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Neuro 2 1 - Cefaleias

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NEURO 2.1
CEFALEIAS
CEFALEIAS CRÔNICAS
Primárias: tensão (mais comum da prática), migrânea (mais comum na prova), trigeminoautonômicas (em
salvas e hemicrania paroxística; são unilaterais).
Secundárias: HIC benigna.
DIAGNÓSTICO
● Anamnese pode ser suficiente na maioria das vezes.
● Neuroimagem: quando pedir?
○ Sinais de alarme:
■ Indivíduo que nunca teve, mas passa a ter repetidamente após os 50-55 anos.
■ Início súbito, intenso, para descartar HSA.
■ Progressiva, na frequência, intensidade e refratariedade.
■ Mudança da característica.
■ Com alterações neurológicas (hemiplegia etc).
■ Sinais de infecção, neoplasia ou HIV+.
■ Recorrente em <6 anos de idade (nesse caso, preferir a ressonância).
1. CEFALEIAS PRIMÁRIAS
CEFALEIA DO TIPO TENSÃO OU TENSIONAL
● Epidemiologia: mais comum em mulheres.
● Dor: opressiva e bilateral, pode ser ou não associada à
○ fotofobia OU fonofobia OU náusea leve
● Intensidade:
○ Leve a moderada: não interfere na atividade diária.
● Duração: horas, dias.
● Desencadeante: stress.
● Tratamento:
○ Agudo: analgésicos, AINE
○ Profilático: para casos crônicos (≥15/mês por >3 meses).
■ Amitriptilina 10mg ao deitar.
ENXAQUECA COMUM ou MIGRÂNEA SEM AURA
● Epidemiologia: história familiar +, mulheres 25 a 45 anos.
● Dor: pulsátil, unilateral.
○ FOTO e FONOfobia, náuseas e/ou vômitos, piora com movimento.
● Intensidade:
○ Moderada a grave: interfere com atividade diária.
● Duração: geralmente <6 horas (mas pode durar de 4 a 72h)
● Desencadeantes: diversos fatores.
○ Recomendar um diário de enxaqueca para identificação de fatores causais.
ENXAQUECA CLÁSSICA ou MIGRÂNEA COM AURA
Só difere da comum pela presença de aura.
Aura: manifestações somatossensoriais (sintomas neurológicos) que habitualmente precedem a cefaleia, mas
pode começar depois que a fase de cefaleia teve início, ou continuar durante essa fase.
Manifestações mais clássicas: visuais (90%) e sensoriais com parestesias (no local da dor, perioral etc).
Migrâneas com aura para a prova:
● Hemiplégica familiar: a aura é hemiplegia (difere do AVE pois hemiplegia vem antes da dor).
● Migrânea de tronco cerebral ou basilar ou Bickerstaff: aura envolve sintomas do tronco cerebral, como
diplopia, disartria, vertigem, hipoacusia.
Tratamento:
● Crise aguda: analgésico para casos leves, triptano para maioria dos casos e metoclopramida.
● Profilaxia: propranolol (1a linha), amitriptilina, topiramato/valproato, flunarizina.
CEFALEIAS TRIGEMINOAUTONOMICAS
CEFALEIA EM SALVAS
● Epidemiologia: 3x mais em homens.
● Dor: pulsátil e opressiva, normalmente desencadeada por álcool (principal), histamina e nitroglicerina.
○ Unilateral, fronto orbitária (leva a mão em direção ao olho).
● Sintomas associados: lacrimejamento, edema orbitário, miose, ptose palpebral, congestão nasal.
● Intensidade:
○ Muito grave! Dor que acorda o paciente.
● Duração: 15 a 180 minutos até 8x/dia e desaparece por semanas.
● Tratamento:
○ Crise aguda: oxigênio 100% 12L/min pessoa sentada com tronco fletido para frente +
SUMA/ZOLMItriptano.
○ Profilaxia: verapamil dose alta.
■ Opções: valproato, lítio, prednisona.
HEMICRANIA PAROXÍSTICA CRÔNICA
● Epidemiologia: classicamente acredita-se ser mais comum em mulheres, porém vem caindo por terra.
● Dor: unilateral, fronto orbitária.
● Intensidade: muito grave, dor acorda o paciente.
● Duração: 2 a 30 minutos >5x/dia (1 a 40/dia)
○ Duração mais curta, porém crises mais frequentes que a cefaleia em salvas.
● Sintomas associados: lacrimejamento, edema orbitário, miose, ptose palpebral, congestão nasal.
● Tratamento:
○ Crise aguda: ainda não estabelecido devido à curta duração das crises.
○ Profilaxia: responde de forma altamente eficaz a indometacina 75 a 225 mg/dia.
2. CEFALEIAS SECUNDÁRIAS
HIC BENIGNA/IDIOPÁTICA OU PSEUDOTUMOR
● Epidemiologia: mulher, 20 a 40 anos, tabagista, obesa.
● Diagnóstico: diminuição da acuidade visual com a presença de papiledema no fundo de olho.
○ Porém com neuroimagem NORMAL e punção lombar com raquimanometria >20-25mmHg
(normal até 15mmHg) e líquor NORMAL.
● Tratamento:
○ Maioria some em 6 meses principalmente com mudança dos hábitos de vida.
○ Se persistente, acetazolamida. Se ainda persistir, punção lombar de alívio. Se ainda persistir,
DVP.