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Patologia Cirúrgica de Equídeos Aula 5 – Feridas Professor(a): MV, MSc. Marcos Rosa a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Objetivos de Aprendizagem do dia • Relembrar conhecimentos acerca da cicatrização • Conhecer as particularidades relacionadas ao equino • Conhecer tipos de tratamento a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Introdução Propensão a feridas Trauma membros distais Particularidades da espécie devem ser levadas em consideração Localização importa? a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Introdução Pele primeira e principal barreira Ferida: quebra da barreira da estrutura corporal Cicatrização: processo que ocorre na pele, no qual o corpo restaura o tecido perdido através de um conjunto de eventos bioquímicos complexos e ordenados Diversos fatores podem afetar cicatrização: locais, sistêmicos, exógenos e endógenos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Camadas da pele Epitélio superficial (epiderme) Externa Fina e avascular Queratinócitos Camada fibrosa resistente (derme) Pêlos Glândulas sebáceas e sudoríparas Tecido conjuntivo frouxo Subcutâneo (hipoderme) Varia nas diferentes regiões do corpo Músculo cutâneo a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Camadas da pele Vascularização (3 plexos) Superficial (subpapilar) Médio (cutâneo) Profundo (subcutâneo) Inervação (dor, tato, temperatura, prurido) Fibras motoras Fibras sensoriais a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Camadas da pele a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização Cascata de eventos celulares e moleculares que irão acarretar na regeneração e reparação da pele Regeneração x Reparação Lesões de espessura parcial são resolvidas através da migração de células Lesões de espessura total dependem de 4 fases: Hemostasia/coagulação Fase inflamatória Fase proliferativa Fase de remodelação a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – hemostasia/coagulação Já foi considerada na fase inflamatória Rápida vasoconstrição periférica Alterações locais causadas pela hipóxia transitória facilitam agregação plaquetária Formação do coágulo Base da matriz provisória Importância da plaqueta na inflamação a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase inflamatória Logo após a lesão Preparo para as próximas fases Importância e diferencial no cavalo Mediadores bioquímicos aumentam permeabilidade vascular, atraindo migração e resposta celular a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase inflamatória Neutrófilos Primeira linha de defesa Destruição de bactérias e detritos Pico nas primeiras 24-48 horas Tempo de predominância no sítio: 3 a 5 dias a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase inflamatória Macrófagos Fases subsequentes Fagocitose e apresentação de antígenos Fatores de crescimento e mediadores bioquímicos Citocinas Indução do tecido de granulação a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase inflamatória Em cavalos... A FASE DO PROBLEMA!!! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase inflamatória Em cavalos... A FASE DO PROBLEMA!!! Este atraso causa proliferação crônica de granulação fibroblásica Aumento da fibrose impede contração normal retardando a fibrose Liberação contínua de enzimas e mediadores a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase inflamatória a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase proliferativa Tecido de granulação Formado por 3 elementos Macrófagos (desbridamento, citocinas e crescimento) Fibroblastos (síntese da matriz celular) Novos vasos sanguíneos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase proliferativa Fibroplasia Formação de novos fibroblastos Síntese de colágeno: sustentação e força tênsil Esta fase ocorre mais cedo no equino (PROBLEMA!) Síntese e secreção de outros componentes da matriz extracelular Após regressão de capilares: apoptose ou miofibroblastos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase proliferativa Angiogênese Formação de novos vasos Oxigenação e nutrientes Bradicinina, prostaglandina e outros (produzidos por macrófagos) Auxilia no aporte de mais fibroblastos e macrófagos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase proliferativa Epitelização Migração de células epiteliais da periferia da ferida Objetivo: restauração da camada epidérmica original Sequência de alterações nos queratinócitos: separação, migração, proliferação, diferenciação e estratificação Grau de epitelização difere de tamanho em local. Em equinos: 2mm/dia no flanco e 0,09mm/dia região distal dos membros a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase proliferativa a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase remodelação Pele da periferia avança para o centro Acelera o encerramento, melhora aparência e fornece melhor proteção No equino, quanto mais rápida se inicia, melhor Esta fase se inicia após regressão dos vasos neoformados Fibroblastos → miofibroblastos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase remodelação Miofibroblastos contém fibras intracelulares actina e miosina Contração ativa, aproximando as bordas da ferida dando suporte para células epiteliais Evento cessa em 3 situações: Bordas entram em contato Tensão na pele maior ou igual aos miofibroblastos Baixa qtd de miofibroblastos em feridas crônicas a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – fase remodelação Conversão da matriz celular em tecido cicatricial é a última fase Remodelação do colágeno: tipo III (imaturo) → tipo I (maduro) Aumento na capacidade de resistência (alinhamento colágeno) 20% da força nas primeiras 3 semanas 80% restante pode demorar de semanas a meses a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – resumo a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – resumo a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – tipos Primeira x Segunda Intenção Escolha depende do tipo de lesão a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – primeira intenção União ou restauração do tecido ocorre diretamente, sem produção de tecido de granulação Indicação: feridas não contaminadas e com perda mínima de tecido Suturas Menor tempo de cicatrização a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – primeira intenção a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – primeira intenção Período considerado ideal para reparo: até 6-8 horas Varia com localização Vascularização de regiões como a cabeça permitem que tempo aumente Espaço morto após sutura deve ser mínima, caso contrário, uso de dreno é recomendado Deiscência é fator complicador a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – segunda intenção Ocorre em feridas que não podem ser suturadas Grande perda de tecido, bordas não suturáveis, infectadas e feridas abrasivas Depende de todas as fases da cicatrização Principais problemas em equinos Inflamação crônica Tecido de granulação exuberante Baixa taxa de contração a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Cicatrização – segunda intenção a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – classificação Importante para seleção do tratamento apropriado 1.Grau de contaminação 2.Grau de exposição 3.Mecanismo da lesão 4.Grau de lesão tecidual a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – classificação Grau de contaminação Limpas (cirurgia) Limpas contaminadas (6-8 horas) Contaminadas (+ de 6 horas e apresentam detritos e corpo estranho) Infectadas (sinais visíveis de contaminação) a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – classificação Grau de contaminaçãoa E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – classificação Grau de exposição da pele Abertas Fechadas a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – classificação Grau de exposição da pele a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – classificação Mecanismo da lesão Abrasão (fricção; epiderme e partes variáveis da derme) Incisão (instrumento cortante) Perfuração (instrumento perfurante) Laceração (tração ou arrancamento tecidual) Contusão (feridas fechadas) a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – classificação Mecanismo da lesão a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – classificação Grau da lesão Grau I – comprometimento apenas de epiderme Grau II – epiderme e derme Grau III – pele total, com necrose Grau IV – lesão muscular ou óssea, com necrose a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – classificação Grau da lesão a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – tratamento Principal objetivo: restaurar integridade da pele Princípios básicos são os mesmos Resultado depende da gestão inicial Evitar complicações Cicatrização demorada a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – tratamento Gestão clássica Desbridamento Lavagem/desinfecção Medicação tópica Bandagem a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – tratamento Não existe solução milagrosa!!! Cavalo tem suas particularidades Tratamento baseado na fase da cicatrização a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – tratamento fase inflamatória Comum: fase pouco intensa e prolongada Desejado: maior intensidade com menor duração Doses baixas de AINEs Mel e açúcares atraem macrófagos Maltodextrina e serotonina aceleram esta fase Curativos e desbridamento a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – tratamento fase proliferativa Aumento da proliferação e migração celular Citocinas e fatores de crescimento Material biológico (PRP; Céls. tronco) a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – tratamento fase de remodelação Contração da ferida Ativação de miofibroblastos Excisão cirúrgica Produtos cáusticos e/ou antissépticos (CUIDADO!!!) a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – tratamento antibioterapia Indispensável em feridas infectadas Deve ser COMPLEMENTO Sucesso depende de: Seleção baseada na cultura/sensibilidade Concentrações no local da infecção Minimizar efeitos adversos locais, sistêmicos e ambientais a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – conclusão Início: lavagem e remoção de detritos Realização do plano básico Minimizar contaminação posterior a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Feridas – conclusão Limpeza é indispensável! Desbridamento e reagudização Desinfecção local Tratamento tópico a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! FEEDBACK DA AULA • Relembrar conhecimentos acerca da cicatrização • Conhecer as particularidades relacionadas ao equino • Conhecer tipos de tratamento a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! O que veremos no próximo encontro? • Doenças oftálmicas • Cabeça e anexos • Principais tratamentos cirúrgicos Educação que transforma!
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