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Alterações do corpo da mãe à gravidez A gravidez é um evento que influencia todos os sistemas maternos, provocando alterações dramáticas no intuito de preservar o desenvolvimento do feto intraútero. • Desvio do centro de gravidade para diante • Acentuação da lordose • Aumento da base de sustentação, afastamento dos pés, projeção posterior das escápulas • Marcha anserina → necessidade de aumentar a base de sustentação → afastamento dos pés • Hiperpigmentação – linea nigra e cloasma gravídico • Estrias • Acne • Escurecimento da auréola • Unhas mais fracas • Útero, aumenta de aproximadamente 50 gramas para 1.100 gramas • Mamas quase dobram de tamanho • Vagina aumenta, e o Intróito vaginal se expande mais • Os Hormônios podem causar mudanças acentuadas na aparência da gestante, às vezes resultando no desenvolvimento de edema, acne e traços masculinos ou acromegálicos. • Visão, pode ocorrer algum grau de hipertensão ocular • Olfato, epistaxe, edema, hipo ou anosmia, parosmia • Paladar, preferência por alimentos ácidos • Tato, parestesias devido a alterações vasomotoras, deficiências dietéticas ou metabólicas • Audição, diminuição da acuidade auditiva, zumbidos e vertigem • No último trimestre até 25g de Cálcio são removidos da mãe para o feto podendo resultar em osteoporose ou osteomalácia • Maior mobilidade articular → pode ser por influência da relaxina e do estrogênio → causa relaxamento da sínfise púbica e do colo uterino • Dores, dormências, acroparestesias, fraqueza das extremidades devido lordose acentuada e acentuada flexão do pescoço • Em média, a gestante engorda cerca de 11kg a 15kg • Sendo esse aumento mais importante nos últimos dois trimestres • Desse aumento de peso, corresponde: • Feto: cerca de 3,5 kg • Placenta e anexos: 2 kg • Útero: 1,3 kg • Mamas: 1 kg, ainda • Resta um aumento médio de peso de 3,4 kg a 7,8 kg; destes cerca de 2 kg são líquidos extras no sangue e no líquido extracelular, e geralmente o restante 1,3 kg a 5,6 kg é acúmulo de gordura • O líquido extra é eliminado na urina, nos primeiros dias após o parto • Durante a gravidez, a mulher sente mais vontade de comer → consequência da remoção de substratos alimentares do sangue materno pelo feto e também devido a fatores hormonais • Maior secreção de tiroxina, hormônios adrenocorticais e hormônios sexuais. • O Metabolismo Basal da gestante aumenta cerca de 15% na última metade da gravidez. • Devido ao aumento do metabolismo, ocorrência de calor excessivo • Mais demanda energética devido ao aumento de carga • Até as 20 semanas → aumento do estrogênio, progesterona e da insulina → causam aumento do glicogênio tecidual, diminuição da glicose hepática, aumento da utilização periférica da glicose e diminuição da glicemia de jejum • Entre as 20-40 semanas → aumento do hPL, prolactina e cortisol → causam diminuição da tolerância glicídica, aumento da resistência à insulina, diminuição dos depósitos hepáticos de glicogênio, aumento da produção hepática de glicose • Após as 20 semanas deve-se atentar para o risco de desenvolvimento de diabetes gestacional, principalmente devido aos efeitos do hPL • Aumento do débito cardíaco em 30 a 40% acima do normal na 27º semanas • Por razoes desconhecidas, DC diminui até pouco acima do normal nas ultimas 8 semanas de gravidez • O aumento desse volume sanguíneo é devido aos níveis de aldosterona e estrogênio → se elevam na gravidez → causam retenção de líquido pelos rins • Medula óssea mais ativa → maior produção de hemácias • Ao nascimento, a mãe possui cerca de 1 a 2 litros de sangue extra → fator de proteção • Hemoglobina até 11g% • Leucócitos até 12.000/mm³ • Discreta plaquetopenia • Anemia Ferropriva (microcitose e hipocromia) • Anemia por deficiência de Ácido Fólico • Volume sanguíneo aumenta +/- 30% • Elevação do diafragma • Leva à modificação da posição do coração • O ápice se volta para cima e à esquerda • Ou seja, ocorre uma rotação anterior do coração • Diminuição da resistência vascular periférica, da resistência vascular pulmonar e da pressão arterial • Aumento do débito cardíaco, do volume sanguíneo e da frequência cardíaca • OBS: a resistência vascular periférica está diminuída por ação da progesterona, por resistência à angiotensina II (dificulta a vasoconstrição), por diminuição do Ca intracelular (músculo liso dos vasos não contrai corretamente), por aumento do óxido nítrico (potente vasodilatador) • ATENÇÃO! Anemia fisiológico pois a Hb está diluída • Devido ao aumento do metabolismo basal e aumento de seu tamanho, a quantidade de O2 usada é maior, aproximadamente 20% acima do normal • Ventilação minuto da mãe aumenta • Altos níveis de progesterona → elevam a ventilação minuto ainda mais • Pressão ascendente sobre o diafragma → a excursão total do diafragma diminui → FR aumenta para manter a ventilação extra • Dilatação dos ureteres e pelves renais • Obstrução mecânica da bexiga pelo útero e veias ovarianas • Elevação da bexiga • Fluxo plasmático renal aumentado (50-70%) • Taxa de filtração glomerular aumentada • Aumento da reabsorção tubular de na • Aumento da excreção de glicose e ácido úrico • Aumento do clearance de creatinina • Proteinúria (não excede a 200mg/24h) • Em aspectos gerais se torna mais lento • Refluxo gastroesofágico=pirose e regurgitação • Estômago=diminuição de secreção e motilidade • Intestinos = constipação e meteorismo • Fígado → aumento do metabolismo hepático • Pâncreas → hiperplasia das ilhotas de Langherans • Vesícula biliar hipotônica com esvaziamento retardado
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