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Linfoma� nã� Hodgki� Robbins & Cotran - Bases Patológicas das doenças, cap. 13 Bogliolo Patologia, cap. 25 Linhagens linfo-hematopoiéticas O precursor hematopoiético totipotente se divide em duas linhagens, o precursor hematopoiético pluripotente e o precursor linfóide comum Leucemias -> acometem a medula óssea Células precursoras linfóides quando sofrem mutações, podem não conseguir se diferenciar, tendo um acúmulo de blastos, esse acúmulo recebe o nome de leucemia linfocítica aguda. Já o acúmulo de células diferenciadas recebe o nome de leucemia linfocítica crônica Linfomas -> comprometimento de linfonodos ou órgãos extranodais Apresentação histológica - Linfoma Na parte mais externa: capa de tecido conjuntivo Abaixo da cápsula, presença de linfonodo com 3 estruturas -> região cortical com presença de folículos (estruturas esféricas), parte paracortical e região medular Os vasos linfáticos penetram e liberam linfa na região do seio subcapsular. A linfa penetra as trabéculas, até chegar na região medular Estrutura dos folículos linfóides: Há uma área mais clara e uma área mais escura. É composto por linfócitos B Região central, mais clara: centro germinativo, onde os linfócitos B sofrem maturação Região mais escura: linfócitos B Estruturas circulares -> folículos linfóides Os folículos estão reativos pois estão mais escuros e região central mais clara com formação de células produtoras de antígeno, por isso há uma diferença visual Quando os folículos não estão reativos não dá para diferenciar a região central Linfonodo não reativo Divisão do linfonodo em células Região dos folículos: células B 1 Camila Guimarães Santos Região paracortical e região medular: linfócitos T -> ajudam na ativação dos linfócitos B Células dendríticas Células reticulares fibroblásticas: fazem a sustentação Linfonodo - Aspecto normal Linfócito T sofre maturação no timo Linfócito B virgem fica na região paracortical e no folículo. quando um antígeno chega no linfonodo ou é apresentado como uma célula dendrítica ou o linfócito B é estimulado pelo linfócito T, ele começa a migrar para o folículo linfóide, começa a dar origem ao folículo linfóide. A célula que sofreu ativação antigênica passa para a região mais externa do folículo, a zona marginal, a parte mais escura. O linfócito ativado passa pela zona marginal (escura), depois se transforma em uma célula chamada centroblasto O centroblasto é encontrado na região periférica, na região escura chamada de zona do manto O centroblasto chega na parte central do folículo, o centro germinativo, o centroblasto sofre processo de diferenciação dando origem a plasmócito Os centrócitos na região germinativa, dá origem a uma célula de memória ou a um plasmócito ou ele sofre apoptose. O centroblasto passa a ser chamado de centrócito quando entra no centro germinativo Folículo linfóide, dividido em 3 regiões: zona marginal -> região mais externa -> presença de linfócitos pequenos que não sofreram ação antigênica zona do manto -> zona bem escura, que fica em torno do centro germinativa zona germinativa -> centro germinativo Quando o linfócito virgem sofre ação antigênica migra para o centro germinativo. Passa da zona marginal para a zona do manto que sofre diferenciação e se transforma em centroblasto, depois migra para dentro do folículo linfóide, a zona escura, ocorre proliferação e sofre diferenciação para centrócitos. Os centrócitos se diferenciam em linfócitos B de memória, plasmócito ou morrem Quando o centroblasto se diferencia em centrocito, pode ocorrer a restimulação com a apresentação de um novo antígeno pelas células dendríticas, e a célula volta para recomeçar o ciclo de diferenciação. O centrócito volta a um estado de centroblasto para começar a se diferenciar de novo, porque precisa apresentar um anticorpo para um novo antígeno apresentado Linfócito virgem é estimulado por um antígeno -> se transforma em centroblasto -> centrócito -> célula de memória/plasmócito ou morre Características histológicas Zona marginal: linfócitos pequenos Centroblasto: Presença de nucléolos periféricos Centrócito: núcleo irregular, células clivadas Imunoblasto: célula B de memória jovem,é uma célula com citoplasma clara e nucléolo no meio 2 Camila Guimarães Santos Zona cortical: linfócitos b sofrem ação antigênica. Uma série de gene, entre eles NF-k beta, que induz ativação do gene IRF4 que induz ativação da BCL-6 O linfócito B quando sofre ação antigênica, consegue produzir anticorpo para qualquer antígeno no qual ele é apresentado, isso ocorre porque ele organiza sua sequência de DNA, uma hipermutação somática, obrigatório para qualquer linfócito B para produzir anticorpo Para haver a quebra do DNA existe um bloqueio da apoptose e do reparo do DNA. A BCL-6 é a proteína que bloqueia a apoptose e o reparo do DNA na fase de entrada para que ocorra a hipermutação somática MYC -> gene que induz proliferação. Quando o linfócito é ativado sofre ação do MYC para proliferar, na fase de início No centro germinativo -> sofre hipermutação somática Fase de saída -> NF-kbeta é expresso depois de a célula já ter sofrido hipermutação somática. Ele induz a ativação do IRF4 que bloqueia o BCL-6 e começa a induzir a ativação de proteínas relacionadas a diferenciação de plasmócitos. A via que era positiva no início fica negativa porque a célula é diferente, é um centrócito e antes era um centroblasto Se a proteína BCL6 bloqueia a apoptose e está presente na fase de início, se ela tiver uma mutação a célula fica estacionada em centroblasto -> Estimulação excessiva do MYC depois da hipermutação somática -> retenção da célula em centroblasto ou centrócito Célula fica entrando no ciclo o tempo todo: Linfoma Folicular Linfonodo normal Série de imunoblastos -> mutação da BCL6 3 Camila Guimarães Santos Neoplásicas de Leucócitos Linfomas Tipo de neoplasiaque é uma proliferação de células malignas entre tecidos linfóides, nodais e extranodais que acometem tanto linfonodos e órgãos linfóides ou tecidos extranodais. Proliferação de células B, T ou NK Origem: linfomas podem ter origem nos linfonodos, principalmente de células B, no timo, principalmente de células T Classificação de Linfomas Classificado em relação às células de origem. Nesse caso a origem é linfócito B ou T/NK Tipo de célula, em relação a morfologia, linfomas não hodgkin e linfoma hodgkin cd Células B: linfoma de Hodgkin (só acomete linfonodos) Células T: linfoma não Hodgkin (não encontra célula reed sternberg) -> únicos que acometem órgãos extranodais (pele, mandíbula, estômago etc.) Linfomas não Hodgkin são frequentes Linfomas - Etiopatogênese • Mutações genéticas: proto-oncogenes (MYC), ganho de sobrevivência (BCL2), ganho da capacidade de autorrenovação (BCL6, NFK-kbeta) • Fatores Genéticos Hereditários Ex: Síndrome de Down • Infecção viral: o vírus de leucemia/linfotrópico da célula T humana tipo I (HTLV-1), o EBV e o herpes vírus humano (HHV-8) • Inflamação Crônica: ex. Helicobacter pylori • Fatores Iatrogênicos: Radioterapia e muitas quimioterapias para câncer aumentam o risco de neoplasias mieloides e linfoides decorrentes de efeitos mutagênicos desses tratamentos em células progenitoras • Tabagismo: A incidência de LMA aumenta de 1,3 a 2 vezes em fumantes O vírus Epstein-Barr (EBV) é frequentemente associado ao LH, especialmente em crianças e em indivíduos imunossuprimidos LMP1 e LMP2 têm função análoga à do receptor de células B e transmitem sinais de sobrevivência prolongada ao linfócito, contribuindo para a sua imortalização. Nas células B de memória, o EBV modifica sua expressão para evitar o reconhecimento antigênico (latência 0). Quando as células B de memória se dividem, o vírus ativa o gene EBNA1, que é necessário à produção viral epissomal e transmissão às células-filhas (latência I) Linfomas não Hodgkin Linfomas que acometem órgãos nodais e extranodais, não há células Epstein Barr Linfomas não Hodgkin - classificação Classificação da OMS: Leva em conta também dados clínicos e moleculares para definir uma entidade clinicopatológica 1. Neoplasias de células B precursoras (neoplasias de células B imaturas). 2. Neoplasias de células B periféricas (neoplasias de células B maduras). 4 Camila Guimarães Santos 3. Neoplasias de células T precursoras (neoplasias de células T imaturas). 4. Neoplasias de células T e de células NK periféricas (neoplasias de células T e células NK maduras). Indolentes: • Indivíduos idosos • O curso clínico é arrastado • Progressão para linfoma de grandes células agressivas. • Disseminados ao diagnóstico • Geralmente com comprometimento da medula óssea. • Óbito ao fim de muitos anos Responde mal ao tratamento Agressivos: • Frequentes em adultos • Agressivo e necessitam de tratamento • Comprometimento da medula óssea ou leucemização por ocasião do diagnóstico não são comuns. • Respondem à quimioterapia agressiva. • A curva de sobrevida ao redor de 60 a 80% • Transplante de medula óssea e tratamento com anticorpos humanizados. Altamente agressivos: • Crianças. • Altamente agressivo • Morte em poucas semanas ou meses; • Respondem a terapêutica altamente agressiva • Sobrevida por volta de 50 a 60% • Transplante de medula óssea é opção terapêutica. Linfomas não Hodgkin de células B madura Baixo grau: células se proliferam pouco, são pequenas, maduras, originadas dos folículos Alto grau: células altamente imaturas, que não completaram o ciclo ou que estão entrando no ciclo. São células grandes, blásticas (centroblastos ou imunoblastos) Tipos de linfomas 1. Linfoma da zona marginal extranodal (tipo MALT) ou linfoma de tecido linfóide associada à mucosa - São de células B maduras - Frequentes no estômago, intestino, órbita, parótida, pulmões e tireoide - 50% linfomas primarios do estomago - Associado a H. pylori - Pode ser curado com tratamento apropriado - Expressão de linfoma B CD20+ -> - Comportamento indolente: acomete adultos/idosos •Aspectos genéticos e moleculares -Fusão API-MALT1 t (11;18). -Ativação anormal NFκB -Trissomia do cromossomo 3 5 Camila Guimarães Santos Aspectos morfológicos - Proliferação de células da zona marginal, semelhantes a linfócitos pequenos, centrócitos ou células monocitóides; pode haver diferenciação para plasmócitos - Colonização folicular: infiltração de folículos pelas células neoplásicas - *** Lesão linfoepitelia l***: agressão ao epitélio pelas células neoplásicas, formando pequenos ninhos epiteliais; • Célula normal correspondente - Células linfóides B de memória da zona marginal 2. Linfoma folicular De células B maduras • Características gerais - O segundo tipo de linfoma não Hodgkin mais comum no Brasil - >60 anos de idade. Homens e mulheres adultos são igualmente acometidos -> INDOLENTE - Ao diagnóstico, a apresentação mais comum é aumento progressivo de linfonodos periféricos e centrais (abdominais e torácicos) - Acometimento do baço e do fígado - Em 70% dos casos a medula óssea está infiltrada (III ou IV de Ann Arbor) Nódulos tumorais no baço •Evolução clínica - Lenta, geralmente incurável - Cerca de 25 a 50% dos casos evoluem para linfoma difuso de grandes células B. - Sobrevida média de 7 a 9 anos •Aspectos genéticos e moleculares - Hiperexpressão da proteína BCL-2 t (14;18) -> o gene da BCL 2 é translocado junto com o gene da cadeia pesada da imunoglobulina. Gene de fusão BCL2-IgH (gene da cadeia pesada da imunoglobulina) •Célula normal correspondente - Células linfóides B do centro germinativo Aspectos morfológicos - Arranjo nodular (Imita o padrão dos folículos linfóides normais); - Linfócitos B do centro germinativo Região do centro germinativo fica maior Perda das regiões normais do linfonodo Folículos linfóides com centros germinativosNão é normal ver folículo linfóide na região central. A região medular não deve ter esse folículos, pois ele ficam normalmente na região cortical 6 Camila Guimarães Santos Área do centro germinativo maior • Composição mista : • Centrócitos: contornos nucleares irregulares ou clivados e citoplasma escasso • Centroblastos: citoplasma mais amplo, cromatina mais vesicular e nucléolos evidentes A perda da capacidade da apoptose -> acúmulo de células foliculares 3. Linfoma difuso de grandes células B (mais agressivo) Células grande -> dentro do folículo De células B madura • Aspectos clínicos -Linfoma mais comum, representando 30 a 40% dos LNH -40% são extranodais -Idade média: Sexta década -Agressivo • Aspectos genéticos e moleculares -Rearranjo de BCL-2, t(14;18) em 15 a 20% dos casos -Translocações ou mutações em BCL-6 (fica sempre ativa) , em 40 a 50% dos casos; -Translocação de c-MYC em 5% dos casos, geralmente 6 (8;22) • Célula normal correspondente -Células centrofoliculares -Células B ativadas pós-centro germinativo •Acometimento primário ou secundário do fígado e do baço •Extranodais incluem trato gastrointestinal, pele, osso, cérebro e outros tecidos •medula óssea é relativamente incomum Massa de célula tumoral que atinge os órgãos Aspectos morfológicos - Proliferação de grandes células blásticas (três a quatro vezes o tamanho de um linfócito maduro), com cromatina frouxa, nucléolos evidentes e citoplasma basofílico - Geralmente as células são semelhantes a centroblastos e imunoblastos. 7 Camila Guimarães Santos Padrão homogêneo (difuso), sem lesão epitelial Célula grande com citoplasma e nucléolo grande no meio -> imunoblasto Imunoblasto: nucléolo grande no meio, citoplasma clarinho Centroblasto: nucléolos na periferia Imunoblastos tumorais Vários subtipos clinicopatológicos - Os linfomas difusos de grandes células B associados ao EBV: surgem no contexto da SIDA/AIDS, imunossupressão iatrogênica (p. ex., indivíduos transplantados) e idosos. - HHV-8: linfomas primários de efusão, que podem surgir nas cavidades pleural, pericárdica ou peritoneal. - Os linfomas de grandes células B mediastinais: ocorrem frequentemente em mulheres jovens e mostram tendência de disseminação para as vísceras abdominais e para o sistema nervoso central 4. Linfoma de Burkitt (LB) Linfoma de células B maduras Altamente agressivo Aspectos clínicos - Mais frequente em crianças e adultos jovens. - É duas a três vezes mais frequente em homens Existem três variantes clínicas/epidemiológicas: 1. Forma endêmica, com comprometimento predominante da mandíbula. A relação com EBV (Epstein–Barr) é de 100%; 2. Forma esporádica: que no Brasil é mais comum no trato gastrointestinal, com expressão de EBV em até 70% dos casos; 3. Forma associada a imunodeficiência, sobretudo pelo HIV, na qual a relação com EBV é virtualmente 100% - Na forma endêmica, prefere a mandíbula - Na forma esporádica, é mais comum no trato gastrointestinal, principalmente na região da válvula ileocecal - Embora seja muito agressivo, responde bem à quimioterapia 8 Camila Guimarães Santos Região da mandíbula acometida. Formação de grande massa na região mandibular. Comum em países com alta infecção pelo HIV Estes tumores possuem resposta boa à quimioterapia, mas precisa ser rápida Massa indolor Aspectos genéticos e moleculares -Translocação do MYC **** Célula normal correspondente -Provável célula B blástica do centro germinativo Centroblasto Surgimento de células claras no meio Aspectos morfológicos - Proliferação de células linfóides de tamanho médio, monomórficas, com núcleos redondos e pequenos nucléolos, com citoplasma basofílico; o citoplasma apresenta numerosos microvacúolos - Alto índice mitótico e numerosos macrófagos com corpos tingíveis (aspecto em “céu estrelado”) Estruturas brancas -> macrófagos tingíveis (dentro deles há células degradadas), formam padrão de céu estrelado Linfomas menos frequentes - Linfomas de células T maduras LNH de linfócitos T/NK maduras • Linfomas derivados de linfócitos T são menos comuns do que os de células B • alta prevalência da infecção pelo vírus HTLV-1 em diferentes países • marcadores característicos da ontogênese de linfócitos T (CD2, CD3, CD4/CD8, CD5 e CD7) expressão de grânulos citoplasmáticos TIA-1, granzima B e perfurina 1. Micose fungóide/síndrome de Sézary Aspectos clínicos - É o linfoma cutâneo mais comum; - Ocorre em adultos; - Lesões cutâneas em placas e eritrodermia - Comprometimento posterior de linfonodos e sangue periférico; - Pode transformar-se em linfoma agressivo em 35% dos casos, com óbito em boa parte dos casos transformados; 9 Camila Guimarães Santos - Pacientes com síndrome de Sézary têm prognóstico menos favorável; - Nos raros casos com fenótipo CD8+, o prognóstico é ruim; - Os linfomas cutâneos primários de células anaplásicas CD30+ e o linfoma T subcutâneo/paniculítico são entidades distintas, mas com prognóstico favorável; - O linfoma cutâneo primário Tγδ é raro e tem evolução muito agressiva, com prognóstico desfavorável Síndrome de Sézary Eritrodermia; Linfonodomegalia generalizada 50% de células de Sézary (linfócitos cerebriformes) - Infiltrado na derme superior com exocitose (epidermotropismo) de linfócitos cerebriformes, formando os abscessos de Pautrier 2. Linfoma de células T/NK extranodal tipo nasal Aspectos clínicos • Comum na Ásia e na América do Sul • Acomete adultos, sobretudo homens • Lesões ulcerativas, necróticas e destrutivas no nariz e no palato, pode comprometer a pele • Muito agressivo, podendo às vezes responder à radioterapia; a sobrevida de cinco anos ocorre em menos de 20% dos casos. • Associado ao vírus Epstein-Barr em 100% dos casos. • Surge preferencialmente na cavidade nasal e no palato 10 Camila Guimarães Santos Aspectos clínicos • Ausência de rearranjo de TCR (T cell receptor)• EBV integrado ao genoma da célula neoplásica Célula normal correspondente • Células T/NK EBV em vermelho, marcador Aspectos morfológicos A biópsia em geral mostra lesão necrótica, ulcerada, com infiltrado linfocitário pleomórfico, angiocêntrico e angioinvasivo associado a número variável de células inflamatórias reativas (plasmócitos, neutrófilos, eosinófilos e histiócitos) Estadiamento e diagnóstico • Inclusão da letra E em casos de comprometimento extranodal. Paciente com linfoma primário da parede gástrica ou do pulmão, com lesão única, está no estádio IE. • Inclusão da letra S (do inglês, spleen), quando há comprometimento do baço. Assim, mesmo que os linfonodos afetados estejam abaixo do diafragma, se existe envolvimento esplênico utiliza-se a notação IIIS • Inclusão da letra X, quando o tumor tem mais de 10 cm no seu maior diâmetro Manifestações Clínicas • Os pacientes mais jovens com subtipos mais favoráveis tendem a apresentar a doença no estágio I ou estágio II e geralmente não apresentam os chamados “sintomas B” (febre, perda de peso, suores noturnos). • Pacientes com doença avançada (estágios III e IV) são mais propensos a exibir os sintomas B, assim como prurido e anemia. • Devido às complicações de longo prazo da radioterapia, atualmente, mesmo pacientes com doença do estágio I são tratados com quimioterapia sistêmica. A doença mais avançada geralmente também é tratada com quimioterapia, às vezes associada à radioterapia do campo envolvido. 11 Camila Guimarães Santos Indolor Caso 1 Um agricultor de 55 anos apresenta-se com agravamento de dispneia, sudorese noturna, febre, linfadenopatia axilar bilateral e uma 12 Camila Guimarães Santos perda de peso corporal total de 7.7 kg (12%) em 3 meses. Ele não tem conseguido trabalhar nos últimos dias por causa da fadiga. O exame físico revelou uma massa axilar esquerda de 3.5 cm, linfonodos aumentados nas regiões cervical, axilar e inguinal, esplenomegalia e ausência de hepatomegalia A. Qual o tipo de neoplasia (e sua variante)? Linfoma folicular B. Qual a sua etiopatogenia? De células B maduras C. Qual o aspecto microscópico? Arranjo nodular (Imita o padrão dos folículos linfóides normais); Linfócitos B do centro germinativo Região do centro germinativo fica maior Perda das regiões normais do linfonodo 13 Camila Guimarães Santos