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PR1 Saúde da familia IV

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VANESSA LUDWIG 
SAÚDE DA FAMÍLIA IV 
PR 1 
 MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA 
 HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO CLÍNICA 
 CONSULTA EM SETE PASSOS 
 
MÉTODO CLÍNICO ESPECÍFICO QUE UTILIZA A ABORDAGEM BIOPSI-
COSSOCIAL E O CUIDADO CENTRADO NA PESSOA. 
 
 
O método clínico centrado na pessoa foi desenvolvido para lidar com a com-
plexidade. Enquanto usa a lógica linear quando apropriado, sua essência é o 
entendimento da pessoa como um todo, um conhecimento de sua experiên-
cia com a doença e uma tentativa de se elaborar um plano de manejo comum. 
Esse plano comum é a chave do sucesso terapêutico, mas frequentemente difí-
cil de ser obtido. Testa a habilidade do médico de motivar a pessoa por 
meio da resolução de objeções, resolvendo dúvidas, reduzindo medos e 
esclarecendo conceitos equivocados. 
 
 
MCCP X MODELO BIOPSICOSSOCIAL – A doença não pode ser separada da 
pessoa; Pessoa não pode ser separada do seu meio; Todas enfermidades, todo 
sofrimento do paciente tem múltiplas causas. 
 
 
CARL ROGERS— defender que, o núcleo básico da personalidade humana era 
tendente à saúde, ao bem-estar. Tal conclusão decorreu de um processo me-
ticuloso de investigação científica levado a cabo por ele, ao longo de sua 
atuação profissional. Carl Rogers ficou famoso por desenvolver um método 
psicoterapêutico centrado no próprio paciente. O terapeuta tem que desen-
volver uma relação de confiança com o paciente para poder fazer com que 
ele encontre sozinho sua própria cura. 
 A meta do primeiro componente do método clínico centrado na pessoa é 
explorar a doença e a percepção da pessoa sobre a saúde e a experi-
ência da doença. Além de avaliar o processo da doença por meio da 
anamnese e do exame físico, o médico procura ativamente entrar no 
mundo da pessoa para entender suas percepções sobre saúde 
(significado para a pessoa, aspirações e metas de vida) e sua experiência 
única da doença: seus sentimentos em relação ao estar doente, suas idei-
as sobre a experiência da doença, como essa experiência está afetando 
seu funcionamento e, por último, o que espera de seu médico. 
 O segundo componente é a integração desses conceitos (saúde, doença 
e experiência da doença) buscando o entendimento da pessoa como um 
todo. Inclui a conscientização dos múltiplos aspectos da vida da pes-
soa, como sua personalidade, a história de seu desenvolvimento, as ques-
tões de seu ciclo de vida e os múltiplos contextos em que vive. 
 A tarefa mútua da pessoa e do médico de elaborar um plano de manejo em 
comum, o terceiro componente do método, tem por foco três áreas-
chave: a definição do problema, o estabelecimento de metas de tra-
tamento e a identificação dos papéis a serem assumidos pela pessoa 
e pelo médico. 
 O quarto componente enfatiza que cada contato deve ser usado para de-
senvolver a relação entre a pessoa e o médico, incluindo a compai-
xão, a empatia, o compartilhamento do poder, a cura e a esperança. 
Para colocar essas habilidades em prática, é preciso consciência de si 
mesmo e sabedoria prática, bem como entendimento dos aspectos incons-
cientes da relação, como transferência e contratransferência. 
Os três primeiros com-
ponentes interativos 
englobam o processo 
entre a pessoa e o 
médico. 
O quarto componente 
trata da relação entre 
o médico e pessoa e 
forma as bases sobre 
as quais as intera-
ções ocorrem. 
No modelo biomédico tradicional o papel do profissional de saúde é 
somente diagnosticar através dos sinais, sintomas e exames e propor 
uma conduta. E o papel do paciente é fornecer as informações solicitadas 
pelo profissional e seguir a conduta que ele propôs. 
 O papel do profissional é ativo, o papel do paciente é passivo (daí vem o 
termo paciente...) 
 O profissional não explora as razões pelas quais o paciente procurou o 
atendimento naquele momento determinado (ou seja, o que o 
 paciente está pensando e sentindo naquele momento em relação ao seu 
problema/sofrimento). 
 
Isso pode levar a problemas no cuidado do paciente: 
 a angústia, a inquietude da pessoa não se expressa ou se expressa tardi-
amente: sinal da maçaneta (dificuldades na obtenção de informações 
mais completas e detalhadas); 
 não existe espaço para a interpretação da pessoa sobre a situação; 
 profissional de saúde não obtém opinião da pessoa sobre a conduta ado-
tada: se vai aderir ou não; 
 maior chance de acusações de má-prática por não entendimento do paci-
ente em relação às ações do profissional de saúde 
 1. Comportamento Atencioso: 
 
Este tipo de comportamentos encoraja os pacientes a falarem, reduzindo o 
tempo de intervenção do profissional, sendo composto por quatro dimen-
sões: 
 2. Escuta atenta: 
 
- Ouvir atentamente a resposta do paciente sem interromper nem direcionar 
sua resposta com perguntas fechadas. 
 
- Primeiro ouvir com atenção, depois escrever. 
1ª. Contato Visual - Olhar para o paciente enquanto fala com ele. 
2ª. Qualidades Vocais - O tom, o volume e a velocidade do discurso do 
médico indica claramente os sentimentos pela outra pessoa. 
3ª. Centrar no Discurso - Manter a atenção no que está sendo dito 
pelo paciente, centrando-se nos sinais/sintomas (perspectiva biomédica) 
e/ou nos sentimentos que estão sendo relatados. 
 
4ª. Linguagem Não Verbal - Manter uma postura atenciosa que passa 
por: 
a) Encarar o paciente de frente, de uma forma enquadrada, demonstran-
do envolvimento. 
b) Adotar uma postura aberta. Cruzar os braços ou as pernas podem não 
comunicar a abertura e disponibilidade necessária. 
c) Inclinar-se para o paciente. Estar constantemente movimentando-se 
para frente e para trás, pode comunicar um menor envolvimento. 
d) Manter contato visual. Não distrair. 
e) Estar relaxado. Isto é, evitar hábitos nervosos e tiques que dis-
traiam o cliente. 
 
ATENÇÃO! Não fazer julgamentos de condutas, posturas, idéias, 
 3. Encorajamento: 
Serve para promover o discurso do paciente, encorajando-o a continuar. 
Pode ser realizado através de elementos verbais e não verbais: 
 4. Uso equilibrado de perguntas abertas e fechadas: 
Questões abertas: Perguntas que promovem respostas mais longas e que são 
utilizadas para obter informação mais gerais sobre a situação e os senti-
mentos envolvidos. 
Questões fechadas: Perguntas que promovem respostas mais diretas e que 
são utilizadas para obter informação mais objetivas e específicas sobre a 
situação e os sentimentos envolvidos. 
 5. Parafrasear e sumariar: 
Os pacientes têm a necessidade de sentir que são compreendidos pelo médi-
co. Estas técnicas favorecem esta percepção. 
1º.PARAFRASEAR 
É quando o médico repete com as próprias palavras e confirma o que ele en-
tendeu sobre as queixas que o paciente informou, verificando se compreen-
deu adequadamente o conteúdo e os seus sentimentos, dúvidas e fantasias 
(senso comum). Com o entendimento correto das queixas é que o médico po-
derá tanto construir o diagnóstico quanto atender às ansiedades do paci-
ente. É necessário estar atento ao tom de voz utilizado neste momento. 
 Acenos com a cabeça 
 Gestos "abertos", como a abertura das mãos 
 Expressões faciais positivas 
 Pequenos sons, como Uh-huh 
 Repetição de palavras-chave e/ou de pequenos extratos do discurso 
do cliente (centrar o discurso… 
2º. SUMARIAR 
Significa resumir uma parte do discurso do paciente, toda a entrevista, di-
versas consultas (ex: pacientes em retorno). Trata-se de fazer uma versão 
reduzida do que o paciente disse através da comunicação verbal e não ver-
bal, centrando-se nos principais aspectos. Inclui um check-out no final. 
Deve-se desenvolver também a habilidade de sumarização interna para ir 
organizando o raciocínio e o pensamento. 
 
 6. Reflexão de sentimentos: 
Em diversas situações, subjacente às palavras e aos comportamentos dos 
pacientes (resistência ao tratamento e ao controle clínico, piorar ou 
abrandar os seus sintomas, evitar as consultas, esquecerde tomar medica-
ções, etc.) estão determinados sentimentos e emoções (medo de que se fa-
lar uma doença ela vai se realizar, medo da morte, medo do sofrimento, me-
do de melhorar e ficar sozinho, obter piedade e atenção das pessoas na sua 
fragilidade, etc.). 
 
O objetivo da reflexão de sentimentos é tornar explícitos esses sentimen-
tos “escondidos”. É diferente do parafraseamento. 
 
Uma das tarefas dos médicos é ajudar a identificar sentimentos ambivalen-
tes diante de pessoas ou acontecimentos significantes na vida do paciente 
e que ele relaciona com seu processo de adoecer (enfermidade). A melhor 
forma de determinar os sentimentos é questionar: “O que sente em relação 
a isso?” 
 
 
 A consulta em 7 passos é um método clínico centrado na pessoa; 
 Centra-se na singularidade de cada indivíduo; 
 Facilita a compreensão do doente e direciona a consulta, fortalecendo 
a capacidade de discussão conjunta frente aos problemas; 
 Abordagem biomédica, psicossocial centrada na pessoa, atenta ao médico 
e relação médico-doente. 
 
 
CADA EPISÓDIO DE CONSULTA É DECOMPOSTO EM TRÊS FASES E SETE 
PASSOS 
 
Uma fase inicial – preparação e primeiros minutos, na qual se individuali-
zam dois passos: 
 
1. Preparação – onde se revê a situação do médico, do consultório e do 
próximo paciente, antes de este ser chamado para a consulta; 
2. Os primeiros minutos – onde se procede à chamada, ao encontro, ao cum-
primento e ao acolhimento da pessoa, bem com à detecção de indícios fí-
sicos e emocionais, de motivos de consulta e ao acerto de agendas entre 
o médico e o paciente. Segue-se uma fase intermédia com três passos: ex-
ploração, avaliação e plano (EAP), durante a qual se procede à recolha 
sistematizada de dados e de informação, subjectivos e objectivos, e se 
processam intelectualmente os dados e a informação recolhidos para 
chegar, sempre com a participação e o envolvimento do paciente, a uma 
avaliação e a um plano de acção. Consideram-se os passos: 
3. Exploração – onde se recolhem, analisam e contextualizam dados e in-
formação (subjectivos, objectivos e contextuais); 
4. Avaliação – onde se fazem a interpretação, os diagnósticos, as explica-
ções, as previsões (prognósticos) e se avaliam os impactos na qualidade 
de vida; 
5. Plano – onde se prepara o plano de cuidados (propostas, negociação, 
acordos e compromissos de acção, incluindo prevenção). Na fase final 
procede-se ao encerramento da consulta e a uma reflexão: 
6. Encerramento – onde se verifica se subsistem dúvidas, se revê o plano 
acordado e se procede ao cumprimento de despedida; 
7. Reflexão e notas finais – onde se faz um breve reflexão crítica sobre o 
que se passou. 
 A CONSULTA EM 
SETE PASSOS

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