase carbônica é uma enzima que catalisa a reação de formação do ácido carbônico que mantém o pH do sangue constante. Por meio dessa enzima, essa reação ocorre cerca de 10 milhões de vezes mais rápido. c) Reguladores do metabolismo: hormônios. Ex.: a insulina é uma proteína sintetizada em nosso organismo e possui como principal função o controle dos níveis de glicose no sangue. Sua carência é um dos fatores que resultam no desenvolvimento do diabetes tipo 1 e 2. d) Sistema imunológico: anticorpos. Ex.: uma classe de proteínas encontradas no plasma sanguíneo são as gamaglobulinas e entre elas estão as imunoglobulinas que ajudam a prevenir e combater infecções importantes e doenças. Em casos específicos, alguns médicos receitam injeções de gamaglobulina extraída do plasma de pessoas que já adquiriram imunidade à doença que o paciente está exposto. • Ácidos nucleicos: a) São macromoléculas que se encontram principalmente no núcleo, formadas por muitas unidades de nucleotídeos ligados por ligações fosfodiéster. A. Existem dois tipos: a) DNA (ácido desoxirribonucleico); b) RNA (ácido ribonucleico). 8 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia BIOMEMBRANAS • Membrana celular: a) Nas células existe uma membrana que delimita a célula e separa o meio intracelular do extracelular. b) Em células eucariontes, essa mesma membrana delimita o núcleo e também as organelas citoplasmáticas. c) A membrana que delimita a célula é chamada de membrana plasmática. • Estrutura e composição química da membrana celular: a) A membrana plasmática é composta por três tipos de biomoléculas: lipídios, proteínas e carboidratos. 1. Lipídios da membrana plasmática: a) Fosfolipídios: é uma molécula anfipática que possui cabeça hidrofílica (polar) e caudas hidrofóbicas (apolares) que colabora na formação da membrana plasmática. b) Colesterol: estão em menor proporção na membrana, interferem na fluidez da membrana plasmática, a deixando menos fluida. 2. Proteínas da membrana plasmática: a) Funções: transporte, adesão, receptores e enzimática. b) Classificação: Proteínas integrais: estão inseridas na bicamada lipídica; As proteínas integrais podem ser transmembrana, quando atravessam completamente a bicamada lipídica. Tipos: unipasso e multipasso. Proteínas periféricas: se prendem à superfície externa ou interna da membrana. 3. Carboidratos da membrana plasmática: a) Formam o glicocálice. Tem como funções: reconhecimento e adesão celular. b) O glicocálice determina os tipos sanguíneos humanos. c) O glicocálice determina os limites entre as células, inibindo a sua proliferação por contato. • Fluidez da membrana plasmática: a) Está relacionada com o movimento que as moléculas que a constituem fazem. Os lipídeos são os que mais se movimentam, realizando movimentos de difusão lateral, rotação, flexão e flip-flop. b) Os movimentos dos lipídios podem ser influenciados por temperatura, porcentagem de colesterol e saturação dos ácidos graxos. Funções da membrana plasmática: a) Controla a entrada e saída de substâncias nas células. b) Apresenta permeabilidade seletiva, controlando a entrada de moléculas e íons. 9 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia c) Impede o intercâmbio indiscriminado de substâncias. d) Confere suporte físico: muitas enzimas ficam fixas na membrana. e) Transporte intracelular: a membrana forma vesículas, que são utilizadas para deslocar substâncias dentro da célula. f) A membrana plasmática é responsável pelos processos de endocitose e exocitose. g) A membrana plasmática participa dos mecanismos de interação química celular. Essa interação ocorre por meio de receptores proteicos específicos, que interagem com moléculas. • Especializações da membrana plasmática: a) A membrana plasmática, em muitas células, apresenta especializações que permitem o desempenho de atividades específicas. b) Algumas especializações, como as microvilosidades e estereocílios, estão relacionadas com o aumento da superfície da membrana. c) Outras especializações, como os flagelos e cílios, estão relacionadas com o movimento celular. d) Adesão entre as células: desmossomos, junções aderentes. e) Adesão entre as células e a matriz extracelular: hemidesmossomos, contato focal. f) Oclusão entre as células: junção oclusiva. g) Comunicação entre as células: junção comunicante. 10 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • Aumento da superfície de absorção: a) Microvilosidades: prolongamentos do citoplasma recobertos por membrana,contendo numerosos microfilamentos de actina, responsáveis pela manutenção da forma. São localizados no intestino e tubos contorcidos proximais dos rins. b) Estereocílios: semelhantes aos microvilos, porém possuem maior comprimento e se ramificam frequentemente. São encontrados no pavilhão auditivo. • Movimento celular: c) Cílios: projeções móveis semelhantes a pelos, são finos, curtos e móveis, presentes em grande quantidade em células do revestimento do sistema respiratório e de tubas uterinas. Movimentam substâncias e partículas que estão sobre as células. Alguns protozoários utilizam cílios para a sua locomoção. d) Flagelos: são projeções móveis longas, presentes em menor quantidade. São utilizados para movimentação das células, como em: espermatozoides; protozoários; algas unicelulares; bactérias. • Comunicações intercelulares: a) A membrana plasmática também participa de alguns processos de comunicação intercelular, por meio da sinalização celular. b) Um dos principais mecanismos que garantem o funcionamento integrado nos organismos pluricelulares é o da sinalização celular. As células se comunicam mandando sinais elétricos ou químicos, que regulam as atividades celulares. MOLÉCULAS SINALIZADORAS • Hidrossolúveis: são moléculas polares, que podem ser pequenas e derivadas de aminoácidos ou grandes como os peptídeos. • Lipossolúveis: são moléculas apolares e de pequeno tamanho, derivadas do colesterol, de aminoácidos ou são compostos gasosos. SINALIZAÇÃO CELULAR A sinalização celular é a forma como as células conseguem comunicar-se. Durante esse processo, uma molécula sinalizadora é produzida e, então, liga-se à célula-alvo. • Tipos de sinalização celular: a) Sinalização dependente de contato: a substância indutora não é secretada, ficando na superfície da célula sinalizadora interagindo com receptores de uma célula adjacente ou por meio de Gap Junctions presentes nas membranas de células adjacentes que permitem a transmissão dos sinais entre as células. b) Sinalização parácrina: é mediada por moléculas sinalizadoras (mediadores locais) que agem em múltiplas células-alvo, próximas do local de sua síntese, como por exemplo os neurotransmissores. 11 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia c) Sinalização autócrina: ocorre quando a célula responde a substâncias liberadas por ela mesma. As moléculas sinalizadoras são os mediadores locais, como por exemplo, alguns fatores de crescimento. d) Sinalização endócrina: ocorre quando células secretam os hormônios para a corrente sanguínea afim de alcançar a sua célula-alvo. RECEPTORES CELULARES As moléculas hidrossolúveis não conseguem atravessar a membrana, e por isso, interagem em receptores presentes na membrana. Os receptores se ligam a moléculas sinalizadoras com grande afinidade e essa interação, promove uma transdução deste sinal em sinais intracelulares, que afetam o desenvolvimento celular. Nesse caso há necessidade da formação de um segundo mensageiro, como o AMP cíclico, dentro da célula. Os receptores citoplasmáticos e nucleares se ligam às moléculas sinalizadoras lipossolúveis uma vez que estas conseguem atravessar a membrana. A ligação das moléculas sinalizadoras lipossolúveis aos receptores citoplasmáticos e nucleares ocasiona uma mudança metabólica na célula através da alteração da expressão dos seus genes. Neste caso, não é necessária a formação de segundos mensageiros intracelulares. TRANSPORTE DE MEMBRANA PLASMÁTICA Para que a célula se mantenha em atividade é fundamental que existam trocas entre o meio intracelular e o meio extracelular. A membrana plasmática é impermeável a: íons e a moléculas polares grandes. O transporte de íons e de grandes moléculas polares é realizado por proteínas transportadoras. PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS DE MEMBRANA • Proteína carreadora: soluto se liga a proteína, sofre alteração na sua forma. 12 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • Proteína canal: transporte sem se ligar ao soluto e não sofre alteração na sua forma. TIPOS DE TRANSPORTES Podemos classificar o transporte através da membrana analisando-se o gasto de energia que uma célula apresenta ao transportar uma substância. Aquele transporte em que não há gasto de energia é chamado de passivo, e aquele que apresenta gasto de energia é chamado de ativo. • Difusão simples: a) Ocorre sem gasto de energia; b) A favor do gradiente de concentração do soluto; c) Ocorre sem o auxílio de proteínas transportadoras; d) Moléculas apolares pequenas (O2) e moléculas polares sem carga e suficientemente pequenas (etanol, ureia); e) Não necessita de uma proteína transportadora. • Difusão facilitada: a) Ocorre com o auxílio de proteínas transportadoras (proteínas carreadoras e proteínas-canal); b) Ocorre sem gasto de energia; c) A favor do gradiente de concentração do soluto; d) Transporte de glicose, aminoácidos e vitaminas. • Transporte ativo: a) Ocorre com o auxílio de proteínas transportadoras (proteínas carreadoras); b) Ocorre gasto de energia na forma de ATP; c) Contra o gradiente de concentração do soluto. OSMOSE A osmose é um tipo de transporte passivo. É o processo de difusão da água através da membrana plasmática. As moléculas de água difundem-se da solução menos concentrada para a mais concentrada. • Isotônico: a água flui na mesma proporção para dentro e para fora da célula. • Hipotônica: é aquela que faz a célula aumentar de volume, podendo ocorrer a lise celular. • Hipertônica: faz a célula perder água, diminuindo seu volume. BOMBA DE SÓDIO POTÁSSIO A bomba de sódio e potássio é um tipo de transporte ativo que ocorre em todas as células do corpo, transporta 3 moléculas de sódio para o meio extracelular e bombeia 2 moléculas de potássio para o meio intracelular. A bomba de sódio e potássio está diretamente relacionada com a transmissão de impulsos nervosos e contração muscular. 13 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia TIPOS DE TRANSPORTES REALIZADOS POR PROTEÍNAS CARREADORAS • Uniporte: um único tipo de soluto. • Transporte acoplado: transporte de dois ou mais solutos. São dois tipos, simporte é quando solutos diferentes são transportados na mesma direção e antiporte ocorre quando solutos são transportados em difereções opostas. TRANSPORTE DE MACROMOLÉCULAS PELA MEMBRANA CELULAR • Endocitose: processo de englobamento de substâncias para o interior da célula e pode ocorrer por pinocitose ou fagocitose. 1. Fagocitose: processo utilizado pela célula para englobar partículas sólidas, que lhe irão servir de alimento. Possui função de defesa. 2. Pinocitose: processo semelhante ao da fagocitose, pelo qual certas células ingerem líquidos ou pequenas partículas fluídas através de minúsculos canais que se formam em sua membrana plasmática. Possui função nutricional. • Exocitose: processo de eliminação de substâncias para o exterior da célula. • Transcitose: mecanismos de transporte de substâncias de um polo ao outro da célula. 14 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia CITOESQUELETO Conjunto de filamentos proteicos responsável pela integridade estrutural da célula. É uma estrutura altamente dinâmica que se reorganiza continuamente sempre que a célula altera a sua forma, se divide ou responde ao ambiente. • Funções: a) Ancoragem de organelas; b) Movimentação celular; c) Transporte de substâncias no meio intracelular; d) Estabilidade estrutural. • Composição: 1. Microfilamentos: a) Proteínas: actina e miosina; b) Função: contração muscular; c) Localização: encontram-se distribuídos por toda a célula, porém estãomais concentrados abaixo da membrana plasmática. 2. Microtúbulos: a) Proteína: tubulina; b) Função: determinação da forma celular, ancoragem de organelas no citoplasma, transporte intracelular e separação dos cromossomos durante a divisão celular; c) Localização: encontram-se com uma extremidade voltada para a membrana plasmática e a outra para o centrossomo. d) Durante a divisão celular os microtúbulos são responsáveis pela organização do fuso mitótico. e) Em células animais típicas, os microtúbulos formam-se a partir dos centrossomos e se estendem rumo a periferia celular. São responsáveis pelo transporte intracelular e ancoramento de vesículas e organelas, além de serem constituintes de cílios e flagelos. 3. Filamentos Intermediários: a) Proteínas: citoqueratina, vimentinas, proteínas acídicas fibrilares gliais; b) Função: formam a lâmina nuclear, conferem força mecânica a célula, suportam tensões mecânicas; c) Localização: distribuídos no citoplasma e também se encontram logo abaixo da membrana nuclear interna. HISTOLOGIA Ciência que estuda os tecidos do corpo humano. TECIDOS Grupos de células semelhantes quanto à estrutura, função e origem embrionária que são mantidas juntas por quantidade variada de material intercelular. 15 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • O organismo humano é constituído de 4 tipos básicos de tecidos: a) Epitelial; b) Conjuntivo; c) Muscular; d) Nervoso. TECIDO EPITELIAL a) Origem nos três folhetos embrionários. b) Tecido formado por células justapostas, com pouco material extracelular. c) As células estabelecem junções intercelulares com as células epiteliais vizinhas. d) Grande capacidade de renovação celular. e) A forma das células é bastante diversa, desde achatada até piramidal, passando por cúbica e cilíndrica. • Características: a) Não contém vasos sanguíneos, sendo nutrido por difusão a partir do tecido conjuntivo adjacente. b) As células epiteliais estão apoiadas sobre a lâmina basal. c) A estrutura constituída pela lâmina basal e pelas fibras do tecido conjuntivo é denominada membrana basal. d) As células epiteliais frequentemente têm especializações de membrana plasmática, tais como microvilosidades, cílios, estereocílios, além das junções intercelulares. • Funções gerais: a) Revestir superfícies externas e internas. b) Formar glândulas que secretam moléculas. c) Transportar moléculas ou íons entre dois compartimentos. • Classificação: De acordo com sua localização, arranjo das células e funções, o tecido epitelial é classificado em dois tipos: a) Tecido epitelial de revestimento; b) Tecido epitelial secretor ou glandular. 16 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO a) Reveste toda a superfície externa do corpo (epiderme) e as cavidades corporais internas; b) Oferece proteção mecânica à superfície revestida; c) Funciona como uma barreira separando compartimentos no corpo; d) Age como um local de absorção de moléculas transportando-as de um compartimento para o outro; e) Oferece proteção para algumas superfícies impedindo seu dessecamento. f) Caracteriza-se por ser um tecido avascular. g) Classificados de acordo com o número de camadas e conforme a forma das células. • Formato das células: 1. Pavimentosas (células achatadas com forma poligonal); 2. Cúbicas (formato de cubo); 3. Cilíndricas (formato cilíndrico; são mais altas que largas). • Classificação de acordo com as camadas de células: 1. Simples, uniestratificado ou monoestratificado: a) Possui apenas uma camada de células. b) Neste tecido a base de cada célula é anexada a uma base da membrana basal, enquanto a extremidade apical está voltada para superfície livre. c) O tecido epitelial de revestimento simples pode ser dividido em: simples pavimentoso, simples cúbico e simples cilíndrico. 2. Estratificado ou pluriestratificado: a) Possui mais de uma camada de células. b) O tecido epitelial de revestimento estratificado ou pluriestratificado pode se subdividir em: 1. Epitélio pavimentoso estratificado: a) Neste tecido existe uma camada superficial de queratina, como é o caso da pele. b) No entanto reveste outras áreas, porém sem queratina, como no caso do esôfago que é revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. 2. Epitélio cúbico estratificado: a) Possui células epiteliais com formato cúbico em diversas camadas. 3. Epitélio estratificado de transição: a) Este tipo de epitélio caracteriza-se por ter as células mais superficiais com formatos diversificados. b) É encontrado na bexiga e no ureter. 17 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 4. Pseudoestratificado: a) As células presentes neste tipo de tecido parecem dispor-se em camadas, dando a falsa impressão de se tratar de um tecido estratificado. b) No entanto é constituído por somente uma camada de células que se prendem à membrana basal, porém com tamanhos diferenciados. TECIDO EPITELIAL SECRETOR OU GLANDULAR a) É constituído por células isoladas ou grupamentos de células formando estruturas individualizadas, denominadas de glândulas, cuja função é a secreção. b) Entende-se por secreção a produção e a liberação pelas células de um fluido contendo substâncias como muco, enzimas ou um hormônio. c) Os epitélios que constituem as glândulas do corpo podem ser classificados de acordo com vários critérios. • Principais tipos de glândulas: 1. Glândulas exócrinas: a) Mantêm a sua conexão com o epitélio do qual se originaram. b) Possuem ductos tubulares formados por célular que transportam a secreção glandular para a superfície do corpo ou para o interior de um órgão cavitário. • Classificação quanto a natureza da secreção: a) Glândulas serosas: são aquelas que secretam um fluído aquoso. b) Glandulas mucosas: são aquelas que secretam um fluído espesso e viscoso, glicoproteico, denominado muco. • Classificação quanto a estrutura: 2. Glândulas endócrinas: a) Não possuem ductos, a sua conexão com o epitélio foi obliterada durante o desenvolvimento e sua secreção é liberada diretamente na corrente sanguínea e 18 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia transportada para o seu local de ação, o seu "tecido alvo". b) A secreção das glândulas endócrinas contém hormônios. TECIDO CONJUNTIVO • Características: a) Tecido mais abundante e de ampla distribuição. b) Possui espaço entre as células. c) Ricamente vascularizado. d) Baixa renovação celular. e) Apresenta a matriz extracelular em abundância. • Funções: a) Une, sustenta e reforça outros tecidos/órgãos do corpo. b) Protege e isola órgãos internos. c) Preenchimento de espaços. d) Compartimentaliza estruturas. e) Transporte/nutrição. f) Reparação. g) Defesa. • Tipos: a) Propriamente dito (frouxo, denso modelado e não modelado). b) Com propriedades especiais (tecido elástico, reticular, adiposo, mielóide, linfóide, mucoso). c) Tecido cartilaginoso. d) Tecido ósseo. e) Sangue (alguns autores). • Células que compões o tecido conjuntivo: A. Fibroblastos: a) Sintetizam colágeno. b) São alongados e os núcleos também. c) Retículo endoplasmático rugoso e complexo de golgi desenvolvidos. d) Fibrócitos (velhos). B. Macrófagos: a) Apresentadoras de antígeno. b) Se originam dos monócitos do sangue. c) Núcleos grandes. d) Fagocitárias. C. Plasmócitos: a) Núcleo excêntrico (deslocado). b) Originados dos linfócitos B. c) Produzem Anticorpos. d) Retículo endoplasmáticorugoso desenvolvido. D. Mastócitos: a) Elípticas. b) Grânulos de histamina e heparina. c) Núcleo central. E. Leucócitos: 1. Neutrófilos: responsáveis pela proteção contra infeções bacterianas. Quando ocorre uma infeção bacteriana a medula é estimulada, produzindo mais neutrófilos para eliminarem (fagocitarem) os agentes infeciosos. 2. Eosinófilos: responsáveis pela defesa contra parasitas e pelo fenómeno da alergia. 19 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 3. Basófilos: permitem a dilatação dos vasos sanguíneos. 4. Linfócitos: responsáveis pela produção de anticorpos. Mais envolvidos na resposta à infeção por vírus. Existem os linfócitos T e os linfócitos B. 5. Monócitos: responsáveis pelo fenómeno de fagocitose de microrganismos e destruição de células mortas. F. Adipócitos: a) Células esféricas. b) Armazenamento de lipídios. c) Tecido adiposo: reserva energética, preenchimento de espaços, proteção aos órgãos e isolante térmico. • Substâncias intercelulares: a) Fibras (colágenas, elásticas e reticulares). b) Substância fundamental amorfa (SFA). c) Plasma intersticial. • Fibras do tecido conjuntivo: A. Colágenas: a) Resistência. Tipos: Tipo I: fibras e feixes. Ex.: tendões, pele e ossos. Tipo II: fibrilas. Ex.: cartilagens. Tipo III: fibras reticulares. Ex.: órgãos epiteliais (fígado, rins, etc); hematopoéticos. Ex.: baço, linfonodos, medula óssea; modificação de forma e volume. Ex.: útero. Tipo IV: lâmina basal (não agregam). B. Elásticas: a) Cedem e retornam à forma anterior. b) Artérias, pulmões, ligamentos, orelha. C. Reticulares: a) Revestimento de órgãos. • Substância fundamental amorfa (SFA): a) Gel hidratado preenchendo os espaços. b) Veículo de passagem de células e moléculas. c) Barreira para microorganismos. d) Proteoglicanas: glicominoglicanas + proteinas e compressibilidade. e) Glicoproteínas adesivas: fibronectina e laminina. f) Líquido tissular. • Plasma/líquido intersticial: é a água restante livre das moléculas de GAGs. TECIDOS CONJUNTIVOS PROPRIAMENTE DITOS a) Sustentação e suporte aos órgãos. b) Preenchimento de espaços vazios. • Tecido conjuntivo frouxo: a) Existe um equilíbrio entre o número de células e a quantidade de fibras e SFA. b) Locais: apoio a epitélios, entre fibras musculares, nervosas, ao redor de vasos, dentro de órgãos. • Tecido conjuntivo denso: a) Predominância de fibras colágenas que podem se dispor de duas maneiras: Paralelamente: formando o tecido conjuntivo denso modelado (tendões). Entrecruzadas: formando o tecido conjuntivo denso não modelado (derme, cápsula dos órgãos). TECIDOS CONJUNTIVOS COM PROPRIEDADES ESPECIAIS • Tecido conjuntivo elástico: a) Predominância das fibras elásticas. b) Locais: artérias de grande calibre e ligamentos intervertebrais. • Tecido conjuntivo reticular: a) Predominam as fibras reticulares. b) Local: órgãos hemocitopoiéticos, glândula adrenal. 20 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • Tecido conjuntivo mucoso: a) Há o predomínio de SFA. b) Local: polpa dentária (dentes jovens) e no cordão umbilical. TECIDO CARTILAGINOSO a) Resistente, porém flexível e avascular. b) Funções: sustentar e moldar ossos e órgão; dá forma a algumas partes do corpo como nariz, orelha, traquéia e brônquios. • Células: a) Condroblastos: produzem colágeno. b) Condrócitos: localizados em cavidades na matriz cartilaginosa. TECIDO ÓSSEO a) Responsável pela formação dos ossos. b) Função: sustentação, movimentos musculares, proteção e reserva de cálcio. c) Composição: matriz orgânica + matriz inorgânca + células ósseas. • Células: Osteoblastos: produção de colágeno. Osteócitos: manutenção da porção mineral. Osteoclastos: digerir a matriz óssea permitindo a remodelação dos ossos. • Estrutura óssea: A. Osso cortical: a) 80% da massa total do esqueleto. b) Estrutura densa e rígida. c) Porosidade considerada baixa. B. Osso trabecular: a) 20% da massa total do esqueleto. b) Constituído por trabéculas ósseas. c) Porosidade considerada alta. • Remodelação óssea: a) Ativação, reabsorção, reversão e formação óssea. b) Para que as células ósseas assumam suas respectivas funções dentro do tecido é necessária a atuação de diversos mediadores químicos. c) Fatores estimuladores da formação de osteoclastos. d) Fatores que aceleram a apoptose do osteoclasto, ou que bloqueiam sua diferenciação e ativação. 21 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia TECIDO NERVOSO É um tecido de comunicação, capaz de receber, interpretar e responder aos estímulos. As células do tecido nervoso são altamente especializadas no processamento de informações. Os neurônios transmitem os impulsos nervosos e as células da glia atuam junto com eles. • Função: Fazer as comunicações entre os órgãos do corpo e o meio externo. Tudo acontece de forma muito rápida. Através dos neurônios, o sistema nervoso recebe estímulos, decodifica as mensagens e elabora respostas. Ex.: o frio (estímulo externo) é recebido pelos receptores da pele, transmitido por neurônios sensitivos e interpretado no sistema nervoso central. • Organização: • Sistema nervoso: Representa uma rede de comunicações do organismo. É formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los". Consequentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou constatações. • Sistema nervoso central: É constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e protegidos por três membranas denominadas meninges. a) Encéfalo: Pesa aproximadamente 1,5 quilo, está localizado na caixa craniana e apresenta três órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. b) Cérebro: É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o órgão mais volumoso, pois ocupa a maior parte do encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo. Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias, chama-se córtex cerebral, o responsável pelo pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, escrita, etc. Ademais, é sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio, da inteligência e da imaginação, e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo. c) Cerebelo: Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo coordena os movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio. Além disso, regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de contração dos músculos em repouso. d) Tronco encefálico: Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa. Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as atividades vitais como os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição. e) Medula espinhal: É um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna vertebral. Na parte superior está conectada ao tronco encefálico. Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos). • Sistema nervoso periférico: É formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinhal. Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos. a) Nervos cranianos: Distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir mensagens sensoriais oumotoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço. 22 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia b) Nervos raquidianos: São 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurônios motores que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas. De acordo com a sua atuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo. • Neurônios: Transmitem informações através de mediadores químicos, os neurotransmissores, e de impulsos elétricos. Podemos identificar três regiões na maioria dos neurônios, são elas: a) Corpo celular: nele se localizam o núcleo e as organelas, por exemplo, mitocôndrias. b) Axônio: é um prolongamento longo do corpo celular, geralmente único, de espessura constante. É envolvido por macroglias de dois tipos: oligodendrócitos e células de Schwann. c) Dendritos: são prolongamentos curtos do corpo celular, com muitas ramificações que se afinam nas pontas. Podem ser de vários tipos e classificados da seguinte maneira: a) Segundo a forma: neurônios multipolares, bipolares e unipolares. b) Segundo a função: neurônios sensitivos, motores e integradores. • Sistema nervoso somático: Regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo. • Sistema nervoso autônomo ou vegetativo: Atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento. De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias. Enquanto o sistema nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e diminui os batimentos cardíacos. Enfim, a função do sistema nervoso autônomo é regular as funções orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham constantes. • Sistema nervoso simpático: É a primeira das duas divisões do sistema nervoso autônomo. Tem como função ser responsável por preparar o organismo para responder a situações de estresse e emergência. Suas principais atividades são aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial, liberar adrenalina, contrair e relaxar músculos, dilatar os brônquios, dilatar as pupilas, aumentar a transpiração. • Sistema nervoso parassimpático: É a segunda das duas divisões do sistema nervoso autônomo. Tem como função ser responsável por fazer o corpo retornar a um estado emocional estável e de calma, além de controlar alguns sistemas e ações não conscientes, como a respiração. Suas principais atividades são diminuir a frequência cardíaca, diminuir a pressão arterial, diminuir a adrenalina, diminuir a quantidade de açúcar no sangue, controlar o tamanho das pupilas. 23 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia NEURÔNIOS São as células nervosas responsáveis pela propagação do impulso nervoso. Elas compõem o sistema nervoso juntamente com as células glias. Existem cerca de 86 bilhões de neurônios no cérebro humano e já se sabe que novos neurônios são produzidos ao longo da vida. Os neurônios são células altamente especializadas em processar informações. São responsáveis pela propagação do impulso nervoso e pelas sinapses, de modo que fazem a comunicação entre o sistema nervoso e o restante do corpo, conduzindo respostas a determinados estímulos. • Estrutura dos neurônios: Os neurônios possuem estruturas celulares tais como núcleo e mitocôndrias assim como outras células, no entanto, sua forma diferenciada está relacionada com a sua função. No corpo celular dos neurônios estão as organelas e o núcleo, é o local onde ocorre o metabolismo celular. Do corpo celular partem diversos prolongamentos, os mais curtos são os dendritos, através dos quais são recebidos os estímulos provenientes dos neurônios vizinhos. O axônio é um prolongamento do corpo celular, geralmente único, longo e envolvido pela bainha de mielina, que tem descontinuidades chamadas nódulos de Ranvier. A bainha de mielina é composta de células gliais que se enrolam no axônio e podem ser de dois tipos: oligodendrócitos e células de Schwann. O axônio é responsável pela condução dos sinais elétricos e também tem terminações através das quais transmite as informações aos neurônios vizinhos, isso acontece por meio das sinapses. Hoje em dia já se sabe também que ocorre neurogênese, ou seja, formação de novos neurônios mesmo durante a vida adulta e não só durante o desenvolvimento embrionário como se acreditou durante muito tempo. • Tipos de neurônios: Durante muito tempo se acreditou que existiam 100 bilhões de neurônios no corpo humano. No entanto, pesquisadores brasileiros resolveram investigar e chegaram ao número aproximado de 86 bilhões. Dentre esses inúmeros neurônios existem diferentes tipos, que podem ser classificados segundo sua forma ou sua função. • Classificação segundo a forma: a) Neurônios multipolares: possuem muitos prolongamentos celulares, vários dendritos e um axônio. São os mais comuns; b) Neurônios bipolares: possuem apenas dois prolongamentos, ou seja, um axônio e outro prolongamento que pode se ramificar em dendritos; c) Neurônios unipolares: possuem apenas um prolongamento, o axônio. • Classificação segundo a função: a) Neurônios sensitivos: recebem os estímulos recebidos de fora do corpo e produzidos internamente e os transmitem ao sistema nervoso central (SNC); 24 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia b) Neurônios motores: recebem as informações do SNC e as transmitem para os músculos e glândulas do corpo; c) Neurônios integradores: são encontrados no SNC e conectam os neurônios, interpretando estímulos sensoriais. • Células da glia: As células da glia, ou neuróglias, são muito mais numerosas do que os neurônios. Sua função é nutrir e proteger o sistema nervoso. Além disso, ajudam na regulação das sinapses e transmissão dos impulsos elétricos. Existem dois tipos de células gliais, a saber: a) Microglias: protegem o sistema nervoso, agindo de forma semelhante aos macrófagos. b) Macroglias: há quatro subtipos, cada uma com função específica, ajudando na transmissão dos impulsos nervosos. São elas: os astrócitos, os oligodendrócitos, os ependimócitos e as células de Schwann. • Astrócitos: são células da neuróglia, são as mais abundantes do sistema nervoso central e são as que possuem as maiores dimensões. Levam esse nome pelo seu formato (astro=estrela, cito=célula). Existem dois tipos de astrócitos: os protoplasmásticos e os fibrosos. • Oligodendrócitos: são as células da neuróglia, responsáveis pela formação, e manutenção das bainhas de mielina dos axônios, no SNC (sistema nervoso central), função em que no sistema nervoso periférico é executada pelas células de Schwann (só que apenas um oligodendrócito contribui para formação de mielina em vários neurônios ao contrário da célula de Schwann que mieliniza apenas um axônio). • Ependimócitos: ou células ependimárias são células cubóides ou prismáticas que compreendem a neuróglia epitelial. São responsáveis pelo revestimento simples dos ventrículos, cavidade essa compreendida entre o cerebelo (teto) e ponte, bulbo e parte do mesencéfalo (assoalho). • Células de Schwann: atualmente conhecido como "neurolemócitos" é um tipo de célula glial que produz a mielina que envolve os axónios dos neurónios no sistema nervoso periférico, isolando electricamente os nervos e assim permitindo a propagação rápida de potenciais de ação. SANGUE O sangue é um tecido líquido formadopor diferentes tipos de células suspensas no plasma. Ele circula por todo nosso corpo, através das veias e artérias. As veias levam o sangue dos órgãos e tecidos para o coração, enquanto as artérias levam o sangue do coração para os órgãos e tecidos. Já as células, recebem sangue através de vasos sanguíneos de menor porte denominados de arteríolas, vénulas e capilares. Em um adulto circulam, em média, seis litros de sangue. O sangue humano é constituído por plasma e elementos figurados. • Funções do sangue: O sangue desempenha um importante papel de defender o corpo das ações de agentes nocivos. Uma das funções básicas do sangue é o transporte de substâncias, das quais destacam-se: a) Levar oxigênio e nutrientes para as células; b) Retirar dos tecidos as sobras das atividades celulares (como gás carbônico produzido na respiração celular); c) Conduzir hormônios pelo organismo. • Composição do sangue: O sangue parece um líquido homogêneo, no entanto, com a observação por microscópio pode-se verificar que ele é heterogêneo, sendo composto por glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e plasma. O plasma, corresponde até 60% do volume do sangue, é a parte líquida onde ficam suspensos os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. A quantidade de cada componente pode variar conforme o sexo e idade da pessoa. Algumas doenças, como a anemia, também podem causar modificações nos valores normais dos componentes do sangue. 25 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia PLASMA O plasma é um líquido de cor amarela e corresponde a mais da metade do volume do sangue. Ele é constituído por grande quantidade de água, mais de 90%, onde encontram-se dissolvidos os nutrientes (glicose, lipídios, aminoácidos, proteínas, sais minerais e vitaminas), o gás oxigênio e hormônios, e os resíduos produzidos pelas células, como gás carbônico e outras substâncias que devem ser eliminadas do corpo. • Funções do plasma: a) Transporte do gás carbônico produzido na respiração celular: esse gás, dissolvido no plasma, é levado até aos pulmões, onde é liberado no ar que exalamos. b) Transporte de nutrientes: os nutrientes absorvidos pelo intestino são transportados até as demais células do corpo. c) Transporte de resíduos produzidos pelas células: grande parte desses resíduos são transportados até o fígado, onde são processados. Em seguida, vão para os rins e são eliminados na urina. d) Auxílio na defesa do organismo: o plasma carrega substâncias responsáveis pelo combate contra micro-organismos e toxinas. e) Auxílio na coagulação do sangue: o plasma também contém substâncias que atuam na coagulação do sangue, que ocorre caso haja o rompimento de algum vaso sanguíneo. ELEMENTOS FIGURADOS • Hemácias: As hemácias são células circulares presentes no sangue que vivem no organismo por 120 dias e, ademais, são formadas de hemoglobina e globulina. A hemoglobina, uma proteína vermelha que contém ferro, é considerada a principal proteína intracelular das hemácias, e sua função é transportar o oxigênio no sangue. Por outro lado, a globulina é uma das proteínas presentes no plasma sanguíneo, junto da albumina e do fibrinogênio e suas funções são basicamente o transporte e a coagulação do sangue. As hemácias são também conhecidas pelos termos "glóbulos vermelhos" ou "eritrócitos" e sua principal função é principalmente o transporte de oxigênio e em menor percentual o gás carbônico no sangue. a) Produção das hemácias: Denominado de eritropoiese, o processo de produção de eritrócitos ou hemácias ocorre na medula óssea vermelha. Nesse processo, iniciado por uma célula- mãe que gera quatro células, ocorre a síntese de DNA e de hemoglobina, mitoses e absorção do ferro. Assim, no período de três dias, originarão hemácias maduras anucleadas, ou seja, sem núcleo. Desde então, essas novas hemácias ou glóbulos vermelhos atuarão como reservas energéticas responsáveis pelo transporte de oxigênio e gás carbônico e viverão no organismo por 120 dias. b) Doenças: Muitas doenças estão associadas às hemácias, por exemplo, a anemia. Assim, a "microcitose", corresponde a diminuição do tamanho dos eritrócitos e está intimamente relacionada à deficiência de ferro, anemias sideroblásticas e talassemias. Por outro lado, a denominada "macrocitose", ou seja, o aumento de tamanho das hemácias no sangue relaciona-se com a deficiência de vitamina B12, hipotireoidismo, anemia aplástica e doenças hepáticas. As anemias são doenças caracterizadas pela diminuição das hemácias no sangue e consequentemente pela dificuldade no transporte de oxigênio. Alguns tipos de anemias são: anemia falciforme, anemia ferropénica, anemia hemolítica, anemia perniciosa, anemia aplástica, esferocitose, eritrocitoses e talassemia. • Plaquetas: Plaquetas ou trombócitos são minúsculos discos redondos ou ovais, de cerca de 2 nm de diâmetro que participam do processo de coagulação sanguínea. Representam fragmentos de megacariócitos, que são células brancas extremamente grandes formadas na medula óssea e que estão relacionados com a cicatrização de feridas e reparação de vasos sanguíneos. A concentração normal de plaquetas no sangue situa- se em torno de 200.000 a 400.000/mm3 de sangue. • Leucócitos: Os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos, são células sanguíneas produzidas na medula óssea e nos linfonodos. São os principais agentes do sistema imunológico do nosso corpo, sendo que seu número varia entre 4 500 mil a 11 000 mil por milímetro cúbico de sangue em um adulto. 26 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia Pela ação dos linfócitos, agentes infecciosos, como as bactérias, os vírus e as substâncias tóxicas que atacam o nosso corpo, são impedidos de causar infecções e outras doenças. a) Características dos leucócitos: Os leucócitos são células incolores, que possuem diferentes tipos, distinguidos pela forma de seus núcleos e modo de atuação. Esses glóbulos brancos atuam na defesa do organismo da seguinte forma: Fagocitose (defesa ativa): captura de partículas identificadas como antígenos (corpos estranhos). Nesse processo, as células sanguíneas de defesa englobam, digerem e destroem os microrganismos invasores; Defesa passiva: fabricação de anticorpos, proteínas especiais, para neutralizar os antígenos e as substâncias tóxicas produzidas pelos seres invasores ou presentes em alimentos e substâncias diversas; Diapedese: propriedade de atravessar os vasos sanguíneos, sair pelas paredes capilares e migrarem para os tecidos próximos. b) Tipos de leucócitos: HEMATOPOIÉSE É o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos figurados do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) a partir de um precursor celular comum e indiferenciado conhecido como célula hematopoiética pluripotente, célula-tronco ou stem-cell. As células-tronco, que no adulto encontram-se na medula óssea, são as responsáveis por formar todas as células e derivados celulares que circulam no sangue. TECIDO MUSCULAR O tecido muscular é constituído por células alongadas, altamente especializadas e dotadas de capacidade contrátil, denominadas fibras musculares. O tecido muscular apresenta grande inervação e vascularização. • Classificação dos músculos: a) Musculo liso: ausência de estrias transversais em suas células. b) Músculo estriado cardíaco: sarcômeros. c) Músculo estriado esquelético: sarcômeros. MÚSCULO LISO a) É constituído por fibras fusiformes dotadas de um núcleo alongado e central. b) Contração lenta e involuntária. 27 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia c) O estímulo para a contração dos músculos é mediado pelo sistema nervoso autônomo. d) Localiza-se na pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sanguíneos e aparelhoexcretor. CONDUÇÃO DE ESTÍMULOS: SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO • Nervos motores: a) Sistema nervoso somático: condução de estímulos voluntários. b) Sistema nervoso autônomo: condução de estímulos involuntários. DIFERENÇAS ENTRE AS VIAS AUTÔNOMAS E SOMÁTICAS DIFERENÇAS ENTRE SISTEMAS SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO • Via dos sistemas simpático e parassimpático: a) As vias são distinguidas por gânglios dispostos muito próximos do SNC. Elas usam a noradrenalina (NA) como o neurotransmissor pós-ganglionar. b) As vias parassimpáticas geralmente possuem os seus gânglios próximos ao tecido-alvo e usam acetilcolina (ACh) como neurotransmissor pós-ganglionar. • Importância do nervo vago para o sistema nervoso parassimpático: O nervo vago é o principal trato parassimpático, que leva fibras parassimpáticas para a maioria dos órgãos internos. 28 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO a) Constitui o tecido que forma a maior parte do coração dos vertebrados. b) É inervado pelo sistema nervoso autônomo. c) Esse tecido ocorre apenas no coração e apresenta contração independente da vontade do indivíduo (contração involuntária). d) No músculo cardíaco essa contração é vigorosa e rítmica. e) Essas células musculares são menores e ramificadas, intimamente unidas entre si por estruturas especializadas e típicas da musculatura cardíaca: os discos intercalares, que fazem a conexão elétrica entre todas as células do coração. Assim, se uma célula receber um estímulo suficientemente forte, ele é transmitido a todas as outras células e o coração como um todo se contrai. f) Essa transmissão do estímulo é feita por canais de passagem de água e íons entre as células, que facilita a difusão do sinal iônico entre uma célula e outra, determinando a onda rítmica de contração das células. Os discos intercalares possuem estruturas de adesão entre células que as mantêm unidas mesmo durante o vigoroso processo de contração da musculatura cardíaca. g) As células musculares cardíacas são capazes de auto-estimulação, não dependendo de um estímulo nervoso para iniciar a contração. As contrações rítmicas do coração são geradas e conduzidas por uma rede de células musculares cardíacas modificadas que se localizam logo abaixo do endocárdio, tecido que reveste internamente o coração. h) Existem numerosas terminações nervosas no coração, mas o sistema nervoso atua apenas regulando o ritmo cardíaco às necessidades do organismo. MUSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO a) Células cilíndricas e alongadas, multinucleadas e com núcleos periféricos. b) É inervado pelo sistema nervoso somático. c) As contrações do músculo esquelético permitem os movimentos dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto. d) A contração desse tipo de tecido é rápida e voluntária mediada pelo sistema nervoso somático. e) O tecido muscular estriado esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo dos vertebrados, formando o que se chama popularmente de carne. f) Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, daí ser chamada de esquelética. Esse tipo de tecido apresenta contração voluntária (que depende da vontade do indivíduo). g) Um músculo esquelético é um pacote de longas fibras. Cada uma delas é uma célula dotada de muitos núcleos, chamado miócitos multinucleados. Uma fibra muscular pode medir vários centímetros de comprimento, por 50 mm de espessura. h) A célula muscular estriada apresenta, no seu citoplasma, pacotes de finíssimas fibras contráteis, as miofibrilas, dispostas longitudinalmente. Cada miofibrila corresponde a um conjunto de dois tipos principais de proteínas: as miosinas, espessas, e as actinas, finas. Essas proteínas estão organizadas de tal modo que originam bandas transversais, claras e escuras, características das células musculares estriadas, tanto as esqueléticas como as cardíacas. 29 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia Referências: 1. ARMADA, Luciana; Aspectos Gerais da Estrutura Celular. 2020. 31 slides. 2. ARMADA, Luciana; Biomembranas. 2020. 37 slides. 3. ARMADA, Luciana; Transporte de Membranas. 2020. 16 slides. 4. ARMADA, Luciana; Citoesqueleto. 2020. 10 slides. 5. ARMADA, Luciana; Estrutura Celulares. 2020. 26 slides. 6. ARMADA, Luciana; Tecido Epitelial. 2020. 35 slides. 7. ARMADA, Luciana; Tecido Conjuntivo. 2020. 51 slides. 8. ARMADA, Luciana; Sangue. 2020. 10 slides. 9. ARMADA, Luciana; Tecido Nervoso. 2020. 17 slides. 10. ARMADA, Luciana; Tecido Muscular. 2020. 25 slides. 11. Célula Animal. TodaMatéria. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/celula- animal/#:~:text=As%20principais%20caracter %C3%ADsticas%20das%20c%C3%A9lulas,% C3%B3rg%C3%A3os%20que%20apresentam %20funcionalidades%20complementares.>. Acesso em: 02 de mar. de 2020. 12. Célula Vegetal. TodaMatéria. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/celula- vegetal/#:~:text=As%20c%C3%A9lulas%20ve getais%20formam%20os,modo%20de%20vid a%20das%20plantas.>. Acesso em: 02 de mar. de 2020. 13. Célula Animal e Vegetal. TodaMatéria. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/celula- animal-e-vegetal/>. Acesso em: 02 de mar. de 2020. 14. Leucócitos: Tipos e Funções. Clínicas CMP. Disponível em: <https://centromedicodapraca.pt/leucocitos- tipos-funcoes/>. Acesso em: 02 de mar. de 2020. 15. Sangue. TodaMatéria. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/neuronios/#: ~:text=Os%20neur%C3%B4nios%20s%C3%A 3o%20as%20c%C3%A9lulas,produzidos%20a o%20longo%20da%20vida.>. Acesso em: 02 de mar. de 2020.s.>. Acesso em: 02 de mar. de 2020.
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