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HABILIDADES LABORATORIAIS: INTRODÇÃO

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1 Gabrielle Nunes | P2| 2020.1 
[habilidades.laboratoriais] 
FATORES PRÉ-ANALÍTICOS 
Inclui a indicação do exame, bem como a redação, a leitura e a interpretação da solicitação, a transmissão das instruções ao 
paciente, avaliação do seguimento dessas instruções, procedimentos de coleta, acondicionamento, transporte e preservação 
da amostra até a realização do exame. 
1. Atendimento ao paciente: 
- Cadastro 
- Instruções de coleta 
2. Coleta do material 
3. Transporte e separação de amostra 
4. Avaliação da qualidade da amostra 
5. Distribuição da amostra 
POSSÍVEIS CAUSAS PARA VARIAÇOES NOS RESULTADO 
ATIVIDADE FÍSICA: a realização de exercícios físicos pode causar aumento na atividade sérica de algumas enzimas, 
como a Aspartato aminotransferase. Esse aumento pode persistir por 12 a 14 horas após o fim do exercício. 
JEJUM: para a maioria dos exames laboratoriais preconiza-se jejum de 12 a 14 horas, com algumas exceções. A falta 
do jejum pode ocasionar lipemia e turbidez do soro, que podem interferir em algumas metodologias e alterar o 
resultado final dos exames. 
DIETA: na semana de realização do exame, o paciente deve manter sua dieta habitual. 
FÁRMACOS E ÁLCOOL: Ambos podem interferir no resultado dos exames, por isso é importante registrar o nome dos 
medicamentos utilizados pelo paciente e questioná-lo acerca da ingestão de álcool, pois interfere nas dosagens 
de glicose, triglicérides e Gama GT (perfil hepático). 
GARROTE: não deve permanecer no braço do paciente por mais de um minuto. Acima desse tempo, ocorre 
aumento da pressão intravascular, facilitando a saída de líquido e pequenas moléculas para o espaço intersticial, 
provocando hemoconcentração. 
HEMÓLISE: é a liberação dos constituintes intracelulares para o plasma ou soro quando ocorre ruptura das células 
sanguíneas. Pode interferir na dosagem de alguns analitos e é reconhecida pelo aspecto avermelhado do soro ou 
plasma após a centrifugação ou sedimentação devido à hemoglobina proveniente dos eritrócitos rompidos. 
ERROS NA FASE PRÉ-ANALÍTICA 
Erro de laboratório é a falha de uma ação planejada que não se completou como foi proposta, ou o uso de um plano incorreto 
para alcançar uma meta, que pode ocorrer em qualquer parte do ciclo de laboratório (desde o pedido da análise até o laudo 
de resultados e sua interpretação e a reação aos erros). A fase pré-analítica é responsável por 70% dos erros ocorridos no 
laboratório. 
▪ Coleta inadequada do material 
→ Material coagulado 
→ Material com fibrina 
→ Material insuficiente 
→ Recipiente errado 
→ Material lipêmico 
- Material com aspecto leitoso; No caso de sangue apresentaria um soro esbranquiçado; 
 
2 Gabrielle Nunes | P2| 2020.1 
→ Material hemolizado 
▪ Interpretação incorreta da solicitação médica 
▪ Perda da solicitação médica 
▪ Erro na identificação do paciente 
▪ Coleta em tubo inadequado 
COLETA 
TIPOS DE AMOSTRA 
▪ Soro: sem anticoagulante. Há formação do coagulo e parte líquida 
corresponde ao soro; Plasma sem fibrinogênio; 
▪ Plasma: com anticoagulante e com centrifugação, divisão da parte líquida, 
os corpos celulares (eritrócitos) e a camada leucocitária. O plasma 
corresponde a parte liquida. 
▪ Sangue total: com anticoagulante mas sem centrifugar 
▪ Esfregaço sanguíneo: lâmina 
 
TUBOS 
Os tubos se diferenciam pelas substâncias que “reagem” com o sangue. São diferenciados uns dos outros através das cores de 
suas tampas. 
TAMPA AZUL 
Tubo com citrato de sódio; 
Amostra: plasma 
Sangue que precisa passar por uma análise de coagulação: teste de homeostasia. TAP (tempo de 
atividade da protrombina), TTPA, fibrinogênio, tempo de coagulação; 
TAMPA VERMELHA 
OU AMARELA 
Tubo sem anticoagulante: tubo de SORO 
Sangue para análises bioquímicas e sorológicas, pois contém o ativador de coágulo. A diferença entre 
as duas é que a amarela possui gel e a vermelha não. 
Análises imunológicas, colesterol, queratina, sorologia total, HIV, ureia, taxas hormonais; 
TAMPA VERDE 
Tubo com anticoagulante natural (Heparina) 
Análises bioquímicas, gasometria, análise de cariótipo, catecolaminas 
TAMPA ROXA 
Tubo com anticoagulante (EDTA) 
Tubo ideal para coleta de sangue para investigação de distúrbios sanguíneos: análise hematológica 
(morfologia), hemograma, hemoglobina glicada, reticulócitos (hemácias imaturas), VHS, quantidade de 
plaquetas 
 
TAMPA CINZA Tubo com fluoreto de sódio (NaF), utilizado para estabelecer o nível de glicose pois inibe a glicólise. 
Pode conter anticoagulante ou não 
Tubo utilizado para análise da glicemia e da quantidade de lactato. 
 
OBS: Sempre homogeinizar os tubos que apresentam anticoagulante; Quando for transferir a amostra, colocar pela parede do 
tubo (evitar contato e hemílise); Fazer esfregaços sem anticoagulante; Não centrifugar a amostra para obter soro antes da 
retração do coágulo. 
ORDEM DE COLETA: 
EXEMPLOS: 
1. Icterícia: Hemograma, TAP e TGP, ggT, bilirrubina total e frações, 
fosfatase alcalina e sumário de úrina. Quando tubos foram necessários? 3 
TUBOS. 
 - Hemograma (ROXO); TAP (azul); TGP, ggT, bilirrubina (total e frações) e 
fosfatase alcalinas (vermelho) 
2. Paciente com suspeita de DM: Hemograma, hemoglobina glicada, 
glicemia em jejum, glicose pós-prandial, colesterol (total e frações), 
triglicerideos, ureia, grupo sanguíneo, creatina, sumário de urina e 
parasitológico de fezes. 
 
3 Gabrielle Nunes | P2| 2020.1 
- Hemograma, grupo sanguíneo (ROXO) ; hemoglobina glicada, glicemia em jejum, glicose pós-prandial (CINZA); 
colesterol, triglicerideo, ureia, creatina (VERMELHO) 
 
PUNÇÃO VENOSA 
TIPOS DE PUNÇÃO: Venosa, arterial (gasometria), capilar (teste do pezinho) 
PUNÇÃO VENOSA À VACUO 
VANTAGENS: 
 Facilidade de manuseio 
 Quantidade de anticoagulante proporcional ao volume de sangue a ser coletado (coleta com maior qualidade) 
 Conforto ao paciente (1 punção é capaz de tirar vários tubos) 
 Garantia de qualidade 
 Segurança do profissional de saúde e do paciente 
PUNÇÃO VENOSA COM SERINGA E AGULHA 
VANTAGENS: 
 Maior disponibilidade dos materiais 
 Menor custo 
 Visualização do momento que atinge a veia, permite ajustar a agulha 
DESVANTAGENS: 
 Maior quantidade de materiais descartados 
 Mais propício a ocorres erros pré-analíticos 
 Coleta limitada 
 
PROCEDIMENTO DE COLETA 
1. Confirmar nome completo, data de nascimento e jejum 
PACIENTE NO LEITO: Verificar identificação na pulseira ou no leito (mesmo assim, perguntar seu nome se o paciente estiver 
acordado 
2. Materiais colhidos fora do laboratório devem ser devidamente identificados por etiquetas com os dados o paciente e 
então encaminhados aos setores técnicos; 
3. TRANSPORTE: Maletas térmicas ou isopor com gelo. 
4. Punção no adulto: 
- BRAÇO: veias da fossa antecubital, com agulha ou tubo a vácuo 
- MÃO: arco venoso dorsal. 
OBS: Evitar áreas com terapias ou hidratação intravenosa, cicatrizes ou hematomas, membro superior perto do local onde foi 
realizado procedimentos cirúrgicos, fístulas arteriovenosas, veias que já sofreram trombose. 
OBS: COMO EVIDENCIAR A VEIA: 
 Braço do paciente inclinado para baixo a partir da altura do ombro 
 Botar o garrote com o laço para cima e 8cm acima do local da punção 
 Abrir e fechar a mão 
 Não bater na veia com dois dedos 
 OBS: ANTISSEPSIA: 
 Usar álcool 70% 
 Movimentos circulares, do centro para periferia, virar o lado do algodão e repetir o movimento 
 
4 Gabrielle Nunes | P2| 2020.1 
 Deixar o local secar por 30s (NÃO soprar ou secar) 
 Não tocar no local que foi realizado a antissepsia 
 
EXAMES SEM JEJUM EXAMES COM JEJUM 
Hemograma, bilirrubina, beta HCG, tipagem sanguínea, 
hemoglobina glicada, eletroforese da hemoglobina (anemia 
falciforme) 
 Bioquímica, glicose, cálcio, colesterol total, triglicerídeos, 
GGT, TGP, TGP, amilase, ácido úrico, ureia,vitaminas, 
eletroforese lipídica e proteica 
 
 
PROCEDIMENTO DE COLETA DE SANGUE A VÁCUO 
1. Verificar se a cabine da coleta está limpa e guarnecida para iniciar as coletas 
2. Solicitar ao paciente que diga seu nome completo para confirmação do pedido médico e etiquetas 
3. Conferir e ordenar todo material a ser usado no paciente, de acordo com o pedido médico (tubos, gaze, torniquete). A 
identificação dos tubos deve ser feira na frente do paciente; 
4. Informá-lo sobre o procedimento; 
5. Abrir o lacre da agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo em frente ao paciente; 
6. Rosquear a agulha no adaptador do sistema a vácuo 
7. Higienizar as mãos 
8. Calçar as luvas 
9. Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo na altura do ombro 
10. Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que o paciente abra e feche a mão, faça a escolha 
da veia a ser puncionada, e afrouxe-o. Esperar 2 minutos para usa-lo novamente; 
11. Fazer a antissepsia 
12. Garrotear o braço do paciente 
13. Retirar a proteção que recobre a agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo; 
14. Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30º, com o bisel da agulha voltado pra cima. Se necessário, para melhor 
visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão (longe do local onde foi feita a assepsia. 
15. Inserir o primeiro tubo à vácuo 
16. Quando o sangue começar a fluir para dentro do tubo, desgarrotear o braço do paciente e pedir que abra a mão; 
17. Realizar a troca dos tubos sucessivamente 
18. Homogeneizar imediatamente após a retirada de cada tubo, invertendo-o suavemente de 5 a 10 vezes; 
19. Após a retirada do último tubo, remover a agulha e fazer a compressão no local da punção, com algodão ou gaze seca; 
20. Exercer pressão no local, em geral de 1 a 2 minutos, evitando assim a formação de hematomas e sangramentos. 
21. Descartar a agulha imediatamente após sua remoção do braço do paciente 
22. Fazer curativo oclusivo no local da punção + orientações + certificar condições do paciente 
23. Colocar as amostras em local adequado ou encaminha-las imediatamente para processamento em casos indicados; 
DOSAGEM DE PROTEÍNAS TOTAIS E ALBUMINA 
O sangue contém duas classes de proteínas: albumina (60% de todo grupo das proteínas) e globulina (40%). 
→ Albumina estabelece a pressão coloidosmótica 
→ Globulinas importante papel imunológico 
FUNÇÕES: Transporte, manutenção da pressão coloidosmótica, imunidade humoral, atividade enzimática, coagulação entre 
outras. 
TESTE DE PROTEÍNAS TOTAIS 
1. Quando fazer este exame? Para determinar o estado nutricional e triagem distúrbios renais e hepáticos, e diversas outras 
doenças. 
2. Qual a amostra? Sangue, urina, LCR, líquido amniótico, pleura, saliva ou vezes. 
3. Qual o método utilizado? Método do biureto, substâncias que possam reagir com íons cúpricos são interferentes nos 
resultados. 
4. É necessária alguma preparação? Não 
5. O que é quantificado neste exame? 
 Quantidade de proteínas totais no sangue, em especial quanto ao teor de albuminas e globulinas. 
 
5 Gabrielle Nunes | P2| 2020.1 
 Relação entre albumina e globulinas (A/G), sendo normal ligeiramente acima de 1. Quando baixa corresponde 
a uma superprodução de globulinas (casos de mieloma múltiplo ou nas doenças autoimunes) ou um déficit de 
produção de albumina (problemas hepáticos, como a cirrose) ou, ainda, uma perda seletiva de albumina da 
circulação (doenças renais, como a síndrome nefrótica); quando alta sugere um déficit de produção de 
imunoglobulinas (doenças genéticas e alguns tipos de leucemia) 
 
6. Teste mais específicos podem ser solicitados quando se pretende obter um diagnostico mais preciso (Dosagem de 
albumina, testes das enzimas hepáticas e a eletroforese das proteínas séricas) 
- A eletroforese de proteínas separa e mede, além da albumina, quatro ou mais grupos de globulinas, incluindo as 
imunoglobulinas (fração gama), que compreendem os anticorpos presentes no plasma. 
Níveis baixos de proteínas totais (Hipoproteinemia): Sugerem uma alteração hepática, uma alteração renal o uma doença na 
qual as proteínas não são digeridas ou absorvidas corretamente. 
 - Valores baixos podem ser encontrados em situações de desnutrição grave ou condições de má-absorção (doença celíaca 
e a doença inflamatória intestinal), perda renal de proteínas, queimaduras e hipertireoidismo. 
Níveis altos de proteínas totais (Hiperproteinemia): Podem ocorrer em situações de inflamação crônica (hepatite ativa 
crônica), infecciosas (infecções bacterianas), de doenças da medula óssea, 
desidratação e neoplasia. 
- Elevação das proteínas totais geralmente decorre do aumento da produção de 
anticorpos em algumas doenças infecciosas ou em alguns tipos de câncer, em 
especial o mieloma múltiplo. 
ALBUMINA 
Exerce a regulação osmótica do sangue e é responsável pelo transporte e armazenamento de substâncias. 
1. Por que fazer este exame? Para avaliar doenças hepáticas ou doenças renais ou o estado nutricional. 
2. Quando fazer este exame? Quando há suspeita de doença renal ou hepática; para avaliar o estado nutricional em 
casos de desnutrição ou antes de uma cirurgia. 
 
 
 
ELETROFORESE DE PROTEÍNAS |ELETROFORESE E IMUNOFIXAÇÃO 
 
Outras nomenclaturas: Eletroforese de proteínas séricas, EPS, EFPS, Eletroforese de proteínas urinárias, EPU, EFPU e EFI 
O que está sendo pesquisado? A eletroforese de proteínas é um método para 
separação das proteínas encontradas no soro ou na urina. A eletroforese e 
imunofixação é um método para detecção de proteínas específicas, 
geralmente imunoglobulinas. 
- Na eletroforese as proteínas séricas são separadas em cinco ou seis grupos 
principais. Essas frações são denominadas albumina, alfa 1, alfa 2, beta e 
gama. A fração beta algumas vezes é subdividida em beta 1 e beta 2. A. 
 
 
 
 
 
HIPERALBUMINEMIA HIPOALBUMINEMIA 
 Diarreia 
 Desidratação aguda 
 Febre reumática 
 Meningite 
 Estresse 
 
 Redução da síntese (cirrose) 
 Ingestão inadequada de proteínas 
 Perda proteica extravascular (síndrome nefrótica) 
 Hemodiluição (ascite, ICC) 
VALORES DE REFERÊNCIA 
Proteínas totais (PT): 6,0-8,0 g/dL 
Albumina (Alb): 3,5-5,5 g/dL 
Globulina: PT - Alb 
ALFA-1 Antripsina; TBG; alfa-fetoproteínas;alfa-1 glicoproteína 
ácidas. 
ALFA-2 Alfa-2 globulina; haptoglobulina; ceruplasmina; 
BETA Transferrina; beta-lipoproteínas; C3; 
GAMA Imunoglobinas 
 
 
6 Gabrielle Nunes | P2| 2020.1 
ANÁLISE DOS RESULTADOS 
FRAÇÕES VALORES ELEVADOS VALORES BAIXOS 
ALBUMINA  Desidratação  Desnutrição e disabsorção 
 Gravidez 
 Doença renal (especialmente síndrome 
nefrótica) 
 Doença hepática 
 Doenças inflamatórias 
 Síndromes com perda proteica 
ALFA-1  Doenças inflamatórias agudas ou 
crônicas 
 Enfisema congênito (deficiência de a1-
antitripsina, uma doença genética rara) 
 Doença hepática grave 
ALFA-2  Doença renal (síndrome nefrótica) 
 Doença inflamatória aguda ou 
crônica 
 Hipertireoidismo 
 Doença hepática grave 
 Hemólise 
 
BETA  Hipercolesterolemia 
 Anemia ferropriva 
 Alguns casos de mieloma múltiplo ou 
MGUS 
 Desnutrição 
 Cirrose 
GAMA  Policlonal: 
- Doença inflamatória crônica 
- Artrite reumatoide 
- Lúpus eritematoso sistêmico 
- Cirrose 
- Dença hepática crônica 
- Infecção aguda e crônica 
- Imunização recente 
 Monoclonal: 
- Macroglobulinemia de Waldenström 
- Mieloma múltiplo 
- Gamopatia monoclonal de significado 
clínico indeterminado (MGUS) 
 
 Diversas doenças imunes genéticas 
 Deficiência imune secundária 
 
DOSAGENS DE GLICOSE SANGUÍNEA E CAPILAR 
É o teste bioquímico mais realizado em laboratório e mede a quantidade de glicose no sangue do paciente no momento da 
coleta. Utilizado para detectar hiperglicemia e hipoglicemia, para auxiliar no diagnostico de diabetes e para monitorar os 
níveis de glicose em pessoas já diagnosticadas. 
 A dosagemda glicemia geralmente é feita no soro ou no plasma, mas alguns laboratórios medem-na no sangue total, 
que é 10% a 15%mais baixa. 
 O método mais utilizado atualmente para a dosagem da glicemia é o enzimático 
 O tubo ideal para a coleta deve conter fluoreto (tampa cinza): Devem ser centrifugados em até 4 horas após a 
coleta. A coleta sem fluoreto pode ser efetuada, mas deve ser centrifugada logo após a venopunção (em até 2 
horas) 
OBS: Mas por que há essa diferença? O armazenamento prolongado da amostra, sem centrifugação e sem fluoreto, permite 
metabolismo da glicose pelas hemácias, que não necessitam de insulina para captação de glicose 
PERFIL GLICÊMICO 
▪ Glicemia em jejum: O exame deve ser realizado com um jejum de 8 horas. 
▪ Teste oral de tolerância à glicose (TOTG): Realiza uma sobrecarga de 75g de glicose e realiza-se uma reavaliação pré e 
pós sobrecarga. 
▪ Proteína glicada (frutosamina): Albumina glicada. Importante em casos de hemoglobinopatia por representar uma taxa 
de glicose de aproximadamente 3 semanas. 
▪ Hemoglobina glicada: Vantagens (Estabilidade da amostra, não é necessário jejum, não é afetada por estresse agudo e 
reflete o status glicêmico de 3-4meses) e limitações ( Hemoglobinopatias, anemia hemolítica/ hemorragia, uremia, idade 
e etnia) 
 
7 Gabrielle Nunes | P2| 2020.1 
▪ 1,5-anidroglucitol 
▪ Glicemia capilar: é realizada através da coleta de sangue de capilares sanguíneos geralmente do dedo, através da 
perfuração cutânea por uma lanceta, sendo o nível de glicose verificado em aparelhos próprios para esse fim. Importante 
na auto-monitoração. 
 Glicosímetro + fitas reagente 
▪ Monitorização contínua: Importante em DM1. 
 Chip subcutâneo 
 
 
 
 
 
 
PERFIL LIPÍDICO 
LÍPIDES 
Triglicérides (TG), colesterol, fosfolípides e ácidos graxos. Os principais para a clínica são os triglicerídeos e o colesterol, 
quantificados a partir dos níveis de lipoproteínas (lípides + apolipoproteínas). 
 Lipoproteínas ricas em triglicerídeos: quilomícrons 
 Lipoproteínas ricas em colesterol: VLDL, LDL e HDL 
Os níveis de colesterol aumentam por 2 fatores principais: o genético e a dieta, taxas altas no sangue provocam o endurecimento 
da parede das artérias, formando placas de gordura que são chamados de ateromas, compondo a patologia aterosclerose. 
 - LDL está diretamente ligada às doenças de risco coronariano, como aterosclerose porque deposita o excesso de 
colesterol na parede das artérias. Por outro lado, a lipoproteína HDL remove o colesterol das paredes, levando-o de volta ao 
fígado. 
 
O excesso de triglicérides no soro causa uma cor esbranquiçada e leitosa que chamamos de lipemia. 
COLESTEROL TOTAL 
▪ Soro ou plasma (heparina) isentos de hemólise. 
▪ Após jejum de 12 a 16 horas, o sangue é colhido com o mínimo de estase possível. 
▪ O soro ou plasma devem ser separados, no máximo, duas horas após a coleta. 
▪ O uso de anticoagulantes como: citrato, EDTA e oxalato, provocam resultados 
ligeiramente diminuídos. 
 
VARIÁVEIS ANALÍTICAS: 
1. TG +CT +HDL= Método colorimétrico enzimático 
2. LDL = Fórmula de Friedewall (TG < 400) 
 LDL= CT – HDL – TG/5 
3. Point-of- Care testing 
HDL 
Deve-se utilizar o soro e paciente 
deve estar em jejum obrigatório de 12 
hrs. 
TRIGLICERÍDEOS 
VALORES DE REFERÊNCIA 
Glicemia em jejum < 100 mg/dL 
Glicemia aleatória < 200 mg/dL 
 
TOTG: Jejum < 100 mg/dL 
 Após 2horas < 140 mg/dL 
 
Hemoglobina glicada (HbA1c) < 5,7% 
 
 
8 Gabrielle Nunes | P2| 2020.1 
Soro, plasma (colhido com EDTA ou heparina) e outros líquidos biológicos. O sangue deve ser colhido após jejum de 12-14 horas. 
Coletas pós-prandiais mostram variações superiores a 100% sobre o triglicéride basal. 
 Como o consumo de álcool provoca elevações nos teores dos triglicerídeos, recomenda-se sua não ingestão nas 
24 horas antes da coleta. 
VALORES DE REFERÊNCIA 
ADULTOS > 20 anos CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
 
 
 
SÍNDROME METABÓLICA 
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL: 
 Homens > 102 cm 
 Mulheres > 88 cm 
TRIGLICERÍDEOS >150 mg/dL 
HDL colesterol 
 Homens < 40 mg/dL 
 Mulheres < 50 mg/dL 
Pressão arterial: PAS > 130mmHg ou PAD > 85mmHg 
GLICEMIA DE JEJUM > 110 mg/Dl 
OBS: Não é um critério utilizado mas também pode ser analisado> Ácido úrico (VN: 3,4-7,0 mg/dL para homens e 2,4-5,7 
mg/dL para mulheres)

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