e da torção, temos: E. I y . x ' '=M y1 e G . I t . '=T ou E . I y . x ' '=−M x . e G . I t . '=M 0M x. x ' , '= 1 G . I t ⋅M 0M x . x ' E. I y . x ' ' '=−M x . ' Eliminando θ nas equações acima, temos: x ' ' ' M x E . I y .G . I t ⋅M 0M x . x ' =0 , fazendo k 2= M x ² G . I t .E . I y x ' ' 'k 2 . x '=−k 2⋅ M 0 M x A solução desta equação é: x=C1C2 . sen kz C3 coskz − M 0 M x ⋅z x '=k . C2 .cos kz −k . C3 . senkz − M 0 M x x ' '=−k 2 .C 2 . sen kz C3 . coskz Como =− E . I y M x ⋅x ' ' : = E . I y . k 2 M x ⋅[C 2 sen kz C3 . cos kz ] As condições de contorno da barra birrotulada são: x=0 em z=0 ⇒ C1C 3=0 =0 em z=0 ⇒ C 3=0 ⇒ C 1=0 x=0 em z=L ⇒ C 2 . sen kL− M 0 M x ⋅L=0 =0 em z=L ⇒ C 2 . sen kL=0 ⇒ M 0=0 Conclusão: C1=C3=M 0=0 e C2 .sen kL=0 . FLAMBAGEM 25 Versão 2011 A solução C2 = 0 não interessa pois se C2 = 0, então x = 0 e a barra não flete lateralmente nem torce, isto é, não há flambagem. Da solução sen kL=0 , temos: k=n⋅ L onde n é um inteiro. De k 2= M x 2 G . I t . E . I y e k=n . L , concluímos que M x= n . L ⋅E . I y .G . I t são os momentos fletores que provocam a flambagem por flexão lateral com torção numa barra birrotulada submetida a flexão pura. O momento crítico de flambagem elástica será o valor mínimo de Mx (para n = 1), isto é: M cr= L ⋅E . I y . G . I t . No caso geral (quaisquer condições de apoio), o momento crítico será: M cr= L fl ⋅E . I y .G . I t . Este momento pode ainda ser escrito em função do índice de esbeltez para flambagem por flexão em torno do eixo de menor inércia λy. M cr=⋅ E . I yL fl2 ⋅G .⋅I t=⋅ E . A . r y ²L fl2 ⋅G⋅I t=⋅E . A y2⋅G . I t , M cr= y ⋅E . A . G . I t A expressão acima é válida desde que: a) O momento fletor não varie ao longo da viga (flexão pura); b) A seção seja duplamente simétrica (a equação da linha elástica foi escrita para flexão em torno de x e de y); c) O empenamento da seção seja desprezível (Cω = 0). Esta expressão pode, ainda, ser escrita de outras formas. FLAMBAGEM 26 Versão 2011 M cr=2. E . A y ² ⋅G⋅I t⋅ A2 . r02A2 . r 0 ² = 2 . E y ² ⋅ G⋅I t A . r0 ² A2 . r0 2 ou M cr=A. r0 . f ey . f ez , M cr= . A . r0 y ⋅E . f ez . Esta expressão é válida também para seções com empenamento não nulo (Cω ≠ 0), se considerarmos f ez= 2 . E . Cw L fl 2 G . I t A . r 0 ² . Assim, M cr= y ⋅ E . A2 . r 02A . r02 ⋅2 . E .C wL fl2 G . I t= y⋅E . A.2 . E .Cwr y2 . y ² G . I t ou M cr= y ⋅E . A . G . I t . 12 . E . Cwr y2 . G . I t ⋅ 1 y2 . Obs.: Notar que se Cω = 0, a expressão do momento crítico passa a ser a anteriormente deduzida. No caso de seção com simetria apenas em relação ao eixo normal ao de flexão (eixo y) e Cω ≠ 0, M cr= f ey . A . [− y12 ± y12 2 f ezf ey⋅r02] ou M cr= 2 . E . A y 2 ⋅[− y12 ± y12 2CwI y G . I t2 . E . A⋅ y2 ] , onde y1= 1 I x ⋅∫ A y⋅ x2 y2. dA−2⋅y0 ; yo é a ordenada do CC, relativa aos eixos centrais principais da seção; O valor positivo da raiz quadrada é válido quando o momento fletor solicitante é positivo. Para flexão simples (momento variando ao longo da viga), Mcr é sempre igual ou superior ao valor acima e sua determinação muito complexa. Se, para fins práticos, considerarmos o momento sempre constante, estaremos a favor da segurança. FLAMBAGEM 27 Versão 2011 Flambagem Inelástica: A expressão do momento crítico vista no sub-ítem anterior somente é válida para tensões máximas de compressão inferiores ao limite de proporcionalidade do material, isto é, para momentos inferiores ao momento limite de flambagem elástica Mr = σpWxc, onde W xc= I x yc é o módulo resistente elástico à flexão da barra, Ix é o momento de inércia relativo ao eixo de flexão da barra e yc é a distancia da Linha Neutra da seção transversal ao seu ponto mais comprimido. Da condição Mcr = Mp, determinamos λ = λr, isto é, r= 0 . 2 2 ⋅11 . onde 0= .E . A . K0 M r , = 4 .C w . M r 2 I y . K 0 2 e K0=G . I t− y1 . M r , Este é o índice de esbeltez limite de flambagem elástica - valor de λ além do qual a flambagem é elástica. A determinação da expressão do momento crítico de flambagem inelástica e do índice de esbeltez λp (abaixo do qual a seção mais solicitada da barra plastifica totalmente antes de flambar) é feita, em geral, de forma semi-empírica, como no caso das barras comprimidas. Flambagem de Chapas Comprimidas e Fletidas A tensão crítica de flambagem elástica de chapas comprimidas ou fletidas é dada por cr=k . e , onde k é um parâmetro que depende de propriedades geométricas da chapa, das suas condições de apoio e do tipo de solicitação a que está submetida e FLAMBAGEM 28 Versão 2011 σe é a tensão crítica de flambagem elástica de uma chapa de comprimento infinito, comprimida conforme a figura abaixo. σ dz b t σ Esta tensão vale e= 2 . E 1− 2. z 2 , onde z= L fl r z = b r z é o índice de esbeltez do elemento de comprimento b e seção transversal retangular de dimensões t x dz, r z= dI zdA é o raio de giração desta seção em relação ao eixo z, dA=t . dz é a área desta seção, dI z= t 3 . dz 12 é o momento de inércia desta seção relativo ao eixo z e υ é o Coeficiente de Poisson do material. Assim, z= b t ⋅12= .12 e e= 2 . E 12 .1− 2 . 2 , onde =bt é considerado o índice de esbeltez da chapa. Assim, cr= k .2 . E 12 .1− 2 . = k .2 . D t . b2 , onde D= E . t 3 12 .1− 2 é a rigidez à flexão da chapa. Valores de k A tensão crítica de flambagem inelástica é também obtida por processo semi-empírico. FLAMBAGEM 29 Flambagem de Chapas Comprimidas e Fletidas A tensão crítica de flambagem elástica de chapas comprimidas ou fletidas é dada por