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Anamnese entrevista e semiologia

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Entrevista e o exame Físico- Anamnese-Semiologia
A entrevista
A entrevista tem função de estabelecer contatos e relações mútuas e confiáveis com o paciente, assim é possível fazer a coleta de dados importantes que irão auxiliar no atendimento. As informações coletadas ajudam na compreensão de como a pessoa é, de como os pacientes encaram o processo saúde doença, no qual suas perspectivas em relação aos cuidados e como pode participar desse processo.
A entrevista compreensiva é mais do que um diálogo organizado entre o profissional e o paciente, o entrevistado tem que uma série de habilidades e não apenas um formulário de perguntas e respostas. 
O profissional de saúde tem que ser capaz de saber ouvir pacientemente, entender e ter empatia com o seu paciente, saber explorar os dados que o paciente trás, demonstrar interesse e conhecimento para passar segurança ao seu paciente, ser receptivo e estabelecer comunicação com o paciente para gerar conforto e segurança ao responder.
Podemos citar que se o primeiro contato da entrevista for positivo, isso ajuda a iniciar o exame básico com maior confiança e familiaridade. Apesar das entrevistas serem trabalhos cotidianos do profissional, é sempre bom ressaltar que as pessoas e o ambiente se modificam constantemente.
Fora a comunicação objetiva, o paciente e os profissionais tem que deixar de lado as defesas e os valores para uma melhor relação de ambos. Quando o profissional julga os atos e informações, o paciente cria barreiras que interrompem o clima favorável para uma entrevista, em uma entrevista devemos separar o que é do profissional e o que é do paciente.
Podemos citar que um perigo no ato da entrevista é quando o profissional tenta impor sua autoridade sobre o paciente, pelo seu conhecimento do que é melhor ou não para o seu paciente e com isso, ele acaba omitindo informações importantes com medo de ser atacado.
 O profissional tem sempre autêntico, verdadeiro e bem humorado para passar tranquilidade, paz e confiança para o paciente que será aceito sem preconceito ou julgamentos.
A entrevista pode ser didaticamente dividida em três bases: Introdução, corpo e fechamento. Na introdução o profissional se apresenta e explica que o objetivo da entrevista é coletar dados, informações a respeito de diversos assuntos que vão ser adequado a assistência médica e suas demandas. O corpo é a fase que o paciente expressa a percepção que possui de sua história de saúde e do funcionamento de seu corpo. O fechamento é a base que o profissional oferece a oportunidade para expor algumas informações finais que julga importante antes da entrevista se encerrar.
A habilidade técnica diz respeito á qualidade da conclusão, mas alguns fatores interferem na coleta de dados como conhecimento, as crenças, os valores, referencial teórico fisiológico e habilidades de relacionamento interpessoal. Na comunicação verbal são elaboradas perguntas para melhorar a qualidade e a quantidade dos dados coletados, sendo divididas em abertos, (estímulos descrição, relato, paciente expõem sua percepção e se sente menos intimidado e constrangido). Fechadas (evita respostas longas e pode focar em um tema especifico), e complementares, (o objetivo é de esclarecer ou aprofundar em alguns dados).
A comunicação não verbal está ligada a todas as manifestações do comportamento que não são expressas em palavras. Através dessa linguagem de expressões faciais, gestos e movimentos percebemos se o paciente está com dor, triste, irritado, ansioso, deprimido, preocupado ou nervoso. 
É importante lembrar que na comunicação não verbal o significado do toque depende da situação e das pessoas envolvidas, pois alguns podem entender esses gestos como uma invasão.
O ambiente interno influência diretamente na coleta de dados, um profissional ansioso, apressado e preocupado tem uma maior percepção errada a respeito do paciente. Então é necessário que o profissional e o paciente estejam disponíveis emocionalmente e fisicamente para que a entrevista ocorra de maneira adequada.
Um fator que também influência o desenvolvimento da entrevista é o local, é necessário um local em que o paciente se sente confortável e com privacidade. É importante assegurar que as informações coletadas não sejam compartilhadas por outras pessoas.
Anamnese
Ao realizar uma anamnese o entrevistador tem o objetivo de guiar o paciente sobre os detalhes da saúde e da doença sem alterar ou influenciar os fatos. Sempre atento em registrar como o paciente o entrevista. No local em que ocorre a entrevista (devendo ser calmo e confortável), e a linguagem utilizador.
Podemos citar que em uma entrevista para a mensagem ser clara é necessária uma linguagem correta, e o entrevistador deve estar atento ao comportamento verbal e não verbal. O comportamento verbal está relacionado ao uso cuidadoso de questões abertas e fechadas, não repetir questões desnecessárias, evitar jargões, manter o ritmo da entrevista e o silêncio. Já o comportamento não verbal está relacionado a postura corporal, contato visual e auxílio positivo, o entrevistador tem que prestar atenção no paciente sem perder o foco da entrevista.
De acordo com a estrutura de uma história médica formal possui oito tópicos: identificação, queixas principais, história da doença atual, anamnese dirigida, história patológica pregressa, história familiar e familial da pessoa.
Os dados de identificação podem ser preenchidos pela recepcionista ou pelo próprio paciente, sendo necessário o médico estar atento aos dados coletados para realizar um atendimento individualizado e por dentro de todas as dimensões. Informações como idade, residência, ocupação e dentre outras são determinante importantes da saúde.
A queixa principal é o motivo de o paciente estar procurando atendimento médico, pode ser três queixas deixando assinalas o tempo de ocorrência e descrever de acordo com as palavras do paciente.
A história da doença atual tem como objetivo analisar o curso e a descrição da doença, desde seu início até o atendimento médico focando nos sintomas e seus agravantes. Anamnese dirigida tem como objetivo buscar assuntos que foram omitidos na história da doença atual. Sendo uma lista longa de perguntas fechadas que pode checar informações já obtidos e descobrir problemas novos.
A história patológica pregressa é um catalogo de todos os problemas de saúde significativos ao longo da vida, incluindo procedimentos, traumas, medicamentos e fatores ligados à saúde.
A história familiar médica e um inquérito sobre a saúde dos parentes devem incluir três gerações. A idade e o estado de saúde atual, qualquer doença significativa, idade e causa da morte devem ser verificados para cada membro da família.
História familial refere-se às pessoas que moram na mesma casa do paciente podendo ser parente ou não. É importante para detectar doenças contagiosas que podem ocorrer devido ao contato íntimo diário.
Semiologia
Avaliação subjetiva do que aparenta o paciente, em sua totalidade: nível de consciência, fácies, fala, confusão mental, mobilidade, entre outros. O paciente pode estar em bom estado geral (BEG), regular estado geral (REG) ou mau estado geral (MEG).
Não restam duvidas de que á pele é um tecido muito importante tendo função protetiva antimicrobiana, termorreguladora e metabólica, ela é dividida em três camadas epiderme, derme, e epiderme, que variam de acordo com a espessura e região do corpo. A dermatologia avalia a pele e sua representação do homem e a interface com o ambiente, o profissional tem que que identificar sinais e sintomas de doenças sistêmicas.
O exame dermatológico tem o objetivo a análise da pele, mucosas, unhas, cabelos e couro cabeludo. Durante o exame o paciente deve está despido para realizar a inspeção, e caso tenha presença de lesões elas devem ser poupadas respeitosamente e com a utilização de luvas. As lesões devem ser descritas conforme seu formato, sua distribuição corporal e sua evolução.
Em relação ao formato das lesões leves são divididas em planas, elevadas ou deprimidas. As planas se encontramna mesma superfície da pele e são caracterizadas por cor, lesões musculares e púrpuros, quanto ao o musculo, (manchas planas, qualquer tamanho e formato), lesões vasculares permanentes, proliferação anormal de vasos cutâneos, cianose (lesão vascular transmissível), púrpuras, lesões que não desaparecem como a compressão local. Já as lesões elevadas são aquelas elevadas em relação á pele e é dividida em conteúdos sólidos ou líquidos. Conteúdo sólido tem as pápulas, placas, nódulos, tumores e etc. Já o conteúdo líquido são as bolhas, pústula, cistos, crostas cicatrizes e escamas e etc.
Algumas lesões são classificadas como lineares ( quase sempre surgem causando escoriações), anulares( lesões que crescem perifericamente) uniformes( em áreas de círculos), numulares( como uma moeda), reticulares( em forma de rede e etc.
A distribuição das lesões é classificada como localizadora, isolada ou generalizada. Já em relação a evolução das lesões é importante identificar os seus padrões, se surge separadamente ou em surtos, se desaparecem espontaneamente ou não, se geram cicatrizes, sintomas e etc.
O que avaliar no exame físico geral: Anotar sempre peso, altura, cálculo do índice de massa corpórea (IMC), pressão arterial (PA), circunferência abdominal (CA) e membros inferiores (MMII), que devem ser avaliados quanto a presença ou ausência de edema, varizes, infecções de pele e úlceras. Em vários momentos de sua vida você já foi o paciente e passou pelo momento do exame físico. Agora os papéis se inverteram e você começará a executá-lo.
A maior parte dos pacientes sente-se ansiosa devido à sua exposição, receosa em sentir dor e amedrontada em relação ao seu diagnóstico. Já os estudantes se sentem inseguros e apreensivos no início do aprendizado clínico, uma vez que têm receio de provocar desconforto no paciente. Tais dificuldades são comuns e superadas com o tempo, basta você ter persistência e paciência. Além disso, você deve se preparar técnica e psicologicamente.
Uma boa semiotécnica exige o estudo prévio de como aplicar corretamente a inspeção, a palpação, a percussão e a ausculta, além do conhecimento da aferição dos sinais vitais e do exame físico específico de cada aparelho. Do ponto de vista psicológico, uma dica é vestir o papel de médico, cujo principal objetivo é ajudar o paciente, já que mesmo sabendo que se trata de um estudante, o paciente pode sentir-se bem ao perceber que o exame está sendo executado com seriedade e atenção. Gentiliza e delicadeza se tornam fundamentais, principalmente se os pacientes estão com dor ou sintomas desagradáveis.
É importante que o estudante tenha calma, organização e competência. Durante o exame físico (exceto no momento da ausculta), pode-se continuar conversando e indagando o paciente, preferencialmente questões relacionadas ao exame que está sendo executado naquele momento ou a fatores afins, de modo a complementar a anamnese.
É importante informar ao paciente sobre o que você pretende fazer. Quando for necessária a sua participação ativa, você deve fazer a solicitação em linguagem acessível ao mesmo.
O exame físico do estudante é naturalmente mais demorado do que o de um médico experiente. Para executar todas as habilidades necessárias, é fundamental treinar a repetição e a prática supervisionada em manequins, em pessoas saudáveis (dica: treinem entre os próprios colegas) e em pacientes.
 
 
Discente: Rúbia Renata De Souza Xavier
Matricula: 20192012028
Disciplina: Avaliação Nutricional
Professor: Romero Alves Teixeira
Data: 26\07\2021

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