Resumo - Ornitopatologia

Prévia do material em texto

Ornitopatologia
EDS-76: Adenovírus, Hospedeiro: aves, ovos vermelhos, patos, aves selvagens. Transmissão: vertical até 45ª semana; horizontal – fezes, ambientes contaminados, fômites. Patogenia: vírus inicia sua multiplicação na mucosa nasal, migra p/ tec. Linfóides, infundíbulo e gl. da casca. Sinais: ↓ produção ovos, diarréia, sonolência, hiporexia, ovos c/ casca fina, deformada, despigmentada ou s/ casca. Lesões: atrofia do oviduto, edema de útero, inclusões intranucleares em céls. epiteliais na vagina, útero e ístimo. Diagnóstico: clínico – característica dos ovos, hemaglutinação, soroneutralização, ELISA. Diag. Diferencial: Bronquite infecciosa das galinhas e Marek. Profilaxia: monitoria sorológica lote, vacinação, evitar visitas na granja, formol e iodo na desinfecção.
Bouba: Poxvirus. Lesões crostrosas na cabeça e pernas ou lesões membranosasna cavidade oral/faringe. Hospedeiro: galinhas, pombos, perus, papagaios, codornas, canários. Transmissão: mecânica (insetos hesmaófagos), artrópodes (piolhos), aerossóis. Sintomatologia: FORMA CUTÂNEA: ↓ peso e produção ovo. Pápulas, vesículas, pústulas, crostas nas penas, cabeça, pescoço. FORMA DIFITÉRICA: lesões parte superior aparelho respiratório,dispnéia, inapetência, descargas nasais e oculares. Lesões sobressalentes amareladas principalmente na boca, hiperplasia epitélio. Diagnóstico: lesões, histopatológico.
Influenza: zoonose, notificação obrigatória. Gênero nas aves: Influenza A. Sensíveis a solventes orgânicos e detergentes, inativados pelo calor, irradiação, pH extremo. Hospedeiros: aves domésticas, aves selvagens, perus, galinhas. Transmissão: direta, indiretamente: H2O, ambientes contaminados. Via de Eliminação: secreções trato respiratório e fezes. Sintomas: quadros respiratórios de leves a graves, c/ estertores, conjuntivite, corrimento nasal, edema de face e cabeça acompanhados ou não de diarréia e/ou quadro nervoso, ↓ prod. Diagnóstico: isolamento viral, sorologia. Profilaxia: desinfecção, quarentena, biossegurança, isolar aves saudáveis, vacina. Lesões: exsudato fibrinoso sacos aéreosoviduto e pericárdio. Hemorragia traqueal, edema, congestão e hemorragia de pulmões, focos cianóticos cabeça e barbela.
Gumboro: Birnoviridae. Bursite infecciosa viral aguda. Hospedeiro: perus e galinhas. Reservatório: aves silvestres, roedores, cascudinhos. Patogenia: vírus penetra macrófago, céls. linfóides do duodeno e jejuno, caem na corrente sanguinea e vão para bursa (viremia), baço, timo e gl. Harder são atingidos. Céls. bursa destruídas e necrosadas (atrofia) → ↓ Ac → imunossupressão. Via de Eliminação: fezes, exsudatos 10 – 14 dias. Via de Transmissão: aves infectadas, fômites, carreadores mecânicos. Porta de Entrada: mucosa digestiva, conjuntiva, respiratória. Sintomas: depressão, anorexia, diarréia mucóide, lesões hemorrágicas pernas, coxa, proventrículo. Bursa edematosa, hemorrágica. Penas arrepiadas, morte. Lesões: bursa ↑, edema gelatinoso, exsudato muco purulento/sanguinolento. Tec. Muscular c/ petéquias, hemorragia. Diagnóstico: PCR, necropsia. Profilaxia: diagnosticar e sacrificar portadores, desinfecção, limpeza, vacinação, biosseguridade.
Newcastle: vírus Parainfluenza aviário tipo 1. São 5 tipos: Velogênico Viscerotrópico: + patogênico, ↑ mortalidade, lesões hemorrágicas respiratórias e intestinais. Velogênico neurotrópico: sinais nervosos e respiratórios. Mesogênico: sinais respiratórios + brandos, sinais nervosos, ↓ mortalidade. Lentogênico ou Vacinal: infecção respiratória branda ou subclínica. Forma entérica assintomática. Transmissão: contato com produtos contaminados, aerossóis, fezes, ração, água. Mecânica – ratos, aves, insetos, roupas, veículos. Sintomas: anorexia, depressão, respiração acelerada, descarga nasal e ocular, conjuntivite, rinite, estertor, dispnéia, ataxia, convulsões e tremores. Diarréia esverdeada, ↓ produção de ovos. Diagnóstico: isolamento viral. Profilaxia: interdição de granjas c/ foco, destruição de produtos infectados, quarentena, controle de transito, vigilância, notificação. Vacinas: lentogênico – vacinas vivas (reações respiratórias), enterotrópicas, avirulentas.
Laringotraqueíte: Herpesvírus tipo 1. Hospedeiro: galinhas, faisão, perdiz. Patogenia: penetra na via respratória superior e replica no epitélio da laringotraquéia. Invade terminais nervosos e se aloja no gânglio trigêmeo, ficando latente. Por estímulos (stress – postura, lotação, vacinação, calor) o vírus replica. Transmissão: contato direto c/ aerossóis, água e equipamentos. Via de eliminação: secreções oronasais. Porta de Entrada: trato respiratório superior, via ocular, via oral. Sintomas: AGUDO: dispnéia, tosse, expectoração exsudatomuco-purulento/sanguinolento. SILENCIOSA: sonolência, conjuntivite, sinusite, lacrimejamento, descarga nasal, estertores, retardo no crescimento, ↓ prod. Diagnóstico: isolamento viral, sorologia, histopatologia. Diag. Diferencial: Bronquite infecciosa, Newcastle, Influenza. Profilaxia: manejo, biossegurança, vacinação limitada. Microscopicamente: descamação da mucosa traqueal, vasos sanguineos expostos no lúmen traqueal, hemorragia traqueal, corpúsculo inclusão intracelular.
Bronquite Infecciosa: Coronavirus Arkansas: respiratório e reprodutor. Connecticut: respiratório, amostras nefrotóxicas. Hospedeiro: frangos, poedeiras, reprodutoras. Transmissão: via aerossóis, via fezes. Patogenia: vírus replica-se no sist. Respiratório superior causando perda das céls de proteção (mucosa ciliar) e ocasionalmente metaplasia. Depois que ocorre a viremia o vírus pode ser detectado nos rins, trato reprodutivo e nas tonsilas cecais. Sintomas: edema, exsudato catarral ou mucoso na traquéia e brônquios, congestão pulmonar, inflamação nos sacos aéreos, pericardite, peritonite, pleurite, fezes aquosas. Poedeiras – “falsas poedeiras” devido lesões no oviduto que ↓ prod. e eclosão ovos e sua qualidade. Diagnóstico: sorologia, soroneutralização, isolamento viral – pode-se usar traq. Profilaxia: manejo, controle, biossegurança, vacina.
Encefalomielite aviária: Picoronavírus. Hospedeiro: pintinhos de 4 semanas, galinhas, perus, faisão, codorna. Transmissão: via oral-fecal, ocular. Patogenia: vírus penetra céls epiteliais do ID → sg (placa de Peyer) → outros órgãos. Sintomas: sinal nervoso, cambaleante, fraqueira, cegueira/catarata, incapazes de se alimentar. Após 5 semanas: prejuízo produção. Lesões: congestão das meninges, áreas esbranquiçadas ventrículo, manguitos. Adulto: catarata, ptos bcos no coração, moela, ventrículo, pâncreas. Diagnóstico: isolar e inocular em ovos: observar distrofia muscular, atrofia, paralisia, pernas estendidas. Diag. Diferencial: Marek, Newcastle, Aspergilose. Profilaxia: vacinas vivas por via oral/ocular.
Marek: Herpesviridae (3 sorotipos, 2 e 3 não oncogenicos). Hospedeiro: galinhas, codornas, faisão, peru. Transmissão: contato direto ou indireto entre galinhas, aerossóis (replicação nas céls epiteliais na camada de queratina dos folículos da pena). Via de eliminação: penas e fezes. Sintomas: paresia assimétrica, asas caídas, torcicolo, cegueira, imunodepressão, penas eriçadas, folículos espessos. Morte por fome e desidratação. Lesões: nervos periféricos – perda de estrias, coloração cinza-amarelada, tumores linfóides (fígado, baço, rins, coração, mesentério), atrofia bursa e timo. Profilaxia: vacinação via parenteral pós-eclosão, biosseguridade.
Leucose: Retorvírus. Neoplasia benigna e maligna. Leucose linfóide/mielóide. Forma de Infecção: fezes, saliva. Sintomas: crista, barbelas pálidas ou cianóticas, ↑ rim, bolsa, fígado. Lesões: tumor na bolsa da cloaca (linfóide), superfície do ossos (mielóide). V-A-: resistência, V+A+: não controla infecção (horizontal), V-A+: controla, V+A-: s/ resposta imune (infecção vertical).
Micotoxicoses:
Aflotoxinas: metabólitos Aspergillus. Sintomas: má absorção alimentar, esteatorréia, ↓ lípase pancreática, sais biliares, esteatose, palidez mucosa e penas, apatia, ↓ prod.
Aspergilose: Forma respiratória: dificuldade respiratória, mortalidade jovem.Forma ocular: oftalmite, exsudato caseoso. Forma nervosa: encefalite, ataxia, torcicolo. Forma cutânea: dermatite e osteomicose.
Candidíase: associada ao estresse e a umidade. Debilidade, sonolência, eriçamento das penas, inglúvio ↑, placas diftéricas bco-acinzentadas ou amareladas. Erosões inglúvio, engrossamento parede proventrículo. Profilaxia: sulfato de cobre e violeta genciana. Tratamento: cetoconazol ou nicostatina em água.
Anemia Infecciosa: família Circoviridae, TK5583 (+ patológico), CAV-10343. Replica-se em céls T precursoras do timo e medula óssea e céls T madura baço. Ocorre apoptose dos timócittos e hemocitoblastos, ↓ eritrócitos e trombócitos, ↓ resposta imune (infecções secundárias). Hospedeiro: galinhas. Transmissão: vertical e horizontal. Via de Eliminação: fezes e sêmen. Porta de Entrada: oral. Sinais: depressão, ↓ crescimento e lotes diferentes, anemia aplásica, hemorragias musculares. Lesões: depleção da área cortical, timo, hipoplasia da medula óssea, deposição gordura róseo-amarelada, atrofia brusa e baço, hemorragia subcutânea. Diagnóstico: coleta do timo, baço, medula, proventrículo p/ ELISA, PCR. Teste de soroneutralização, imunofluorescencia direta.
Reovioses: artrite, sinovite, síndrome da má absorção. Hospedeiro: alguns mamíferos, galinhas, ganso, pato, pombo, codorna, perdiz, psitacídeo. Transmissão: vertical ou horizontal – fezes,aerossóis, expectoração. Patogenia: vírus se aloja nas articulações e tonsilas cecais. Em filhotes: fígado e intestino. Enterite → má absorção → flacidez → artrite → hemorragia → fibrose, imobilidade → ruptura do tendão. Sintomas: ↓ peso, ↓ desempenho e prod. de ovos, apatia, penas irregulares, claudicação e despigmentação. Diagnóstico: sinais clínicos, patológicos, imunofluorescencia, imuhistoquimica, PCR, isolamento viral. Profilaxia: biossegurança, quarentena, monitoração, auditoria, vacinação das matrizes antes da maturidade.
Pneumovirose: Paramyxoviridae. Refratário: pombos, gansos, patos. Transmissão: horizontal – via aera: má ventilação, calor intenso, poeira. Patogenia: céls penetram no trato respiratório, ocorre perda da atividade ciliar, vírus cai na corrente sanguinea e atinge oviduto. Sintomas: espirros, estertores, lacrimejamento, inchaço das faces, descarga nasal, desorientação, torcicolo, ↓ prod. Diag. Diferencial: Bronquite infecciosa, Newcastle, laringotraqueite, micoplasmose. Profilaxia: vacinas (spray, água, ocular), controle densidade aves, limpeza, desinfecção, ventilação.