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PRÁTICA DE ENSINO EM EDUCAÇÃO INFANTIL --- Unidade II

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Prévia do material em texto

Prática de Ensino em 
Educação Infantil
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Lucimary Bernabé Pedrosa de Andrade
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Planejamento da Prática Educativa na Educação Infantil
• Planejamento da Prática Educativa na Educação Infantil.
• Compreender os objetivos pedagógicos que devem reger a organização curricular na 
Educação Infantil;
• Conhecer as Legislações que fundamentam o currículo na Educação Infantil;
• Desenvolver o planejamento de Práticas Educativas que favoreçam experiências de 
aprendizagens signifi cativas para o desenvolvimento das crianças.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Planejamento da Prática Educativa 
na Educação Infantil
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Planejamento da Prática Educativa na Educação Infantil
Contextualização
Orientações Preliminares para o Estudo da Unidade
Nesta Unidade, vamos discutir sobre o Planejamento da Prática Educativa na 
Educação Infantil. 
É importante ressaltarmos que a maneira como pensamos e organizamos as 
Práticas Pedagógicas na Educação Infantil está diretamente relacionada à maneira 
como entendemos a criança, seu desenvolvimento e sua aprendizagem.
 O desenvolvimento e a aprendizagem das crianças pequenas ocorrem por meio 
de um intenso processo de interação com outras pessoas e com seu meio sociocul-
tural. Portanto, com as experiências partilhadas com o outro e com o meio físico 
e social, a criança conquista e tem acesso a várias linguagens, que possibilitam a 
construção de conhecimentos sobre o mundo ao seu redor.
Ao propormos a discussão acerca da elaboração do currículo para a Educação 
Infantil, é importante enfatizar que não “há receitas” para construirmos uma pro-
posta curricular para as creches e para as pré-escolas.
É necessário garantirmos a realidade cultural das crianças, das famílias, dos pro-
fissionais e das instituições de Educação Infantil. 
O que devemos ter claro são os fundamentos teóricos, filosóficos, éticos, políti-
cos e legais que melhor contribuam para a qualidade da Educação Infantil e para o 
desenvolvimento integral das crianças.
No Material de Estudo, você encontrará indicações de Artigos, Vídeos e E-Books 
para poder se aprofundar em questões referentes ao Planejamento do Trabalho 
Pedagógico nas Instituições de Educação Infantil. 
Também será organizada pelo professor responsável pela Disciplina uma mesa 
redonda com profissionais da Educação Infantil para o debate acerca de questões 
atuais sobre o Planejamento e a Organização Curricular nas Instituições de Educa-
ção Infantil.
Como atividade de aprofundamento, você deverá realizar um Plano de Ativida-
des baseado na BNCC, tendo como referência os vídeos e o Material de Apoio para 
a Atividade de Aprofundamento.
O Currículo na Educação Infantil
O que podemos entender por Currículo na Educação Infantil? O que as crianças 
devem aprender em creches e pré-escolas? 
Ao pensarmos na elaboração dos conteúdos curriculares na Educação In-
fantil, tão ou mais importante que buscarmos respostas sobre o que ensinar, é 
8
9
o questionamento sobre como esses conteúdos e conhecimentos contribuirão 
com o desenvolvimento e com a vida das crianças.
Atualmente, temos diretrizes legais e produções científicas que orientam a elabo-
ração, a implementação e a avaliação das Propostas Pedagógicas nas Instituições 
de Educação Infantil, como a Constituição Federal (1988), o Estatuto da Criança e 
do Adolescente (1990), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e 
as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (2009).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece a Educação Infantil como direito das crian-
ças, e apresenta definições quanto à/às/aos:
a) Inserção desta etapa escolar como primeira etapa da Educação Básica;
b) Incumbência dos municípios em oferecer esse atendimento;
c) Objetivos;
d) Organização;
e) Formas de avaliação;
f) Profissionais que nela atuarão.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (2009) se constituem 
documento mandatório para elaborações das Propostas Curriculares de creches e 
pré-escolas, isto é, estabelecem os princípios básicos para a educação das crianças 
de 0-5 anos no país.
Nos Artigos 3º e 4º, estabelecem, sobre o Currículo na Educação Infantil:
Artigo 3º O currículo na Educação Infantil é concebido como um con-
junto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das 
crianças como os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, 
artístico, ambiental, cientifico e tecnológico, de modo a promover o de-
senvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.
Artigo 4º As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão consi-
derar que a criança, centro de planejamento curricular, é sujeito histórico 
e de direitos, que nas interações, relações e práticas cotidianas que viven-
cia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, 
deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói senti-
dos sobre a natureza e a sociedade, produzindo culturas.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (DCNEI) e a Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC) apresentam uma proposta de Currículo orga-
nizada por campos de experiências. 
Nessa proposta, compete ao professor de Educação Infantil a tarefa de ser o 
mediador entre as crianças e essas experiências, sejam elas lúdicas, sejam estéticas, 
de convivência, de experimentação, de linguagem etc. 
Essa definição de currículo é contrária a um modelo de Currículo que apenas pro-
porcione às crianças atividades estanques, fragmentadas, de antecipação para etapas 
posteriores da Educação, ou que seja apenas baseado em datas comemorativas, sem 
aprofundamento no valor formativo das comemorações (OLIVEIRA, 2012).
9
UNIDADE Planejamento da Prática Educativa na Educação Infantil
No Artigo 9º das DCNEI, o Inciso VIII determina que devem ser garantidas 
“[...] experiências que incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o 
questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo 
físico e social, ao tempo e a natureza” (BRASIL, 2009).
Um aspecto importante éconsiderar a organização dos tempos e dos espaços 
na organização curricular das Instituições de Educação Infantil. 
As rotinas das crianças precisam contemplar ações de cuidados e Educação per-
passadas pelas interações e ludicidade. 
Segundo os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil (RCNEI), 
a “Rotina representa a estrutura sobre a qual será organizado o tempo didático, o 
tempo do trabalho educativo realizado com as crianças (BRASIL, 1998, p. 54).
De acordo com os Referenciais, as modalidades de organização do tempo em 
creches e pré-escolas podem ser agrupadas em: atividades permanentes, sequên-
cias de atividades e projetos de trabalho.
Importante!
• Atividades permanentes: ocorrem com regularidade (diária, semanal ou quinze-
nal) e têm como objetivo familiarizar as crianças com determinadas experiências de 
aprendizagem. Asseguram seu contato com rotinas básicas para aquisição de certas 
competências, considerando que a constância do fazer possibilita a construção do co-
nhecimento essencial pelas crianças;
• Sequência de atividades: trata-se de um conjunto de propostas, com eventual or-
dem crescente de dificuldade, em que cada passo permite que o outro seja realizado. 
Seu objetivo é trabalhar experiências mais específicas, aprendizagens que requerem 
aprimoramento com a experiência;
• Projetos didáticos: seu planejamento tem objetivos claros, previsão de tempo, divisão 
de tarefas e avaliação final em função do que se pretende. Suas principais caracterís-
ticas são a existência de um produto final e de objetivos mais abrangentes (OLIVEIRA, 
2012, p. 94-5).
Trocando ideias...
A organização dos espaços físicos possibilita a leitura do Projeto Pedagógico da 
Instituição, pois o espaço não é neutro, traduz a cultura da infância, as representa-
ções de crianças e de adultos que marcam esse espaço e pode, ainda, representar 
uma importante mensagem do projeto educativo (FARIA, 1998).
A forma como o ambiente é arranjado pode dificultar ou favorecer as interações. 
O espaço deverá ser organizado visando a atender as necessidades e as poten-
cialidades das crianças, permitindo as mesmas escolhas individuais ou coletivas e 
promovendo a autonomia. 
Uma das propostas é a organização do espaço em cantos, como da Biblioteca, 
da boneca, das linguagens, da fantasia, do conto etc.
10
11
Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil
A primeira versão das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil 
foi aprovada em 1999, e propunha novas demandas para as Instituições de Educa-
ção Infantil, especialmente, em relação às orientações curriculares e à elaboração 
de seus Projetos Pedagógicos. 
No ano de 2009, foi elaborada a revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais, 
sendo fixada pela Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) articu-
lam-se com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e reúnem 
princípios e fundamentos que deverão nortear a elaboração, o planejamento, a 
execução e a avaliação de Propostas Curriculares das Instituições de Educação 
Infantil, constituindo-se, portanto, num documento mandatário para creches e 
pré-escolas.
As diretrizes reconhecem, assim, que as Instituições de Educação Infantil, 
creches e pré-escolas são espaços de construção da cidadania infantil, em 
que as ações cotidianas junto às crianças, devem, sobretudo, assegurar seus 
direitos fundamentais.
Os espaços institucionais devem ser acolhedores, seguros, estimuladores, opor-
tunizando aprendizagens e experiências múltiplas, respeitando as crianças em 
suas capacidades, necessidades e contribuindo para o desenvolvimento de suas 
potencialidades.
As propostas pedagógicas, pautadas nos princípios éticos, políticos e estéticos, 
contemplam o compromisso da Educação Infantil com a Educação Social das crian-
ças, no desenvolvimento de relações afetivas e na construção dos sentimentos de 
respeito, compreensão e solidariedade fundamentais para uma Sociedade mais 
humana e democrática.
Essas propostas também apresentam a necessidade de reconstrução da rela-
ção entre as famílias e as Instituições de Educação Infantil que, historicamente, 
foi permeada por uma concepção assistencialista, gerando ações preconceituosas 
e discriminatórias.
Ao reconhecer a importância da qualidade do atendimento das Instituições de 
Educação Infantil, as diretrizes curriculares reafirmam a necessidade de qualificação 
dos profissionais envolvidos no trabalho educativo com as crianças. 
As diretrizes curriculares nacionais para Educação Infantil apresentam a visão da 
criança como sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas 
cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, 
fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói senti-
dos sobre a natureza e a Sociedade, produzindo cultura.
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UNIDADE Planejamento da Prática Educativa na Educação Infantil
As Práticas Pedagógicas deverão ser elaboradas tendo como referência a visão 
do Currículo como conjunto de práticas que possam articular os saberes das crian-
ças com os conhecimentos culturais, tendo como eixos norteadores as interações 
e as brincadeiras. 
No Artigo 9º, são destacadas as experiências que devem ser proporcionadas 
pelas práticas pedagógicas.
Veja a seguir.
Art. 9º As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter 
como eixos norteadores as interações e a brincadeira, garantindo experiências que:
I – promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, 
expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito 
pelos ritmos e desejos da criança;
II – favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de 
vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;
III – possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação coma linguagem oral 
e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos;
IV – recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e 
orientações espaço temporais;
V – ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;
VI – possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças 
nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;
VII – possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus 
padrões de referência e de identidades no diálogo e reconhecimento da diversidade;
VIII – incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o 
conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza;
IX – promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de músi-
ca, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;
X – promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da susten-
tabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais;
XI – propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras;
XII – possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas, e ou-
tros recursos tecnológicos e midiáticos.
Parágrafo único – As creches e pré-escolas, na elaboração da proposta curricular, de acordo com suas 
características, identidade institucional, escolhas coletivas e particularidades pedagógicas, estabelece-
rão modos de integração dessas experiências (BRASIL, 2009)
Mudanças da Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC) para a Educação Infantil
A Base Comum Curricular foi homologada em 20 de dezembro de 2017, e tem 
como suporte legala Constituição Federal (1988), a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (1996), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação 
Básica (2010) e o Plano Nacional de Educação (2014). 
12
13
A BNCC está estruturada de modo a explicitar as competências que os alunos devem 
desenvolver ao longo de toda a Educação Básica e em cada etapa da escolaridade, como 
expressão dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento de todos os estudantes.
Importante!
Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos, habilidades, 
atitudes e valores, para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exer-
cício da cidadania e do mundo do trabalho. 
Em Síntese
Segundo a BNCC, as crianças de 0 a 5 anos de idade precisam ter, nas creches 
e nas pré-escolas, assegurados seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, 
sendo que a intencionalidade da prática docente é essencial para que isso aconteça. 
Vejamos quais são esses direitos:
• Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, uti-
lizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o 
respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas;
• Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, 
com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu 
acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criati-
vidade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cog-
nitivas, sociais e relacionais;
• Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento 
da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realiza-
ção das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos 
materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando 
conhecimentos, decidindo e se posicionando;
• Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emo-
ções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natu-
reza, na Escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas 
diversas modalidades: as Artes, a Escrita, a Ciência e a Tecnologia;
• Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emo-
ções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões e questionamen-
tos, por meio de diferentes linguagens;
• Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo 
uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas 
experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na 
instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário (BRASIL, 2017).
Além dos direitos de aprendizagem e de desenvolvimento, a BNCC estabelece 
cinco campos de experiências para que as crianças aprendam e se desenvolvam. 
13
UNIDADE Planejamento da Prática Educativa na Educação Infantil
Entende-se, assim, que os conhecimentos são construídos a partir das experiên-
cias que as crianças terão no cotidiano das Instituições de Educação Infantil, o que 
torna a mediação do professor fundamental nesse processo. 
Os campos de experiências são: O Eu, o outro e nós; Corpo, gesto e movimen-
tos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaço, 
tempo, quantidade, relações e transformações. 
Para cada campo de experiência, são propostos objetivos de aprendizagem e 
desenvolvimento distribuídos em três grupos etários: bebês (0 a 1 ano e 6 meses; 
crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e crianças pequenas 
(4 anos a 5 anos e 11 meses).
Para ter acesso na íntegra aos conteúdos de cada campo de experiência, acesse o texto da 
BNCC, disponível em: https://go.aws/37trwNaEx
pl
or
Importante!
Os campos de experiência enfatizam noções, habilidades, atitudes, valores e afetos que 
as crianças devem desenvolver dos 0 aos 5 anos e buscam garantir os direitos de apren-
dizagem (BRASIL, 2017).
Trocando ideias...
Para que você possa compreender com mais detalhes toda a estrutura da BNCC e as mudanças 
que ela trouxe para a Educação Infantil, a Revista Nova Escola elaborou um material que 
poderá ser acessado em PowerPoint ou PDF e que está disponível no link: http://bit.ly/2u2jT2q
Ex
pl
or
14
15
Planejamento da Prática 
Educativa na Educação Infantil
A publicação Salto para o Futuro complementa as edições televisivas do programa de mes-
mo nome da TV Escola (MEC). A edição 9, de 2013, traz como tema Novas diretrizes para a 
Educação Infantil, e conta com a consultoria de Zilá de Moraes Ramos de Oliveira, professora 
e pesquisadora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – FFCLRP-USP. 
A publicação apresenta três artigos: 1 – As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Edu-
cação Infantil: uma breve apresentação; 2 – A experiência de aprender na Educação 
Infantil; 3 – Avaliação: instrumento do professor para aprimorar o trabalho na Educa-
ção Infantil. A publicação está disponível no link: http://bit.ly/2Sy21WK
BARBOSA, M. C. A especificidade da ação pedagógica com bebês. I Seminário Nacional: 
 Currículo em Movimento – Perspectivas Atuais. 2010, Belo Horizonte. Anais [...] Belo Ho-
rizonte, 2010. Neste artigo, a autora discute as possibilidades do trabalho pedagógico e a 
construção de um currículo para os bebês. Disponível em: http://bit.ly/3216553
Currículo e Avaliação na Educação Infantil. Esta série de oito vídeos, com cerca de três 
minutos de duração cada, foi produzida pela Rede Nacional Primeira Infância e aborda a 
relação entre o currículo e avaliação na Educação Infantil e a BNCC e as Diretrizes Nacionais 
Curriculares da Educação Infantil. Os vídeos estão disponíveis no link: http://bit.ly/2SzC6Of
O que mudou na educação infantil. Este vídeo, disponibilizado pela Revista Nova Escola, 
apresenta, de forma didática, as principais mudanças trazidas pela BNCC para a Educação 
Infantil. Disponível no link: http://bit.ly/38BPxD6
Ex
pl
or
15
UNIDADE Planejamento da Prática Educativa na Educação Infantil
Referências
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Funda-
mental. Referencial curricular nacional para educação infantil. Brasília/DF: 
MEC/SEF/COEDI, 1998. v. 1. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/ar-
quivos/pdf/rcnei_vol1.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2020.
________. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara De 
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Para a Educação Infantil. 
Resolução CNE/CEB 5/2009. Disponível em: <http://www.seduc.ro.gov.br/por-
tal/legislacao/RESCNE005_2009.pdf>. Acesso em: 4 fev. 2020.
________. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasí-
lia: MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.
mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>. Acesso em: 2 fev. 2020.
FARIA, A. L. G. O espaço físico nas Instituições de Educação Infantil. In: BRASIL. 
Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Sub-
sídios para credenciamento de Instituições de Educação Infantil. Brasília: DF, 
MEC/SEF/COEDI, 1998. v. 2
OLIVEIRA, Z. (org.) O Trabalho do professor na Educação Infantil. São Paulo: 
Biruta, 2012.
SALLES, F.; FARIA, Vitória. Currículo na Educação Infantil: diálogo com os 
demais elementos da proposta pedagógica. 2.ed. São Paulo: Ática, 2012.
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