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ok clin equi 23.05.11

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Clínica Médica de Eqüinos
Rio, 23/05/2011
Alexandra Woods
Definição de laminite:
	Conseqüência de uma desordem sistêmica, que se manifesta de forma localizada na região podal. 
	Existem as exceções de traumatismos localizados que podem causar laminite, nessa situação ela vai ser uma inflamação das laminas do casco com manifestação do próprio local (vai ser localizado).
	Mas na maioria dos casos não, geralmente acontece de forma sistêmica que vai aparecer à sintomatologia clínica no casco.
Ex. colite x, pode ser um caso deflagrador de um processo de laminite.
Não é um processo exclusivo dos cavalos, pode aparecer em outros animais ungulados como nos bovinos, suínos, caprinos, ovinos e eqüinos. Todos podem ter laminite, só que no cavalo ela se manifesta com maior intensidade, normalmente é um processo agudo e que tem um curso bem grave se não for tratado e se não responder bem ao tratamento. Já nas outras espécies o curso é bem mais brando e muitas vezes vai se apresentar de forma subclínica ou o animal vai sobrevivendo com o caráter crônico da doença, mas não tão severo.
Anatomia e histologia
	Estruturas presentes na fisiopatologia da laminite: laminas dérmicas e epidérmicas, ligamento do tendão flexor digital profundo (TFDP), 3ª falange (ou falange distal). Essas são as estruturas mais importantes na fisiopatologia da laminite, porem existe outras que também tem influência. 
Afecção que vai desde o casco até o osso da 3ª falange, mostrando como é a relação entre as estruturas. Temos o casco, junto do casco temos a lâmina epidérmica (não sensitiva, não é inervada nem vascularizada). Depois dela, intimamente relacionado com ela agente tem a lâmina dérmica, essa sim, com vasos aferentes (que chega o sg arterial) e vasos deferentes (que são as veias) que saem de lá levando o sg já utilizado. Em intimo contato, aderido à lâmina dérmica vamos ver o osso. 
Imagem: 3ª falange, TFDP se inserindo na 3ª falange, e em contrapartida temos o tendão extensor fazendo uma forca contraria. Só que o TFDP é superior ao do extensor, pra contrabalancear, a lâmina dérmica colada à lâmina epidérmica, então a lamina dérmica colada com a lâmina epidérmica mais o extensor consegue evitar que haja o processo de rotação. 
Quando há perda de integridade desses fatores, o TFDP sobrepõe essa força extensora, e ai a 3ª falange faz a rotação.
Etiologia
São inúmeras causas de laminite:
	- Alterações gastrointestinais: dilatação gástrica aguda, impactação.
Nas impactações mais graves onde a massa impactada permanece dentro do lúmen intestinal por um grande período, essa impactação acaba lesando a mucosa intestinal, até porque tem produção de gás e ela distende, aquela mucosa intestinal num processo de inflamação localizado é mais susceptível a absorção de endotoxinas que estão sendo produzidas pelas bactérias presentes, bactérias que estão morrendo, e acabam sendo absorvidas e geram os fenômenos vasoativos que são as causas da laminite.
Colite x: é um tipo de colite característica do cavalo, principalmente do PSI. Tem uma grande incidência de laminite.
Duodenojejunite também pode acarretar a laminite.
Alguns processos mais graves são os que normalmente estão relacionados ao aparecimento da pododermatite asséptica difusa. 
Existem transtornos gastrintestinais que podem passar desapercebidas, que não tem alteração clínica, mas pelas alterações que ele provoca, por ex, transtornos uma mudança de dieta, na microbiota intestinal, (ex. dieta muito concentrada) pode ser suficiente pra causar uma alteração nessa microbiota e determinar essas mudancas e consequentemente levar a um quadro de síndrome digital aguda (que é outra forma que podemos nos referir a laminite).
 Retenção placentária: é uma causa freqüente de laminite grave. Faço uma lavagem uterina pra eliminar o máximo de anexos fetais que estão retidos lá, pode fazer uso de antibiótico intra uterina (local) ou sistêmica e tentar eliminar a maior parte desse material retido. 
Se vc vê o animal com retenção placentária, vc não vai esperar ele manifestar uma laminite pra fazer o tratamento. Vc já inicia um tratamento profilaticamente, com uso de gelo, que é o processo de tratamento de eleição nesse caso principalmente pra aspecto preventivo.
Pneumonia: leucopneumonia, ou outras infecções que vc observa no animal uma coleção purulenta, elas são particularmente favoráveis a provocar o desenvolvimento dessas afecções. 
Agente tem um outro lado que é a laminite por concussão, que é aquela determinada pelo traumatismo repetitivo numa superfície normalmente dura. Isso é um processo localizado.
Imagina um animal desse desferrado, fazendo um trabalho de 6 horas por dia de 70-80kg, então esse tempo prolongado, com o impacto constante, com o animal desferrado pode determinar um quadro de laminite. Apesar de ser um processo localizado, agente observa que nesses fenômenos localizados pode ter um fator sistêmico que favoreçam o aparecimento do quadro.
Ex. animal desse que está trabalhando 6 horas, pode estar num quadro de desidratação. Essa hipovolemia da desidratação pode favorecer um processo de agregação plaquetária ou de coagulopatia. Pode provocar uma desordem que venha a ajudar o estabelecimento desse processo da laminite.
	Causa comum de laminite, causa local e não sistêmica: animal que tem excesso de apoio no membro contra lateral. O que é isso: um membro lesado com algum tipo de patologia, alguma fratura, com isso ele apóia a maior parte do peso no membro contralateral (não lesado), e ai esse excesso de apoio pode levar a um quadro de laminite.
	São animais que temos que ficar monitorando pra ver se vai aparecer algum tipo de alteração, ou se for o caso, agente preventivamente institui alguma terapia.
Pesquisa realizada: Sistemas do corpo do animal que estão envolvidos no aparecimento da laminite: dos 100 que fizeram laminite, 55 desenvolveram laminite a partir de um processo de distúrbio gastrintestinal, sendo considerada a causa mais freqüente do aparecimento de laminite. 8 cavalos, desenvolveram laminite a partir ou em conjunto com uma desordem músculo-esquelético (miopatia, ex. rabdomiolise). Alterações urogenitais (ex. retenção placentária, pielonefrite, etc.), grande parte dos casos agente não consegue estabelecer uma relação ou o envolvimento com algum sistema, que são causas que tem a origem desconhecida.
	Sempre vai existir uma causa inicial, mas nem sempre agente vai conseguir descobrir essa causa, e vamos ter que tratar sintomaticamente a laminite. Às vezes vamos ter sucesso na sua abordagem e outras não.
	Das alterações intestinais, temos algumas que ocorrem com maior freqüência e outras com menor freqüência.
Cólicas não estrangulantes, cirúrgicos: impactação (pode ter tratamento clinico ou cirúrgico), enterólito. 
As cólicas estrangulantes de resolução cirúrgica: é uma torção por exemplo. Porque a torção que é uma causa tão grave não causa laminite com freqüência? Temos um grande índice de óbito grande, ou seja, eles evoluem pra morte antes mesmo de apresentar a laminite. Os animais que não morrem são porque ocorreu uma intervenção cirúrgica rápida, então a liberação de toxinas foi pequena, apesar de ser uma cólica gravíssima onde tem comprometimento de alça. 
As obstruções de resolução clínica, como uma impactação. A impactação pode se resolver em 3-4-5 dias, então durante esse período vc às vezes tem um problema extenso liberando muita toxina, sofrimento de alça, então isso é uma das causas de laminite.
Endotoxemias e ou as toxemias de uma forma geral.
Fisiopatologia
	Laminite originada a partir de um processo de cólica. Mas se vc tem uma laminite originária a partir de uma infecção vc subtrai essa parte inicial (do concentrado produzindo acido lático, diminuindo o pH).
	A diminuição do pH nos transtornos gastrintestinais lesam as bactérias gram - , lisam essas bactérias e a parede bacteriana é absorvida, porque o próprio pH irritou a mucosa intestinal e tornou ela mais susceptível a absorção. 
	Sangue chega pela via arterial, chega na ponta do casco nalâmina dérmica levando nutrientes e oxigênio, volta pela via venosa. Quando vc tem a recepção dessas endotoxinas, dos mediadores vaso ativos que são estimulados pela presença de endotoxinas no sangue, vamos ter como resposta a venoconstricção digital, a nível de casco. Até o calibre dessa artéria fica maior, e isso agente consegue percebe claramente quando vamos aferir a pulsação de um cavalo com laminite, que fica com a pulsação mais cheia, não porque a freqüência esteja aumentada, mas vc consegue perceber que uma quantidade maior de sangue deve está passando por ali. 
Agente percebe no cavalo o pulso cheio, normalmente vc não teria facilidade de perceber o pulso no cavalo na artéria digital palmar com tanta facilidade como vc percebe num cavalo com laminite ou também com outras inflamações na região do casco.
O animal quando está com dor aumenta a freqüência cardíaca, quando o aniaml tem uma afecção no casco que não precisa ser uma laminite, pode ser um abscesso podal, pode ser uma contusão no casco, ele vai ter esse incremento na repleção, vc vai perceber o pulso cheio. Por isso que agente não pode unicamente pelo fato que o animal está com pulso cheio falar que o animal está com laminite, porque existem outras alterações do casco também que provocam essa mesma sintomatologia.
Quando o processo se agrava mais, o organismo percebe que não tem mais condição de mandar o sg pela via normal porque houve uma venoconstricção muito severa, essa venoconstricção aumentou a pressão hidrostática (que é a força do sg dentro do vaso), houve o extravasamento que causou um edema no espaço intersticial, esse edema faz uma forca contraria nessa área, diminuindo ainda mais a vascularização e ai é aquele efeito cadeia. Se tem venoconstricção, não tem vascularização, tem alteração no fluxo laminar favorece a microtrombose, porque os fatores da coagulação estão parados ali e vão acabar se aglutinando, formando microtrombos que vão entupir ainda mais esses vasos, tudo isso de uma forma simultânea. 
Além disso, esse edema causa uma compressão nas terminações nervosas que vão causar dor. A dor vem disso ai. 
Com isso determina o quadro de hipoxia, conseqüentemente de necrose isquêmica no interior do casco, mais precisamente o processo de necrose isquêmica acontece na junção entre a lâmina dérmica e a lâmina epidérmica. Como ocorre a necrose ali, há perda da integridade da junção e elas se separam, e ai a 3ª falange vai ficar exposto sujeita a ação do TFDP.
Animal sadio: aspecto radiológico: 
Conforme vamos tendo o agravamento do quadro da laminite, vamos percebendo algumas alterações: inicialmente, vc não percebe uma clínica, o animal vai vir em estação sem alterações radiológicas, mas vc já começa a perceber o incremento na pulsação, vc percebe que tem o inicio de um processo inflamatório se instalando ali na região do casco. 
Em função da gravidade desse processo inflamatório, agente vai ter um determinado nível de claudicação, que é mensurado de 1 a 4. A claudicação nível 1 é a menos intensa e a 4 é a claudicação mais extensa.
Grau 1: o animal praticamente não tem claudicação, ele se locomove espontaneamente, mas se vc perceber bem, ele vai ter uma claudicação bem sensível e as vezes a literatura fala que ele alterna, descansando o membro mais comprometido. Nesse caso o que seria mais evidente seria o animal descansando apenas o membro que está acometido.
Grau 2: vc já visualiza claudicação no animal, mas ele se movimenta ainda espontaneamente, sem vc fazer nada, vc percebe ele andando na baia, ele fazendo as coisas que tem que fazer, mas vc já observa claudicação. Assume mais uma posição antialsta (os membros torácicos são os mais acometidos, então ele joga pra frente, ele adianta esses membros torácicos e se apóia mais com o peso nos posteriores, que geralmente são os menos afetados)
Grau 3: essa claudicação alem de ser observada visualmente, é perceptível também que ele só se locomove quando vc estimula ele. Ex. quando vc o puxa pelo cabresto, vc dá uma chicotada nele, senão ele fica parado. O grau 3 ele só vai se movimentar quando vc estimular.
Grau 4: permanece a claudicação grave, ele só se locomove quando estimulado, permanece uma grande parte do tempo deitado. Geralmente há perfuração da sola e o animal fica deitado. Vc pode encontrar escaras no animal.
Diagnóstico
	Agente tem que fazer não só pela radiologia, mas por um processo clínico também. Num processo inicial, vc pode fazer uma radiologia e não acusar nada, e o animal estar com laminite. Vc tem que tratar o animal nessa fase, pra tentar fazer com que ele não chegue a uma fase mais grave. Vc confirma o diagnostico com o exame radiológico.
Na radiografia:
	Observamos rotação e perfuração da sola pela 3ª falange.
	Uma coisa que vc observa na radiografia antes mesmo de ocorrer a rotação é o descolamento, e ai vc vai perceber na radiografia uma parte mais escura como se tivesse ar, e ai é indicativo que está ocorrendo o descolamento.
Diagnóstico diferencial 
	Outras patologias que cursam com claudicação. Então as alterações que causam claudicação (umas mais e outras menos), agente têm que fazer diferencial. Ex. miopatias, pododermatites sépticas, abscesso podal. 
De uma forma geral, o cara que tem experiência e que já viu um cavalo com laminite, ele diagnostica com facilidade, porque o andar do cavalo com laminite é bem característico justamente por ele jogar os anteriores pra frente e se apoiar nos posteriores. O cavalo com laminite, se vc for puxando e fazer uma curva, ele não vai querer fazer, vc vê que ele está apoiando muito nos posteriores, etc.
Tratamento
	São 6 objetivos:
Ex. se o animal tem pneumonia, vou tratar com antibiótico.
Ex. se o animal tem uma cólica, vc vai tratar alem da cólica do momento vc vai ter que prevenir endotoxemia, como: 
2º objetivo: bloquear dor e hipertensão. Por quê? Quanto mais dor, a dor continua vai aumentando a vasoconstricção. Vamos usar antiinflamatórios não esteroidais, ex. fenilbutazona, flumexine meglumine, diclofenato de sódio. O que agente mais usa é o fenilbutazona que no inicio agente faz de 12 em 12 horas. A fenilbutazona é um antiinflamatório muito utilizado quando se trata de dor músculo esquelética. {Já quando vc tem dor visceral vc usa o flumexine meglumine (banamine)}. 
Num cavalo com laminite vc pode usar o omeprazol pq vc vai ter um tratamento por um longo período. 
Pra um cavalo adulto agente geralmente faz 10ml de fenilbutazona, que seria 4,4mg/kg. (animal de 450kg)
A fenilbutazona é de 2,2 a 4,4 mg/kg 
	O certo, o preconizado pra quando vc faz qualquer tratamento com fenilbutazona é aplicações de 12 em 12 horas, ou seja, 4,4mg/kg 2x ao dia. 
Mas de uma forma geral se o animal não tem um problema tão grave, por ex. uma tendinite, vc pode fazer 1x ao dia.
No cavalo com laminite não, vc tem que fazer 2x por dia.
Mas depois de 1 semana vc fazendo de 12 em 12 horas vai dar algum problema. Então vc pode diminuir, ai vc faz a dose máxima de manha e a noite vc vai reduzindo. Ou no 1º dia vc já dá a dose máxima e depois vai reduzindo. No inicio vc vai ter que fazer uma dose alta, uma vez que o animal respondeu, vc vai diminuindo gradativamente, e após o 5-6º dia vc já deixa numa dose bem basal. Ideal é monitorar esse animal, fazendo função renal, porque também dá problema renal alem de gástrico, porque causa vasoconstricção 
A novalgina não se presta muito pra esse tipo de terapia porque só tem a função analgésica e não tem função antiinflamatória.
3º objetivo: melhorar o fluxo sanguíneo digital e a perfusão laminar.
Isso vc vai fazer com:
Anti-agregantes plaquetários como: heparina sódica, com ácido acetil salicílico. 
E vasodilatadores como: acepromazina, pentoxifilina. 
4º objetivo: prevenir a rotação da 3ª falange ou seu afundamento.
O afundamento é pelo peso. E a rotação é pela pressão do TDFP.
Como faz isso: cirúrgico. 
Normalmente vc vai prevenir a rotação com ferrageamento terapêutico e também cirurgia.
Protocolo de tratamento com as drogas
- Dieta. Vc associando ou não sabendo a causavc faz uma dieta de concentrado. 
Então restrição de concentrado.
- Depois vc vai tratar a causa inicial. Se for uma pneumonia vc vai tratar com antibiótico. Se for um processo digestivo ou se vc não souber, passa flumexin meglumine na dose anti-toxêmico (3 a 4x ao dia). Se vc suspeita de endotoxemia vc pode utilizar óleo mineral pra diminuir a absorção de toxinas. Mas o flumexin meglumine vc sempre faz. Vc vai fazer também a fenilbutazona 2x ao dia. 
- O dimesol é 1g/kg, é mais bem diluído no soro glicosado, mas vc pode diluir em qualquer soro.
- Heparina: pode usar, na dose de 40-70u/kg. Ou pode usar Acido acetil salicílico 
- Acepromazina: 4 a 6x ao dia. 1,5ml vc consegue manter esse animal com uma boa vasodilatação.
- Agente não pode esquecer de fazer o gelo, o máximo possível, pelo menos 30 min de gelo, 3x ao dia. pode deixar o máximo de tempo que puder.
- A baia do animal é importante: ou cama muito fofa com muita serragem ou preferencialmente areia. Hoje em dia o professor gosta de deixar o animal na areia, e durante a noite coloca ele na baia de serragem. A areia tem que estar sempre fofa.
Ferraduras
	Normalmente não temos disponível no Brasil. 
Mas agente faz uma que tem o mesmo princípio: ela é de ferro, vai ter um apoio na ranilha e vai ter um salto, uma rampa pro animal fica numa certa posição que diminui a tensão do TFDP. (tipo um salto alto)
Ferradura de coração: é muito usada. Qual tipo de ferradura que é usada no tratamento de laminite? É a ferradura de coração. 
Ferradura ao contrário: faz menos apoio na região do talão e com isso o animal se locomove melhor. 
Cavalo com laminite, vc tira ou deixa a ferradura?
	Tradicionalmente o que se faz de imediato é afrouxar a ferradura. Vc retira alguns cabos da ferradura mas deixa o animal ferrado, até que o ferrador coloque a ferradura terapêutica apropriada pro animal com laminite e mesmo assim continua na baia com areia. 
O professor faz isso e coloca na baia com areia. Ou ele retira a ferradura e coloca o animal na baia com areia. 
Foto aula: Tem gente que faz a ressecção do casco, uma janela pra diminuir o edema no casco.
--//--
Faltou falar sobre 3 enfermidades.
Osteíte podal
	Também conhecida como osteíte da falange distal, e trapo.
	É um processo degenerativo decorrente de desmineralização resultante de inflamação ou infecção situada no interior do estojo córneo. 
Causas: 
Laminite crônica, ferimentos perfurantes da sola, contusões no casco.
Fatores pré-disponentes:
Causas nutricionais que diminui o metabolismo, e a própria morfologia do casco.
O que vc vai observar, como vc vai diagnosticar isso:
Pode ser através do exame clinico, mas vc vai confirmar através do exame radiológico. A osteíte podal o exame é radiológico.
O que vou observar na radiologia: uma rarefação óssea, porque tem dismineralização, perda de matriz óssea, que ai vc vai observar o osso rarefeito como se fosse uma osteoporose. Em função da intensidade dessa rarefação, do grau dessa rarefação, vc vai classificar a osteíte podal das formas a seguir:
	- Osteíte difusa total: é quando compromete a maior parte da 3ª falange. A difusa é quando vai ter maior parte da 3ª falange acometida. O grande segmento desse osso está comprometido por essa rarefação óssea. Pode ocorrer fratura mas não é comum.
	
- Osteíte angular: na apófise angular. Pode ser uni ou bilateral. 
- Osteíte coronária ou piramidal: que é quando acomete o processo extensor digital comum do tendão, comum dos dedos. Isso pode favorecer uma fratura. Causa claudicação. Leva 9 meses para o animal se restabelecer.
	- Osteíte semilunar: quando acomete a crista semilunar.
	- Osteíte palmar: quando acomete a palma ou a borda marginal da falange distal. Vc vai observar que a falange está mais rarefeita.
Sinais
	Apoio cuidadoso, ou seja, o animal apóia o casco com cuidado. Ou manutenção do pé em flexão passiva. 
	Claudicação de apoio. Quando o animal apóia, ele vai tender a sentir mais, inclusive ele pode assinalar isso com o movimento de cabeça, quando ele apóia ele levanta a cabeça e assim ele tira mais peso. 
	No processo extensor, se o problema for no processo extensor, ele pode ter dificuldade na extensão do membro. (na locomoção)
Diagnostico
	São sinais clínicos. Sensibilidade na pinça do casco. 
Mas o que é determinante é a análise radiográfica que é o único meio pra confirmar o diagnostico.
	
Prognostico 
	Grave. Porque é um processo degenerativo, então essa desmineralização, essa rarefação tende a ser irreversível e progressivo.
Tratamento 
Vc pode retardar o avanço. Existem vários tratamentos e até cirúrgicos bem cruentos. Mas o que é mais utilizado é o tratamento conservativo, com pedilúvio, com água fria pra diminuir o processo inflamatório. 
Quando vc tem uma inflamação vc vai ter agregação plaquetária, vc vai ter microtrombos, vc vai diminuir a irrigação daquela área. Por isso vc faz pedilúvio ou gelo.
	Cloreto de cálcio adicionado na dieta do animal. 20g/dia.
	Calcitonina. 
	Alguns adicionam a essa terapia o ácido acetil salicílico, porque vc tem dor, e isso funciona como analgésico, e funciona como antiinflamatório e vc favorece a vascularização. A rarefação que ocorre normalmente não é só pela deficiência de cálcio, vc tem uma deficiência de irrigação do local também.
Enfermidade navicular
	É uma enfermidade ou síndrome ou doença navicular. 
	É um processo degenerativo 
É na verdade o sesamóide distal. Então é uma lesão no sesamóide distal e suas bolsas subcutâneas (que envolvem o sesamoide)
Acomete normalmente animais adultos, vc não vai ver animal jovem com doença navicular. Quanto mais velho maior a probabilidade dele vir a apresentar.
Predominância gritante é nos membros anteriores. O professor nunca viu em membro posterior.
Em função da idade e do acometimento maior nos membros anteriores, vamos observar uma maior freqüência em animais principalmente de salto, que já são animais mais velhos e eles têm processo de “recepção?” que favorece isso.
Causas predisponentes
	Encastelamento do casco. É quando os talões ficam muito altos. No casco encastelado a pinça diminui e o talão aumenta, tipo casco de mula, e isso dificulta a expansão do casco, sendo assim a absorção do trauma e do impacto vai ser maior. a vascularização vai ser menor naquela área, porque a cartilagem alar que bombeia o sangue não se movimenta. E o TFDP pode aumentar, porque tem intima relação com o osso navicular.
	A atrofia de ranilha predispõe, fica menor do que o normal. Isso ocorre muitas vezes pelo casqueamento mal feito. Às vezes é um defeito da morfologia do animal, tem animais que já vem com esse defeito.
	Desequilíbrio na relação cálcio e fósforo (2:1). 
	Ferrageamento inadequado (às vezes o cara coloca uma ferradura menor do que o cavalo tem que receber). 
	Ao contrario do casco encastelado, os cascos achinelados também podem ser fator predisponente para o aparecimento da doença navicular. Tanto o casco encastelado (que tem a pinça curta e o talão alto) como o casco achinelado (que tem pinça comprida e talão baixo, pequeno) são fatores que podem predispor ao aparecimento da doença navicular.
	
Tem causas determinantes
	Traumas repetidos
	Tipo de trabalho que esse animal faz e o tipo de piso. Ex. trabalho prolongado num piso muito duro, pode favorecer esse impacto.
	Deformações do casco. Ou seja, dependendo da morfologia que esse animal apresente no casco isso pode concorrer ou até determinar o aparecimento da doença navicular.
Patogenia ou fisiopatologia
	Quais são as causas do desenvolvimento da doença navicular?
	A doença do navicular se desenvolve em função de trombo nas arteríolas prejudicando a nutrição e favorecendo a desmineralização, e a resistência dela diminui.
Sinais
	Claudicação de apoio intermitente. Ela piora com o trabalho e melhora com repouso. O animal com doença navicular também arrasta a pinça e quando parado mantém o pé em semi-flexão, apoiando levemente a pinça no solo.
Diagnóstico
	Pode ser clínico, que vai se basear na deangulação do animal, na claudicação. E vc pode submeteresse animal a alguns exames, como por exemplo, da pinça no casco (na região dos talões), teste da cunha (rampa), percussão dolorosa.
	O que é mais efetivo é o teste da cunha. Vc pega o animal, faz uma rampa de madeira e coloca ele 2 minutos nessa posição. Porque junto ao osso navicular passa o TFDP, quando vc coloca ele ali, vc aumenta a tensão do TFDP sobre o osso, com isso a vascularização diminui, e o processo de desmineralização aumenta. Depois de 2 minutos quando vc volta o animal pra posição normal e caminha ele, se ele tiver alteração navicular provavelmente ele vai aumentar essa claudicação. Isso fortalece sua suspeita clinica.
	Vc pode fazer um bloqueio anestésico, na bursa ou na bolsa navicular. Quando vc faz essa infiltração o animal tende a ter a remissão da sintomatologia (da claudicação). 
	O que é mais efetivo: radiografia. Vc vai observar as alterações existentes no cavalo com doença navicular. Vc vai ver alterações no osso navicular. As alterações que existem são: 
- Formação de cistos (que são áreas mais rarefeitos, área mais escura ao redor do forâmen nutrício)
- Alteração da morfologia do osso navicular, principalmente a superfície flexora que fica em contato com o tendão flexor digital profundo, ela pode ficar irregular. Isso mostra que está tendo perda óssea.
- Fraturas no osso navicular
- Presença de osteófitos 
O fato de vc observar alterações no osso navicular não quer dizer que ele tenha doença navicular, vc tem que associar com a clínica.
Ex. se vc pegar um cavalo de 15 anos, ele não vai ter um osso navicular de um cavalo de 5 anos, ele vai ter alterações, agora será que as alterações são compatíveis com a clínica que ele está tendo? 
A doença navicular pode afetar os 2 lados, é comum. Ai um dia claudica do direito e outro dia claudica do esquerdo. Mas tem essa alternância na manifestação da clínica.
É fácil vc ver que tem alterações, mas confirmar que o problema é do osso navicular não é tão fácil. Requer vc fazer um bloqueio na bolsa navicular com isso vc sensibiliza o animal e tem a remissão dos sinais. A não ser que vc observe alterações muito severas.
Tratamento
	Pode fazer desde um tratamento mais conservativo na fase aguda, passando pelo uso de antiinflamatórios, gelo. Vc pode depois manter esse tratamento com um anti-agregante plaquetário (ácido acetil salicílico, vc não faz a heparina porque pode causar um quadro de hemorragia severa no animal porque tem que ser monitorado, já o ácido acetil salicílico não). Como é um tratamento prolongado, que vai de 15 dias ou até um pouco mais. 	
É uma doença degenerativa, vc vai ter fase aguda, o animal vai melhorar, etc. 
Tem também o ferrageamento próprio pro animal com doença navicular. São as ferraduras fechadas atrás, oval, etc. são as que dão mais apoio ao animal. Também diminui o processo de degeneração.
Nas situações mais drásticas, mais severas, vc pode fazer a neurectomia que pode ser química (que faz com sarapim) faz como se fosse um bloqueio anestésico no ramo digital palmar. Muitos não respondem bem, mas a tendência seria em 6 meses os animais retornarem a claudicação. 
Norectomia: faz a ressecção do nervo digital palmar, e ai o animal vai ficar sem sensibilidade na extremidade. O animal fica “desligado”. Problema disso: o problema continua lá, mas ele não está sentindo dor, com isso tem que tomar cuidado pro animal não pisar no prego, no martelo. Vc aumenta a vida útil do animal. Tem que usar ferradura. Vai levando enquanto dá. 
Forma mais efetiva seria é a ressecção com nitrogênio com isso vc diminui alguns tipos de complicação. 
Pododermatite 
	Ou _____________
	É uma doença que tem um fundo bacteriano ou algum microrganismo, e se desenvolve principalmente em função das más condições higiênicas que o animal vive. Ex. baias úmidas, serragens úmidas, locais com muito esterco, muita urina, a falta de higienização do casco favorece que esse processo se instale.
Quando vc tem animais em baias sem camas boas, sem cama, etc. favorece.
	É um problema praticamente de higiene
Cresce na sola, na ranilha ou perto dos talões um tecido vegetante, como se fosse uma carne esponjosa, que é a podridão do casco.
Tratamento
	Principalmente manejo. Colocar o animal num local seco, sem umidade. 
	Vc pode fazer bandagem onclusiva, limpeza do casco, manter o animal num local seco. Soluções anti-sépticas. 
E em alguns casos o uso de antibiótico. O antibiótico vc faz pela via sistêmica, mas ele não chega em níveis adequados na extremidade, com isso vc pode fazer uma infiltração local de antibiótico através de um vaso da área e deixa por 20 minutos e retira.

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