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Fichamento_Diaspora_Negra_

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UFSB – Universidade Federal do Sul da Bahia
C/C: Estéticas Negrodescendentes 
Prof.(a): Evani Tavares Lima
Aluno: José Lucas Costa do Rosário
Matricula: 2016013961
Fichamento de Resumo
Entre o Passado e o Agora:
Diáspora Negra e Identidade Cultural
Ricardo Santos rodrigues 
De acordo com o Ricardo Rodrigues, um dos elementos que caracterizam a diáspora negra, “é uma ocorrência dramática e histórica para os africanos, mas revelou incansáveis perspectivas de enfrentamento à escravidão. Os efeitos desses acontecimentos ainda estão em curso e nos orientam a rever nossos lugares de vítimas e carrascos.” 
Dessa forma é necessário pontuarmos que ao se estudar a diáspora e suas consequências permite aumentar nossa capacidade de resistência à secular opressão que é vivenciada na especificidade étnica e cultural. Colocando em pauta a reflexão acerca do conceito de emancipação que impactou no desenvolvimento de um mundo melhor. 
	O período escravocrata foi combatido por nosso movimento cultura, assim como dito por Ricardo Rodrigues onde ele fala que o movimento que retrata as navegações faz parte de uma condição existencial de estarmos como viajantes e de termos a diáspora como elemento constitutivo. Afirmando que a presença africana no Brasil representada pelo samba, a capoeira o candomblé, o maracatu entre outras coisas, constituem expressões culturais representativas que revelam nossa humanidade e o vigor de nossa cultura.
Também de acordo com o autor que destaca, “um dos legados do império é a migração dos povos colonizados para as metrópoles. Esses movimentos inscrevem transformações nas tradições dos povos colonizados e dos colonizadores. Seguindo os fluxos desses movimentos, a metrópole transforma-se em uma referência de dominação política, econômica e cultural.”
Considerando a percepção de ancestralidade apresentada no texto percebemos a incorporação da cultura a partir da religião de matriz africana, com a intensão de manter a tradição entre os povos africanos que chegaram ao Brasil trazidos de forma desumana. 
O que podemos ver é que no cenário contemporâneo de acordo com o Ricardo, “inúmeras crises e insurreições, revela que o sistema mundo – em seus ordenamentos hierarquizantes – está abalado pela importância que os países subdesenvolvidos conquistaram. Essas conquistas em seu caráter econômico liberal são exaltadas, mas elas também são fruto de uma “autonomia” de nossos pensamentos. Não se trata apensas de avanços capitalistas, ocorre, a nosso ver, que as periferias estão mais insubordinadas.” 
E de acordo com as atenuações pertinentes aos movimentos migratórios da diáspora enxergamos que “essa possibilidade é multicultura, ou seja, é fruto das interlocuções entre Brasil e África, que permite invenções como o candomblé”.
Uma vez falando sobre o trânsito cultural que foi formalizando-se “na forma de autenticidade que também é produzida dentro das circunstâncias de ser imigrante.” Determinando um isolamento geográfico criado com a diáspora. 
E com isso “Essa possibilidade permite compreender nossas manifestações culturais, artísticas, performáticas, religiosas, nosso modo de andar, falar e dançar como uma recriação de nossa humanidade, cerceada pela escravidão.” 
E assim conseguimos imaginar que “a diáspora, portanto, não é apenas o registro da travessia do Atlântico que nos foi imposta; é, acima de tudo, a história de uma inventividade humana, que não se dobrou ao açoite.”

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