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Módulo Pediatria Mas ela é tão pequenininha para fazer uma cirurgia cardíaca SP3

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1 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
–
 
1) CONHECER O SEGUIMENTO PRÉ-NATAL, 
DESTACANDO NÚMERO DE CONSULTAS, VACINAS 
NA GESTAÇÃO, SUPLEMENTAÇÕES, EXAMES 
INDICADOS - LABORATORIAIS E DE IMAGEM. 
O objetivo do acompanhamento pré-natal é 
assegurar o desenvolvimento da gestação, 
permitindo o parto de um RN saudável, sem 
impacto para a saúde da mãe. 
Para ampliar a captação precoce das 
gestantes, o MS por intermédio da Rede 
Cegonha, incluiu o Teste rápido de Gravidez 
nos exames de rotina do pré-natal, podendo 
ser realizado na própria UBS. 
Toda mulher da área de abrangência da 
unidade de saúde e com historia de atraso 
menstrual de mais de 15 dias deverá ser 
orientada pela equipe de saúde a realizar o 
Teste Imunológico de Gravidez, que será 
solicitado pelo medico ou enfermeiro. 
Se o atraso menstrual for superior a 12 
semanas, o diagnostico de gravidez poderá 
ser feito pelo exame clinico, através da 
ausculta dos batimentos cardiofetais. 
Após a confirmação da gravidez, em 
consulta medica ou de enfermagem, dá-se 
inicio ao acompanhamento da gestante, 
com seu cadastramento no SisPreNatal. 
A partir desse momento, a gestante deverá 
receber as orientações necessárias 
referentes ao acompanhamento de pré-
natal: sequência de consultas, visitas 
domiciliares e grupos educativos. 
Devem ser fornecidos à gestante: o Cartão 
da Gestante; o Calendário de vacinas 
(orientações sobre sua atualização caso 
necessárias); a solicitação dos exames de 
rotina; realização de testes rápidos e as 
orientações sobre a participação nas 
atividades educativas. 
Com o objetivo de reduzir a 
morbimortalidade materno infantil e ampliar 
o acesso com qualidade, é necessário que 
se identifiquem os fatores de risco 
gestacional o mais precocemente possível. 
Dessa forma, o acolhimento com 
classificação de risco pressupõe agilidade 
no atendimento e definição da necessidade 
de cuidado que devem ser ofertadas as 
usuárias. 
CALENDÁRIO DE CONSULTAS 
As consultas de pré-natal poderão ser 
realizadas na UBS ou durante visitas 
domiciliares. O calendário deve ser iniciado 
precocemente (no primeiro trimestre) e deve 
ser regular, garantindo-se que todas as 
avaliações propostas sejam realizadas. 
O total de consultas deverá ser de no 
mínimo, seis com acompanhamento 
intercalado entre medico e enfermeiro. 
Seguindo o cronograma sempre que 
possível: 
Até 28ª semana – mensalmente; 
Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente; 
Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente. 
A maior frequência de visitas no final da 
gestação visa à avaliação do risco perinatal 
e das intercorrências clínico-obstétricas mais 
comuns nesse trimestre, como trabalho de 
parto prematuro, pré-eclâmpsia e 
eclampsia, amniorrexe prematura e óbito 
fetal. 
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2 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
Quando o parto não ocorre até a 41ª 
semana, é necessário encaminhar a 
gestante para avaliação do bem estar fetal, 
incluindo avaliação do índice de liquido 
amniótico e monitoramento cardio fetal. 
O acompanhamento da mulher no ciclo 
gravídico-puerperal deve ser iniciado o mais 
precocemente possível e só se encerra após 
o 42º dia de puerpério, período em que a 
consulta de puerpério deverá ter sido 
realizada. 
Nas consultas subsequentes, deve ser 
realizado: 
 Um exame físico direcionado para 
avaliar o bem-estar materno e fetal. 
 Verificação do calendário de vacinas; 
 Analisar os resultados de exames; 
 Determinar o IMC e monitoramento 
do ganho de peso gestacional; 
 Medidas de pressão arterial; 
 Palpação obstétrica e medida da 
altura uterina para avaliação do 
crescimento fetal; 
 Pesquisa de edema; 
 Exame ginecológico incluindo das 
mamas para avaliação do mamilo; 
 Ausculta de batimentos cardiofetais; 
 Prescrição de suplementação de 
sulfato ferroso (40mg de ferro 
elementar/dia) e acido fólico 
(5mg/dia) para profilaxia da anemia. 
 Incentivar o aleitamento materno 
exclusivo ate os seis meses; 
 Orientar as gestantes sobre os sinais 
de risco e a necessidade de 
assistência em cada caso. 
EXAMES SOLICITADOS NO PRÉ-NATAL 
Segundo o Ministério da Saúde, devem ser 
solicitados rotineiramente: 
 Hemograma, sendo um exame na 
primeira consulta e outro no 3º 
trimestre. 
 
 Tipagem sanguínea e fator Rh. 
 
 Coombs indireto, repetido com 28, 32, 
36 e 40 semanas se a paciente for Rh 
negativo. 
 
 Glicemia de jejum, sendo um exame 
na primeira consulta e outro no 3º 
trimestre. 
 
 Urinocultura e urina tipo I, ambos na 
primeira consulta e repetidos no 3º 
trimestre. 
 
 Teste rápido de triagem para sífilis 
e/ou VDRL/RPR na primeira consulta e 
VDRL no 3º trimestre. 
 
 Teste rápido diagnóstico anti-HIV na 
primeira consulta. 
 
 Anti-HIV, sendo um exame na primeira 
consulta e outro no 3º trimestre. 
 
 Sorologia para toxoplasmose IgM e 
IgG, repetido a cada 2-3 meses caso 
a paciente seja suscetível. 
 
 Sorologia para hepatite B (HbsAg), 
sendo um exame na primeira consulta 
e outro no 3º trimestre. 
 
 Teste de tolerância para glicose com 
75 g entre 24 e 28 semanas, se a 
glicemia estiver acima de 85 mg/dl ou 
se houver fator de risco. 
ULTRASSONOGRAFIA 
Devem ser realizados uma USG transvaginal 
após confirmação laboratorial da gestação 
para determinação da idade gestacional e 
definição do local de implante do saco 
gestacional. 
1. USG no 1º TRIMESTRE 
É realizado entre 11 e 14 semanas, 
preferencialmente na 12ª semana, com o 
objetivo de detectar idade gestacional 
através do comprimento cabeça-nadega e 
diâmetro do saco gestacional. Além disso, 
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3 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
faz-se o rastreio de alterações cromossomiais 
através da translucência nucal e avaliar a 
vitalidade fetal através da ausculta dos 
batimentos cardíacos. 
2. USG no 2º TRIMESTRE (MORFOLÓGICA) 
É realizado entre 20 e 24 semanas, 
preferencialmente na 22ª semana. Essa USG 
é denominada morfológica, pois pretende 
avaliar a morfologia dos órgãos fetais e 
identificar possíveis malformações. 
3. USG no 3º TRIMESTRE 
É realizado entre 32 e 36 semanas, 
preferencialmente na 34ª semana, e tem 
como objetivo avaliar o liquido amniótico e 
fazer uma estimativa do peso e crescimento. 
Além disso, avaliar a placenta. 
Caso não se disponha recursos para 
realização de ultrassonografia em todos os 
trimestres da gestação, deve-seoptar por 
pelo menos um único exame a ser realizado 
com cerca de 18 a 22 semanas. 
4. ECOCARDIOGRAFIA FETAL 
É um exame anatômico e funcional do 
coração fetal. Pode ser realizado a partir de 
18 semanas, mas o período ideal é de 28º 
semanas. As indicações absolutas para a 
realização do exame são pacientes com 
alto risco para cardiopatia congênita. 
SUPLEMENTAÇÃO 
1. FERRO 
A suplementação de ferro deve ser prescrita 
para a gestante e mantida durante o período 
de amamentação. 
O ferro é o único nutriente cujas 
necessidades na gravidez não podem ser 
supridas de forma satisfatória apenas pela 
dieta. Se o ferro não for reposto, 
praticamente todas as gestantes terão 
diminuição de suas reservas e grande parte 
desenvolverá anemia ferropriva. 
Recomenda-se uma reposição de 30 a 60mg 
de ferro elementar por dia, de 20 semanas 
gestacionais até o termino da lactação ou 
até 2-3 meses pós-parto para as não 
lactantes. 
2. ÁCIDO FÓLICO 
A reposição de acido fólico é 
recomendada, pois a sua deficiência esta 
associada a defeitos do tubo neural, como 
espinha bífida, encefalocele e anencefalia. 
O ministério da saúde recomenda iniciar a 
dose de 5mg/dia três meses antes da 
gestação, mantendo a reposição ate o fim 
do primeiro trimestre. 
3. VITAMINA A 
Toda puérpera no pós-parto imediato, ainda 
na maternidade, deve receber uma 
megadose de vitamina A (1 cápsula), 
garantindo-se, assim, reposição dos níveis de 
retinol da mãe e níveis adequados de 
vitamina A no leite materno até que o bebê 
atinja os 6 meses de idade, diminuindo-se o 
risco de deficiência dessa vitamina entre as 
crianças amamentadas. 
CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DE PARTO 
Calcula-se a data provável do parto, 
levando-se em consideração a duração 
média da gestação normal (280 dias ou 40 
semanas), a partir da DUM. 
O calculo é feito somando 7 dias ao primeiro 
dia da ultima menstruação, e subtrair 3 
meses ao mês em que ocorreu a ultima 
menstruação (ou adicionar nove meses se 
corresponder aos meses de Janeiro a 
março). 
 
 
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4 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
VACINAÇÃO NA GESTAÇÃO 
A vacinação durante a gestação objetiva, 
não somente a proteção da gestante, mas 
também a proteção do feto. 
1. Vacina dT (difteria e tétano) 
A vacina dT é indicada para a proteção da 
gestante contra o tétano acidental e a 
prevenção do tétano neonatal. 
Gestante sem nenhuma dose registrada: 
inicie o esquema vacinal o mais 
precocemente possível com 3 doses, com 
intervalo de 60 dias ou, no mínimo, 30 dias. 
Gestante com esquema vacinal incompleto 
(1 ou 2 doses): em qualquer período 
gestacional, deve-se completar o esquema 
de três doses o mais precocemente possível, 
com intervalo de 60 dias ou, no mínimo, 30 
dias entre elas. 
Gestante com esquema vacinal completo (3 
doses ou mais) e última dose há menos de 
cinco anos: não é necessário vaciná-la. 
Gestante com esquema completo (3 doses 
ou mais) e última dose administrada há mais 
de cinco anos e menos de 10 anos: deve-se 
administrar uma dose de reforço tão logo 
seja possível, independentemente do 
período gestacional. 
Gestante com esquema vacinal completo (3 
doses ou mais), sendo a última dose há mais 
de 10 anos: aplique uma dose de reforço. 
O esquema para vacinação contra tétano e 
difteria passa a ser modificado para dTpa 
(difteria, tétano e coqueluche). 
2. Vacina contra Influenza 
A vacina contra a Influenza é recomendada 
a todas as gestantes em qualquer período 
gestacional. 
3. Vacinação contra hepatite B 
Por considerar os riscos da gestante não 
vacinada de contrair a doença e de haver 
transmissão vertical, o PNI reforça a 
importância de que a gestante receba a 
vacina contra a hepatite B após o primeiro 
trimestre de gestação, independentemente 
da faixa etária. 
Gestantes com esquema incompleto (1 ou 2 
doses): deve-se completar o esquema. 
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5 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
Gestantes com esquema completo: não se 
deve vaciná-las. 
As vacinas virais vivas que contêm os 
componentes do sarampo, da rubéola, da 
caxumba e da febre amarela não são 
recomendadas em situações normais. 
Contudo, quando for alto o risco de ocorrer 
à infecção natural pelos agentes dessas 
doenças (viagens a áreas endêmicas ou 
vigência de surtos ou epidemias), deve-se 
avaliar cada situação, sendo válido optar-se 
pela vacinação quando o benefício for 
considerado maior do que o possível risco. 
2) IDENTIFICAR UMA GESTAÇÃO DE ALTO 
RISCO, ONDE DEVE SER FEITO ESSE 
ACOMPANHAMENTO E RECONHECER SUAS CAUSAS E 
CONSEQUÊNCIAS. 
Inicialmente, é importante entender que 
Gestação de Alto Risco é aquela na qual a 
vida ou a saúde da mãe e/ou do RN 
apresentam uma maior probabilidade de 
evolução desfavorável. 
Além disso, é importante alertar que uma 
gestação que esta transcorrendo bem pode 
se tornar de risco a qualquer momento, 
durante a evolução da gestação 
ou durante o trabalho de parto. 
Portanto, há necessidade de 
reclassificar o risco a cada 
consulta pré-natal e durante o 
trabalho de parto. Isso porque a 
intervenção precoce evita os 
retardos assistenciais capazes de 
gerar morbidade grave, morte 
materna e perinatal. 
Os fatores de risco gestacional não 
necessitam de uma tecnologia 
mais avançada do que as comumente 
oferecidas na assistência de baixo risco, 
embora signifique uma maior atenção, o que 
muda é uma maior frequência das consultas 
e visitas domiciliares, sendo o intervalo 
definido de acordo com o fator de risco 
identificado e a condição da gestante no 
momento. 
Uma vez encaminhando para o 
acompanhamento em um serviço 
especializado em pré-natal de alto risco é 
importante que a gestante seja orientada a 
não perder o vinculo com a equipe de 
atenção básica ou Saúde da Família que 
iniciou o acompanhamento. 
O cuidado das gestantes pressupõe o 
acompanhamento por parte da atenção 
básica tradicional, mesmo quando são de 
alto risco, em conjunto com o atendimento 
dos serviços de referencia/especializados. 
Para isso, um sistema de referência e contra 
referência eficiente é fundamental. A 
gestação de risco que demandar referência 
poderá ser encaminhada primeiramente aos 
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) 
ou ambulatórios de referência que, havendo 
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6 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
necessidade de atendimento mais 
especializado, poderão encaminhar aos 
ambulatórios de nível terciário, com 
especialistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) DEFINIRPREMATURIDADE E AVALIAR SUAS 
PARTICULARIDADES (CAUSAS MAIS COMUNS, 
CUIDADOS COM O PREMATURO E MEDIDAS DE 
SUPORTE) 
Recém-nascido pré-termo, antes 
denominado prematuro é todo RN com <37 
semanas de idade gestacional ao nascer e 
não se leva em consideração o peso de 
nascimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os RN pré-termos (<37 semanas) são ainda 
classificados em: 
 Pré-termo tardio: aqueles com idade 
gestacional entre 34 semanas e 36 
semanas e 6 dias. 
 Pré-termo extremo: com idade 
gestacional menor do que 28 
semanas. 
Vários fatores têm sido associados ao 
nascimento de RN pré-termo. Entre eles, 
destacam-se: baixa condição 
socioeconômica, ausência de pré-natal, 
gestante menor de 16 anos, uso de drogas 
lícitas e ilícitas, infecções perinatais, doenças 
maternas não infecciosas (agudas e 
crônicas), intervalo intergestacional curto, 
multiparidade e gestação múltipla. 
 
 
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7 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
ASPECTOS OBSERVADOS NO RN PRÉ-TERMO 
Esse grupo é considerado de alto risco, pelo 
fato de “não estarem prontos ainda”, em 
razão do menor tempo para crescimento e 
maturação gestacional. 
1. REGULAÇÃO TÉRMICA 
No RN pré-termo e naqueles com 
crescimento fetal restrito, vão apresentar 
maiores dificuldades no controle da 
temperatura. 
Isso se explica, pela menor relação entre a 
massa e a superfície corporal, o que 
aumenta a sua perda de calor. Além disso, 
possuem uma menor quantidade de gordura 
marrom, que é a grande responsável por 
geração de calor no RN. Também, o 
manuseio excessivo a que muitas vezes 
estão submetidos, favorecendo maior perda 
de agua corporal e temperatura. 
A medida de temperatura corporal por via 
axiliar deve ficar entre 36,5 e 37,5º. Os pré-
termo cuidados em incubadoras podem ter 
a sua temperatura medida de forma 
contínua por sensores cutâneos colocados 
no abdome superior, sobre a topografia do 
fígado. 
2. GLICOSE 
A glicose é o principal substrato para o 
cérebro fetal, do RN e do adulto em 
condições fisiológicas normais. As 
concentrações de glicose plasmática do 
feto encontram-se em relação linear com a 
concentração plasmática materna. Com o 
clampeamento do cordão umbilical, cessa 
esse fornecimento. Com isso, muitos RN a 
termos e prematuros conseguem manter um 
nível glicêmico inicial a partir da quebras das 
reservas de glicogênio. 
No entanto, os RN prematuros, por causa de 
varias condições adversas (menor reserva de 
glicogênio, maior propensão à asfixia, 
distúrbios respiratórios, infecções) há 
acentuada chance de desenvolverem 
hipoglicemia. 
Medidas para a prevenção de hipoglicemia 
são feitas com a introdução precoce do leite 
materno ou leite humano pasteurizado. 
3. CÁLCIO 
O cálcio é um íon importante na homeostase 
metabólica, atuando em vários processos do 
metabolismo e da estabilidade da 
membrana celular, na contração muscular e 
na condução do potencial de ação. 
O cálcio é transferido da mãe para o feto por 
transporte ativo, principalmente durante o 3º 
trimestre da gestação. 
Entre os fatores responsáveis pela 
hipocalcemia neonatal nos RN pré-termo, 
destacam-se a interrupção precoce do 
fornecimento de cálcio pelo cordão 
umbilical, a asfixia neonatal e a 
hipercalcitoninemia. 
A hipocalcemia pode muitas vezes ser 
assintomática. Mas as manifestações clinicas 
mais frequentes são tremores, irritabilidade 
muscular, convulsões generalizadas ou 
focais. 
4. MAGNÉSIO 
O magnésio atravessa livremente a barreira 
placentária e acumula-se no feto 
principalmente no primeiro trimestre da 
gestação, e 60% do magnésio corporal 
encontram-se depositado no tecido ósseo. 
5. DOENÇA METABOLICA ÓSSEA 
RN prematuros tem risco aumentado para 
desenvolverem doença óssea secundária ao 
reduzido conteúdo mineral, também 
denominado de raquitismo da 
prematuridade. A incidência é inversamente 
proporcional à idade gestacional e ao peso 
ao nascer. 
 
 
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8 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
6. AGUA CORPORAL E SÓDIO 
Nos RN pré-termo, há uma perda 
considerável de agua por via 
transepidérmica, sendo maior quanto menor 
for o peso e a idade gestacional. Isso se deve 
a imaturidade da pele (pobreza do estrato 
córneo com queratinização insuficiente). 
Um ambiente térmico neutro e com alta 
umidificação pode reduzir muito essa perda. 
Outra medida interessante é o envolvimento 
desses bebês com plástico, que favorece a 
manutenção da temperatura e diminui a 
perda hídrica. 
Quanto mais se conseguir reduzir a perda de 
água transepidérmica, também se estará 
reduzindo a desidratação, a hipernatremia e 
a hiperglicemia. 
7. SISTEMA RESPIRATÓRIO 
A importância do bom funcionamento 
respiratório no período neonatal é tão 
grande que muitas vezes considerar 
maturidade fetal é o mesmo que dizer que o 
pulmão funciona sem ajuda externas. 
Dessa forma, 5 sinais tornam-se importantes 
na avaliação de um padrão respiratório 
adequado para o RN: frequência 
respiratória, retrações da caixa torácica, 
batimentos da asa do nariz, gemidos 
respiratórios e cianose. 
O padrão na respiração neonatal é dito 
periódico, ou seja, entre incursões 
respiratórias regulares ocorrem pequenas 
pausas de 5 a 10 segundos sem que haja 
bradicardia. A FR oscila entre 40 e 60 
incursões por minuto. 
Por ser a caixa torácica muito maleável, 
retrações subesternais, intercostais e 
subcostais aparecem ao mínimo sinal de 
desconforto respiratório. Quanto pior o 
desconforto, maior a intensidade das 
retrações, que são provocadas pela forte 
contração do diafragma, na tentativa de 
aumentar a pressão negativa intrapleural 
para facilitar a entrada de ar. 
Como o RN é um respirador nasal e a 
resistência nasal contribui para a maior 
resistência à entrada de ar, o alargamento 
das asas nasais é um movimento realizado 
por ele para minimizar essa resistência. 
O gemido é um som observado à expiração. 
Ele traduz maior fechamento da glote, 
aumentando a resistência à saída do ar e 
consequente aumento da capacidade 
residual funcional, o que melhora o volume 
pulmonar e a relação ventilação-perfusão. 
A cianose central é mais bem observada ao 
exame da língua e da mucosa oral e é um 
importante indicador de falha na 
oxigenação. 
8. SÍNDROME DO DESCONFORTO 
RESPIRATÓRIO 
A SDR do RN pré-termo, antes referida como 
doença da membrana hialina, é a forma 
clássica de dificuldade respiratória entre os 
RN pré-termo, sendo importante causa de 
morbimortalidade. A sua fisiopatologia está 
relacionada à deficiência de surfactante 
intra-alveolar, o que leva ao colabamento 
dessas estruturas, alterando a relação 
ventilação- perfusão e provocando 
hipoxemia. 
A administração à gestante com risco de 
parto prematuro de corticoideé a principal 
medida preventiva para diminuir a 
prevalência desses casos. Após o 
nascimento, a utilização de surfactante 
exógeno por via endotraqueal e o 
estabelecimento de suporte são medidas 
fundamentais no tratamento. 
9. APNÉIA DE PREMATURIDADE 
A apneia do prematuro pode ser definida 
como uma interrupção da entrada do fluxo 
de ar nas vias aéreas superiores, por um 
período de 15 a 20 segundos. 
Ela pode ser classificada como: 
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9 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
 Central: quando essa ausência de 
fluxo decorre inicialmente por uma 
interrupção dos movimentos 
respiratórios sem associação a um 
processo obstrutivo. 
 Obstrutiva: quando a interrupção do 
fluxo acontece mesmo observando-se 
movimentação da caixa torácica. 
 Mista: consistem primeiro na 
interrupção do fluxo aéreo seguido 
por um colabamento das vias aéreas 
superiores, seguindo-se 
concomitantemente de pausa na 
movimentação da caixa torácica. 
ASPECTOS NUTRICIONAIS 
Após o nascimento, deve ser propiciado ao 
RN pré-termo condições nutricionais para 
não interromper o crescimento e para 
prevenir o catabolismo proteico. 
A oferta gradual de soluções de glicose, 
soluções lipídicas, vitaminas e 
oligoelementos devem ser adequadas. 
A dieta enteral deve privilegiar o uso de leite 
da própria mãe, isso porque esse leite possui 
fatores imunológicos, induz a liberação 
intestinal de hormônios tróficos, aumenta a 
motilidade gastrointestinal, promovendo a 
liberação de substancia anti-inflamatória. 
SEGUIMENTO APÓS ALTA HOSPITALAR 
Após a alta hospitalar, os RN prematuros 
devem ter assegurado um esquema de 
acompanhamento ambulatorial que propicie 
uma vigilância criteriosa do seu crescimento 
e desenvolvimento. 
Na avaliação do crescimento e 
desenvolvimento, o conceito de idade 
gestacional corrigida, ajusta o grau de 
prematuridade com os dias após o 
nascimento. 
VACINAÇÃO 
 Palivizumabe: é uma imunoglobulina, 
um tipo de anticorpo pronto, que 
induz imunização passiva especifica 
contra o vírus sincicial respiratório 
(VSR). Está incluído na lista de 
prevenção de infecções, porque é a 
única forma disponível para a 
prevenção de quadros graves de 
infecções respiratórias em lactentes, 
como bronquiolite e pneumonia. 
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10 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
Usada desde a internação hospitalar 
nos meses de maior circulação viral, 
em cinco doses para todo prematuro 
de risco. 
CRESCIMENTO DE CRIANÇAS PREMATURAS 
As crianças prematuras (<37 semanas de 
idade gestacional) deverão ter o 
crescimento (peso, comprimento e PC) 
acompanhando realizando-se a correção 
da idade cronológica. 
Considera-se a termo, a idade de 40 
semanas gestacionais, e assim, deve-se 
descontar da idade cronológica o numero 
de semanas que faltaram para completar as 
40 semanas. 
Ex: Imagine um RN com 32 semanas de 
idade gestacional e com 3 meses de idade 
cronológica. A 
diferença entre a 
idade gestacional e 
40 semanas é de 8 
semanas. Logo, 3 
meses – (8semanas = 2 
meses) = 1 mês de 
idade gestacional 
corrigida. Dessa 
forma, os índices de 
peso, comprimento e 
PC deverão ser 
colocados no marco 
de um mês. E esta 
correção de idade 
deve ser feita ate 2 
anos. 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL 
 MÉTODO DE NEW BALLARD 
O método de New Ballard é um método de 
avaliação da idade gestacional (IG) de 
recém-nascido (RN) através da análise de 6 
parâmetros neurológicos (postura, ângulo de 
flexão do punho, retração do braço, ângulo 
poplíteo, sinal do xale, calcanhar-orelha) e 6 
parâmetros físicos (pele, lanugo, superfície 
plantar, glândula mamária, olhos/orelhas, 
genital masculino, genital feminino), a cada 
um dos quais se atribui uma pontuação que 
na somatória determinará a estimativa da 
idade gestacional. 
IG = (P + 204)/7 
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11 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
 
4) COMPREENDER A INFECÇÃO POR RUBÉOLA 
NA GESTAÇÃO E CORRELACIONAR COM 
MALFORMAÇÕES FETAIS. 
A rubéola é uma doença exantemática, 
com aparecimento de eritema maculo-
papular, geralmente benigna, cujo grande 
impacto na saúde da população é o 
acometimento de gestantes, com 
consequente infecção do feto. 
Após a transmissão por via respiratória do 
vírus da rubéola, há uma replicação viral na 
nasofaringe, e em linfonodos regionais. 
Cerca de 7 dias após a infecção, ocorre 
uma viremia com a disseminação do vírus 
para todo o organismo. É nesse período de 
viremia que ocorre a infecção da placenta e 
do feto. 
Essa infecção pode resultar em vários tipos 
de malformações, dependendo da fase de 
gestação em que ocorreu a viremia. Quanto 
mais precoce a contaminação materna, 
maior a probabilidade de defeitos 
congênitos. 
A infecção pelo vírus durante o primeiro 
trimestre pode causar abortamento, morte 
fetal, parto prematuro e malformações 
congênitas. 
Quando a infecção ocorre durante a 
embriogênese (primeiro trimestre), cerca de 
80% das crianças podem nascer com a 
síndrome da rubéola congênita. As 
malformações podem ser graves, com 
comprometimento ocular (glaucoma, 
catarata, microftalmia), auditivo (surdez 
total), cardíaco (persistência do canal 
arterial, defeitos de septo) e neurológico 
(retardo mental, microcefalia). 
Quando a infecção ocorre após o quarto 
mês, a deficiência auditiva pode ser a única 
manifestação da rubéola congênita. 
Já quando a infecção ocorre durante o 
ultimo trimestre, os riscos da síndrome são 
praticamente inexistentes. 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
Mais de 50% dos RN infectados são 
assintomáticos. As principais manifestações 
clínicas da rubéola congênita são, em ordem 
decrescente de frequência: 
 Deficiência auditiva (80-90%): é a 
manifestação mais comum da 
síndrome da rubéola congênita e é 
provocada por alterações 
degenerativas da cóclea e do órgão 
de Corti (neurossensorial), 
clinicamente ocorrendo em graus 
variáveis e geralmente bilateral. 
 
 Retardo do crescimento intrauterino 
(50-85%): a rubéola é a infecção 
congênita mais associada ao CIUR e 
baixo peso ao nascer. 
 
 Manifestações cardíacas (30-40%): as 
principais cardiopatias congênitas 
associadas à rubéola são a 
persistência de canal arterial e 
estenose pulmonar. 
 
 Malformações oculares: são mais 
frequentes as lesões que afetam a 
acuidade e a área macular. Catarata 
geralmente bilateral, glaucoma 
(precoce ou tardio), retinopatia e 
microftalmia podem estar presentes. 
 
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12 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
 SNC: microcefalia, meningoencefalite, 
tetraplegia espástica, retardo do 
desenvolvimento psicomotor. 
 
 Outras (viscerais): hepatomegalia e 
icterícia, esplenomegalia, púrpura 
trombocitopênica, pneumonite 
intersticial e lesões ósseas 
(franjeamento da metáfise: lesão em 
talo de aipo). 
SOROLOGIA 
Quando somos contaminados por uma 
infecção, os primeiros anticorpos produzidos 
são o IgM. Portanto, a existência no sangue 
de grandes quantidades de IgM contra 
rubéola, por exemplo, é um indicador de 
que a infecção foi recentemente adquirida 
ou está em curso. 
Quando o paciente se cura da infecção, o 
sistema imune para de produzir IgM e passa 
a produzir IgG, que é um anticorpo de 
memória, que permanece no sangue para o 
resto da vida. Portanto, a presença de IgG 
contra a rubéola é um sinal de que o 
paciente já teve a doença em algum 
momento da vida e agora encontra-se 
imunizado. 
Quando o paciente faz uma sorologia 
contra rubéola, podemos ter basicamente 3 
resultados possíveis: 
1. IgM e IgG não reagentes 
Isso significa que você não tem anticorpos 
contra a rubéola, ou seja, nunca foi exposto 
a esse vírus. 
2. IgM reagente e IgG não reagente 
Significa que a gravida se infectou nas 
ultimas 2 a 6 semanas, estando sob risco de 
ter um feto com má formações. 
3. IgM não reagente e IgG reagente 
Significa que a gravida tem uma cicatriz 
imunológica, ou seja, encontra-se imune à 
rubéola. Como essa sorologia indica que a 
infecção é antiga, mas não diz exatamente 
quando aconteceu. Pois se uma gravida no 
6º mês apresentar IGg positivo, não teremos 
como saber se essa infecção ocorreu anos 
atrás ou surgiu nas primeiras semanas de 
gravidez. 
5) AVALIAR A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO 
PRECOCE DE CARDIOPATIA CONGÊNITA (CIA, CIV, 
PCA, EP), COMO SE FAZ ESSA AVALIAÇÃO E 
COMPREENDER A CLÍNICA DOS TIPOS MAIS 
COMUNS. 
A maior parte dos defeitos congênitos é bem 
tolerada durante a vida neonatal devido à 
natureza em paralelo da circulação fetal. 
No feto, a placenta é o principal órgão de 
oxigenação e trocas metabólicas, já que o 
pulmão nesta fase está cheio de líquidos, 
sofrendo uma exclusão parcial do sistema 
circulatório, recebendo apenas 10% do 
debito cardíaco. 
O sangue oxigenado proveniente da 
placenta chega à veia cava inferior através 
do ducto venoso (estrutura vascular que 
conecta a veia umbilical com a veia cava 
inferior e dai alcança o Átrio Direito). 
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13 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
Grande parte do fluxo que chega ao AD é 
direcionada ao AE, através do forame oval. 
O sangue proveniente da veia cava superior 
e da veia cava inferior é lançado no átrio 
direito e alcança o ventrículo direito. Como 
os vasos pulmonares estão constrictos, 
somente 10% do debito do VD é enviado ao 
pulmão através do tronco pulmonar, e todo 
o restante é ejetado na aorta descendente 
através do ducto arterioso. 
Apenas o fígado, a cabeça e o coração 
recebem, sangue de alta oxigenação no 
período fetal, e o restante do corpo é 
perfundido com o sangue misturado de VD e 
VE. 
Com o nascimento, a expansão pulmonar 
associada ao aumento da pressão arterial 
de oxigênio leva a uma dilatação do leito 
vascular pulmonar reduzindo bruscamente a 
resistência ao fluxo sanguíneo em um 
processo que se completa em torno de uma 
semana. 
Com a retirada da placenta, todo fluxo do 
VD é lançado ao pulmão. Com o aumento 
do volume de sangue proveniente do 
pulmão dentro do átrio esquerdo ocorre o 
fechamento do forame oval, o qual se 
completa com 3 meses de vida. Além disso, 
o aumento da P02 e queda dos níveis de 
prostaglandina estimulam a obliteração do 
ducto arterioso e sua transformação em 
ligamento arterioso. 
Na maioria dos casos, é após o nascimento, 
quando se fecham funcionalmente o canal 
arterial e o forame oval, que as alterações 
hemodinâmicas significativas decorrentes de 
anormalidades anatômicas aparecem. 
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS 
Cardiopatia Congênita é qualquer 
anormalidade na estrutura ou função do 
coração que surge nas primeiras 8 semanas 
de gestação, quando forma o coração do 
bebê. 
De um modo geral, as cardiopatias 
congênitas são classificadas em função de 
apresentarem ou não cianose. Devemos ter 
em mente que os desvios direta-esquerda 
em geral se manifestam como cianose, pois 
o sangue do lado direito venoso irá se 
misturar com o sangue arterial do lado 
esquerdo. E os desvios esquerda-direita 
manifestam-se como insuficiência cardíaca, 
pois irá sobrecarregar o lado direito. 
Nas cardiopatias acianóticas, a oxigenação 
pulmonar do sangue proveniente do VD está 
preservada, e por isso não há cianose. Sua 
fisiologia é compreendida através de 2 
mecanismos: 
1. Lesões que cursam com sobrecarga 
de volume: incluem CIA, CIV, PCA. E o 
causador destas lesões é a 
comunicação entre o sangue do VD e 
do VE, levando a uma sobrecarga de 
volume intracavitária. Semanas após 
o nascimento, com a progressiva 
dilatação dos vasos intrapulmonares, 
aumenta o fluxo pelo defeito septal. 
Com isso, o volume de sangue que 
chega ao pulmão aumenta e mais 
fluido extravasa do leito capilar, 
preenchendo os alvéolos, num 
processo de edema pulmonar. 
Surgem a taquipneia e dispneia com 
o aumento do esforço respiratório, 
traduzido clinicamente pelo 
batimento de asas de nariz, retrações 
intercostais, subcostais. 
 
2. Lesões que cursam com sobrecarga 
de pressão: encontramos as lesões 
que obstruem o fluxo de saída 
ventricular direito ou esquerdo, como 
estenose de valva pulmonar, estenose 
de valva aórtica e coarctação de 
aorta. Nesses casos, quando a 
obstrução é moderada, o debito de 
VD e VE é mantido à custa de 
hipertrofia muscular e dilatação de 
câmaras. Já se essa obstrução é 
grave, instala-se um quadro de 
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14 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
falência de VD, com hepatomegalia, 
edema periférico e cianose (por 
desvio do sangue de AD para AE 
através do forame oval persistente). 
Nas cardiopatias cianóticas, o principal 
achado é a cianose, provocado pela 
dessaturação do sangue arterial. É 
compreendida sob dois mecanismos: 
1. Lesões que cursam com hiperfluxo 
pulmonar: Essas cardiopatias vão 
depender da presença de outras 
comunicações que permitem a 
mistura do sangue direito (sistêmico) e 
esquerdo (pulmonar), como a 
persistência do forame oval aberto e 
o canal arterial. A consequência 
dessa mistura de sangue é a cianose. 
 
2. Lesões que cursam com hipofluxo 
pulmonar: são aquelas que levam a 
uma obstrução ao trato de saída de 
VD. Com isso, o fluxo pulmonar fica 
restrito, e menor volume de sangue 
poderá ser oxigenado, resultando em 
cianose. 
COMUNICAÇÃO INTERATRIAL (CIA) 
A comunicação entre os dois átrios é 
indispensável á vida no período fetal. Sua 
função é permitir que o sangue oxigenado 
que vem do VCI atinja o seguimento cefálico 
do corpo, via aorta ascendente. 
O septo interatrial é constituído por duas 
membranas, que permitem a passagem de 
sangue. O septo primium é fibroso e delgado 
e localiza-se do lado do átrio esquerdo, 
enquanto que o septo secundum é mais rijo 
e musculoso, situado mais próximo do átrio 
direito. Logo após o nascimento, a 
resistência pulmonar cai, a pressão no átrio 
direito diminui e cessa o desvio direita-
esquerda pelo forame oval. 
A CIA pode ser classificada em: 
 CIA ostium secundum (OS): é o 
defeito mais comum e ocorre na 
região da fossa oval. 
 CIA ostium primum (OP): é conhecida 
como o defeito do septo 
atrioventricular parcial e está 
localizado junto as valvas 
atrioventriculares. 
 CIA seio venoso (SV): está localizada 
junto à desembocadura da veia cava 
superior. 
 CIA seio coronário (SC): é um defeito 
raro, decorrente da presença de 
orifício do teto do seio coronário. 
Assim, ocorre o fechamento “funcional” da 
comunicação interatrial. O fechamento 
anatômico acontecerá ate o primeiro ano 
de vida. Quando ocorrem defeitos no 
desenvolvimento dessas estruturas 
chamamos de Comunicação Interatrial. 
No RN a resistência vascular pulmonar ainda 
é elevada. Após 3 ou 4 anos, a 
complacência ventricular direita diminui, 
permitindo um maior shunt esquerda direita. 
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15 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
A partir de então, o grande fluxo sanguíneo 
promovera um aumento do AD e VD e 
dilatação da artéria pulmonar, com 
prolongamento no tempo de esvaziamento 
do ventrículo direito, denotando 
clinicamente o desdobramento fixo da 2ª 
bulha, que é um atraso no fechamento da 
valva pulmonar. 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
A maioria das crianças é assintomática. Mas 
podem apresentar: dispneia, palpitação, 
fadiga aos esforços, déficit ponderal. 
Nos sinais clínicos encontramos: 
desdobramento de B2, sopro sistólico 
audível. 
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV) 
A CIV é a cardiopatia mais frequente e 
consiste num orifício/defeito no septo 
interventricular. 
Pode ocorrer em qualquer parte desse septo, 
podendo ser único ou múltiplo, com 
tamanho e forma variável, sendo 
responsável por uma passagem de sangue 
entre os dois ventrículos. 
O septo interventricular é dividido numa 
pequena porção membranosa e uma maior 
porção muscular. A CIV é classificada pela 
sua localização anatômica em relação a 
crista supraventricular. As CIV chamadas de 
infudibulares vão estar na borda superior. E 
as que estão abaixo da crista são as 
infracristais e estão localizadas no septo 
membranoso ou na porção muscular do 
septo, sendo chamadas de “queijo suíço” 
quando múltiplas. O tipo mais comum de 
CIV é o tipo perimembranoso. 
Na vida fetal, as pressões nos ventrículos são 
iguais, por isso a passagem de sangue pelo 
CIV é irrelevante, mas após o nascimento, 
com o fechamento dos shunts fisiológicos, 
ocorre uma queda da pressão pulmonar e 
aumento da pressão sistêmica, ocorrendo a 
passagem do sangue da esquerda para 
direita. Ou seja, a quantidade de sangue 
que passa através da CIV aumenta à 
medida que diminui a resistência pulmonar, 
porem depende também do tamanho do 
defeito. 
O fluxo aumentado na circulação pulmonar 
chega ao AE e VE, dilatando-os e elevando 
a pressão diastólica, e, por conseguinte 
aumenta a pressão capilar pulmonar, 
desencadeando alguns sintomas como: 
taquipneia, dispneia aos esforços e 
interrupções às mamadas. 
A persistência crônica do fluxo pulmonar 
aumentado provoca um espessamento e 
fibrose, aumentando a pressão da artéria 
pulmonar, que pode evoluir para uma 
hipertensão pulmonar, o que irá provocar 
agora um shunt invertido pela CIV, da direita 
para esquerda e aparecimento de cianose. 
Esse estágio é conhecido como Síndrome de 
Eisenmenger, sendo irreversível. 
QUADRO CLÍNICO 
O quadro clinico varia de acordo com o 
tamanho da CIV. 
Na CIV pequena as crianças são 
assintomáticas e acianóticas. Percebemos 
um sopro sistólico nas primeiras semanas de 
vida e a segunda bulha é normal. 
Na CIV moderada, percebemos um atraso 
no crescimento e desenvolvimento, 
diminuição da tolerância ao exercício, e 
sintomas de ICC. 
Na CIV grande, observa-se uma 2ª bulha 
intensa e sopro sistólico de regurgitação. 
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16 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
PERSISTÊNCIA DO CANAL AFTERIAL (PCA) 
O canal arterial está presente na vida fetal, 
conectando a artéria pulmonar à aorta 
descendente. É uma estrutura fundamental 
na circulação fetal e após o nascimento, seu 
fechamento funcional ocorre entre 12 e 15 
horas de vida, e o anatômico é entre o 5º e o 
7º dia de vida. 
A PCA é mais comum em mulheres e esta 
associada à síndrome da rubéola congênita. 
Nos prematuros, essa ocorrência não se 
deve a defeitos estruturais, mas sim devido a 
fatores como imaturidade e hipóxia que 
agem diminuindo a eficácia de contração 
ductal. Além disso, a PCA nos bebes 
prematuros é considero uma complicação 
da doença da membrana hialina, cuja 
fisiopatologia cursa com hipóxia, acidose. 
No PCA, ocorre um desvio de sangue da 
aorta para a artéria pulmonar, indo para os 
pulmões.Isso vai gerar uma sobrecarga de 
volume do lado esquerdo. 
A clinica é igual ao da CIV, com 
insuficiência cardíaca congestiva, podendo 
evoluir para hipertensão pulmonar e 
síndrome de Eisenmenger. 
QUADRO CLÍNICO 
Como o fluxo da aorta para a artéria 
pulmonar é continuo, então o sopro audível 
é também continuo, tanto o sistólico como o 
diastólico. 
Além disso, encontramos um pulso de 
amplitude aumentada e um pulso plamar. 
ESTENOSE PULMONAR (EP) 
A estenose pulmonar está associada a 
rubéola congênita e pode ser do tipo 
infundibular, valvar e supravalvar. 
A valva pulmonar estenótica clássica 
apresenta espessamento, com abertura da 
cúpula que se projeta para a artéria 
pulmonar durante a sístole ventricular. 
A EP provoca uma hipertrofia do ventrículo 
direito, com aumento da pressão nessa 
cavidade, mas o fluxo pulmonar na estenose 
é normal. Em situações que a estenose é 
crítica, pode haver dificuldade no 
enchimento do ventrículo direito, com 
elevação da pressão no átrio direito e shunt 
da direita para a esquerda por meio do 
forame oval, e por conta disso o paciente 
torna-se cianótico com hipofluxo pulmonar, 
Na maioria dos casos o paciente é 
assintomático, mas sintomas como dispneia 
aos esforços, fadiga, dor precordial e 
sincope são referidos. Na estenose critica 
pode haver cianose central e ocorrer morte 
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17 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020 
súbita. 
A característica da ausculta é o estalido 
protossistólico, sopro sistólico de ejeção com 
2ª bulha hiperfonética. 
TETRALOGIA DE FALLOT 
É um conjunto de anormalidades que 
envolvem: comunicação interventricular 
(CIV), estenose pulmonar, desxtroposição 
(ou cavalgamento) da aorta e hipertrofia do 
ventrículo direito, fazendo o sangue circular 
pelo corpo sem oxigênio suficiente. 
 
A quantidade de sangue desviado do VD 
para a circulação sistêmica depende do 
tamanho da estenose pulmonar, ou seja, 
quanto mais estenose mais cianose e mais 
alto o sopro. 
Nos casos do RN com obstrução grave da via 
de saída do ventrículo direito, a circulação 
pulmonar pode ser dependente da 
persistência de um canal arterial. 
Crianças maiores podem apresentar 
baqueteamento digital e adotar a posição 
de cócoras para melhora da hipóxia. 
A crise de hipóxia é comum, e nessa 
situação o paciente apresenta cianose 
intensa, acompanhada por taquipneia, e 
frequentemente, alterações de consciência. 
A crise geralmente ocorre pela manha, 
precipitada por atividades como defecar ou 
chorar e é mais frequentes em lactentes 
entre 2 e 6 meses de idade. 
 
 
6) RECONHECER A NECESSIDADE DE 
ACOMPANHAMENTO MULTIDISCIPLINAR DOS 
RECÉM-NASCIDOS COM MALFORMAÇÕES E APOIO 
PSICOSSOCIAL AOS Familiares 
 
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18 Marcela Oliveira – Medicina 4º semestre 2020

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