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3 GRUPO HOV PSICOLOGIA 3 ANO

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Jordana Américo
Menino Francisco Napulo
Neusa Jemusse
Tânia Fernando
Tina Mateus Imedi
Orientação Vocacional na Europa
(licenciatura em psicologia educacional com habilitações em orientação vocacional)
Universidade Rovuma 
Extensão de Niassa
2021
Jordana Américo
Menino Francisco Napulo
Neusa Jemusse
Tânia Fernando
Tina Mateus Imedi
Orientação Vocacional na Europa
O presente trabalho da disciplina de Historia da orientação vocacional, a ser entregue no departamento de ciência da educação e psicologia, com fins avaliativos leccionado pela docente: 
Msc: Alice Alberto 
 
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
Índice
Introdução	3
Objectivos	3
Objectivo geral	3
Objectivos específicos	3
Metodologia	3
Orientação vocacional na Europa	4
 O conceito de Orientação Vocacional	4
Orientação Vocacional ao longo da história na Europa	5
Características da origem de orientação vocacional na Europa	6
Factores determinantes da Orientação vocacional naEuropa	6
Movimento de reforma social	6
Movimento da psicométria e ou psicotécnica.	7
Movimento de higiene mental, psicanálise e counseling	7
Conclusão	8
Bibliografia	9
1. Introdução
O presente trabalho versa sobre a orientação vocacional na Europa. A orientação ao longo de sua história serviu a uma necessidade inerente ao homem, de ser aconselhado, seja para resolver um problema relativo à sua existência, seja em relação a uma ocupação. Desse modo, os homens de visão voltaram-se para as necessidades humanas, e começaram a sistematizar conhecimentos, a partir de suas próprias práticas, como também a partir das observações do quotidiano da vida das pessoas, no desempenho das actividades simples às mais complexas, apesar de serem passadas de forma hereditária. Sua origem remonta à década de 1950 nos Estados Unidos e década de 1970 na Europa, em particular na Inglaterra, seja como serviço de orientação, seja como instrumento de suporte nos serviços sociais e no voluntariado.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo geral:
· Caracterizar a intervenção em orientação vocacional (OV) na Europa.
1.2.2. Objectivos específicos:
· Identificar traços ou aptidões possuídas pelos indivíduos;
· Determinar a profissão de cada pessoa;
· Intervir na tomada de decisão de determinadas escolha.
1.3. Metodologia:
Para a realização do presente trabalho de pesquisa, apoiamo-nos de diversos métodos de colecta de dados principalmente do método de pesquisa bibliográfico, que ajudou-nos bastante nessa pesquisa científica, quanto a estrutura do trabalho, esta composta por seguintes elementos básicos que são os seguintes: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
2. Orientação vocacional na Europa 
2.1. O conceito de Orientação Vocacional
A Resolução intitulada Reforço das Políticas, Sistemas e Práticas na Europa no Campo da Orientação ao Longo da Vida consubstancia uma segunda importante directiva a destacar no domínio da orientação (Resolução do Conselho, 2004, p. 28,5). Aí se define o conceito de orientação como um processo contínuo que permite aos cidadãos de todas as idades e ao longo da vida identificar as suas capacidades, competências e interesses, tomar decisões em matéria de educação, formação e emprego e gerir o seu percurso individual no ensino, trabalho e outras situações em que estas capacidades e competências podem ser adquiridas e/ou utilizadas. 
Segundo Coimbra (1995) indica que orientação vocacional é “um conjunto determinado de tarefas associadas à elaboração e concretização de um projecto de vida, entre as quais a voltam tomadas de decisão” (p. 26). É um processo comummente associado à escola, que visa “preparar os estudantes do ensino básico e secundário para as escolhas necessárias de carreira profissional e pessoal” (Guichard & Huteau, 2002, p. 13), dirigido a todos os alunos e, contemporaneamente, a todas as pessoas ao longo de toda a vida. No seguimento desta ideia nas palavras de Coimbra (1995)
a orientação é o resultado de um processo de sucessivas escolhas e decisões interdependentes, que vão sendo tomadas ao longo da vida, sendo que, em cada momento, o futuro do indivíduo está aberto a múltiplas possibilidades, cada uma das quais carecendo de exploração (p. 26).
Existem diversas expressões idóneas a Orientação Vocacional: “Desenvolvimento vocacional”, “Orientação”, “Orientação para a Carreira”, “Intervenções de Carreira”,“Aconselhamento Vocacional”, “Aconselhamento de Carreira”, entre outras. Há que esclarecer o que se entende por Orientação Vocacional, então. A já extinta National Vocational Guidance Association explicou a orientação vocacional como “o processo de ajudar uma pessoa a desenvolver e aceitar uma imagem integrada e adequada de si mesmo/a e a transformar essa imagem numa realidade, retirando daí satisfação para si e para a sociedade” (citada por Herr, 2008, p. 18). Além de ajudar jovens ou adultos a descobrirem a formação ou a inserção social e profissional que lhes é conveniente, antevê a manutenção da saúde mental e bem-estar geral.
2.2. Orientação Vocacional ao longo da história: Europa 
A orientação vocacional nasceu na Europa em 1902, a partir da necessidade de melhorar a eficácia dos trabalhadores nas indústrias, identificando a falta de habilidade dos trabalhadores ao desenvolver determinadas tarefas, o que consequentemente diminuiria os acidentes no trabalho (Carvalho 1995).
Quanto à Orientação Vocacional, surgiu também da carência de preparar os jovens para as “mudanças na sociedade ocasionadas pela rápida transição, na Europa e América do Norte, de uma sociedade predominantemente agrícola para uma sociedade cada vez mais dominada pelas exigências da Revolução Industrial” (Herr, 2008, p. 14). Nos países industrializados, de ocidente, origina-se no princípio do século XX, um pouco mais tarde que a criação da escola fabril, mas associada a esta. Até então, as sociedades pré-revoluções francesa e industrial formavam a grande maioria dos seus jovens através do “contacto imediato com um adulto que a prazo iria ceder o seu emprego ao aprendiz” (Guichard & Huteau, 2002, p. 19). 
O autor ao qual foi atribuída a criação da Orientação Vocacional é Frank Parsons,engenheiro, advogado e reformista social, do princípio do século XX. A sua abordagem dividia-se em três vertentes: auto-conhecimento, conhecimento (lógico) do trabalho e reflexão racional sobre as relações entre o conhecimento de si próprio e do trabalho. A sua intenção era que as pessoas desenvolvessem uma “atitude introspectiva acerca daquilo que gostavam e não gostavam, acerca das suas virtudes e limitações, e para falarem com o seu conselheiro sobre a forma de levar a cabo um processo de tomada de decisão (raciocíniológico) com base na informação possuída” (Herr, 2008, p. 16). A ideia deste autor era que o indivíduo se conhecesse através de uma actividade profissional, visto que esta o definiria enquanto pessoa. Cada pessoa era, então, reconhecida pela sua actividade: “ele é mecânico,marceneiro, advogado, médico...”. Este sistema de orientação vocacional indicava que a pessoa seria acompanhada por um conselheiro, que teria o papel de observar as suas características, bem como treinar a suaauto-compreensão e possibilidades. Fazia-o através do registo contínuo de respostas ecomportamentos, através de comparações com outras pessoas, através de questionários biográficos, análise da informação recolhida, de vários exercícios de memória,  de coordenação entre visão e motricidade e, ainda, das várias hipóteses profissionais disponíveis. 
2.3. Características da origem de orientação vocacional na Europa 
A criação de oficinas de orientação em diferentes países, a princípio do século marca os inícios da orientação. O tratado de Roma (1957) marca as bases da orientação profissional, com carácter público e institucional. Na década de 70, produz-se um grande desenvolvimento e consolidação.
A partir de 1980, a situação económica e do emprego juvenil fazem com que a orientação profissional amplie as suas funções na ajuda na tomada de decisões, na transição parao mundo sócio-laboral através de itinerários de inserção e formação adequada. A orientação centra a sua acção nos processos de transição laboral e integração dos jovens no mundo sócio profissional.
 2.4. Factores determinantes da Orientação vocacional: Europa 
2.4.1. Movimento de reforma social
A orientação vocacional surgiu por causa de:
· Reformas sociais;
· Meios de produção;
· Divisão de trabalho;
· Estrutura social naquele momento;
· Marginalização 
· Imigração 
· Carência social
· Trabalho infantil;
· Diversificação da mão-de-obra.
A esta situação de conflito social e laboral surge a educação e em especial a orientação, e resposta as necessidades sócias e laborais existentes. A orientação surge como uma profissão de ajuda e de reforma social de reivindicação social.
2.4.2. Movimento da psicométria e ou psicotécnica.
Desde os seus inícios ate a segunda guerra mundial, as técnicas psicometricas tiveram entre os orientadores uma grande aceitação e este movimento psicometrico originou-se simultaneamente no norte da América e na Europa.
A incorporação dos testes no processo orientador propiciou o uso do método científico com o apoio estadístico, que por sua vez, contribuiu para o desenvolvimento do diagnóstico diferencial. Também o movimento psicometrico levou a orientação a descuidar aspectos tão importantes como:
· Personalidade;
· Motivação; 
· Os interesses e a relação pessoal no processo de orientador, dando lugar a que a orientação se afastasse da função de ajuda e assessoramento.
A utilização dos testes teve primeiramente um carácter de fortalecimento objectivo da intervenção orientadora para converter-se posteriormente num paradigma afastado dos objectivos originários da orientação, dando lugar mudanças educativa e social.
2.4.3. Movimento de higiene mental, psicanálise e counseling 
Estes conceitos também contribuíram para o desenvolvimento de orientação. Significam eles: 
· Movimento de higiene mental: a doença mental é um fenómeno social que requerer tratamento por estar no indivíduo e num contexto. A relação pessoal convertera no objecto fundamental da acção orientadora e exige prestar atenção a dimensão afectiva para identificar possíveis conflitos pessoais.
· Psicanálise: adquire um papel importante no desenvolvimento do assessoramento e da nova concepção do processo orientador, influindo no estudo de problemas afectivos e emocionais do sujeito, na relação pessoal e em menor média no estudo de conduta vocacional.
· Counseling: a escola minessota no seu modelo de traços e factores introduz o counseling como a atenção individualizada no processo de assessoramento, aparecendo associado, inicialmente, a uma das funções da orientação profissional como técnica de enfoque de traços e factores no assessoramento psicológico. Dará lugar à polémica entre orientação (guidance) e assessoramento (counseling).
3.Conclusão 
Neste capítulo, propomos o fim das nossas abordagens acerca do tema em discussão, a orientação vocacional na Europa em que um dos pontos fundamentais na preparação dos jovens para a vida social reside na orientação vocacional. Para tal a prática da orientação vocacional desde que surgiu no ambito de ajuda e aconselhamento. Apesar de uma inevitável associação a questões de origem societal, amesma enquadra-se, contemporaneamente, na prática da psicologia vocacional, desenvolvendo-se especialmente em contextos escolares. Porém, a orientação vocacional inicia oficialmente entre os anos de 1907 e 1909. Pretendia responder à necessidade de educação das pessoas para uma organização laboral em franca expansão e transformação, sem custos relativos a mudanças deemprego por se desconhecer as capacidades individuais e oportunidades de melhores trabalhos.
Foi com Carl Rogers que adquiriu as características que hoje lhe são próprias, de "colóquio centrado sobre o cliente", em que a atenção do aconselhador (counselor) é focalizada sobre a pessoa antes de o ser sobre o problema, sobre a qualidade do relacionamento humano.
4.Bibliografia 
CARVALHO, C. S., Oliveira, at Tavares, V. (2007). Tutorial e Orientação em Educação. Trabalho não publicado, realizado no âmbito do programa de doutoramento. Universidade de Granada. 
Conselho Europeu de 12 de Maio (JOCE, C 19/2, de 28.5.2009).
PARSONS, F. (1909). Choosing a vocaction. Boston: Houghton Miffin.
SUPER, D. E. (1976). Uma teoria sobre desenvolvimento vocacional. In Ferretti, C. J. teorias da escolha vocacional. Rio de Janeiro, AOERJ, pp.26-40.

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