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ELETROTERAPIA FACIAL E CORPORAL BÁSICA / Ultrassom

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ELETROTERAPIA 
FACIAL E CORPORAL 
BÁSICA
Fernanda Martins Lopes
Ultrassom
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Caracterizar as ondas ultrassônicas.
 � Descrever os efeitos fisiológicos da técnica ultrassônica.
 � Aplicar a técnica de ultrassom na prática clínica.
Introdução
O ultrassom é encontrado na grande maioria dos centros estéticos por 
ser uma técnica não invasiva utilizada no tratamento da celulite e da 
gordura localizada. Esse procedimento pode ainda ser utilizado no pós-
-operatório de cirurgias plásticas.
Neste capítulo, você vai entrar em contato com a técnica de ultrassom, 
além de aprender a definir o que são ondas ultrassônicas e quais são 
os seus efeitos fisiológicos. Ademais, você vai aprender a aplicar esse 
procedimento em práticas clínicas.
Características das ondas ultrassônicas
Antes de entender o que são as ondas ultrassônicas e quais são suas caracterís-
ticas, devemos revisar alguns conceitos físicos. Onda é um uma perturbação 
transmitida através do vácuo (espaço) ou de um meio material que resulta 
em transferência de energia, e não de matéria. Dependendo do meio em que 
se propagam, elas podem ser classificadas com ondas eletromagnéticas (não 
mecânicas) ou ondas mecânicas. As primeiras não necessitam de um meio 
material para a propagação, ou seja, propagam-se no vácuo. Como exemplo, 
podemos citar a luz. As ondas mecânicas, por outro lado, precisam um meio 
físico para propagação, como sólidos, líquidos e gases (KNIGHT, 2009). 
O som é um exemplo de onda mecânica, pois precisa de um meio para se 
propagar. Quando algum som é emitido, as moléculas ao seu redor come-
çam a se movimentar rapidamente (ou vibrar), transportando energia de um 
transmissor, como uma voz, para um receptor, como uma orelha (HEWITT, 
2010; LEIGHTON, 2007). 
Um dos meios utilizados pelo som é o ar. Entretanto, o som pode usar também meios 
líquidos e sólidos (HEWITT, 2010). As ondas sonoras propagam-se de melhor forma 
em meios sólidos, visto que suas moléculas estão mais unidas, relativamente a outros 
estados físicos.
Quando observamos uma representação gráfica da onda, podemos verificar 
que apresentam elementos como cristas (pontos mais altos) e vales (pontos mais 
baixos). A distância entre duas cristas ou dois vales é chamado de comprimento 
de onda (lâmbda) (Figura 1). Além disso, outra característica importante da 
onda é a amplitude, que é a extensão da perturbação, sendo determinada 
matematicamente pela distância entre o eixo da onda até uma crista ou um 
vale. Outro conceito importante para entender os aspectos físicos das ondas 
é o período, que é o tempo, em segundos, gasto para produzir uma oscilação 
completa (um ciclo de subida e descida).
Sabendo os conceitos físicos aqui citados, conseguimos determinar a 
frequência de uma onda, que é o número de ciclos gerados por uma unidade 
de tempo. Segundo o Sistema Internacional de Medidas, a frequência é me-
dida em Hertz (Hz). Quanto maior a frequência de uma onda, menor é o seu 
comprimento de onda (Figura 2). 
Ultrassom2
Figura 1. Elementos da onda. A distância entre duas cristas ou dois vales é cha-
mada de comprimento de onda (lâmbda). A amplitude da onda está destacada 
em (y), mostrando que ela é medida matematicamente do eixo da onda até sua 
crista ou vale. 
Fonte: Adaptada de Onda (2018, documento on-line).
λ
1
3
2
y
Figura 2. Diferenças entre alta e baixa frequência de ondas. A figura mostra que 
quanto menor o comprimento de onda, maior a frequência. 
Fonte: Adaptada de Ficheiro… (2008, documento on-line).
Amplitude
Amplitude
Alta frequência
Baixa frequência
Tempo
Tempo
3Ultrassom
As ondas sonoras podem ter as mais diversas frequências. No entanto, nem 
todas são audíveis para o ouvido humano. A variação de frequência que os 
seres humanos podem escutar varia entre 20 e 20.000 Hz. A menor frequência 
de classificação no espectro acústico é o infrassom, que tem uma faixa de 
frequência inferior a cerca de 20 Hz. A frequência de ultrassom começa em 
uma frequência de cerca de 20.000 Hz (BAUER; WESTFALL; DIAS, 2012). 
Dessa forma, ultrassom nada mais é do que um tipo de onda sonora. 
Para gerar uma onda ultrassônica, são usados transdutores ultrassônicos 
que apresentam um ou mais cristais de quartzo ou de titanato zirconato de 
chumbo, chamados cristais piezoelétricos. Quando uma corrente elétrica é 
aplicada a esses cristais, eles mudam de forma rapidamente. As mudanças 
rápidas de forma, ou vibrações, dos cristais produzem ondas sonoras que 
viajam, que são emitidas para fora. Por outro lado, quando as ondas sonoras 
ou de pressão atingem os cristais, elas emitem correntes elétricas. Portanto, 
os mesmos cristais podem ser usados para enviar e receber ondas sonoras. 
Esse fenômeno é denominado efeito piezelétrico (LEIGHTON, 2007; POLAT 
et al., 2011). 
A quantidade total de energia em um feixe de ultrassom produzida por 
um transdutor é chamada de potência, que é expressa em watts (W). Já a 
intensidade é a energia liberada por unidade de área (W/cm2).
Uma característica importante das ondas ultrassônicas é que, uma vez 
aplicadas em um meio, elas sofrem atenuação, ou seja, elas podem ser modifi-
cadas devido aos fenômenos de reflexão, refração e absorção, que ocasionam 
mudanças na propagação da onda ultrassônica na superfície aplicada (POLAT 
et al., 2011).
A absorção da onda sonora ocorre quando esta transfere energia para a superfície onde 
é aplicada. Entretanto, nem toda a energia depositada é absorvida, sendo enviada de 
volta, ou seja, refletida. A refração ocorre quando a onda é capaz de atravessar uma 
superfície com direção diferente e de mesma frequência (HEWITT, 2010). 
Ultrassom4
No que diz respeito à propagação da onda ultrassônica, ela ocorrerá de 
maneira diferente dependendo do tecido onde for aplicada. Todos os tecidos 
possuem diferentes impedâncias acústicas, ou seja, oferecem maior ou menor 
resistência à passagem do ultrassom. Quanto maior a diferença de impedân-
cia acústica entre o tecido e ultrassom, maior quantidade de onda refletida 
(ALIZADEH et at., 2016). 
O ultrassom utilizado na área de estética tem uma faixa de frequência de 3 
a 5 MHz, sendo os mais comuns o de 3 MHz. As ondas de ultrassom de baixa 
frequência sofrem menor atenuação e, por isso, atingem maior profundidade 
nos tecidos. Dessa forma, quanto menor a frequência, maior a penetração do 
ultrassom (KUHLE; OLIVEIRA, 2015). 
Há muitos aparelhos de ultrassom que apresentam frequências de 1 MHz. Esta faixa 
de frequência é bastante utilizada na fisioterapia, pois atinge tecidos mais profundos, 
como músculos e tendões. A profundidade de penetração do ultrassom se dá pela 
frequência, não pela intensidade.
Efeitos fisiológicos da técnica ultrassônica
As ondas ultrassônicas são usadas como recurso terapêutico na área da saúde. 
Isso se dá pois vibrações sonoras ou acústicas de alta frequência são capazes de 
se propagar por tecidos biológicos, por meio de efeitos térmicos e mecânicos. 
O efeito térmico ocorre devido à vibração de partículas que se atritam entre 
si. Os efeitos térmicos do ultrassom surgem da absorção de energia ultrassônica 
nos tecidos, que liberam calor (IZADIFAR; BABYN; CHAPMAN, 2017). 
Já o efeito mecânico, ou não térmico, do ultrassom é a cavitação, que ocorre 
quando bolhas cheias de gás se expandem e comprimem devido a mudanças 
de pressão induzidas pelo ultrassom nos fluidos dos tecidos (Figura 3). Nesse 
caso, temos dois tipos de cavitação: a estável, que é considerada benéfica para 
o tecido, levando aos efeitos biológicos do ultrassom; e a instável, causadora 
de dano tecidual (LEIGHTON, 2007). 
5Ultrassom
Figura 3. Fenômeno da cavitação gerado pelo ultrassom. 
Fonte: Adaptada de Ibramed Brasil (2017, p. 12).
Bolhas
Oscilação das
bolhas gasosas
Implosão
cavitacional
Cavitação estável Cavitação
instável
A cavitação instável é um mecanismo usado por equipamentos de ultracavitação. 
Umavez aplicada ao tecido adiposo, por exemplo, gera dano à membrana da célula 
adipócita, podendo causar morte celular e extravasamento de seu conteúdo lipídico.
As principais consequências fisiológicas oriundas dos efeitos térmicos e 
mecânicos são o aumento do fluxo sanguíneo, efeito tixotrópico e o aumento 
na permeabilidade de membrana.
Aumento do fluxo sanguíneo
O aumento de temperatura causado pelo ultrassom resultará em relaxamento 
do músculo e dos vasos sanguíneos, levando à vasodilatação (Figura 4). Esse 
processo ocorre para regular a temperatura local, que deve ser mantida dentro 
dos níveis normais. A dilatação dos vasos sanguíneos acarretará em liberação 
de calor para o exterior, com finalidade de diminuir a temperatura do local 
novamente (MIWA et al., 2002).
Ultrassom6
Figura 4. A vasodilatação ocorre quando há o aumento da temperatura 
local. O resultado desse processo é a liberação de energia para o exterior. 
Fonte: Adaptada de Ficheiro… (2006, documento on-line).
Calor/energia
PeleCapilares
dilatados
Como consequência disso, há uma diminuição da pressão sanguínea no 
local, o que causa aumento do fluxo sanguíneo. Isso acarreta em aumento do 
suprimento de oxigênio e, consequentemente, de aumento do metabolismo 
local (IZADIFAR; BABYN; CHAPMAN, 2017; KUHLE; OLIVEIRA, 2015). 
Efeito tixotrópico
O aumento de temperatura também pode levar ao efeito tixotrópico, no qual 
o ultrassom é capaz de transformar substâncias sólidas em géis, ou géis em 
formas mais liquidas. Na disfunção estética fibroedema geloide (celulite), 
encontramos um aspecto viscoso e/ou gelificado do espaço entre as células 
devido ao acúmulo de substâncias como o glicosaminoglicanos. Isso leva a 
uma diminuição do fluxo sanguíneo e por consequência uma diminuição da 
oxigenação tecidual. Dessa forma, o ultrassom é capaz de tratar o fibroedema 
geloide, visto que diminui a viscosidade do local e melhora a oxigenação 
tecidual (LAWRENCE & COLEMAN, 1997). 
7Ultrassom
O espaço entre as células é chamado de matriz extracelular. Nele, encontramos a 
substância fundamental, ou substância amorfa, que apresenta em sua composição 
ácido hialurônico, proteoglicanos e glicosaminoglicanos. No fibroedema geloide, a 
substância fundamental torna-se mais viscosa (KEDE; SABATOVICH, 2004).
Aumento da permeabilidade celular
Um efeito fisiológico importante do ultrassom é o aumento da permeabilidade 
celular, que deriva, principalmente, do efeito mecânico de cavitação (Figura 5). 
As células do nosso corpo são formadas por membranas plasmáticas, ofere-
cendo uma barreira semipermeável. A cavitação estável causada pelo ultrassom 
faz com que haja uma pressão nessas membranas, permitindo a passagem de 
substâncias entre o meio extracelular e intracelular. Devido a esse fenômeno, 
nós podemos introduzir ativos através da pele, processo que chamamos de 
fonoforese ou sonoforese (POLAT et al., 2011).
Figura 5. O aumento da permeabilidade de membrana gera difusão de ativos dentro da 
célula. 
Fonte: Adaptada de Fancy Tapis/Shutterstock.com.
Ultrassom8
Aplicação da técnica ultrassônica 
na prática clínica
O ultrassom é indicado para o tratamento de gordura localizada e de fibroe-
dema geloide (celulite). Por causar aumento da permeabilidade da membrana 
celular, podemos utilizar ativos que causam lipólise (esvaziamento do conte-
údo lipídico da célula adipócita), bem como vasodilatadores. Além disso, é 
possível tratar o pós-operatório de cirurgia plástica visto que isso leva a uma 
melhor cicatrização tecidual, à drenagem de edemas e aumenta atividade dos 
fibroblastos (ARCARI; HENSCHEL; LACERDA, 2013). 
Apesar de ser um equipamento extremamente seguro, o ultrassom apresenta 
algumas contraindicações. Clientes com tumores, feridas abertas, diabetes 
descompensada, insuficiência vascular e portadores de marca-passo não devem 
realizar esse tratamento eletroterápico, para que não agravem o seu quadro. 
Além disso, não podemos fazer a aplicação na região de olhos e glândulas. 
Um equipamento de ultrassom para uso estético ideal opera na frequência 
de 3 MHz, pela qual conseguimos atingir uma profundidade em torno de 2,5 
cm e os efeitos fisiológicos elencados. 
Além da frequência, há outros parâmetros para os quais devemos atentar. 
Um deles é modo de emissão da onda ultrassônica, que pode ser tanto contínua 
como pulsada. No primeiro caso, há uma saída constante de ultrassom, e seu 
ciclo de funcionamento é 100%. Como a aplicação não apresenta interrupções, 
há uma predominância do efeito térmico. Utilizamos esse modo para tratar 
o fibroedema geloide, gordura localizada e pós-operatório tardio. O efeito 
térmico causa aumento do metabolismo local, aumentando a taxa de lipólise, 
além de liquefazer a estrutura viscosa do fibroedema geloide. Já no modo 
pulsado, o ciclo é interrompido por alguns instantes, e por isso a liberação de 
calor não é tão intensa, diminuindo o efeito térmico. Nesse caso, podemos 
escolher ciclos de trabalho de 10, 20, 30, 40 e 50%. Esse modo de emissão é 
utilizado no pós-operatório de cirurgias plásticas, situação na qual o efeito 
térmico pode ter um efeito danoso. Logo após processos cirúrgicos, há proces-
sos inflamatórios. Dessa forma, um aumento de temperatura pode agravar o 
quadro. Em pós-operatório inicial, por exemplo, o modo pulsado é usado com 
ciclo de trabalho em torno de 20 a 30%; já no pós-operatório tardio, podemos 
aumentar este valor para 50% (KUHLE; OLIVEIRA, 2015).
9Ultrassom
Durante o processo inflamatório, ocorre vasodilatação e extravasamento de células de 
defesa do sistema sanguíneo para os tecidos. Por isso, a vasodilatação causada pelo 
efeito térmico do ultrassom pode agravar a inflamação tecidual (KEDE; SABATOVICH, 
2004). 
Quanto ao tempo de tratamento, ele está diretamente relacionado ao ta-
manho da área de aplicação e a área de radiação efetiva (ERA). Para obter o 
valor da área da região tratada, basta medi-la com uma fita antropométrica. A 
área de radiação efetiva, por outro lado, depende do aparelho. Ela é definida 
como a região da superfície do transdutor do equipamento que realmente 
gera a onda ultrassônica. Para obter esse valor, o ideal é conultar o manual do 
equipamento. O tempo de aplicação é geralmente dado pela divisão da área 
(cm2) tratada pela ERA.
Quanto à intensidade da onda ultrassônica, ela varia de acordo com a região 
aplicada e o modo de emissão. Geralmente, no modo de emissão contínua, a 
intensidade gira em torno de 1 W/cm2, atingindo o máximo de 2 W/cm2. Esses 
valores são usados para tratar gordura localizada e fibroedema geloide em 
áreas como abdômen e coxas. Já para o pós-operatório de cirurgias plásticas, 
no qual visamos uma cicatrização dos tecidos, usamos o modo pulsado. Nesse 
tipo de emissão, a onda não é continuamente liberada pelo equipamento. Por 
isso, a intensidade média durante todo o tempo de aplicação varia em torno 
de 0,5/0,6 W/cm2. 
Após configurar os parâmetros, você pode iniciar o tratamento propria-
mente dito. Inicialmente, você deve verificar a região a ser tratada, fazendo 
uma marcação com lápis/caneta. A área tratada dever ser limpa com agente 
desinfetante, como o álcool 70% ou clorexedina. Depois, devemos aplicar uma 
substância acopladora, sendo o gel com base de água o mais encontrado na 
prática clínica, por apresentar uma impedância acústica parecida com a pele. 
O cabeçote do ultrassom deve ser sempre colocado de forma perpendicular 
à pele do cliente, devendo ser aplicado em movimentos circulares lentos 
(SIQUEIRA, 2014). 
O ultrassom é uma técnica indolor e não invasiva. Dessa forma, a cliente 
pode voltar às suas atividades normalmente após o tratamento. Ele é aplicado 
com uma substância acopladora (gel) e o transdutor deve ser posicionado 
de forma perpendicular à pele. A técnica pode ser realizada de uma a duas 
Ultrassom10
vezes na semana, totalizando um número de 10 a 15 sessões para se chegar 
ao efeito desejado. 
ALIZADEH, Z. et al. Review of the Mechanisms and Effectsof Noninvasive Body Contou-
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ARCARI, B. G.; HENSCHEL, M. T.; LACERDA. O ultra-som terapêutico no tratamento da 
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IZADIFAR, Z.; BABYN, P.; CHAPMAN, D. Mechanical and Biological Effects of Ultrasound: 
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KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004. 795 p.
KNIGHT, R. D. Física: uma abordagem estratégica: volume 1: mecânica newtoniana, 
gravitação, oscilações e ondas. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 492 p.
KUHLE, B. C.; OLIVEIRA, S. P. Ultrassom no Tratamento de Fibroedema Gelóide. Curitiba: 
Universidade Tuiuti do Paraná, 2015. 10 p. Disponível em: <http://tcconline.utp.br/
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LAWRENCE, N.; COLEMAN, W. P. The Biologic Basis of Ultrasonic Liposuction. Derma-
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11Ultrassom
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MIWA, H. et al. Effect of ultrasound application on fat mobilization. Pathophysiology, 
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SIQUEIRA, K. S. Aplicação do ultrassom terapêutico no tratamento de lipodistrofia ginóide. 
2014. 91 f. Dissertação (Mestrado em Ciências: Engenharia Biomédica)– Universidade 
Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014. Disponível em: <http://repositorio.utfpr.
edu.br/jspui/bitstream/1/847/1/CT_CPGEI_M_Siqueira%2C Karina da Silva_2014.pdf>. 
Acesso em: 11 out. 2018.
Leitura recomendada
PÉCORA, J. D.; GUERISOLI, D. M. Z. Ultra-som. Departamento de Odontologia Restauradora 
da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Ribeirão 
Preto, 1997. Disponível em: <https://www.forp.usp.br/restauradora/us01.htm>. Acesso 
em: 11 out. 2018.
Ultrassom12
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