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ECG resumo

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ECG
1º)NÓ SINOATRIAL- Despolarização atrial (onda P- Primeira parte AD e segunda parte AE)
2º)NÓ ATRIOVENTRICULAR- reduz a velocidade de condução- pausa de seg
3) FEIXE DE HIS → RAMOS DO FEIXE → FIBRAS TERMINAIS DE PURKINGE (Despolarização ventricular- Complexo QRS)
4º) REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR- representada pela onda T (Processo mais lento que a despolarização, dessa forma, a onda T é mais larga e mais arredondada que QRS)
RAMOS DO FEIXE: 
· RAMO DIREITO
· RAMO ESQUERDO
· FASCICULO SEPTAL: despolariza septo IV da esquerda p dir
· FASCÍCULO ANTERIOR: superfície anterior do VE
· FASCÍCULO POSTEIROR: superfície posterior do VE
Os ramos terminam nas fibras de purkinge, as quais fornecem a corrente elétrica miocárdio ventricular, produzindo a contração ventricular. Marcada por uma grande deflexão chamada Complexo QRS que consiste em várias ondas distintas, cada uma com o seu nome:
· Se a primeira deflexão for para baixo(negativa), é chamada de Onda Q;
· A primeira deflexão para cima é chamada de Onda R;
· Se houver uma segunda deflexão para cima, ela é chamada de R';
· A primeira deflexão para baixo, após uma deflexão para cima, é chamada de Onda S;
· Se toda a configuração consistir em uma deflexão para baixo, a onda é chamada de Onda QS.
A primeira parte do Complexo QRS corresponde à despolarização do septo interventricular pelo fascículo septal do ramo esquerdo do Feixe de His. Os ventrículos direito e esquerdo se despolarizam praticamente ao mesmo tempo, no entanto, sabemos que a massa ventricular esquerda é muito maior que a direita, portanto, a maior parte do que visualizamos no eletro é a ativação ventricular esquerda.
· INTERVALO PR: dura 120-200ms (3 a 5 quadrados pequenos)
· SEGUIMENTO PR: linha reta que conecta a parte final da onda P ao início do QRS, medindo o tempo do final da despolarização atrial até o início da despolarização ventricular; 
· SEGUIMENTO ST
· INTERVALO QT: mede o tempo do início da despolarização ventricular ao final da repolarização ventricular
· INTERVALO QRS: mede a duração da despolarização ventricular, normalmente dura de 80-100ms ( 2 q 2,5 quadradinhos) 
· INTERVALO RR: mede a duração entre duas ondas R ou seja, representa a duração de um ciclo cardíaco! Para estimar a FC no ECG: basta contar quantos quadradões existem entre duas Ondas R consecutivas e dividir 300 por esse número. Por exemplo, vamos supor que há 4 quadradões entre duas Ondas R em certo ECG: 300/4 = 75. Portanto, a FC deste paciente está em torno de 75bpm. Se quisermos ser mais precisos, precisaremos contar também os quadradinhos e dividir 1500 por eles, no entanto, de forma geral, a aproximação por esse macete é o suficiente.
AS 12 DERIVAÇÕES
6 DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS: são as derivações dos membros, visualizam o coração em um plano frontal/vertical (os eletrodos detectam ondas de despolarização e repolarização se movendo p cima e p baixo, p direita e esquerda)
 
BIPOLARES: DII e DIII estão a 60º com a horizontal
UNIPOLARES: AVL e AVR estão a 30º da horizontal e AVF a 90º
Derivações laterais esquerdas: aVl e D1
Derivações inferiores: DII, Avf e DIII
Derivação direita: avR	
6 DERIVAÇÕES PRECORDIAIS: dispostas em um plano horizontal (detectam correstes que se movem anterior e posteriormente)
 
Derivações laterais esquerdas: V5 e V6
Derivações Anteriores: V4,V3, V2
Derivação Ventricular Direira: V1
Enquanto o R aumenta o S diminui
ISOELÉTRICO: está vendo o vetor a 90º, de frente (tipo v3)
ANÁLISE TOPOGRÁFICA
· PAREDE SEPTAL: V1, V2· V3, V4, V5,V6: Antero lateral
· V1,V2,V3,V4: Antero Septal
· V1,V2,V3,V4,V5,V6, DI e AVL: Anterior Extensa
· PAREDE ANTERIOR: V2,V3,V4
· PAREDE LATERAL BAIXA: V5,V6
· PAREDE LATERAL ALTA: DI, AvL
· PAREDE INFERIOR: DII, DIII, AvF
· PAREDE POSTERIOR: V7, V8 
 
ONDA P: da direita p esquerda e discretamente p baixo. Sendo que a voltagem gerada p despolarização dos atrios é pequena, n excedendo 0,25mV (<2,5mm) em qq derivação. A onda P, normalmente é mais + em DII (geralmente se utiliza essa derivação para poder medi-la). Seu tempo normal deve ser <120ms.
 
Obs: ela pode ser negativa em DIII em pessoas saudáveis. 
 
INTERVALO PR: corresponde ao tempo desde o início da despolarização atrial até o início da despolarização ventricular, incluindo o retardo na condução elétrica que ocorre no Nó Atrioventricular. Este intervalo dura de 120 - 200 ms (3 - 5 mm ou 3 - 5 quadradinhos).
COMPLEXO QRS: onda de despolarização que ja passou pelos átrios seguindo para os ventrículos. Devido a maior massa muscular dos ventrículos, ele é bem maior que a onda P. O intervalo QRS dura de 80 a 120ms.
ONDA Q SEPTAL: o septo interventricular é a parte dos ventrículos q se despolariza primeiro, da esquerda p direita. Nem sempre essa despolarização do septo interventricualr é visível no ECG, quando visível, ela descreve uma pequena deflexão negativa (onda Q) em uma ou mais derivações laterais esquerdas (DI, Avl, v5, v6). Como o septo é uma pequena parte do miocárdio ventricular, a amplitude da onda Q n passa de 0,1mV (1mm ou 1 quadradinho). 
DESPOLARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO VENTRICULAR RESTANTE: Como o ventrículo esquerdo é maior, sua despolarização domina o restante do complexo QRS, e o vetor médio aponta p esquerda. Normalmente, o vetor de despolarização dos ventrículos está entre -30º 3 90º. 
SEGUIMENTO ST: representa o tempo entre o final da despolarização ventricular ao início da repolarização ventricular. Ele geralmente é horizontal ou levemente ascendente em todas as derivações.
ONDA T: Corresponde a repolarização ventricular. Geralmente as mesmas derivações que registraram uma onda R alta durante a despolarização ventricular tb vão registrar uma onda T positiva na repolarização. (uma onda de repolarização se movendo em direção a um eletrodo positivo tem-se uma deflexão negativa).
 A amplitude da onda T normal é de 1 a 2 terços da onda R. Já sua duração é mais larga que o complexo QRS. Ela costuma ser assimétrica, sendo sua simetria um possível indicativo de alteração na repolarização ventricular. 
INTERVALO QT: inclui o tempo do início da despolarização ventricular até o final da repolarização ventricular. A sua duração é proporcional à frequência cardíaca.
Existem fatores que alteram o QT: idade, sexo e frequência cardíaca do momento. Ele é de aproximadamente 400ms. 
Obs: existem síndromes do QT longo, no qual o paciente deve ficar fazendo sempre revisões, pois ele pode entrar em arritmia e vir a ter uma morte súbita. Somente o longo é preocupante, o curto n tem problema.
ARRITIMIA SINUSAL RESPIRATORIA É ALGO NORMAL que pode acontecer ao prender a respiração em algumas pessoas. 
HIPERTROFIA E DILATAÇÃO
O termo Hipertrofia significa um aumento da massa muscular! Na maioria das vezes, trata-se de uma hipertrofia por sobrecarga de pressão, ou seja, quando o coração exerce uma maior pressão para bombear o sangue devido a uma resistência aumentada (HAS, Estenose Aórtica…).
​A Dilatação, por outro lado, refere-se ao aumento de uma câmara cardíaca. Desta vez, a maioria dos casos se deve a uma sobrecarga de volume: a câmara se dilata para acomodar um maior volume sanguíneo.
A Onda P representa a Despolarização Atrial e por isso é para ela que vamos olhar para avaliar o aumento atrial! Já quando estamos avaliando hipertrofia ventricular, estaremos atentos ao Complexo QRS.
POSSÍVEIS ALTERAÇÕES
Existem três achados no eletrocardiograma que podem representar uma dilatação ou hipertrofia:
-A câmara pode levar mais tempo para se despolarizar devido ao seu maior tamanho, aumentando, portanto, a duração da onda no ECG;
-A câmara pode gerar mais corrente elétrica, aumentando assim a amplitude da onda no ECG;
-Uma maior percentagem da corrente elétrica total pode se mover através da câmara dilatada ou hipertrofiada, de modo a desviar o vetor elétrico médico (eixo elétrico)
EIXO ELÉTRICO DO COMPLEXO QRS: O vetor médio do Complexo QRS aponta para a esquerda e para baixo. O eixo normal do QRS fica entre -30º e +90º. Para determinar se o eixo do QRS está normal ao lermos o ECG, olhamos paraas derivações DI, DII e aVF. Se o complexo for positivo tanto em DI quanto em DII, o eixo está normal!
+ DI e + AVF = normal 
+ DI e - AVF = desvio para esquerda
- DI e + AVF = desvio para direita
- D1 e – AVF= desvio extremo 
Quando identificamos um desvio de eixo para esquerda, devemos pensar em quatro patologias mais prevalentes para descartá-las ou diagnosticá-las: (1) BRE; (2) Sobrecarga de VE; (3) Zona Eletricamente Inativa; e (4) Bloqueio Divisional Ântero-Superior Esquerdo. 
Dentre as principais patologias de desvio de eixo para direita, temos (1) BRD; (2) Sobrecarga de VD; (3) Bloqueio Divisional Postero-Inferior Esquerdo; (4) Infarto de Parede Lateral Alta. Mas em algumas pessoas, esse desvio pode ser fisiológico, como em pacientes longilíneos (tendência da verticalização do eixo) e recém-nascidos (predomínio da ação do VD no período fetal).
ONDA P: o eixo normal está entre 0º e 70º. Ou seja, p q ela esteja normal, deve ser observada + em DI e AVF. 
ONDA T: o eixo é variável, no entanto, deve se aproximar do eixo do QRS.
AUMENTO ATRIAL: Deve avaliar a onda P duração (<120ms = 3mm ou 3 quadradinhos) e amplitude (0,25mV ou 2,5mm). Lembrando que a primeira parte representa o AD e a segunda parte a despolarização atrial esquerda. 
Deve olhar ela em DII (positiva) e VI (bifásica).
	AUMENTO ATRIAL DIREITO: a amplitude da primeira parte da Onda P estará aumentada. No entanto, a largura da onda não altera já que a parte final da Onda P representa a despolarização atrial esquerda, a qual, neste caso, está intacta.
	AUMENTO ATRIAL ESQUERDO: altera amplitude e largura (duração)
	Causas: hIpertensao pulmonar DPOC, tetralogia de falo, doença da valva tricuspide, miocardiopatia 
	Causas: doenças valvares (mitral), hipertrofia ventricular
	DIAGNÓSTICO de sobrecarga atrial direita se dá pela amplitude da Onda P: 
> 0,25mV (2,5mm) nas derivações inferiores (DII, aVF e DIII) ou 
> 0,15mV (1,5mm) em V1. 
Atenção: esse diagnóstico só pode ser dado na presença de ritmo sinusal (onda P positiva em DI e AVF), pois esses critérios foram estudados sobre esse ritmo. 
Este quadro eletrocardiográfico é conhecido como P Pulmonale, devido a causa mais comum ser doença pulmonar grave.
Onda P> 0,25mV DII, DIII e AVF
	DIAGNÓSTICO de aumento atrial esquerdo requer que a onda P possua:
duração da porção terminal ≥ 40ms (1mm) e 
amplitude da porção final ≥ 1mm abaixo da linha isoelétrica em V1 (Índice de Morris). 
Obs: Existe um quadro eletrocardiográfico conhecido como P Mitral (pela doença mitral ser a causa mais comum de aumento atrial esquerdo), a qual consiste na separação dos dois picos de despolarização atrial ≥ 1mm, dando a aparência da Onda P de uma letra M.
	Comp atrial direito >0,15mV em V1
	Índice de Morris:porção terminal ≥1mm V1
	Possível desvio do eixo p direita
	Sem desvio do eixo significativo
	Sem alterações na duração da onda 
	Porção terminal da onda P≥40ms (1mm)
Obs: na sobrecarga BIATRIAL tem os 2 critérios( 1 critério para AD e 1 para AE). Causas: estenose mitral +ALGUMA COISA QUE causa aumento atrio direito
HIPERTROFIA VENTRICULAR: Deve analisar o complexo QRS, em muitas derivações. 
	HIPERTROFIA VENTRICULAR DIREITA
	HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA
	
	
Mais comum das sobrecargas
	Redução de R de v1 a v6 e aumento de s de vi a v6
DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS: desvio do eixo para direita, o ventrículo direito, por estar hipertrofiado, supera a dominância elétrica e o eixo do QRS é orientado entre +100 e 180º. Complexo QRS predominantemente negativo em DI e predominantemente positivo em aVF.
​
DERIVAÇÕES PRECORDIAIS: O padrão normal da Onda R (no qual a amplitude vai aumentando à medida que você progride de V1 a V5) é rompido, já que agora o fluxo elétrico no ventrículo direito está maior. Neste caso, à medida que as derivações se movem para o ventrículo esquerdo, a Onda R vai reduzindo. Da mesma forma, a Onda S em V1 é pequena e em V6 é grande.
​
Sendo assim, na hipertrofia ventricular direita, em V1 a Onda R é maior que a Onda S e em V6 a Onda S é maior que a Onda R.
​
É comum ainda observarmos o padrão strain nas derivações V1 ,V2 e V3, o qual consiste em Onda T invertida e assimétrica, associada ou não a depressão do segmento ST.
 POR CONTA DO CORAÇÃO HIPERTROFIADO VC PERCEBE QUE EM VI A ONDA ESTA BEM MAIOR DO QUE DEVERIA SER, PQ O FLUXO ESTA INDO NA DIREÇÃO DELA
	S em V1 + Amplitude da Onda R em V5 ou V6 > 35mm;
Apesar de existirem vários critérios diagnósticos para hipertrofia ventricular esquerda, todos eles refletem algo em comum: aumento da amplitude da Onda R nas derivações sobrejacentes ao ventrículo esquerdo e aumento da amplitude da Onda S nas derivações sobrejacentes ao ventrículo direito.
​​
1. CRITÉRIO DE SOKOLOW-LYON: Amplitude da Onda S em V1 + Amplitude da Onda R em V5 ou V6 > 35mm;
2. ÍNDICE DE CORNELL: Amplitude da Onda R em Avl + Onda S em V3 > 28mm (homens) ou 20mm (mulheres).
3. PONTUAÇÃO DE ROMHILT-ESTES
Strain é uma alteração que deve ser pesquisada ao encontrar sobrecarga. Ocorre quando existe um rebaixamento de ST e uma inversão da onda T (padrão de pá de pedreiro). Pode encontrar em V5,V6, DI e AVL, podendo ocorrer tb em V4.
	
	da Onda R em Avl + Onda S em V3 > 28mm (homens) ou 20mm (mulheres)
	Padrão strain em v1 e v2
	Padrão strain em v5,v6,d1 e avl
BLOQUEIOS DE CONDUÇÃO
Existem alguns tipos de bloqueio de ramo e eles podem ocorrer desde o Nó Sinoatrial (SA) até os ramos e fascículos dos ventrículos. Ele consiste em um retardo ou obstrução da condução elétrica pelas vias do complexo estimulante do coração. Perceba que um bloqueio de condução não significa que o fluxo elétrico está completamente interrompido!
· Bloqueio do Nó Sinoatrial: bloqueio do fluxo de saída do Nó SA. Nesse caso o Nó SA despolariza normalmente, no entanto, a onda é logo bloqueada e não é transmitida para os átrios, registrando, no ECG, uma “pausa” no ciclo cardíaco. Alteração bem incomum;
· Bloqueios Atrioventriculares: consiste no bloqueio entre o Nó SA e o Feixe de His, incluindo o Nó AV.
· Bloqueios de Ramo: bloqueio do fluxo em um ou os dois ramos ventriculares. Este bloqueio pode ser apenas em uma das partes dos ramos, ou seja, um hemibloqueio ou bloqueio fascicular.
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES (BAV)
· 1º GRAU (intervalo PR > 200ms)
· 2º GRAU
· MOBITZ I (alongamento progressivo de PR, seguido de uma onda P não seguida por QRS)
· MOBITZ II (onda P n seguida por complexo QRS abruptamente)
· 3º GRAU: bloqueio atrioventricular total (dissociação atrioventricular)
	BLOQUEIO DE RAMO DIREITO (BRD)
	BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO (BRE)
	QRS alargado 
	>120ms 
OU SEJA, QRS COM > 3 QUADRADOS 
	Em V1 o QRS está mais positivo (p cima)
	Em V1 o QRS está mais negativo(p baixo)
	Em um coração saudável, o QRS aparece nas derivações sobrejacentes ao ventrículo direito (V1 e V2) com uma pequena Onda R positiva e uma Onda S negativa profunda, devido à dominância elétrica esquerda. No BRD, é possível visualizar as Ondas R e S iniciais registradas pela despolarização ventricular esquerda, no entanto, quando o ventrículo direito inicia a sua despolarização (sem a oposição do VE que já está despolarizado), o eixo elétrico se desvia agudamente para a direita, registrando uma segunda Onda R, chamada R’ em V1 e V2. Dessa forma, o complexo registrado é chamado de RSR’ e tem uma forma semelhante a de orelhas de coelho. 
​Já nas derivações laterais esquerdas (DI, aVL, V5 e V6), a despolarização atrasada do ventrículo direito registra Ondas S recíprocas profundas tardias.
SIGNIFICADO CLÍNICO DO BRD:
· Cardiopatia isquêmica (lesão proximal da Descendente Anterior)
· Cardiopatia chagasica (associação com BDAS)
· Pode ocorrer sem doneça estrutural 
· Hipertensão pulmonar 
· TEP
· Comunicação Intrearial (CIA) 
	Nas derivações sobre o ventrículo esquerdo (DI, aVL, V5 e V6) observamos uma alteração na forma do QRS. Como você deve estar lembrado, essas derivações possuem Ondas R altas, causadas pela despolarização do maciço ventrículo esquerdo. Se há um retardo nessa despolarização, haveráum prolongamento na elevação das Ondas R, provocando um topo alargado ou entalhado.
​
Por outro lado, nas derivações sobrejacentes ao ventrículo direito (V1 e V2), serão registradas Ondas S recíprocas profundas e alargadas.
​
Dessa forma, no BRE, em V1 podemos ver um padrão rS ou qS, enquanto que em V6, veremos um padrão com R puro (semelhante a uma torre). 
As orelhas de coelho são menos comuns que no BRD, porém também podem estar presentes no BRE. 
​Uma possível alteração que pode ocorrer também é o desvio do eixo para a esquerda, pela acentuada dominância ventricular esquerda que pode estar presente no BRE.
SIGNIFICADO CLÍNICO BRE: 
· Prognóstico dependente da cardiopatia subjacente
· Cardiopatia isquêmica
· Irrigação da desccendente anterior 
· Pior prognostico no infarto agudo 
· Cardiopatia hipertensiva (pode traduzir hipertrofia)
· Miocardiopatia dilatada (até 30% dos casos) 
ASSOCIADO A MAIOR MORTALIDADE
	V1 e V2 RSR´ (orelhas de coelho)
	V1 e V2 - Ondas S recíprocas profundas e alargadas. (padrão RS ou QS)
	DI, aVL, V5 e V6 - Ondas S recíprocas profundas tardias
	DI, aVL, V5 e V6-prolongamento na elevação das Ondas R, provocando um topo alargado ou entalhado (Padrão R puro, semelhante a uma torre)
	Comum observar depressão de ST e inversão de onda T, principalmente em derivações com ondas R altas
	Depressão de ST e inversão de onda T observadas nas derivações laterais esquerdas 
	
	
	
Portanto, não podemos laudar supra/infra de ST e inversão de Onda T como alterações isquêmicas na vigência de bloqueio de ramo.
OBS: Até então, estavamos falando de bloqueios completos de ramo. Mas nem todos eles são assim. Quando encontramos um traçado de ECG característico de bloqueio de ramo direito ou esquerdo (orelhas de coelho em V1, por exemplo), porém a duração do QRS está entre 100ms e 120ms, estamos diante de um hemibloqueio! Os causadores desse tipo de bloqueio são os mesmos que causam os Bloqueios de Ramo Direito e Esquerdo.
BLOQUEIO DA DIVISÃO ANTERO SUPERIOR DO RAMO ESQUERDO (BDAS):
Hemibloqueio Anterior esquerdo: Neste caso, o fluxo elétrico pelo Fascículo Anterior Esquerdo está bloqueado. Deste modo, a corrente segue toda para o Fascículo Posterior Esquerdo, o qual vai para a superfície inferior do coração. Se a corrente elétrica vai para a superfície inferior cardíaca, a despolarização do miocárdio vai se ocorrer na direção inferior-superior e direita-esquerda (lembre que VE é muito maior que VD).
​
O resultado você já deve imaginar: o eixo de despolarização ventricular é redirecionado para cima e levemente para a esquerda. Isso acaba por provocar um desvio de eixo para a esquerda (-30º a -90º), inscrevendo Ondas R altas nas derivações laterais esquerdas e Ondas S profundas nas inferiores. Neste caso então, podemos observar DI positivo e DII negativo.
​
Mas apenas com a presença de desvio de eixo para a esquerda, podemos diagnosticar Hemibloqueio Anterior Esquerdo? Ainda não! Para isso, devemos excluir outras causas de desvio de eixo para a esquerda, sendo elas: (1) BRE; (2) Sobrecarga de VE e (3) Zona Eletricamente Inativa. Se não encontrarmos indicativos de nenhum dessas patologias, podemos dizer que há um Hemibloqueio Anterior Esquerdo!
ISQUEMIA, LESÃO E NECROSE
Possíveis causas dessas alterações: 
· Anormalidade de eletrólitos 
· Status cardíaco pós-cirúrgico
· Anemia 
· Febre
· Acidose ou alcalose
· Catecolaminas, drogas
· Processos abdominais agudos
· Anormalidades endócrinas 
· Alterações metabólicas
· Acidentes cerebrovasculares
· Doenças como: miocardites, pericardites, miocardiopatia, embolia pulmonar, amiloidose, infecções, doneças sistêmicas, doenças pulmonares
· Indivíduos saudáveis incluindo atletas bem treinados
ISQUEMIA (olha onda T)
ISQUEMIA SUBEPICÁRDICA: 
DIAGNÓSTICO: onda T negativa ≥1mm pontiaguda, simética (teoricamente) denominada alteração primária da repolarização ventricular. 
SIGNIFICADO CLÍNICO (não casando com DAC): 
· Insuficiência coronária aguda e crônica
· Outras condições cardíacas: espasmo coronário, pericardite, miocardite, miocardiopatias, PVM, hipertrofias ventriculares, bloqueios de ramo, p´re-excitação ventricular, taquiarritimias. 
· Condições extracardiacas: padrão juvenil, AVC, uso de fármacos, distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-basicos, hipóxia, uremia, choque, sepse, anemia, doenças endócrinas, pancreatite;
· Dondições fisiológicas: hiperventilação, extremos de temperatura, taquicardia, exercício, sono, mudanças posturais, ansiedade;
· Condições técnicas: troca ou posicionamento inadequado de eletrodos, inércia excessiva do eletrocardiograma. 
ISQUEMIA SUBENDOCÁRDICA: 
DIAGNÓSTICO: onda T positiva, pontiaguda, simétrica e ampla >5mm nas derivações periféricas e >10mm na derivações precordiais; Aumento do intervalo QT;
SIGNIFICADO CLÍNICO: 
· Praticamente restrita à insuficiência coronária, como observado na fase aguda da angina de peito ou no período imediatamente anterior ao IAM;
· Diagnóstico diferencial: vagotonia, hiperpotassemina, pericardite e sobrecarga diastólica;
LESÃO/ INJÚRIA (segmento ST)
CORRENTE DE LESÃO/INJÚRIA SUBEPICÁRDICA
DIAGNÓSTICO: ECG com supradesnivelamento do segmento ST ≥1mm nas derivações periféricas e ≥2mm nas derivações precordiais;
Essa elevação do segmento ST não ocorre em qq isquemia, ela reflete lesão miocárdica secundária a OCLUSÃO TOTAL de uma artéria coronária. 
O Ponto J (ou ponto de junção) consiste no local onde o segmento ST se desliga do Complexo QRS.
CORRENTE DE LESÃO/INJÚRIA SUBENDOCÁRDICA
DIAGNÓSTICO: ECG com infradesnivelamento do segmento ST ≥0,5mm
Depressão de ST em v2-v6
INJÚRIA TRANSMURAL: não lauda
ZONA ELETRICAMENTE INATIVA (onda Q)
Alteração histologicamente irreversível (necrose): não gera potencial de ação, não produz vetores, não se despolariza e repolariza, não se contrai, apenas conduz o estímulo. 
A necrose altera o QRS sendo representada pela onda Q patológica e define a existência do infarto agudo do miocárdio. 
A necrose altera QRS, sendo representada pela onda Q patológica (larga e profunda, com as seguintes caracterísicas, exceto em AVR):
>30ms de duração
>3mm de amplitude
>1/4 da amplitude total do QRS
Aa morfologias mais representativas de necrose elétrica são: 
QS: necrose transmural
QR ou Qr: necrose subepicárdica
IMAGEM RECÍPROCA/EM ESPELHO 
	PAREDE
	CORRELAÇÃO EM ESPELHO
	ANTEROSEPTAL V1 a v4
	Posterior (v7,v8)
	ANTEROSEPTAL V1 a v4
	Inferodorsal (d2,d3,avf,v7,v8)
	ANTEROLATERAL (D1, avl, v5 e v6)
	Inferior (d2,d3,avf)
Ex:supra de st em parede inferior e infra de st em anteroseptal
toda vez que fica a 90º de algum sera isoelétrico
RESUMO
F: frequência /R: ritmo /E: eixo/B: bloqueios (distúrbios de condução)
I: isquemia/S: sobrecarga 
· FREQUENCIA: dividir 1.500 pela distancia entre duas ondas R consecutivas, em mm 
· RITMO: se for sinusal a onda P será positiva em DI e AVF. Consequentemente positiva em D2. Além disso, toda onda P deve estar associada a um QRS.
· EIXO: avalia o QRS em D1 e AVF para saber em que quadrante ele se encontra. Se quiser saber a angulação exata deve olhar em que derivação esta isoelétrico, para saber qual esta a 90º 
Desvio de eixo para esquerda: (1) BRE; (2) Sobrecarga de VE; (3) Zona Eletricamente Inativa; e (4) Bloqueio Divisional Ântero-Superior Esquerdo. 
ATRIOS -> Avalia onda P em busca de SOBRECARGA ATRIAL
	
	SAD
	SAE
	D2
	amplitude≥2,5mm
	duração≥120ms=0,12s(qq derivação)
	V1
	amplitude≥1,5mm apiculada
	Moris ≥1mm na parte negativa
INTERVALO PR (do átrio ao feixe de His)
	<120 síndrome do PR curto 
	Entre 120 até 200ms (5mm) é normal
	>200 tem, pelo menos, BAV de 1º 
QRS : QRS≥120ms Bloqueio completo de ramo
	BRD
	V1/v2
	RSR’ ou orelha de coelho
	Não Pode achar sobrecarga de VD ou isquemia e injúria de V1 a V3
	BRE
	V1
V5/6
	QS ou RS
Padrão torre 
	Ñ lauda mais nada “alteração secundária da repolarização ventricular”
Mini quadrado 0,1mm e 0,04s
Quadrado com 5 são 0,5mm e 0,2s
	SOBRECARGA VENT DIREITA
	SOBRECARGA VENT ESQUERDA
	Redução de R de v1 a v6 e aumentode s de vi a v6
	S em V1 + Amplitude da Onda R em V5 ou V6 > 35mm;
	
	Onda S em V3 +R em Avl > 28mm (homens) ou 20mm (mulheres)
	Padrão strain em v1 e v2
	Padrão strain em v5,v6,d1 e avl
Padrão strain é uma alteração de repolarização ventricular observada nas derivações laterias (sobretudo V5 e V6, mas tb DI e AVL). O traçado é marcado por uma inversão proeminente da onda T, procedida por um infradesnivelamento do segmento ST, com convexidade superior. O achado é fortemente sugestivo de hipertrofia de VE, e é visto como um marcador de prognóstico adverso. Quando há o padrão strain, n se pode laudar isquemia ou lesão em parede lateral (v5 e v6) nem lateral alta (d1, avl).
	ISQUEMIA (onda T)
	SUBEPICARDICA: negativa ≥1mm pontiaguda, simética (teoricamente) 
	SUBENDOCARDICA: positiva, pontiaguda, simétrica e ampla >5mm nas derivações periféricas e >10mm na derivações precordiais; Aumento do intervalo QT;
	INJÚRIA (seg ST)
	SUBEPICARDICA: supradesnivelamento do segmento ST ≥1mm nas derivações periféricas e ≥2mm nas derivações precordiais;
	SUBENDOCARDICA: infradesnivelamento do segmento ST ≥0,5mm
	ZEI (onda Q)
	Onda Q patológica (larga e profunda, com as seguintes características, exceto em AVR):
	>30ms de duração
>3mm de amplitude
>1/4 da amplitude total do QRS

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