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TRH TSH Hipófise anterior Tireoides T3 e T4* Hipotálamo (-) (-) *Hormônios aminos, portanto não possuem características hidrofílicas, necessitando de carreadores (albumina e proteína carreadora de tiroxina) para circularem no organismo e chegarem até as células. T3 é o hormônio biologicamente ativo (3-5%), mas o mais produzido é o T4 (95-98%), o qual dentro da célula é transformado em T3, liberando iodo. Atrofia idiopática das tireoides ou tireoidite linfocítica (invasão da tireoide por linfócitos - imunomediada). O tipo mais comum em cães. Diminuição de T3 e T4, estimulando de forma contínua o hipotálamo e a hipófise, aumentando a produção de TSH e TRH. Deficiência de TRH pelo hipotálamo. Diminuição de T3, T4, TSH e TRH, porém pode-se ter uma condição parecida com hipoT primário, pois o TSH pode aumentar pelo estímulo de T3 e T4. Mas como geralmente a causa é por hipoplasia ou defeitos congênitos do hipotálamo, o esquema de TRH/TSH fica falho. Cretinismo Anomalia congênita. O animal nasce com deficiência hipofisária ou hipotalâmica, fazendo com que não haja desenvolvimento adequado das glândulas tireoides e de outras glândulas, ocorrendo deficiência na produção dos hormônios hipofisários – hipopanpituitarismo ou hipo-hipofisarismo. HipotireoidismoHipotireoidismo Deficiência dos hormônios tireoidianos decorrente de anormalidade funcional ou estrutural das glândulas tireoides. Redução da produção dos hormônios tireoideanos (T3 e/ou T4). em cãesem cães Prof. Dra. Sofia Borin Crivellenti Denise Ramos Pacheco Feedback negativo do T3 e T4 sobre sua própria liberação. Etiopatologia: HipoT primário HipoT secundário Deficiência de TSH pela hipófise. Diminuição de T3, T4, TSH e TRH. HipoT terciário Raças predispostas: Geralmente cães de médio a grande porte. Golden Retriever Doberman Setter Irlândes Schnauzer Dachshund Cocker Spaniel Dogue Alemão Old English Sheepdog CONSEQUÊNCIA: metabolismo mais lento. Ganho de peso: dificuldade em perder peso, pois o catabolismo e o gasto estão reduzidos; Letargia; Alopecia bilateral simétrica, principalmente no tronco e rabo (cauda de rato); Termofilia: tropismo por lugares quentes, animal fica com mais frio. Dermatopatia secundárias recorrentes: bacteriana ou por leveduras (principalmente malassezia, podendo apresentar otite recorrente), pois o corpo poupa energia para tecidos essenciais, deixando a barreira cutânea enfraquecida; Disqueratose, liqueinificação e hiperqueratose; Anestro: para "poupar" energia. Bradicardia; Miopatias: por deficiência da manutenção da fibra muscular; Neuropatias: por dificuldade da condução do estímulo nervoso (paralisia do nervo facial); Hipotermia; Nanismo: principalmente em animais com hipoT congênito (cretinismo). "Face trágica" do hipotireoidismo: acúmulo de mucopolissacarídeos na derme, retenção de água e espessamento da pele causando o mixedema que ocorre particularmente na área facial, resultando no arredondamento da região temporal da cabeça, distensão e espessamento das dobras cutâneas faciais e queda das pálpebras superiores, o que leva a uma "expressão facial trágica" do animal acometido. Hipercolesterolemia; Hipertrigliceridemia; Linfopenia leve; Leucopenia leve; Anenima normocítica e normocrômica leve: caso seja severa, investigar outras causas; Urinálise geralmente sem alterações; US: lama biliar e mucocele, já que o colesterol é a fonte da produção dos ácidos biliares. Achados da anamnese e exame físicoAchados da anamnese e exame físico Alterações em exames complementaresAlterações em exames complementares Avaliando a função tireoideanaAvaliando a função tireoideana Painel tireoideano completo: TSH T4t (T4 total) T4 livre* T3 *T4 separado da proteína carreadora por método laboratorial de diálise de equilíbrio. Fornece um resultado mais específico do aumento da produção de T4 pela tireoide. Denise Ramos PachecoProf. Dra. Sofia Borin Crivellenti Introdução gradual da medicação*: 4ª semana: dose total 1ª semana: 1/4 da dose 2ª semana: 1/2 da dose 3ª semana: 3/4 da dose pode apresentar paralisia de nervo facial e leve bradicardia (sinais subjetivos). termofilia, letargia, sonolência, dificuldade de perder peso. Se o animal chega com clínica, obrigatoriamente ele já é estádio 3 e 4. Subclínico: Clínico: Quando tem-se a tireoidite linfócitica, geralmente o bócio (aumento da glândula) está associado à sintomatologia clínica, podendo ainda comprimir a inervação simpática que controla a pupila, já que essa passa em baixo das glândulas da tireoide, ocasionando a síndrome de horner. É importante dosar a albumina na circulação, pois situações de hipoalbuminemia vão afetar a ligação de T4 com albumina, diminuindo a detecção da fT4 e tT4. TratamentoTratamento LEVOTIROXINA SÓDICA: 5-20 µg/kg, BID (hipoT congênito). LEVOTIROXINA SÓDICA*: 11-22 µg/kg, BID (paciente com sinais clínicos). LEVOTIROXINA SÓDICA: 3-10 µg/kg, SID/BID (paciente subclínico). Se o animal apresentar sinais de tirotoxicose (excesso do hormônio tiroidiano): agitação exacerbada, vômito, diarreia e prurido facial e abdominal, retornar à dose anterior e manter por 1 mês. A dose de levotiroxina para cães é cerca de 10x superior a dose de humanos, pois a absorção intestinal de levotiroxina é muito deficiente por via oral em cães. Monitorando o tratamentoMonitorando o tratamento Dosagem de T4T basal e ‘‘post-pill’’ Dosagem de T4T ‘‘post-pill’’ *marcas: Puran t4; Levoid; Euthyrox; Synthroid. Aumenta a dose em 25% em 25%. Então faz o cálculo para a maior dose (22 µg/kg, BID) e começa a administração gradual, observando a clínica do animal. *Riscos da tirotoxicose: pico hipertensivo, ocasionando descolamento de retina (cegueira súbita), acidente vascular cerebral e infarto renal. Sinais clínicos + bioquímica sérica (parte lipídica) + PAS Para pacientes com a medicação no esquema SID: "post-pill": após 6 horas da administração do fármaco. Baixo: mudar para o esquema BID (aumentar frequência). Normal: manter o esquema. Alto: reduzir a dose (25%). Normal: manter a dose. Baixo: aumentar a dose (reajuste). Para pacientes com a medicação no esquema BID: Alto: reduzir a dose (25%). Normal: manter a dose. Baixo: aumentar a dose (reajuste). Dosagem esperada de T4T: terço superior do intervalo de normalidade. Intervalo de normalidade T4T (µg/dL).15 45 Denise Ramos PachecoProf. Dra. Sofia Borin Crivellenti Realizado durante toda a vida do animal!
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