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Letícia França Fisiologia II Fisiologia Cardiovascular Coração: Na evolução, a área de tecidos vai aumentando e para bombear o sangue é necessária muita pressão Funções ▸Transporte: oxigênio, CO2, nutrientes, metabólitos vitaminas, hormônios e calor. ▸Homeostase: participa do controle das concentrações internas de substâncias dissolvidas, da temperatura e do pH em valores adequados. ▸Defesa: contra agentes patogênicos, requer a interação de leucócitos tanto com vasos sanguíneos como o sistema linfático ▸Volume: para proteger o corpo da perda de fluidos. Ajustes regionais de volume e produção de substâncias. ▸Mecânica: além do controle do volume, apresenta funções especificas em tecidos eréteis. Aspirina: anti- inflamatório não esteroidal, tem ação anticoagulante. Coração ▸Localizado na região medial do tórax, no mediastino (cavidade central do tórax) ▸Ramo da aorta descendente nutre as artérias coronárias que vão nutrir o músculo cardíaco. *Propriedades fisiológicas do coração: ▸Automatismo: capacidade do coração de gerar seus próprios estímulos elétricos. ▸Contratilidade: propriedade de se contrair como um todo de forma coordenada. ▸Excitação: capacidade do miocárdio de reagir a um estímulo, se estendendo por todo órgão ▸Condutibilidade: propriedade de condução elétrica (vias de condução), em sequência sistemática que segue a contração do coração como um todo. *Resumo Anatômico ▸O coração se localiza no centro do tórax, está na região ventral da cavidade torácica, entre os pulmões. ▸É envolvido por um saco membranoso cheio de liquido, chamado pericárdio. Formado por duas camadas: -externa (pericárdio fibroso), mais resistente, constituída por tecido conjuntivo denso, tendo como função fixar o coração ao diafragma e aos grandes vasos. -interna (pericárdio seroso): dividida em duas lâminas parietal (reveste internamente o pericárdio fibroso) e visceral (recobre o coração e os grandes vasos) -Entre as duas lâminas tem um líquido que permite a movimentação do coração dentro do tórax. Quando o liquido aumenta, ele dificulta a contração e o relaxamento (tamponamento cardíaco) ▸As valvas são formadas por tecido conjuntivo e tem a função de garantir o sentido unidirecional Letícia França do sangue (impedem o refluxo). As valvas são formadas por válvulas (folhetos). -Tricúspide: separa o AD do VD -Semilunar Pulmonar: da A. pulmonar -Semilunar Aorta -Mitral: separa o AE do VE *Cordas tendíneas são responsáveis por dar estabilidade para as válvulas. ▸O átrio esquerdo está próximo do esôfago. ▸As artérias coronárias são os primeiros ramos da aorta e suprem o miocárdio e o epicárdio. As A. coronárias direita e esquerda se originam dos seios da aorta correspondentes na região proximal da parte ascendente da aorta. -A. Coronária direita: emitem ramos para o VD, AD, parte posterior e lateral do coração, e para os nós sinoatrial e atrioventricular – isquemia possível de ver no eletrocardiograma. -A. Coronária esquerda: descendente anterior (interventricular anterior) irriga o ventrículo esquerdo, mandando ramos para o septo interventricular (ramos septais) e ramos diagonais que vão para o ventrículo. Circunflexa é mais lateralizada do VE e a parte posterior do coração. O AE é irrigado pela marginal ▸As células musculares miocárdicas são ramificadas estão ligadas uma as outras por junções GAP. ▸O sistema de condução elétrica do coração é constituído de fibras musculares especializadas para a transmissão de impulsos elétricos. Composto pelo no sinoatrial, feixes de condução atril, no atrioventricular, feixe atrioventricular com seus ramos e fibras de Purkinje. – Os estímulos são gerados ritmicamente, resultando na contração coordenada dos átrios e dos ventrículos. ▸O coração é composto por três tipos principais de músculo: o musculo atrial, o ventricular e as fibras especializadas excitatórias e condutoras. Os tipos atrial e ventricular de músculo contraem-se quase como os músculos esqueléticos, mas com uma duração maior da contração. -Nó sinoatrial: começam a despolarizar os átrios, passa pelo nó atrioventricular – essa passagem de impulso de um nó para o outro demora um pouco, isso ocorre para dar tempo da contração do átrio ocorrer e o ventrículo encher antes dele contrair. -Feixe de His: seus ramos se dividem para cada lado e ramificam em células de Purkinje e depois de contrair, os ventrículos despolarizam -Quando o átrio polariza, o ventrículo despolariza e vice-versa (controle elétrico). Histologia do coração ▸As fibras excitatórias e de condução do coração, no entanto, só se contraem fracamente por conterem poucas fibras contráteis, mas apresentam descargas elétricas rítmicas automáticas, na forma de potenciais de ação, ou fazem a condução desses potenciais de ação pelo coração representando o sistema excitatório que controla os batimentos rítmicos. ▸O músculo cardíaco funciona independentemente do controle motor somático, e as fibras estão interconectadas de modo a formar uma unidade funcional única. -O potencial de ação é gerado pelas células autoexcitáveis (marca-passo) vai se espalhar através de cada cardiomiócito por toda estrutura atrial que causa uma contração levando o sangue para os ventrículos aumentando a pressão intraventricular e contração levando ao débito cardíaco. Letícia França Divisão do musculo cardíaco O músculo cardíaco funciona independentemente do controle motor somático e as fibras estão interconectadas de modo a formar uma unidade funcional única. – sincício de comunicação intracelular. ▸Contrações graduadas: variação da força gerada, ocorre na célula muscular contrátil. Quanto mais sangue chega ao coração, ele vai se contrair com mais força e ejeta mais sangue (sistema fechado). – Lei de Frank-Starling do coração. Dentro dos limites fisiológicos, o coração ejeta todo o sangue que chega até ele (devido a contração graduada). Fisiologia do Músculo Cardíaco ↳O impulso para a contração do músculo cardíaco origina-se dentro da própria musculatura. A contratilidade do musculo cardíaco é regulada por mudanças na permeabilidade da membrana ao Ca2+ a qual é controlada principalmente pelo sistema nervoso autônomo (SNA) ↳O arranjo espiral do musculo ventricular permite que a contração ventricular empurre o sangue do ápice do coração para cima. Os discos intercalares contêm desmossomos que transferem força de célula a célula, e as junções comunicantes, que permitem que os sinais elétricos passam rapidamente de célula a célula. ⇾O potencial de ação se origina nas células autoexcitáveis que se espalham de célula para célula. ⇾O potencial de ação automático chega na célula, por meio dos túbulos T, provocando a abertura de canais de cálcio voltagem dependentes tipo L, com isso o cálcio entra. O cálcio entrando induz a abertura dos canais liberadores de cálcio do tipo rianodínico (RyR) no reticulo sarcoplasmático (sinalização através do cálcio). *Fagulhas de cálcio (mensageiro – sinalização): gerada pela liberação do cálcio do reticulo sarcoplasmático, forma diversas fagulhas. A soma de fagulhas forma o sinal de Ca2+ ⇾O cálcio se liga a troponina para iniciar a contração. O relaxamento ocorre quando o cálcio se desliga da troponina e é bombeado de volta para o retículo para ser armazenado. O cálcio também pode ser mandado para fora da célula por meio do trocador de sódio-cálcio. *Um gradiente de sódio vai ser mantido por meio de uma bomba de Na/K ATPase. – mantém o equilíbrio eletroquímico (jogando o sódio para fora) ↳Regulação da contratilidade é realizado pelo Sistema Nervoso Autônomo. ⇾Bomba de Ca (regulação da contratilidade): o relaxamento do musculo cardíaco depende dos transportadores para retirar o cálcio da troponina e levados de volta para o sarcoplasma. A bomba SERCA (está associada a umapequena proteína de membrana – fosfolambam) faz o cálcio retorna para o retículo sarcoplasmático, enquanto o trocador Na Ca (no sarcolema) retira o cálcio da célula. A proteína de membrana fosfolambam funciona como um limitador da bomba. Quando essa proteína for fosforilada, sua capacidade de inibir a bomba é reduzida, com isso a bomba funciona mais. *Noradrenalina se liga a receptores beta adrenérgicos fosforila os canais de cálcio do tipo L e as proteínas fosfolambam, entra mais cálcio na célula e ao mesmo tempo mais cálcio é estocado no sarcoplasma, com isso mais cálcio é liberado na próxima contração, com isso a próxima contração Letícia França está aumentada – aumenta a pressão sanguínea – fazendo a regulação da contratilidade. -Com isso, o tempo de relaxamento é mais breve, há aumento da quantidade de cálcio estocado para o próximo batimento. *Acetilcolina (parassimpático) – pelo nervo vago, age diminuindo a força de contração e reduz *Fármacos betabloqueadores: atuam nos receptores beta-adrenérgicos *Força da contração: quanto mais cálcio, se ligam mais a troponina, por isso maior a força. *Frequência Cardíaca: velocidade que o cálcio se liga e desliga. – batimentos por minuto. *Rigor mortis: enrijecimento cadavérico muscular – contração, o cálcio não se deliga. Muito potássio do lado de fora: mais fácil de despolarizar, mas não vai ser uma contração tão forte – hiperpotassemia, deixa o coração flácido. Se tiver mais cálcio fora, entra mais para o coração e ele bate com mais força do que poderia. Efeito da pré-carga sobre o miocárdio ventricular: Quando o ventrículo está vazio, o comprimento do sarcômero é mínimo e a capacidade de gerar uma contração é pequena. Quando o ventrículo está cheio, o comprimento da fibra aumenta e gera uma capacidade força durante a contração (pré-carga). *Ventrículo vazio: tem sangue, apenas está menos cheio. Ciclo Cardíaco ▸Início de um batimento até começar outro ▸Eventos elétricos que iniciam e coordenam a contração (podendo ser visto no eletrocardiograma- ECG). ▸Ciclos alternados de sístole (contração) e de diástole (relaxamento) – variação da pressão dentro das partes do nosso sistema ▸Alterações de volume, sons associados a esses eventos (bulhas cardíacas) ▸Os sinais mecânicos (contração do músculo cardíaco) ocorrem após o potencial de ação (eventos elétricos). ▸Vasos que chegam no coração: veias ▸Vasos que saem do coração: artérias ▸Eventos: 1. Final da diástole: ambos os conjuntos das câmaras estarão relaxados e os ventrículos vão se encher passivamente. Conceitos ▸Frequência cardíaca: é estabelecida pelo nodo sinoatrial (AS), o marca-passo cardíaco. A FC é dependente do SNA, o qual controla a velocidade em que o marca-passo gera uma onda de excitação. A ativação do sistema nervoso simpático, aumenta a FC, enquanto a parassimpática diminui. ▸Contratilidade: medida da capacidade do músculo para se encurtar contra uma pós-carga. Na prática, equivale a concentração de cálcio sarcoplasmático livre. ▸Pré-carga: refere-se a carga que é aplicada a um miócito (fibra cardíaca) e estabelece o comprimento muscular antes que a contração inicie – relacionado com o volume sanguíneo. Capacidade do V. de encher ▸Pós-carga: é a carga contra a qual um miócito deve se encurtar. Em um indivíduo saudável, o componente principal da pós-carga do VE é a pressão aórtica. Quanto ejeta o sangue. Força de contração do ventrículo. ▸Volume sistólico: dependente da pré-carga, da pós-carga e da contratilidade do VE. *Tudo é dependente no coração Letícia França 2. Sístole Atrial: a contração atrial força uma pequena quantidade de sangue adicional para dentro do ventrículo. (enchimento ventricular) ⇾1ª bulha cardíaca 3. Contração ventricular isovolumétrica: primeira fase da contração ventricular que vão empurrar as valvas atrioventriculares (vão se fechar), mas ainda não tem pressão suficiente para abrir as valvas semilunares. 4. Ejeção ventricular: pressão dentro do ventrículo excede a pressão nas artérias (sístole ventricular), as valvas semilunares se abrem e o sangue é ejetado. ⇾2ª bulha cardíaca 5. Relaxamento ventricular isovolumétrico: pressão no ventrículo cai. Não tem retorno de sangue, as cúspides das valvas semilunares vão se fechar. (4 válvulas fechadas) *Aumento de frequência, o coração bate vazio. Diagrama de volume-pressão ▸Ocorre no ventrículo esquerdo (lado mais desenvolvido, e manda sangue para todo corpo): ⇾A (volume sistólico final – sangue reserva) .– A’ = aumento de volume do ventrículo – valvas AV abertas ⇾A’ – B = enchimento do ventrículo, sístole atrial. ⇾B=volume diastólico final, início da contração isovolumétrica e fechamento das válvula atrioventricular (mitral). ⇾C= contração ventricular isovolumétrica ⇾D = abertura da válvula aórtica, ejeção do sangue ⇾E = fechamento da válvula aórtica – sangue foi ejetado, volume sistólico ⇾F= relaxamento ventricular isovolumétrico – queda da pressão no ventrículo. *Volume de ejeção = débito sistólico (stroke volume) ▸Bulhas cardíacas ⇾Bulha: em função do fechamento ⇾Som: turbilhamento do sangue que vai ocorrer no momento do fechamento – quando as valvas se fecham elas vibram sob a influência da variação abrupta da pressão. ↳1ª bulha: começo da sístole ventricular, fechamento das válvulas AV – duração relativamente longa. *TUM: válvulas atrioventriculares fechando ↳2ª bulha: fechamento abrupto das válvulas semilunares – mais rápido, curto período de vibração. *TÁ: fechamento das válvulas semilunares *Insuficiência da válvula: quando a válvula não fecha direito *Estenose: quando a válvula não abre direito Relações Volume-Pressão ▸Volume sistólico (volume de ejeção): é o volume sanguíneo bombeado em uma contração do ventrículo. ⇾Contribuintes: contratilidade, pré-carga e pós-carga ⇾Finalidade do sangue permanecer nos ventrículos: margem de segurança, funciona como uma reserva. O coração quando tem doença, quem está atras sofre mais. O retorno do sangue do V-A, deixa o sangue acumulando, com isso sobrecarrega as veias que trazem o sangue para o átrio. Letícia França ▸Débito cardíaco: medida do desempenho cardíaco – quantidade de sangue bombeada por cada ventrículo em um minuto. ⇾Pode ser calculado multiplicando-se a FC (bpm) pelo volume sistólico ▸Pré-carga: relacionada pressão diastólica final VDF (ventrículo cheio) – estiramento no final do enchimento ▸Pós-carga: equivale a pressão arterial (aorta) média em condições normais (saída do sangue do ventrículo). – Pressão vascular e dano as valvas. ▸Curva pressão diastólica: pressão diastólica final do ventrículo – enchimento com volumes crescentes de sangue. ▸Curva de pressão sistólica: medida da pressão sistólica durante a contração ventricular, para cada volume de enchimento. ⇾A alça PV está limitada por duas curvas, as relações pressão-volume diastólica final (RPVDF) e sistólico final (RPVSF) que definem quanto os estados de pré-carga e pós-carga e de contratilidade afetam o volume sistólico e o débito cardíaco. ▸Lei de Frank-Starling = capacidade inata do ventrículo de responder ao aumento da pré-carga com um VS maior. ⇾Coração pode iniciar seu próprio batimento na ausência de qualquer controle nervoso ou hormonal ⇾Debito cardíaco é controlado pelo retorno venoso: quantas vezes o coração bate por minuto (frequência cardíaca) x volume sistólico (volume que sobrou depois da sístole) = quanto de volume o coração bombeia em um minuto. ⇾Quanto maior o retorno venoso, mais as fibras musculares irão se distender e o coração contrai com mais força *A distensão do nodo sinusal na parede do átrio direito tem efeito sobre a ritmicidade do próprio nodo. -Na maioria das condições, o débito cardíaco é controlado de forma quase que total pelos fatores periféricos quedeterminam o retorno venoso Fração de ejeção ▸Inotropia: capacidade da célula muscular em desenvolver força, sinônimo de contratilidade ⇾Agentes inotrópicos positivos: adrenalina, noradrenalina – fazem com que o miocárdio se contraia mais rapidamente, desenvolva picos de pressões sistólicas mais elevados e depois relaxe mais rapidamente. ⇾Cronotropismo: variação da velocidade contrátil. *Coagulo diminui a quantidade de oxigênio - Area do musculo cardíaco que está morrendo (isquemia) devido à falta de oxigenação.
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