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Semiologia Sist Respiratório

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SEMIOLOGIA - SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Jordana Lopes de Lucena 
 
 
 
 Ângulo de Louis: é uma proeminência na região superior do esterno. Está no nível da segunda articulação controesternal, e logo 
embaixo dele está o 2º espaço intercostal. (Isso é importante porque a 1ª costela é difícil de ser percebida, então começamos a 
contar os espaços a partir do 2º; além disso, a bifurcação traqueal e o arco da aorta está no nível desse ângulo). 
Ângulo de Charpy: formado pelas 2 rebordas costais, e usado pra caracterizar o biotipo. 
 Vértebra proemiente: é a 7ª vértebra cervical, e está no nível em que os ápices pulmonares se projetam na parede torácica. 
ANAMNESE 
 Identificação 
 Queixa principal (QP) ou queixa principal e duração (QPD) 
 HDA: escutar o paciente, prestando bastante atenção, pois isso fornece as pistas para o diagnóstico. 
 Interrogatório sintomatológico (IS) ou interrogatório sintomatológico dos diversos aparelhos (ISDA). 
 Idade: importa bastante, pois algumas doenças podem ser predominantes em certa idade. 
SINAIS E SINTOMAS 
Dor torácica 
 Início, intensidade, duração (aguda ou crônica), localização, irradiação, fatores desencadeante, de melhora/piora, uso de 
medicações, periodicidade, fatores acompanhantes, evolução e como está no momento da consulta. 
 Causas mais comuns: isquemia do miocárdio (causa angina no peito ou infarto do miocárdio), pleurites, alterações músculo-
esqueléticas, disfunções do esôfago e afecções pericárdicas. 
 Causas psicogênicas: tensão nervosa, neurose de ansiedade e/ou depressão, síndrome do pânico. 
Tosse 
 frequência, intensidade, duração (aguda ou crônica -> mais que 3 semanas), tonalidade, presença ou não de expectoração, 
relações com o decúbito, período do dia em que é maior sua intensidade (diurno, noturno ou diuturno), fenômenos que 
acompanham (vômito, tonturas e síncopes) 
Dispneia 
 Início, intensidade (leve, médio ou grandes esforços (ou ainda sentado, parado) -> coisas do dia a dia que ele não está 
conseguindo fazer.), duração (aguda ou crônica), fatores desencadeantes, de melhora/piora, periodicidade, fatores 
acompanhantes, evolução, momento de consulta. Grandes esforços (subir vários lances de escada/pegar peso/ato sexual), médios 
esforços (andar no plano/um lance de escada) e pequenos esforços (pentear cabelo/trocar de roupa). 
ex: embolia pulmonar -> dispnéia tem início súbito 
Dispnéia de repouso: comum na asma 
Ortopnéia: dispnéia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar ou colocar-se em posição 
ortostática pra ficar aliviado. 
Trepopnéia: dispnéia que aparece em determinado decúbito lateral. ex: derrame pleural quando se deita sobre 
o lado saudável (o pulmão fica incapacitado) 
Platipnéia: melhora da dispnéia ao deitar (síndrome hepato-pulmonar) 
EXAME FÍSICO 
Exame físico geral 
 Tabagistas: unhas e dentes amareladas pelo fumo 
 Cianose/baqueteamento digital 
 Paciente pneumopata: aumento do diâmetro AP do tórax (tórax em tonel), aumento do tempo expiratório (o normal é 1:2; 
alteração: 1:3, 1:4 mais ou menos), taquipnéia, tiragem ou dispneia, alterações da consciência (agitação ou sonolência). 
Inspeção 
 O tórax deve ser observado com o paciente sentado e deitado. 
 Primeiro deve-se analisar o estado de consciência do paciente (ex: pacientes com enfisema pulmonar podem estar em estado 
torporoso) -> torporoso: sem reação a estímulos. 
 Pele: coloração, grau de hidratação e presença de lesões elementares sólidas (ex: há tubérculos em casos de tuberculose, e 
nódulos no eritema nodoso) ou líquidas (ex: vesículas, bolhas, pústulas e abscessos), além de cicatrizes. 
Cianose: nem sempre está presente, mesmo em estados graves. Cianose central: menor saturação arterial, 
porque há pouco transporte de O2 até o pulmão; cianose periférica: por causa de vasoconstrição (ex: frio, 
baixo débito cardíaco etc). 
 Contratura da musculatura paravertebral torácica (sinal de Ramond): pista de comprometimento pleural inflamatório 
homolateral. 
 Sinal de Lemos Torres: abaulamento dos espaços interpostas durante a expiração; sinal de derrame pleural. 
Inspeção estática 
 Forma do tórax, anomalias congênitas ou adquiridas etc. 
 O biótipo do paciente pode influenciar: 
Normolíneo (ângulo de Charpy = 90º): 
Longilíneo (ângulo de Charpy < 90º): mais 
sujeitos a tuberculose e asma, pneumotórax 
espontâneo benigno e enfisema panlobular. 
Brevilíneo (ângulo de Charpy > 90º): 
 Tipos de tórax 
Plano: redução da convexidade anterior e do 
diâmetro A-P, e dos espaços intercostais. Esse 
tipo de tórax pode ser encontrado em alguns 
pacientes longilíneos ou com D.P.O.C. 
Globoso: aumento do diâmetro A-P com horizontalização dos arcos costais. Em pacientes com D.P.O.C. do 
tipo “soprador rosado” e em idosos. 
Infundibuliforme (“tórax de sapateiro”): há uma depressão na região inferior do esterno, que geralmente é 
congênita. 
Cariniforme: proeminência na região esternal, parecendo tórax de pombo. Essa proeminência pode ser 
congênita ou adquirida (se for adquirida, pode ser por raquitismo na infância) 
Cônico: a região inferior é mais larga; comum em pacientes com ascite. 
Cifótico: há uma curvatura na coluna dorsal, congênita ou adquirida por postura incorreta. 
Escoliótico: curvatura lateral da coluna (adquirida ou congênita) 
 Deformidades na coluna 
Curvaturas normais: cervical -> lordose, torácica -> 
cifose, lombar -> lordose, sacro-cóccix -> cifose. 
Essas curvaturas podem se acentuar, surgindo as 
deformidades. 
 Implantação dos mamilos, lesões elementares (vesícula, mancha etc), presença de cianose, abaulamentos e retrações, presença 
de ginecomastia etc. 
Inspeção dinâmica 
 Movimentos respiratórios, suas características e alterações. *ex: assimetria torácica na hora da respiração. 
 Tipo respiratório: se é mais torácica ou abdominal. Em pessoas sadias sentadas é mais torácica e deitadas é mais respiração 
diafragmática (a parte de baixo do tórax e a superior do abdome se mexem). Importante pro diagnóstico da fadiga e da paralisia 
diafragmática (a parede abdominal fica mais retraída) 
 Frequência respiratória normal no adulto (eupnéia) = 12-20 rpm. 
Acima do normal = taquipnéia 
Abaixo do normal = bradipnéia. 
Apneia: parada respiratória 
Hiperpnéia: aumento da amplitude respiratória 
 Ritmo respiratório: Na respiração normal, o tempo de inspiração é igual ao tempo de expiração. Se forem diferentes, a 
respiração está anormal: 
Cheyne-Stokes: apnéia -> crescente -> decrescente -> apneia; é causada por insuficiência 
cardíaca, hipertensão intracraniana, AVC e traumatismos cranioencefálicos. É melhor ouvida do 
que vista. 
 
Biot: apnéia -> respiração -> apneia variável. Ex: grave comprometimento encefálico, AVC, 
traumatismo cranioencefálico etc. -> não tem padrão. 
 
Kussmaul: inspirações profundas seguidas de pausas -> expirações curtas também seguidas de 
pausas. Ex: acidose (principalmente cetoacidose diabética) 
 
Suspirosa: respiração normal intercalada com respirações amplas “suspirosas”. Associada à 
tensão emocional/ansiedade. 
 
Dispnéia: movimentos rápidos e amplos 
 Tiragem 
normal: na respiração normal, ocorre discreta retração dos espaços intercostais (isso é mais perceptível em 
pessoas mais magras) 
anormal: quando há sofrimento respiratório, há aumento do esforço respiratório, fazendo com que ocorra 
retração aumentada dos espaços intercostais, supraesternal e/ou subcostal. Isso deve ser pesquisado em 
pacientes com respiração espontânea (sem pedir pra respirar fundo). 
EXEMPLO: tórax com formato atípico e simétrico, sem retrações e abaulamentos, sem cicatrizes, sem lesões elementares, 
pilificação normal para sexo e idade, mamilos simétricos e atípicos, curvatura fisiológica, padrão respiratório (misto, torácico ou 
abdominal), ritmo eupneico, ausência de tiragem, ausência do uso da musculatura acessória. 
Palpação 
 Avaliar sensibilidade da pele da caixa torácica (sensibilidade superficial e profunda). 
 Avaliar temperatura - usando o dorso da mão 
 Avaliarlesões de pele/subcutâneo 
 Avaliar linfonodos regionais -> se houver linfonodos isolados e endurecidos nas regiões supraclaviculares pode-se suspeitar de 
doença maligna 
Em relação ao aparelho respiratório: 
 Expansibilidade pulmonar: checar os ápices e as bases. 
ápice: O paciente fica sentado e o médico fica atrás, pedindo pra que ele respire profundamente. As mãos 
ficam espalmadas, e devem se movimentar de maneira simétrica. 
bases: O paciente fica sentado também, mas as mãos ficam diferentes: 
 Frêmito toracovocal: o frêmito toracovocal é a sensação tátil que dá pra sentir na parede torácica quando o paciente fala. Deve-
se usar a face palmar da mão direita ou esquerda (principalmente dos 1,2,3 dedos). Pede-se pro paciente falar trinta e três. 
 Face posterior: Fica à esquerda do paciente e o paciente fica de costas, e deve-se pesquisar em cada lado 
do hemitórax. 
 Face anterior: o médico fica à direita. Obs: a área cardíaca e mamas atenuam a percepção do frêmito, então 
não indicam nenhum indicativo negativo. 
 Patologias do parênquima pulmonar -> aumentam o frêmito (exceto nas atelectasias) 
 Patologias da pleura -> reduzem o frêmito (ex: derrame pleural, pneumotórax). 
EXEMPLO: ausência de crepitações, expansibilidade preservada, simétrica e bilateral (ápice, campo médio e base), frêmito 
toraco-vocal preservado bilateralmente e simétrico (positivo) 
Percussão 
 Começar pela face posterior, de cima para baixo, ficando atrás e à esquerda do paciente. Percutir separadamente cada 
hemitórax. 
 Delimitar: áreas de macicez e timpanismo, limites inferiores do pulmão hepatimetria e espaço de Traube. 
 4 tipos de sons: 
Som claro pulmonar: nas regiões de projeção do pulmão 
Som clarotimpânico: no hipocôndrio esquerdo (na região do espaço de Traube) -> por causa do fundo 
gástrico (ar) 
Som submaciço: na região inferior do esterno 
Som maciço: na região inframamária direita/hipocôndrio direito. (presença do fígado) 
 A percussão capta sons de até 5cm de distância do dedo percussor, então as alterações na espessura da parede torácica podem 
alterar o som, deixando ele submaciço ou até mesmo maciço. (ex: obesidade, edema ou hipertrofia muscular) 
 Na face posterior, o paciente deve ficar sentado e de costas para o examinador, e o médico percute cada hemitórax 
simetricamente. Na face anterior, o paciente fica de frente, o médico à direita. Se ficar mais fácil, ele pode se deitar (assim dá pra 
percutir com mais facilidade). 
 Alterações: 
Maciço/submaciço no hipocôndrio esquerdo: esplenomegalia, massas/tumores, plenitude gástrica. 
Timpanismo nas regiões de projeção do pulmão/região esternal: hérnia diafragmática, pneumotórax, 
enfisema 
Derrame pleural: mesmo em pequenas quantidades de líquido podem ser detectadas (quando o paciente está 
sentado, o líquido escorre pras regiões inferiores, perto do diafragma) 
Macicez/submacicez em área de projeção dos pulmões: patologias que prejudicam a distribuição de ar (ex: 
pneumonias, atelectasias, neoplasias, infarto pulmonar) 
EXEMPLO: som claropulmonar audível bilateralmente e simetricamente. 
Ausculta 
 Sempre comparar os 2 lados. 
 Primeiro, o médico fica atrás do paciente (começar pela região posterior), que deve ficar sentado em posição confortável. 
Depois, pede pro paciente respirar fundo com a boca (não muito rápido). 
*obs: depois pode-se examinar o paciente em outras posições (em pé, deitado etc), pra complementar os 
achados semiológicos. 
 Deve-se auscultar toda a parte de cima da região posterior, comparando um lado com o outro. Depois, passar pra parte lateral e 
depois pra região anterior. 
Sons pulmonares normais 
 Esses tipos de sons são formados pela turbulência do ar nas vias aéreas, principalmente nas de maior calibre. 
 Som traqueal: audível na região de projeção da traqueia no pescoço e na região do esterno. Som tubular intenso e soproso. 
Tempo de inspiração < tempo de expiração, com pausa entre eles. 
 Som brônquico: região do esterno, na região do manúbrio. Semelhante ao som traqueal, porém menos intenso. Inspiração 
semelhante a expiração, com pausa entre eles. 
 Murmúrio vesicular: nas regiões periféricas dos pulmões (nas regiões longe das vias aéreas centrais). É mais forte nas regiões 
antero-superiores, axilares e infraescapulares e quando a respiração é pela boca. O som é suave (parece barulho das ondas do 
mar) e a inspiração > expiração, sem pausa, entre eles. 
 Som broncovesicular: é o som intermediário entre o som brônquico e o murmúrio vesicular, e na região entre o 1º e 2º espaços 
intercostais e na região intraescapular. Inspiração semelhante a expiração, sem pausa entre eles. 
 Alteração dos sons pulmonares normais: 
Condições fisiológicas com redução difusa dos sons: obesidade, musculatura 
Condições patológicas: redução difusa (broncoespasmo grave, edema da parede torácica e enfisema 
pulmonar) ou redução localizada (atelectasias, obstrução por corpo estranho, ressecção pulmonar, 
pneumotórax e derrame pleural). 
Sopro brônquico: quando há som brônquico em região onde é esperado murmúrio vesicular. Isso ocorre 
quando há transmissão do som da região central para a periferia, devido a algum tecido mais denso no 
parênquima. exemplo: pneumonia (o parênquima fica condensado pela inflamação) e tumores. 
Sons pulmonares anormais (ruídos adventícios) 
 Contínuos: ocorrem quando há uma obstrução na via aérea (secreção, espasmo local, corpo estranho etc). Roncos, sibilos e 
estridores. 
estridor: produzido pela semi-obstrução da laringe ou da traquéia (obstrução, laringite, edema de glote etc). 
Som bem intenso e agudo, geralmente auscultado sem estetoscópio, e pode aparecer tanto na inspiração 
quanto na expiração. Quando a respiração é calma, não dá pra perceber tanto, mas quando é forçada dá pra 
ver nitidamente. 
Roncos e sibilos: nas vias aéreas inferiores, como resultado da vibração das paredes brônquicas (quando elas 
estão estreitas, por causa da espasmo, edema de parede, presença de secreção etc) Os roncos possuem 
frequência mais baixa (<200Hz -> som mais grave e rude) e os sibilos frequências mais altas (>400Hz -> 
som mais agudo e musical). O ronco aparece mais na expiração, e os sibilos pode aparecer na inspiração e/ou 
expiração. -> sibilo é característica de asma!. Os sibilos podem ser disseminados por todo o tórax, quando há 
doenças que afetam toda a árvore brônquica (ex: asma e bronquite) -> quando os sibilos são localizados em 
determinada região, podem indicar corpo estranho ou neoplasia. 
grasnido: ocorre pela abertura súbita das vias aéreas de menor calibre, geralmente por causa de doenças 
intersticiais pulmonares e bronquiolites. Fica nas regiões periféricas dos pulmões. 
 Descontínuos: estertores finos, estertores grossos ou origem pleural (atrito pleural) 
Estertores finos: abertura súbita das vias aéreas de menor calibre. Som semelhante ao se friccionar os fios de 
cabelo ou abrir/fechar velcro, e aparece do meio para o final da inspiração, geralmente nas regiões 
periféricas dos pulmões. Causas: edema pulmonar, pneumonia e fibrose pulmonar. 
Estertores grossos: abertura súbita de vias aéreas de maior calibre, quem podem ter secreção viscosa e 
espessa. Pode ser ouvido em todas as regiões do tórax. Semelhante ao som de líquido borbulhando, e pode 
ocorrer na inspiração e/ou expiração, mas são mais audíveis no início da inspiração e durante toda a 
expiração. Causas: bronquite crônica, bronquioectasia, edema pulmonar etc. 
Atrito pleural: em condições normais, os dois folhetos pleurais deslizam um sobre o outro durante a 
respiração, mas quando eles estão doentes eles produzem ruídos. O som parece um rangido ou barulho de se 
friccionar couro, e pode aparecer na inspiração e/ou expiração, e melhor nas regiões inferiores e posteriores 
do tórax. Causas: inflamação, neoplasia ou derrame pleural extenso. 
Som vocal 
 Ausculta da transmissão da voz no tórax (ressonância vocal) 
 Pedimos para o paciente falar “trinta e três”, primeiro em voz nitidamente pronunciadae depois cochichada, e aí nós 
comparamos as regiões. Em condições normais, não conseguimos distinguir as palavras (o parênquima pulmonar normal absorve 
muitos componentes sonoros). Na transmissão anormal pode haver redução ou aumento do som vocal (ex: pneumonia, infarto 
pulmonar, em que o parênquima fica consolidado). 
Redução: aumento da eração no parênquima pulmonar (ex: enfisema) ou existência de barreira de ar 
(pneumotórax) 
Aumento: broncofonia (egofonia -> na região de transição dos derrames pleurais; a voz fica parecendo o 
balido de uma cabra) ou pectorilóquia (fônica -> aumento da voz falada e âfona -> aumento da voz 
cochichada). 
EXEMPLO: murmúrios vesiculares positivos, ausência de ruídos adventícios, ressonância toraco-vocal preservada (broncofonia 
- escutar falar 33). Se tiver alterações na ressonância toraco-vocal: pectorilóquia áfona -> escuta com nitidez quando a pessoa 
fala em murmúrio e pectorilóquia fônica -> escuta perfeitamente. 
SÍNDROMES PLEUROPULMONARES 
 São as síndromes brônquicas, pulmonares e pleurais. 
Síndromes brônquicas 
 São causadas por obstrução, infecção ou dilatação dos brônquios. 
Asma brônquica 
 Ela obstrui os brônquios (estreitamento difuso deles) 
 Manifestações clínicas: dispnéia (predominantemente expiratória), sensação de constrição ou aperto no tórax, dor torácica 
difusa, chieira e tosse (no início é seca e depois começa a produzir muco, ficando difícil de tossir) 
- Inspeção: dispnéia, tórax em posição de inspiração profunda e tiragem 
- Palpação: FTV normal ou diminuído 
- Percussão: normal ou hipersonoridade 
- Ausculta: diminuição do murmúrio vesicular com expiração prolongada, sibilos (predominantemente expiratórios) em ambos 
os campos pulmonares. 
Bronquites 
 Bronquite aguda: é causada por vírus e compromete as vias respiratórias (desde a faringe). Manifestações clínicas: febre, 
cefaléia, desconforto retroesternal, rouquidão, tosse seca (depois com expectoração) etc. 
 Bronquite crônica: condição que possui excessiva secreção de muco na árvore brônquica. Manifestação clínica: tosse com 
expectoração que persiste com meses, alternando períodos e melhora e piora. 
- Inspeção: expansibilidade normal ou diminuída 
- Palpação: FTV normal ou diminuído 
- Percussão: normal ou diminuído 
- Ausculta: estertores grossos em ambos os hemitórax. Pode haver roncos e sibilos. 
Bronquioectasias 
 É a dilatação irreversível dos brônquios (por causa de destruição de componentes da parede deles etc). Comprometem várias 
partes dos pulmões. Manifestação clínica: tosse com expectoração (principalmente pela manhã) e hemoptises. 
- Inspeção: normal ou expansibilidade diminuída 
- Palpação: FTV normal ou aumentado 
- Percussão: Normal ou submacicez 
- Ausculta: estertores grossos localizados. 
Síndromes pulmonares 
 São causadas por consolidação, atelectasia ou hiperaeração. 
Consolidação 
 Causas: pneumonia, tuberculose e infarto pulmonar. 
 Manifestação clínica: dispnéia e tosse (seca ou com expectoração) -> quando há expectoração, geralmente há sangue com 
muco ou pus; dor localizada em um dos hemitórax. 
- Inspeção: expansibilidade diminuída 
- Palpação: FTV aumentado 
- Percussão: macicez ou submacicez 
- Ausculta: respiração brônquica ou broncovesicular, estertores finos, broncofonia, pectorilóquia 
Atelectasia 
 Causas: corpos estranhos e neoplasia (obstruem a luz dos brônquios) 
 Tem como característica o desaparecimento de ar dos alvéolos, sem que o espaço alveolar seja ocupado por células/exsudato. 
Manifestações clínicas: dispnéia, sensação de desconforto e tosse seca. 
- Inspeção: expansibilidade diminuída, retração dos espaços intercostais e tiragem 
- Palpação: FTV diminuído ou abolido 
- Percussão: macicez ou submacicez 
- Ausculta: respiração broncovesicular, murmúrio vesicular abolido e ressonância vocal diminuída 
Hiperaeração 
 Causa: enfisema pulmonar 
 É causada pelo aumento anormal dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal e com modificações da estrutura das 
paredes alveolares. Manifestações clínicas: dispnéia (que vai se agravando) e na fase final há insuficiência respiratória. 
- Inspeção: expansibilidade diminuída, tórax em tonel 
- Palpação: expansibilidade e FTV diminuídos 
- Percussão: normal no início, e depois há hipersonoridade 
- Ausculta: murmúrio vesicular e ressonância vocal diminuídos 
Congestão passiva dos pulmões 
 Causas: insuficiência ventricular esquerda e estenose mitral. -> o líquido se acumula no interstício, causando dispnéia de 
esforço, dispnéia de decúbito e paroxística noturna, tosse seca e as vezes sibilância 
- Inspeção: expansibilidade normal ou diminuída 
- Palpação: FTV normal ou diminuído 
- Percussão: submacicez nas bases pulmonares 
- Ausculta: estertores finos nas bases dos pulmões; ressonância vocal normal 
Escavação pulmonar 
 É causada pela eliminação de parênquima pulmonar -> neoplasias, tuberculose, abscessos. 
 Para ser detectada, teve ter diâmetro de no mínimo 4cm e esteja na periferia do pulmão. 
- Inspeção: expansibilidade diminuída na região afetada 
- Palpação: expansibilidade diminuída e FTV aumentado (se houver secreções) 
- Percussão: sonoridade normal ou som timpânico 
- Ausculta: respiração broncovesicular ou brônquica no lugar de murmúrio vesicular, ressonância vocal aumentada ou 
pectorilóquia 
Síndromes pleurais 
 São as pleurites, derrames pleurais e pneumotórax. 
Pleurite 
 É a inflamação dos folhetos pleurais, causada por tuberculose, pneumonia, doença reumática, viroses e neoplasias. Pode ser 
aguda ou crônica, sem derrame (pleurite seca) ou com derrame. 
 Pleurite aguda: dor localizada em um dos hemitórax, tosse, dispnéia, febre. 
 - Inspeção: expansibilidade diminuída 
 - Palpação: expansibilidade e FTV diminuídos 
 - Percussão: sonoridade normal ou submacicez 
 - Ausculta: atrito pleural -> principal dado 
 Pleurite crônica: espessamento pleural; a dor não é tão acentuada quanto na aguda; dispnéia a grandes esforços. 
 - Inspeção: retração torácica e expansibilidade diminuída 
 - Palpação: expansibilidade e FTV diminuídos 
 - Percussão: submacicez ou maciez 
 - Ausculta: murmúrio vesicular e ressonância vocal diminuídos 
-> parece com a atelectasia do pulmão, então precisa de raio-x do tórax pra confirmar. 
Derrames pleurais 
 É causado por pleurite, pneumonia, neoplasias, colagenoses, síndrome nefrótica e insuficiência cardíaca. Manifestações 
clínicas: dor pleurítica, tosse seca e dispnéia (depende do volume de líquido) 
 - Inspeção: expansibilidade diminuída 
 - Palpação: expansibilidade diminuída e FTV abolido na área do derrame e aumento na área do pulmão em contato 
com o líquido pleural 
 - Percussão: maciez 
 - Ausculta: murmúrio vesicular abolido na área do derrame, efogonia e estertores finos na área do pulmão em contato 
com o líquido pleural (na parte mais alta do derrame) 
Pneumotórax 
 É o acúmulo de ar no espaço pleural (por penetração de lesão traumática, ruptura de bolha subpleural, tuberculose, 
pneumoconiose, neoplasias etc). Manifestações clínicas: dor no hemitórax comprometido, tosse seca e dispnéia. 
 - Inspeção: normal ou abaulamento dos espaços intercostais (quando há mto ar) 
 - Palpação: expansibilidade e FTV diminuídos 
 - Percussão: hipersonoridade ou som timpânico -> principal dado 
 - Ausculta: murmúrio vesicular e ressonância vocal diminuídos.

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