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Fungos agentes de dermatomicoses

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Fungos agentes de dermatomicoses 
→ A dermatite por Malassezia é uma 
dermatomicose, mas há uma categoria de 
dermatomicoses que são as dermatofitoses, que é 
uma micose da derme causada por fungos 
dermatóficos (fungos filamentosos). São 
conhecidos como tineas (no Brasil, tinha). 
→ Em humanos é uma casuística comum na 
dermatologia, sendo que as tineas tem ate nomes 
específicos. 
→ Em humanos colonizam pele, unhas e o couro 
cabeludo. Já em animais pode ser comum no pelo, 
nas asas e nos cascos. 
→ A maioria dos dermatófitos são imperfeitos, 
fazem reprodução assexuada (deuteromicetos). 
→ Existem varias espécies de fungos 
dermatófitos, sendo que os mais importantes para 
a medicina veterinária são espécies que estão 
incluídas nos gêneros: Microsporum e 
Trichopyton. 
→ Os fungos dermatófitos quando crescem em 
cultura são chamados de macromídeas 
(multicelulares) e micronídeas (unicelulares), que 
são locais que armazenam os esporos. A forma 
das macromídeas é utilizada para fazer essa 
diferenciação. 
→ Macromídeas de Microsporum tem forma de 
canoa (as pontas são mais finas), enquanto 
macromídeas de Trichopyton parece um charuto. 
→ O nome tínea vem do fato que achavam que era 
um verme que causava infecção na pele dos 
indivíduos. 
→ Devido à variedade de agentes são 
classificados quanto à fonte de infecção em: 
Geofílicos, Zoofílicos e Antropofílicos. 
- Geofílicos: é um fungo saprófita que cresce, se 
alimenta na natureza de matéria em 
decomposição. Nos e os animais podemos nos 
infectar com esses fungos, dois exemplos são 
Microsporum gypseum e Microsporum nanum. 
- Zoofílicos: estão sempre parasitando um animal, 
não conseguem se desenvolver fora deles. Nos, 
veterinários e donos de animais, temos grande 
chance de nos contaminarmos com esses fungos, 
sendo que o mais comum é o Microsporum canis. 
É importante comentar que o M. canis esta muito 
adaptado a gatos, que podem ser portadores 
assintomáticos. A transmissão se da de um animal 
infectado, mas com infecção inaparente, para um 
animal da mesma espécie ou de espécie diferente. 
- Antropofílicos: estão parasitando os humanos e 
podemos transmiti-los aos animais, é mais difícil 
de acontecer. 
→ Independente da espécie, os fungos se 
alimentam de queratina (fonte de nutrientes) para 
se desenvolverem, sendo que a medida que vai 
crescendo na pele vai liberando enzimas, 
metabolitos que podem causar dano a epiderme e 
ao folículo piloso, causando a alopecia (queda de 
pelo), sendo que uma manifestação nos animais é 
a pelada. Ademais, esses fungos estimulam uma 
reação de hipersensibilidade no tecido, 
caracterizado por uma reação inflamatória local. 
→ A manifestação clinica das dermatomicoses é 
uma infecção inaparente, animal infectado, mas 
sem sintomatologia clinica. A lesão clássica da 
dermatomicose é ring worm, porque a lesão é 
arredondada, sendo que o centro da lesão é claro e 
as bordas avermelhadas, podendo até formar umas 
bolinhas nas bordas. O que não é comum nessas 
dermatofitoses e essas lesões tomarem proporções 
mais elevadas, levando a aparição de nódulos e 
tumores. 
→ Os esporos podem ser encontrados em camas, 
manta, escova. 
 Diagnostico: existe um aparelho que os 
dermatologistas usam para fazer exame de 
animais, principalmente de animais 
assintomáticos, que é a lâmpada de WOD, 
onde se coloca o cão em uma sala com a 
luz apagada, deixando que a lâmpada 
incida na pelagem do animal. Os fungos 
dermatófitos produzem substancias 
fluorescentes, assim se o pelo do animal 
fica cheio de pontos fluorescentes, indica 
presença de dermatófitos. Com o fungo 
pode se desenvolver em folículo piloso, 
deve-se arrancar o pelo, além do mais, a 
raspagem da pele lesionada deve ser feita 
com bisturi (lado contrario da lamina) ate 
sair um pouco de sangue. Após isso, se 
junta o material em uma placa e envia para 
o laboratório fazer o diagnostico. 
- Já no caso dos inaparentes, uma boa 
forma é escovar de forma intensa e 
recolher o material. 
- No laboratório pode-se fazer uma 
microscopia direta (não usa GRAM para 
fungo filamentoso). Tratam o material com 
hidróxido de potássio que dissolve resto de 
pele e pelo e consegue identificar a hifa, 
não é um diagnostico com eficácia muito 
boa. O laboratório vai isolar o fungo 
utilizando o ágar micosel, que tem em sua 
composição um antibiótico para combater 
bactérias da pele e também um antifúngico 
para combater fungos banais. É uma 
cultura que demora muito tempo, em 
media 3 semanas, para se obter o 
resultado, então inicia-se o tratamento e 
depois com a confirmação, muda ou 
mantem o tratamento. 
Obs: em todo fungo filamentoso faz o 
diagnostico laboratorial analisando o 
aspecto da colônia, a cor e a consistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@relatosdavet_