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Relatório fisiologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI
CAMPUS PROFESSORA CINOBELINA ELVAS - CPCE
CURSO: BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: FISIOLOGIA VETERINÁRIA
DOCENTE: FERNANDA PATRICIA GOTTARDI
RELATÓRIOS DAS AULAS PRÁTICAS
DISCENTES:
ALAN VICTOR FELINTO FERNANDES 
FLAVIANE TELES DE SOUZA
JACKSON BREDO GOMES DANTAS 
JAYLSON ALENCAR FERREIRA
BOM JESUS
2017
1.AULA PRÁTICA: AUSCULTA RUMINAL 
INTRODUÇÃO
Os ruminantes possuem um sistema digestivo peculiar, com características próprias bem definidas, o que lhes permite aproveitar os nutrientes contidos em alimentos fibrosos e grosseiros. Isto ocorre graças à ação de microrganismos (bactérias e protozoários) que habitam o trato digestivo, além da ação mecânica executada através do processo de ruminação. 
Para serem utilizados pelo organismo, os alimentos devem ser previamente transformados. O sistema digestivo pode ser comparado a uma fábrica, onde são feitas diversas transformações da “matéria prima” que são triturados, misturados e transformados, através de mecanismos de natureza mecânica, microbiana e química. As bactérias da flora rumenal dividem-se em dois grupos principais, celulolíticas e amilolíticas, que devem permanecer em equilíbrio para que não apareçam problemas na digestão.
A ausculta é um potente recurso a ser empregado na avaliação do sistema digestório. A cada cinco minutos os ovinos apresentam de 7 a 14 movimentos, os caprinos, de 6 a 12. O número de contrações vai depender do tipo de alimento ingerido e do intervalo decorrido entre a última refeição e o exame. A motilidade normal resulta em um profundo, sonoro e prolongado ruído que toma a forma de um murmúrio periódico que se exacerba e depois decresce. 
É necessário avaliar, também, a natureza e a força da contração fortemente influenciadas pelo tipo de alimento presente nesse compartimento. O mais potente estimulo natural para o início das contrações é o ato da alimentação, ou seja, a chegada do alimento na cavidade bucal. Alimentos ricos em fibras provocam aumento na intensidade e na duração dos ruídos; já alimentos com alto valor energético produzem ruídos menos intensos. Portanto, os achados de ausculta devem ser interpretados de acordo com o tipo de alimentação oferecida ao animal.
OBJETIVOS
Avaliar a motilidade do rúmen dos animais, antes, durante e depois da ingestão de alimento. Auscultar e observar alterações no número de concentrações em intervalos de tempo de 2 minutos. Avaliar a diferença de motilidade quando ingeridos alimentos concentrado e volumoso. 
MATERIAL E MÉTODO 
· 01 Estetoscópio
· 01 Cronometro
· Alimentos: concentrado, volumoso
A pratica foi realizada dia 20 de novembro de 2017, nas dependências do setor de pequenos ruminantes do colégio técnico de bom jesus/ UFPI. 
Foi selecionado um caprino, em jejum e avaliou-se o escore corporal, a ausculta e palpação. Ausculta foi realizada do lado esquerdo, após a ultima costela, no intervalo de tempo de 2 minutos. Após forneceu-se concentrado para o animal durante 5 minutos e repetiu o processo de auscultação, depois que o animal se alimentou repetiu-se o processo de ausculta e palpação.
Outro animal foi selecionado, ovelha, e submetida ao mesmo procedimento, o alimento fornecido a essa foi diferente, no caso o volumoso. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
No primeiro animal, a ausculta realizada no tempo de 2 minutos antes da alimentação não apresentou contração do rúmen possível de escuta pela baixa mobilidade, pelo fato de o animal ter passado uma grande quantidade de horas em jejum. 
O segundo animal apresentou também baixa motilidade, mais foi possível a contagem de poucas contrações, 2 no intervalo de tempo de dois minutos. 
O primeiro animal submetido a alimentação com concentrado apresentou um aumento na motilidade, durante a alimentação contou-se 2 contrações, durante a alimentação. Após a alimentação contou-se 3 contrações. 
O segundo animal, submetido a alimentação com volumoso, durante a alimentação contou-se 3 contrações. Após a alimentação contou-se 4 contrações.
Em todos os casos em função da alimentação, alterou a motilidade, observando um aumento de contrações.
REFERÊNCIAS
http://www.caprileite.com.br/conteudo/22-ll-sistema-digestivo
https://social.stoa.usp.br/articles/0031/7307/5_Sistema_Digest%C3%B3rio..pdf
http://portais.ufg.br/up/66/o/semiologia_digestivo_bovino_2010.pdf
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/digestao-dos-ruminantes.htm
2.AULA PRÁTICA: IDENTIFICAÇÃO DE ESTRO E CITOLOGIA VAGINAL
INTRODUÇÃO
A atividade do sistema reprodutor feminino é regulada por mudanças periódicas na secreção de FSH e LH pela adeno-hipófise e, subsequente, pelos estrógenos e progesterona. As mudanças citológicas que ocorrem no epitélio vaginal, estão relacionadas as secreções hormonais. 
 A citologia vaginal apresenta-se como uma ferramenta para auxiliar na identificação do estágio reprodutivo, viabilizando um controle do estro para um bom aproveitamento e consequente gestação, favorecendo o programa de reprodução. Além disso também é utilizada para diagnosticar, precocemente, patologias do trato genital feminino (RAPOSO & SILVA, 1999). É um método rápido e simples. Na Medicina Veterinária, é empregado para diagnóstico do ciclo estral, em cabras e ovelhas, para a detecção da fase estral.
Segundo MIES FILHO (1987), o ciclo estral compreende as fases de proestro, estro, metaestro e diestro. A ovelha é um animal de poliestria estacional. O ciclo estral dura de dezesseis a dezessete dias, geralmente mais curto na borrega. O proestro varia de dois a três dias, estro 24 a 36 horas, em média 38 horas. O metaestro, uma fase não muito bem definida, dura cerca de dois dias, e o diestro regula dez dias. Esses períodos ocorrem de forma cíclica e seqüencial, exceto o anestro, que deve ser considerado na espécie ovina, por ser poliéstrica estacional. Entretanto, em regiões tropicais, onde a luminosidade não sofre grandes alterações ao longo do ano, como no Nordeste do Brasil, cabras e ovelhas apresentam estro e ovulam todos os meses (RIBEIRO, 1997).
Várias camadas celulares, morfologicamente distintas, formam a mucosa vaginal, durante o ciclo estral, ocorrem alterações citológicas no epitélio vaginal, ocasionando o aparecimento de formas variadas de células epiteliais, podendo estar associado a infiltrado leucocitário (RAPOSO et al., 1999). Sob ação estrogênica, as camadas do epitélio estratificado da vagina, principalmente as mais superficiais, resultam na esfoliação de células queratinizadas (RAPOSO et al., 2000), e essas modificações são visualizadas por métodos apropriados de coloração. 
As células do epitélio vaginal são classificadas em basais, parabasais, intermediárias, superficiais com núcleo e superficiais sem núcleo.
OBJETIVOS
Conhecer técnicas de investigação das funções endócrinas. Identificar as fases do ciclo estral nas ovelhas, correlacionando-as com as alterações hormonais. Observação das células do epitélio vaginal. Observar o comportamento do animal em fase reprodutiva em meio as fêmeas, para identificação de alguma em estro. 
MATERIAL E MÉTODO 
· swab
· álcool Absoluto
· Laminas 
· Kit rápido de coloração 
· Microscópio óptico
A pratica foi realizada dia 20 de novembro de 2017, nas dependências do setor de pequenos ruminantes do colégio técnico de bom jesus/ UFPI. Foram utilizadas uma cabra e 4 ovelhas para avaliação das características apresentadas referentes ao ciclo que ela apresenta e avaliação das células do canal vaginal. 
Os animais selecionados, foram imobilizados para a coleta das células do epitélio vaginal. A coleta foi realizada com swab, após afastar os lábios vulvares ele foi introduzido na vagina do animal no sentido crânio-dorsal, foram efetuados movimentos de rotação e translação para obtenção das amostras para observar as células. Após a coleta o material do swab foi passado na lâmina e colocadas no álcool durante 10 segundos para fixação celular. As laminas foram guardadas em ambiente sem luminosidade até o momento de coloração. No laboratório as laminas foramcoradas pelo método panótico rápido e avaliadas no microscópio óptico. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram avaliadas nas laminas, diferentes tipos de células, superficiais sem núcleo, intermediarias, superficiais e parabasais, 
A ovelha prenha não foi utilizada na observação do epitélio vaginal. A ovelha púbere apresentou a vulva avermelhada, demasiada e com um pouco de muco, apresentou células superficiais anucleadas e intermediarias caracterizando uma fase de estro. A ovelha pós parto apresentou células intermediarias e parabasais. A cabra apresentou a vulva pálida, não demasiada e sem muco, uma maior quantidade de células intermediarias e menor quantidade de parabasais e algumas células superficiais, caracterizando o período de anestro. A ovelha marrom apresentou células parabasais caracterizando o período de diestro. 
De acordo com relatos de BANKS (1991), o estro se caracteriza com presença de células queratinizadas e superficiais anucleadas, esse número maior de células superficiais anucleadas no estro é justificado pela forte influência estrogênica sobre o epitélio vaginal, ocasionando uma intensa descamação e o aparecimento desse tipo de célula no esfregaço (FREGONESI & MIES FILHO, 1986)	
As fases do ciclo estral da ovelha são de difícil interpretação, pois as fases de proestro e diestro se assemelham. Há predomínio de células intermediárias em todas as fases. Porém o estro é bem caracterizado pelas células superficiais anucleadas e pela baixa quantidade de células parabasais presentes no esfregaço.
Concorda-se com RAPOSO et al. (1999), que, verificaram que as células parabasais foram em número superior às demais células nas outras fases, sendo, no diestro, as parabasais superiores às superficiais.
REFERÊNCIAS
https://www.revistas.ufg.br/vet/article/download/1729/1696
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwioosWo-OLXAhWHvJAKHeVqCi8QFggvMAE&url=http%3A%2F%2Fdocplayer.com.br%2F24994467-Medicina-veterinaria-perfil-citologico-vaginal-de-ovelhas-da-raca-santa-ines-no-acompanhamento-do-ciclo-estral-1.html&usg=AOvVaw3VN2i0R8QZSHcRzj4levti
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