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16 Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)

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Criação de uma pequena composição 
arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de 
ônibus ou guarita)
APRESENTAÇÃO
Seja bem-vindo!
Para aprender a projetar, o arquiteto deve considerar as normativas que incidem sobre o tema. 
Desde uma casa até um hospital, existe uma série de legislações e normas que garantem a 
funcionalidade destes espaços, além de conferirem parâmetros de projeto que asseguram sua 
qualidade e adequação às necessidades dos usuários. Antes de iniciar o projeto, a legislação 
deve ser considerada, bem como o programa de necessidades do espaço, para possibilitar o 
lançamento correto sobre o terreno. Por esse motivo é muito importante que você acompanhe o 
passo a passo desde a coleta das informações legais até a composição arquitetônica, a fim de 
aprender parte do processo projetual em arquitetura.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá acompanhar a criação de uma pequena edificação 
desde a análise da legislação, passando pelo programa de necessidades, lançamento do partido e 
projeto arquitetônico. Dessa forma, você terá um panorama completo do exercício projetual e 
será capaz de elaborar suas próprias soluções arquitetônicas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as legislações que normatizam estas edificações e suas instalações.•
Verificar o plano de necessidades básico.•
Elaborar uma composição arquitetônica de alguma destas edificações.•
DESAFIO
Uma das melhores maneiras de aprender arquitetura é exercitar o cérebro através da criação de 
projetos. Para tanto, é necessário levar em consideração dois aspectos que devem ser explorados 
antes de iniciar a composição arquitetônica: 
- Dominar as legislações que normatizam o que se pretende projetar. 
- Elaborar o programa de necessidades.
Seu desafio é:
a) Verifique os critérios para a construção do quiosque no Código de Obras ou Edificações ou 
em normas técnicas. Por exemplo, equipamentos necessários, pé-direito mínimo, instalações 
para funcionamento (atendimento, depósito, sanitário, etc.).
b) Elabore o programa de necessidades, ou seja, relacione os compartimentos que você acha 
necessários para esta edificação, como sanitário, sala, etc. 
INFOGRÁFICO
A importância da legislação diz respeito a uma das condicionantes contextuais para 
compreender as diretrizes incidentes no terreno do projeto e os critérios construtivos 
estabelecidos pelo município.
No Infográfico a seguir, você verá quais são as legislações pertinentes quanto à elaboração de 
projetos arquitetônicos na cidade, bem como suas definições. Por meio de exemplos dos 
principais parâmetros e leis, você ficará por dentro das regulamentações que envolvem a 
profissão do arquiteto.
CONTEÚDO DO LIVRO
A criação de pequenas edificações na cidade é orientada por normativas que estabelecem 
critérios para sua construção. Posto salva-vidas, ponto de ônibus e guarita fazem parte do 
mobiliário urbano — objetos, elementos ou pequenas construções que compõem a paisagem 
urbana— e são implantados sob autorização do poder público em áreas públicas ou privadas. 
Por isso a importância de se conhecer os aspectos referentes à legislação e outras normas que 
estabelecem parâmetros construtivos: o Código de Obras ou Edificações, o Plano Diretor, as 
Normas Técnicas e as Normas Regulamentadoras.
Na obra Introdução ao projeto arquitetônico, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia 
o capítulo Criação de uma pequena composição arquitetônica e conheça mais sobre esse 
assunto.
Boa leitura.
INTRODUÇÃO 
AO PROJETO 
ARQUITETÔNICO
Cássia Morais Mano
 
Criação de uma pequena 
composição arquitetônica 
(posto salva-vidas, ponto 
de ônibus ou guarita)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer as legislações que normatizam essas edificações e suas 
instalações.
 � Verificar o plano básico de necessidades. 
 � Elaborar uma pequena composição arquitetônica. 
Introdução
A criação de pequenas edificações na cidade é orientada por normativas 
que estabelecem critérios para sua construção. Posto salva-vidas, ponto 
de ônibus e guarita fazem parte do mobiliário urbano, constituído por 
objetos, elementos ou pequenas construções que fazem parte da pai-
sagem urbana, que são implantados sob autorização do poder público 
em áreas públicas ou privadas. 
Neste capítulo, você vai estudar aspectos referentes à legislação e 
outras normas que estabelecem parâmetros construtivos: o Código 
de Obras ou Edificações, o Plano Diretor, as Normas Técnicas e as 
Normas Regulamentadoras.
Legislações pertinentes às edificações
É preciso conhecer a legislação que normatiza os projetos que serão constru-
ídos, bem como realizar um levantamento das instalações necessárias para 
o funcionamento das atividades a serem realizadas em determinado espaço. 
Quais são as normas que devemos atender para a construção de um posto 
salva-vidas, de um ponto de ônibus e de uma guarita? Edificações localiza-
das em espaço público são consideradas mobiliário urbano, ou seja, objetos, 
elementos ou pequenas construções que fazem parte da paisagem urbana, 
implantados sob autorização do poder público em áreas públicas ou privadas. 
Essas edificações nem sempre são regulamentadas pelo Código de Obras ou 
Edificações do município; para tanto, existem normas específicas sobre os 
aspectos construtivos. As legislações acerca das guaritas, que costumam ser 
regulamentadas pelo Código de Obras, poderão sofrer modificações depen-
dendo do município.
O Código de Obras ou edificações estabelece critérios construtivos para 
a execução de projetos em determinado município, além de ser a maneira 
de o poder público supervisionar o que está sendo construído, garantindo as 
condições mínimas de habitabilidade. Alguns critérios presentes no Código 
de Obras ou Edificações dizem respeito às áreas mínimas dos ambientes: 
pé-direito, largura de circulações, dimensionamento de escadas e rampas, 
vãos de iluminação e ventilação, entre outros (Figura 1). Outra legislação 
importante é o Código Civil (Lei nº10.406/2002), que traz normas sobre o 
direito de construir garantindo a privacidade dos vizinhos (BRASIL, 2002). 
Por exemplo, o Código proíbe que sejam construídas janelas com visibilidade 
frontal a menos de 1,50 m da construção do vizinho, e estabelece o limite de 
0,75 m de distância para janelas com visão lateral (Figura 2).
Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)2
Figura 1. Organização dos itens conforme o Código de Obras.
Fonte: adaptada de Porto Alegre (1992).
Figura 2. Limite da janela do vizinho.
Fonte: Alessio (2013).
O Plano Diretor é o instrumento que propõe a ocupação do território mu-
nicipal, estabelece parâmetros urbanísticos, delimita áreas urbanas e rurais, 
traça diretrizes viárias para futuras conexões na cidade, buscando assegurar 
a mobilidade, a sustentabilidade e o atendimento das demandas da população 
(Figura 3). Podemos citar como diretrizes urbanísticas: atividades permitidas 
em determinado zoneamento urbano, altura máxima das construções, recuos 
3Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)
(frontal, laterais e de fundos), taxa de ocupação, áreas permeáveis e livres de 
construção, índice de aproveitamento, entre outros.
Figura 3. Estrutura do Plano Diretor.
Fonte: adaptada de Porto Alegre (2010).
As NBRs (Normas Técnicas Brasileiras) são regramentos, diretrizes, ca-
racterísticas e orientações acerca de determinado objeto, projeto ou processo, 
emitidas e divulgadas pela entidade privada ABNT – Associação Brasileira de 
Normas Técnicas. Embora não tenham, em geral, força de lei, suas diretrizes 
visam orientar os profissionais acerca dos materiais disponíveis, da compa-
tibilização de etapas de projeto e da padronização de processos construtivos. 
As normas técnicas também poderãoser produzidas por outros órgãos oficiais 
com competência para essa tarefa como, por exemplo, o Corpo de Bombeiros, 
estabelecendo regras e diretrizes para a sinalização de emergência (GOIÁS, 
2014a). No Brasil, também temos as NRs (Normas Regulamentadoras), que 
Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)4
discorrem sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e à 
ergonomia no trabalho. Por exemplo, a NR-6 trata do uso de equipamentos de 
proteção individual, garantindo a integridade física do trabalhador (BRASIL, 
1978). Para a execução da obra, é fundamental que a construtora atenda às 
normas regulamentadoras para garantir a segurança dos empregados. O pro-
jetista deverá buscar o máximo de informações possíveis sobre as legislações 
e normas que regulamentam os projetos. Vamos examinar cada caso a seguir.
 � Posto salva-vidas: consiste em uma pequena edificação próxima a 
áreas de lazer público, localizada junto a praias, cachoeiras, lagoas, 
entre outros (Figura 4). Sua função é abrigar profissionais de salva-
mento e/ou técnicos em primeiros socorros e equipamentos utilizados 
para salvamento, além de permitir a maior visibilidade das áreas de 
banho utilizadas pelos usuários. A Norma Técnica 16/2014 estabelece 
que o posto salva-vidas deverá ter: ponto de observação elevada com 
espaço para o socorrista, cuja altura será definida pelas características 
de cada campo visual de cada área a ser atendida e proteção solar. É 
imprescindível que o socorrista possa visualizar toda área protegida 
(GOIÁS, 2014b). 
Figura 4. Exemplo de posto salva-vidas na cidade do Rio de Janeiro.
Fonte: Garcia (2015).
5Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)
 � Ponto de ônibus: é um mobiliário urbano que, além de atender à sua 
função, deve estar bem inserido no sistema de transportes públicos 
de uma cidade e na paisagem urbana (Figura 5). Algumas prefeituras 
estabelecem faixas de serviços para a localização de mobiliário urbano 
e infraestrutura, de forma que não atrapalhe o fluxo de pedestres nas 
calçadas, permitindo maior acessibilidade. A NBR 14.022/2011 visa 
proporcionar acessibilidade e segurança à maior quantidade possível 
de pessoas, independentemente de idade, estatura e condição física ou 
sensorial, bem como aos equipamentos e elementos que compõem o 
sistema de transporte coletivo de passageiros (ASSOCIAÇÃO BRASI-
LEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011). O ponto de ônibus, segundo 
a NBR 14.022/2011, é uma área específica localizada ao longo do trajeto 
do transporte público, que permite o embarque e desembarque de pas-
sageiros (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2011). A NBR 9.050/2015 trata da acessibilidade aos espaços urbanos 
e discorre sobre a necessidade de piso tátil em áreas de embarque e 
desembarque de passageiros do transporte público (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). 
Figura 5. Exemplo de ponto de ônibus.
Fonte: photodonato/Shutterstock.com.
Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)6
 � Guarita: são locais de vigilância capazes de controlar a acessibili-
dade à determinada edificação (Figura 6). Geralmente, os Códigos de 
Obras e Edificações possuem critérios específicos para a construção 
de guaritas, cujos parâmetros poderão variar conforme o município. A 
implantação das guaritas deverá considerar a paisagem do local, e não 
poderá ser instalada quando desvalorizar as características locais ou 
sobrecarregar o espaço de localização. Por exemplo, em uma calçada 
estreita, não poderá ser construída uma guarita, pois atrapalhará o 
movimento dos pedestres. 
Figura 6. Exemplo de guarita.
Fonte: Chagas (2016).
7Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)
A NBR 9.050/2015 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos 
urbanos – estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao 
projeto, à construção, à instalação e à adaptação do meio urbano e rural e de edificações 
às condições de acessibilidade (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). 
Para garantir o atendimento universal do mobiliário urbano, recomenda-se a leitura 
da norma disponível no link a seguir. 
https://goo.gl/kkv5ln
Programa de necessidades: elaboração
Quando consideramos uma pequena edificação, o programa de necessidades 
tende a ser composto pelas funções que deverão ser atendidas pelo objeto, por 
vezes, os materiais a serem utilizados e, principalmente, a quantidade de usu-
ários que serão atendidos no espaço. Logo, cada caso deverá ser analisado em 
particular, considerando as condicionantes contextuais (características físico-
-espaciais do local onde será implantada a edificação) e o espaço disponível 
para locação da construção. Vale ressaltar que os programas de necessidades 
a seguir servem como referência, podendo ser modificados de acordo com as 
necessidades levantadas.
O posto salva-vidas deverá prever um espaço para o equipamento de sal-
vamento para flutuação (boia circular, ou rescue tube, e nadadeira) e máscaras 
descartáveis para ressuscitação pulmonar (GOIÁS, 2014b). Segundo Saudino 
(2015), os bombeiros criticaram as modificações realizadas nos postos de salva-
mento do Rio de Janeiro, pois as edificações não apresentam escada de frente 
para a areia, o que permitiria uma ação mais rápida em caso de afogamento. 
O projetista deve estar atento às particularidades e necessidades desse tipo 
de mobiliário urbano. Em levantamento realizado em postos de salva-vidas 
nas praias do Rio Grande do Sul, Verdi (2012) identificou vários defeitos nos 
projetos que atrapalharam sua funcionalidade, resultando na necessidade de 
reconstrução total de algumas dessas edificações. Assim, podemos elaborar 
os seguintes itens para o programa de um posto salva-vidas:
Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)8
 � espaço para equipamentos de socorro, como maca, oxigênio, boias;
 � área elevada que permita boa visibilidade da região de proteção;
 � mastro para bandeira de sinalização orientando sobre as condições de 
uso do mar e da praia;
 � sanitários feminino e masculino com o pé-direito mínimo de 2,20 m;
 � ducha externa e lava-pés;
 � reservatório de água.
A Figura 7 traz um exemplo de guarita inutilizada.
Figura 7. Posto salva-vidas sem condições de uso.
Fonte: Yaslex/Shutterstock.com.
No caso do ponto de ônibus, suas funções devem ser consideradas como 
mobiliário urbano: ponto de espera e proteção contra intempéries, evitando 
elementos que obstruam a visibilidade do usuário. O ponto de ônibus não pode 
atrapalhar a circulação de pedestres e deve ser concebido em relação ao espaço 
onde será implantado. Por exemplo, um ponto de ônibus localizado em uma 
calçada larga poderá apresentar maiores dimensões, enquanto um ponto em 
uma calçada estreita deverá consistir somente em uma placa indicativa. A NBR 
9Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)
9.050/2015 prevê a instalação de pisos táteis ao longo do meio fio, demarcando o 
local de embarque e desembarque (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2015), enquanto a NBR 14.022/2011 discorre especificamente sobre 
os locais de embarque e desembarque: o ponto de ônibus deve ser integrado ao 
entorno; deve respeitar faixa livre mínima de 1,20m em condições de segurança e 
conforto para a circulação de pedestres e pessoas com deficiência em cadeira de 
rodas (salvo casos especiais, admite-se faixa livre de 0,90m); deve disponibilizar 
espaço para assento e cadeira de rodas, além de cobertura para a proteção contra 
intempéries (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011). 
Assim, podemos elaborar os seguintes itens para o programa de um ponto de 
ônibus localizado em uma calçada ampla:
 � área de assento para, no mínimo, cinco pessoas,com espaço para 
cadeirante;
 � cobertura de proteção contra intempéries;
 � local para posicionamento de mapa com as linhas atendidas no ponto;
 � lixeira;
 � identificação do ponto de ônibus.
A guarita corresponde ao local de controle de acesso de pedestres e veícu-
los, realizado por medidas de segurança, e geralmente está localizada próximo 
ao alinhamento do terreno. Deverá ser construída de forma que não obstrua 
a paisagem, observando uma localização estratégica que permita a melhor 
visualização de quem passa pelo local. Quanto ao espaço interno, podemos 
estabelecer o seguinte programa: 
 � considerar o número mínimo de um guarda para seu pré-dimensionamento;
 � por ser um espaço de permanência, considerar o pé-direito mínimo 
de 2,60 m;
 � circulação adequada mínima de 0,80 m, sem obstáculos físicos;
 � área para sanitário (pé-direito mínimo de 2,20 m) e copa (opcional);
 � área de bancada para monitores de vigilância;
 � elevar o piso em relação ao terreno para possibilitar maior visibilidade.
Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)1010
O portal PROJETAR.ORG é uma ferramenta que visa conectar estudantes universitários 
por meio de concursos de projetos ligados a temas atuais, nos mesmos moldes de 
concursos profissionais de arquitetura. Vale a pena conferir os premiados do concurso 
022 do Portal Projetar.org, Parada de Ônibus. 
https://goo.gl/jN6tYT
Mãos à obra: elaborando um projeto de guarita 
Vamos elaborar uma composição arquitetônica para uma guarita, considerando 
o seguinte programa de necessidades: 
 � considerar o número de dois guardas para o seu pré-dimensionamento;
 � considerar o pé-direito mínimo de 2,60 m;
 � circulação adequada mínima de 0,80 m, sem obstáculos físicos;
 � área para sanitário (pé-direito mínimo de 2,20 m) e copa (opcional);
 � área de bancada para monitores de vigilância;
 � elevar o piso em relação ao terreno para possibilitar maior visibilidade;
 � material a ser utilizado na construção: placas cimentícias de 1,20 m 
x 2,40 m.
Supondo que não seja permitida a construção sobre o recuo frontal de 4m, 
a guarita deve estar localizada a partir do recuo. Considerando os parâmetros 
urbanísticos (afastamento frontal) e o programa de necessidades, o arquiteto 
poderá realizar o lançamento da composição arquitetônica, cujo resultado final 
será o projeto arquitetônico devidamente representado por gráficos (Figura 8). 
11Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita) 11
Figura 8. Projeto arquitetônico da guarita.
Sala de vigilância
A: 6 m2
Piso cerâmica 30 x 30 cm
Pé-direito forro: 2,80 m 
Copa
A: 1,35 m2
Piso cerâmica 30 x 30 cm
Pé-direito forro: 2,80 m 
Sanitário
A: 2,00 m2
Piso cerâmica 30 x 30 cm
Pé-direito forro: 2,20 m 
Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)12
Antes de desenvolver qualquer projeto de pequena edificação, o arquiteto deverá se 
informar sobre as normativas que regimentam o uso do espaço público na cidade onde 
o projeto será implantado. Além disso, é importante a caracterização das condicionantes 
contextuais (localização, espaço disponível para o projeto, visuais) e do programa de 
necessidades do projeto. Sem esses elementos, o arquiteto não conseguirá produzir 
uma solução arquitetônica de qualidade.
1. O ofício do arquiteto depende do 
levantamento das informações 
acerca dos parâmetros urbanísticos 
que incidem sobre o terreno onde 
será implantado o projeto, pois 
essas questões fazem parte de uma 
legislação importante que determina 
como ocorrerá a expansão e o 
ordenamento urbano na cidade. 
Essa definição corresponde 
a qual tipo de legislação?
a) Código de obras ou edificações.
b) Plano diretor. 
c) Programa de necessidades.
d) Norma técnica. 
e) Aprovação de projetos.
2. Entre os aspectos relacionados 
a seguir, qual deles constitui um 
critério construtivo regulamentado 
pelo Código de Obras ou 
Edificações de uma cidade? 
a) Recuo frontal.
b) Atividade permitida no terreno.
c) Necessidade de piso tátil para 
identificação de obstáculos.
d) Índice de aproveitamento.
e) Pé-direito. 
3. Considere a seguinte afirmação 
de Neves (1989, p. 117): “[...] obtidas 
as informações básicas sobre os 
aspectos físicos, as relativas ao 
terreno e suas características: a 
planta, a forma e as dimensões, 
a conformação do relevo, as 
orientações quanto ao sol e aos 
ventos, do entorno, os acessos e 
as que concernem à legislação 
pertinente, está formado o 
quadro das informações físicas 
do tema arquitetônico”. Sobre as 
legislações e normas que incidem 
sobre o terreno e a construção, 
é possível afirmar que:
a) o Plano Diretor regulamenta 
aspectos específicos quanto 
à posição da construção no 
terreno, dispensando diretrizes 
gerais como, por exemplo, 
o tipo de uso do solo e a 
ocupação do território.
b) o Plano Diretor regulamenta 
aspectos construtivos das 
edificações a serem implantadas 
no município como, por exemplo, 
1313Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)
pé-direito, áreas mínimas e 
licenciamento dessas construções.
c) o Código de Obras ou 
Edificações tem como objetivo 
estabelecer um padrão mínimo 
de condições necessárias 
para garantir a qualidade e 
adequação da construção às 
necessidades dos usuários. 
d) o Código de Obras ou 
Edificações é determinado por lei 
federal, portanto, as edificações 
construídas em território 
nacional deverão atendê-lo.
e) as normas técnicas brasileiras 
(NBRs) são desenvolvidas pelo 
poder público e, por essse 
motivo, são obrigatórias, visto 
que possuem força de lei.
4. Para a elaboração do projeto de 
uma residência, o arquiteto recebeu 
as seguintes informações sobre 
os parâmetros urbanísticos:
– recuo frontal: 4 m;
– recuos laterais: isento; quando 
houver aberturas para as divisas, 
a distância mínima exigida entre 
divisa e construção será de 1,50 m;
– recuo de fundos: divisa e 
construção será de 1,50 m.
E a seguinte informação sobre 
os critérios construtivos:
– ambientes mínimos exigidos: sala, 
dormitório, cozinha e banheiro.
Então, o arquiteto realizou o esboço 
de cinco estudos preliminares. 
Escolha a alternativa que apresenta 
o atendimento integral de todas 
as informações legais obtidas.
a) 
b) 
14 Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)14
c) 
d) 
e) 
5. Quando o arquiteto é solicitado 
para projetar um mobiliário urbano 
(ponto de ônibus, posto salva-
vidas, quiosque de informações, 
entre outros), os critérios para 
a construção dessas pequenas 
edificações deverão constar:
a) no Código de Obras 
ou Edificações.
b) no Plano Diretor.
c) nas normas técnicas. 
d) no repertório arquitetônico.
e) não existem normas para 
mobiliário urbano.
1515Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)
ALESSIO, G. Janela indiscreta. 2013. Disponível em: <http://grazialessio.blogspot.com.
br/2013/10/janela-indiscreta.html>. Acesso em: 7 maio 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: acessibilidade a edifica-
ções, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. Disponível 
em: <http://www.ufpb.br/cia/contents/manuais/abnt-nbr9050-edicao-2015.pdf>. 
Acesso em: 4 maio 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14022: acessibilidade em 
veículos de características urbanas para o transporte coletivo de passageiros. Rio de 
Janeiro, 2011. Disponível em: <http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Comissoes/
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em: 4 maio 2018.
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PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Secretaria de Obras e Viação. Lei Complementar 
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PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Secretaria de Obras e Viação. Lei Complementar 
nº 646, de 22 de julho de 2010. Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental 
de Porto Alegre. Porto Alegre, 2010.
16 Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)16
SAUDINO, L. Bombeiros criticam reformas de postos de salvamento no Rio. O Globo, 8 
out. 2015. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/rio/bairros/bombeiros-criticam-
-reformas-de-postos-de-salvamento-no-rio-17706909>. Acesso em: 7 maio 2018.
VERDI, F. C. Redesenho de posto de observação e salvamento para salva-vidas. 84 f. Mono-
grafia (Bacharelado em Design) – Faculdade de Design, Centro Universitário Ritter dos 
Reis, Porto Alegre, 2012. Disponível em: < http://www.um.pro.br/prod/_pdf/000152.
pdf>. Acesso em: 7 maio 2018.
1717Criação de uma pequena composição arquitetônica (posto salva-vidas, ponto de ônibus ou guarita)
 
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR
Boas práticas de gestão no escritório devem ser observadas para o bom funcionamento e entrega 
dos projetos arquitetônicos.
Na Dica do Professor, você verá como é importante uma rotina organizada, principalmente para 
trabalhos em equipe e para evitar a necessidade de refazer alguma análise ou repensar algo que 
já havia sido solucionado.
Confira.
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EXERCÍCIOS
1) O ofício do arquiteto depende do levantamento das informações acerca dos 
parâmetros urbanísticos que incidem sobre o terreno onde será implantado o projeto, 
pois estas questões fazem parte de uma legislação importante que determina como 
ocorrerá a expansão e o ordenamento urbano na cidade. Esta definição corresponde 
a qual tipo de legislação?
A) Código de Obras ou Edificações.
B) Plano Diretor.
C) Programa de necessidades.
D) Norma Técnica.
 
E) Aprovação de projetos.
2) Dentre os aspectos relacionados abaixo, qual deles constitui um critério construtivo 
regulamentado pelo Código de Obras ou Edificações de uma cidade?
A) Recuo frontal.
B) Atividade permitida no terreno.
C) Necessidade de piso tátil para identificação de obstáculos.
D) Índice de aproveitamento.
E) Pé-direito.
3) Considere a seguinte afirmação de Neves (1989, p.117): “Obtidas as informações 
básicas sobre os aspectos fisicos, as relativas ao terreno e suas características: a 
planta, a forma e as dimensões, a conformação do relevo, as orientações quanto ao sol 
e aos ventos, do entorno, os acessos e as que concernem à legislação pertinente, está 
formado o quadro das informações físicas do tema arquitetônico.” Sobre as 
legislações e normas que incidem sobre o terreno e construção, é possível afirmar 
que:
A) o Plano Diretor regulamenta aspectos específicos quanto à posição da construção no 
terreno, dispensando diretrizes gerais, como, por exemplo, o tipo de uso do solo e a 
ocupação do território.
B) o Plano Diretor regulamenta aspectos construtivos das edificações a serem implantadas no 
município, como, por exemplo, pé-direito, áreas mínimas, e como licenciar estas 
construções.
o Código de Obras ou Edificações tem como objetivo estabelecer um padrão mínimo de 
condições necessárias para garantir a qualidade e adequação da construção às necessidades 
C) 
dos usuários.
D) o Código de Obras ou Edificações é determinado por lei federal, portanto as edificações 
construídas em território nacional deverão atendê-lo.
 
E) as normas técnicas brasileiras (NBRs) são desenvolvidas pelo poder público, por este 
motivo são obrigatórias visto que têm força de lei.
4) Para a elaboração do projeto de uma residência, o arquiteto recebeu as seguintes 
informações sobre os parâmetros urbanísticos:
-Recuo frontal: 4,00m.
-Recuos laterais: isento, quando houver aberturas para as divisas, a distância mínima 
exigida entre divisa e construção será de 1,50m.
-Recuo de fundos: divisa e construção será de 1,50m.
E as seguintes informações sobre os critérios construtivos para uma residência:
-Ambientes mínimos exigidos: sala, dormitório, cozinha e banheiro.
Após, o arquiteto realizou o esboço de cinco estudos preliminares. Escolha a 
alternativa que apresenta o atendimento integral de todas informações legais obtidas.
A) 
B) 
C) 
D) 
E) 
5) Quando o arquiteto é solicitado a projetar um mobiliário urbano, como um ponto de 
ônibus, posto salva-vidas, quiosque de informações, dentre outros, os critérios para 
construção destas pequenas edificações deverão ser buscados:
A) no Código de Obras ou Edificações.
B) no Plano Diretor.
C) nas normas técnicas.
D) no repertório arquitetônico.
E) Não existem normas para mobiliário urbano.
NA PRÁTICA
Uma das situações recorrentes em escritórios de arquitetura é quando o cliente chega com um 
projeto que exige estudo de viabilidade.
Conheça a história da Rafaela:
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Avaliação de fatores determinantes no posicionamento de usuários em abrigos de ônibus a 
partir do método da grade de atributos
Tese de doutorado da Profa.Vera Bins Ely. Neste link você encontrará informações e 
levantamentos detalhados sobre pontos de ônibus, ergonomia, programa e avaliação de usuários.
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Avaliação estética do mobiliário urbano e do uso de abrigos de ônibus por cadeirantes
A dissertação de mestrado Avaliação Estética do mobiliário urbano e do uso de abrigos de 
ônibus por cadeirantes, da Arq. Naiana John, aborda questões acerca do mobiliário urbano e a 
sua relação com a estética da paisagem e com o uso dos espaços abertos públicos.
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Site Sobrasa
O site da Sobrasa – Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, apresenta várias referências 
de postos salva-vidas, legislações sobre o tema e artigos.
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