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“A paciente recusa alta” Mód. 401- Transtornos Mentais e do Comportamento Referências Objetivos ➔ Diferenciar ansiedade patológica e ansiedade fisiológica. ➔ Explicar o substrato neurológico da ansiedade. ➔ Discutir os transtorno de ansiedade, TEPT, TAG e síndrome do pânico. ➔ Discutir abordagens terapêuticas dos transtorno citados (benzodiazepínicos). Ansiedade Normal X Ansiedade Patológica Conceitos... Ambos são um sinal de alerta! Ansiedade: ● Indica um perigo iminente e capacita a pessoa a tomar medidas para lidar com a ameaça. ● É uma resposta a uma ameaça desconhecida, interna, vaga ou conflituosa. ● Tem um caráter mais insidioso. Medo ● É uma resposta a uma ameaça conhecida, externa, definida ou não conflituosa. ● É uma condição súbita. Ansiedade Normal Todo mundo experimenta ansiedade. Ela é caracterizada mais comumente como uma sensação difusa, desagradável e vaga de apreensão, muitas vezes acompanhada por sintomas autonômicos como cefaleia, perspiração, palpitações, aperto no peito, leve desconforto estomacal e inquietação, indicada por uma incapacidade de ficar sentado ou em pé por muito tempo. ● A ansiedade normal ocorre quando está explicitamente presente um motivo e guarda proporção com ele tanto em intensidade quanto em duração. Geralmente passa-se mais na esfera psíquica que na corporal. Patológica A ansiedade patológica parece imotivada: ocorre sem nenhum estímulo aparente ou não guarda proporção com ele. É mais fácil descrever os sinais e sintomas pelos quais ela se manifesta que a ansiedade normal. ● Expressa-se mais comumente por sintomas físicos que acompanham o sentimento psíquico. O mais típico deles é a sensação de aperto no peito que os pacientes costumam descrever como uma garra comprimindo-lhes o tórax. Substrato Neurobiológico da Ansiedade Transtornos de ansiedade ➔ Interação entre fatores genéticos e a experiência; ➔ Medo gerado por um estímulo estressor; ◆ Gera uma resposta ao estresse ● Pessoa saudável: regula a resposta ao estresse por meio do aprendizado ● No transtorno de ansiedade a resposta é inadequada Resposta ao estresse: ➔ Comportamento de esquiva; ➔ Aumento na vigilância e no alerta; ➔ Ativação simpática do SNA; ➔ Liberação de cortisol a partir das glândulas suprarrenais Estruturas Os circuitos cerebrais envolvidos variam com a intensidade e a proximidade do estímulo (potencialmente perigosos; perigosos, porém distantes; ou perigosos e próximos). ● Giro do cíngulo ● Córtex pré- frontal ● Núcleo mediano da rafe ● Septo ● Hipocampo ● Substância cinzenta periaquedutal (SCP) ● Amígdala ● Hipotálamo medial Amígdala ● Pode ser ativada pela visão de uma pessoa com medo; ● Determina a resposta ao medo; ○ Via direta: informação visual → processada na pt. basolateral→ dispara o alarme a cargo do SNA simpático. Reação imediata ao perigo com manifestações autonômicas e comportamentais. ○ Via indireta: a informação primeiro passa pelo córtex pré frontal. Hipocampo ● Memórias armazenadas que podem desencadear o medo; Hipotálamo ● Suas conexões com a amígdala provocam alteração do eixo hipotálamo- hipófise- adrenal; Informações sensoriais→ amígdala basolateral→ ativação do núcleo central → aciona a resposta ao estresse → núcleo próprio da estria terminal→ ação sobre: 1. Hipotálamo; 2. SCP; 3. Sistemas modulatórios; Ação sobre o hipotálamo ● Ativação do eixo HHA; ○ Níveis elevados (sustentados) de cortisol podem causar comorbidades (DAC, DM 2, AVC...) ● Ativação do simpático do SNA; Ação sobre a SCP ● Conexões entre a amígdala a SCP ○ Resposta de esquiva: é uma resposta motora (ficar paralisado, lutar ou correr) Sistemas modulatórios Norepinefrina ● Aumento da função noradrenérgica; ● Locus ceruleus→ córtex cerebral, sistema límbico, tronco encefálico e medula espinhal; Serotonina ● Núcleos da rafe do tronco encefálico rostral; ● Aumento do turnover de 5- HT no córtex pré- frontal, no núcleo accumbens, na amígdala e no hipotálamo lateral; ● Facilita a resposta ao medo condicionado; ○ Amígdala e córtex frontal ● Inibe a resposta ao medo incondicionado ○ SCP Ácido gama- aminobutírico ( GABA) ● Funcionalidade anormal dos receptores GABAA; ● Redução na atividade de neurônios na amígdala e alças CETC Transtornos de Ansiedade Classificação do CID- 10 F40- Transtornos fóbico- ansiosos F40.0- Agorafobia .00- sem transtorno de pânico .01- com transtorno de pânico F40.1- Fobias sociais F40.2- Fobias específicas (isoladas) F40.8- Outros transtornos fóbico- ansiosos F40.9- Transtorno fóbico- ansioso, não especificado F41- Outros transtornos ansiosos F41.0- Transtorno de pânico (ansiedade paroxística episódica) F41.1- Ansiedade generalizada F41.2- Transtorno misto ansioso e depressivo F41.3- Outros transtornos ansiosos mistos F41.8- Outros transtornos ansiosos especificados F41.9- Transtorno ansioso não especificado F43- Reação a estresse severo e distúrbios de ajuste F43.1- Transtorno de estresse pós- traumático F40.0- Agorafobia ❖ Medos de sair de casa, de entrar em lojas, de multidões e de lugares públicos ou de viajar sozinho em trens, ônibus ou aviões. ❖ É o mais incapacitante dos transtornos fóbicos e alguns pacientes tornam-se completamente confinados ao lar; muitos são aterrorizados pelo pensamento de terem um colapso e serem deixados sem socorro em público. ❖ A maioria dos pacientes é do sexo feminino e o início é usualmente no começo da vida adulta. Diagnóstico Todos os critérios seguintes devem ser preenchidos para um diagnóstico definitivo: 1. os sintomas psicológicos ou autonômicos devem ser primariamente manifestações de ansiedade e não secundários a outros sintomas tais como delírios ou pensamentos obsessivos; 2. a ansiedade deve estar restrita (ou ocorrer principalmente) a pelo menos duas das seguintes situações: multidões, lugares públicos, viajar para longe de casa e viajar sozinho; 3. a evitação da situação fóbica deve ser ou estar sendo um aspecto proeminente. F40.1- Fobias sociais ❖ Início na adolescência. São igualmente comuns em homens e mulheres. Fobias sociais estão usualmente associadas à baixa autoestima e ao medo de críticas. ❖ Centradas em torno de um medo de expor-se a outras pessoas em grupos comparativamente pequenos (em oposição a multidões). ❖ Elas podem ser delimitadas (isto é, restritas a comer ou falar em público ou encontrar-se com o sexo oposto) ou difusas, envolvendo quase todas as situações sociais fora do círculo familiar. ❖ Podem se apresentar como uma queixa de rubor, tremores das mãos, náuseas ou urgência miccional e o indivíduo às vezes está convencido de que uma dessas manifestações secundárias de ansiedade é o problema primário; os sintomas podem progredir para ataques de pânico. A evitação é frequentemente marcante e em casos extremos pode resultar em isolamento social quase completo. Diagnóstico Todos os critérios seguintes devem ser preenchidos para um diagnóstico definitivo: 1. os sintomas psicológicos, comportamentais ou autonômicos devem ser primariamente manifestações de ansiedade e não secundários a outros sintomas tais como delírios ou pensamentos obsessivos; 2. a ansiedade deve ser restrita ou predominar em situações sociais; 3. a evitação das situações fóbicas deve ser um aspecto proeminente F40.2- Fobias específicas (isoladas) ❖ Restritas a situações altamente específicas tais como proximidade a determinados animais, altura/trovão, escuridão, voar, espaços fechados, urinar ou evacuar em banheiros públicos, comer certos alimentos, dentistas, visão de sangue ou ferimentos e medo de exposição a doenças específicas. ❖ O medo da situação fóbica tende a não flutuar, em contraste com a agorafobia.. Diagnóstico Todos os critérios seguintes devem ser preenchidos para um diagnóstico definitivo: 1. os sintomas psicológicos ou autonômicosdevem ser manifestações primárias de ansiedade e não secundários a outros sintomas tais como delírio ou pensamento obsessivo; 2. a ansiedade deve estar restrita à presença do objeto ou situação fóbica determinada; 3. a situação fóbica é evitada sempre que possível. F41.1- Transtorno de ansiedade generalizada ❖ O aspecto essencial é ansiedade, a qual é generalizada e persistente, mas não restrita ou mesmo fortemente predominante em quaisquer circunstâncias ambientais em particular (isto é, ela é "livremente flutuante"). ❖ Queixa de sentimentos contínuos de nervosismo, tremores, tensão muscular, sudorese, sensação de cabeça leve, palpitações, tonturas e desconforto epigástrico são comuns. ❖ Medos de que o paciente ou um parente irá brevemente adoecer ou sofrer um acidente são frequentemente expressados, junto com uma variedade de outras preocupações e pressentimentos. ❖ Mais comum em mulheres e frequentemente relacionado a estresse ambiental crônico. Seu curso é variável, mas tende a ser flutuante e crônico. Diagnóstico O paciente deve ter sintomas primários de ansiedade na maioria dos dias por pelo menos várias semanas e usualmente por vários meses. Esses sintomas devem usualmente envolver elementos de: 1. apreensão (preocupações sobre desgraças futuras, sentir-se "no limite", dificuldade de concentração, etc.); 2. tensão motora (movimentação inquieta, cefaleias tensionais, tremores, incapacidade de relaxar); 3. hiperatividade autonômica (sensação de cabeça leve, sudorese, taquicardia ou taquipneia, desconforto epigástrico, tonturas, boca seca, etc.). F41.2- Transtorno misto ansioso e depressivo Essa categoria mista deve ser usada quando ambos os sintomas, de ansiedade e depressão, estão presentes, porém nenhum conjunto de sintomas, considerado separadamente, é grave o suficiente para justificar um diagnóstico. ❖ Alguns sintomas autonômicos (tremor, palpitações, boca seca, estômago embrulhado, etc.) devem estar presentes, mesmo se apenas intermitentemente; se apenas preocupação ou intranquilidade estiver presente, sem sintomas autonômicos, essa categoria não deve ser usada. Se sintomas que preenchem os critérios para esse transtorno ocorrem em associação estreita a significativas mudanças de vida ou eventos de vida estressantes, a categoria, transtornos de ajustamento, deve ser usada. Diagnóstico Inclui: depressão ansiosa (leve ou não persistente) F43.1- Transtorno de estresse pós- traumático Este surge como uma resposta tardia e/ou protraída a um evento ou situação estressante de uma natureza excepcionalmente ameaçadora ou catastrófica, a qual provavelmente causa angústia invasiva ❖ Fatores predisponentes, tais como traços de personalidade ou história prévia de doença neurótica, podem baixar o limiar para o desenvolvimento da síndrome ou agravar seu curso,. ❖ Sintomas típicos: episódios de repetidas revivescências do trauma sob a forma de memórias intrusas (flashbacks) ou sonhos, ocorrendo contra o fundo persistente de uma sensação de "entorpecimento" e embotamento emocional, afastamento de outras pessoas, falta de responsividade ao ambiente, anedonia e evitação de atividades e situações recordativas do trauma. ❖ Comumente há medo e evitação de indicativos que relembrem ao paciente o trauma original. ❖ Há um estado de hiperexcitação autonômica com hipervigilância, uma reação de choque aumentada e insônia. Ansiedade e depressão estão comumente associadas aos sintomas e sinais acima e ideação suicida não é infrequente. Uso excessivo de álcool ou drogas pode ser um fator de complicação. ❖ O início segue o trauma com um período de Iatência que pode variar de poucas semanas a meses (mas raramente excede 6 meses). ❖ O curso é flutuante, mas a recuperação pode ser esperada na maioria dos casos. Diagnóstico Esse transtorno não deve geralmente ser diagnosticado a menos que haja evidência que ele surgiu dentro de 6 meses após um evento traumático. Além da evidência do trauma, deve haver uma recordação ou revivescência repetitiva e intrusa do evento em memórias, imaginação diurna ou sonhos. F41.3- Outros transtornos ansiosos mistos Essa categoria deve ser usada para transtornos que satisfazem os critérios para transtorno de ansiedade generalizada (F41.1) e que também têm aspectos proeminentes (ainda que frequentemente de curta duração) de outros transtornos em F40 — F49, embora os critérios completos para esses transtornos adicionais não sejam satisfeitos. ❖ Os exemplos mais comuns são transtorno obsessivo-compulsivo, transtornos dissociativos , transtorno de somatização, transtorno somatoforme indiferenciado) e transtorno hipocondríaco. Se os sintomas que preenchem os critérios para esse transtorno ocorrem em associação estreita a significativas mudanças de vida ou eventos de vida estressantes, a categoria transtornos de ajustamento, deve ser usada. ➢ Ataque de Pânico ➢ Transtorno do Pânico (ansiedade paroxística episódica)- F41.0 Ataque de Pânico É um episódio súbito e intenso de medo que desencadeia um conjunto de reações físicas que podem simular um enfarto ou gerar uma sensação de morte iminente. Apesar de poderem ser muito assustadores, ocorrem na ausência de perigo real e sem causa aparente. ❖ Afeta até 11% da população em um único ano. ➢ Na maioria dos casos, manifestam-se apenas um ou dois episódios ao longo da vida, nomeadamente em períodos de maior estresse. Se se repetem, causando um constante receio de um novo ataque, estamos perante um pânico patológico. ❖ Muitas pessoas se recuperam sem tratamento; algumas desenvolvem transtorno de pânico. Transtorno do Pânico Ataque intenso agudo de ansiedade acompanhado por sentimentos de desgraça iminente. Epidemiologia ❖ Prevalência de 1- 4%; ❖ Costuma surgir na idade adulta jovem (~25 anos); ❖ Mulheres têm 3x mais probabilidade de ser afetadas; ➢ Subdiagnóstico nos homens ❖ História recente de divórcio ou separação; ❖ Geralmente o paciente tem outras condições comórbidas (agorafobia). Transtorno do Pânico Comorbidades associadas ❖ 91% dos pacientes têm outro transtorno psiquiátrico associado; ❖ ⅓ dos pacientes já tinham transtorno depressivo maior; ❖ 15- 30% têm transtorno de ansiedade social ou fóbica; ❖ 2- 10% tem TEPT ❖ até 30% tem TOC. ❖ Outras condições: hipocondria, transtorno de ansiedade relacionados a doenças, transtornos da personalidade e transtornos relacionados a substâncias. Transtorno do Pânico- Etiologia Fatores biológicos Anormalidades biológicas na estrutura e na função do cérebro. ❏ Neurotransmissores; ❏ norepinefrina, serotonina e GABA ❏ Aumento do tônus simpático do SNA; ❏ Substâncias indutoras de pânico; ❏ Anormalidades estruturais (lobos temporais) ❏ Vasoconstrição cerebral. Fatores genéticos ❏ Familiares de 1º grau de pessoas com o transtorno, têm um risco 4-8x maior para o transtorno. ❏ Gêmeos monozigóticos. Fatores psicossociais ❏ Ataques de pânico originados de uma defesa mal sucedida contra impulsos provocadores de ansiedade. Transtorno do Pânico- Manifestações clínicas ● Os sintomas dominantes são variáveis para cada pessoa; ○ Início súbito de palpitações, dor no peito, sensações de choque, tonturas e sentimentos de irrealidade (despersonalização ou desrealização) são comuns. ○ Medo de morrer, perder o controle ou ficar louco. ● O ataque começa com um período de 10 min. de sintomas crescente; ○ Saída, usualmente apressada, de onde quer que ele esteja. ○ Dura de 20- 30 min. ● Ataques de pânico constantes e imprevisíveis produzem medo de ficar sozinho ou ir a lugares públicos. ● Um ataque de pânico com frequência é seguido por um medo persistente de ter outro ataque. ● Sintomas associados ( sintomas depressivos; fobias; TOC) ● Risco de suicídio Transtorno do Pânico- Diagnóstico (CID- 10) Transtorno de pânico deve ser o diagnóstico principal somente na ausência de quaisquerdas fobias em F40. Para um diagnóstico definitivo, vários ataques graves de ansiedade autonômica devem ter ocorrido num período de cerca de 1 mês: (a) em circunstâncias onde não há perigo objetivo; (b) sem estarem confinados a situações conhecidas ou previsíveis; (c) com relativa liberdade de sintomas ansiosos entre os ataques (ainda que ansiedade antecipatória seja comum). Transtorno do Pânico- Diagnóstico diferencial ● Deve ser distinguido de ataques de pânico ocorrendo como parte de transtornos fóbicos estabelecidos. ● Ataques de pânico podem ser secundários a transtornos depressivos, particularmente em homens. Abordagens Terapêuticas Farmacoterapia Ansiolítica Benzodiazepínicos Podem ter efeito ansiolítico, sedativo/ hipnótico e anticonvulsivante Indicação ● Transtornos ansiosos ou que apresentem sintomas de ansiedade; ● Epilepsia (crises agudas ou tratamento profilático) ● Também são usados na abstinência alcoólica, agitação psicomotora, tensão muscular (também agem como relaxante de músculo esquelético) e para provocar amnésia anterógrada em procedimentos invasivo. Farmacoterapia Ansiolítica Benzodiazepínicos Farmacocinética ● São bem absorvidos pela VO e tem boa disponibilidade de 80-100%, exceto o midazolam; ● Atravessam a barreira hematoencefálica com facilidade; ● A maioria sofre metabolismo hepático→ oxidação pelas enzimas do citocromo P450; ● ½ vida variável. Farmacodinâmica ● Os BZD agem principalmente no SNC aumentando as ações do GABA. ● Para o BZD se ligar ao receptor, é necessária a presença de 2α, 2β e 1γ ● Quando o GABA está ligado (entre uma unidade α e β), o influxo de Cl é aumentado→ diminuição da excitação neuronal. ○ O BZD se liga a um receptor alostérico entre as subunidades α e γ e aumenta a frequência da abertura dos canais de Cl - , porém sem aumentar a intensidade do influxo ou duração da abertura. Receptores GABAA- alvo dos ansiolíticos benzodiazepínicos ● Dependendo das subunidades presentes, as funções de um receptor de GABAA podem variar ○ Sensibilidade aos benzodiazepínicos: duas unidades β e uma unidade γ do subtipo γ2 ou γ3 , bem como duas unidades α do subtipo α1 , α2 ou α3 Efeitos Adversos: ● Sedação, disfunção cognitiva, depressão respiratória, alterações psicomotoras, depressão e dependência química. Cuidados 1. Em geral, limita-se o emprego de BZD a 4-6 semanas (risco de tolerância e dependência à droga); 2. Evitar a utilização de BZD em indivíduos > 65 anos, devido ao risco maior de queda, tontura, disfunção cognitiva e efeito paradoxal. 3. Evitar a utilização de BZD em indivíduos com história de abuso a outras substâncias psicotrópicas; 4. Evitar ao máximo o emprego de BZD em gestantes e lactantes, uma vez que esses fármacos atravessam a placenta e são expelidos com o leite materno. BZD com ação ansiolítica BDZ Duração da ação Indicações Diazepam Ação longa 1- 3 dias TAG, TP, e agorafobia Clonazepam Ação longa 1- 3 dias TAG, TP e agorafobia, fobia social. Ataque agudo de pânico Lorazepam Ação intermediária 10-20h TP e agorafobia, TAG Alprazolam Ação intermediária 10- 20 h TAG, TP e agorafobia, depressão com sintomas ansiosos Bromazepam - TAG, sintomas agudos de ansiedade Cloxazolam Ação curta 3-8 h TP e agorafobia, fobia social Farmacoterapia Ansiolítica Inibidores seletivos da recaptação de serotonina- ISRS Indicações ● Transtornos de ansiedade, TP, TEPT Inicialmente pode causar, inquietação, aumento da ansiedade, insônia e mesmo piora na frequência e gravidade das crises.. ○ Para diminuir essa estimulação excessiva inicial→ iniciar o tratamento com uma dose menor do ISRS ou alternativamente aumentar a dose mais rapidamente ou ainda associar um benzodiazepínico. Farmacoterapia Ansiolítica Inibidores seletivos da recaptação de serotonina- ISRS Mecanismo de ação ● Bloqueio altamente seletivo do SERT. Exemplos de ISRS ● Fluvoxamina, citalopram, escitalopram, paroxetina, sertralina ● O efeito terapêutico pode começar com uma latência de 2 a 4 semanas (em alguns casos, até 6 a 8 semanas). Farmacoterapia Ansiolítica Inibidores seletivos da recaptação de serotonina- ISRS Efeitos Adversos ● Cansaço, tontura, náusea, anorexia e perda ou ganho de peso. Disfunções sexuais podem ocorrer no tratamento de longo prazo Psicoterapia No nível neurobiológico, o propósito da psicoterapia é alterar as conexões no encéfalo, de modo que esses estímulos, imaginários ou reais, não mais evoquem a resposta ao estresse. Terapia cognitivo-comportamental 1. Psicoeducação; 2. Técnicas para lidar com a ansiedade; 3. Técnicas cognitivas; 4. Técnicas de exposição.
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