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PRESCRIÇAO_ATESTADOS_DECLARAÇÃO_DE_OBITO

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CURSO – UNASUS 1 
 
 
 
• O preenchimento incorreto ou incompleto do 
prontuário é uma infração à ética médica. Código 
de Ética Médica - Capítulo X: É vedado ao 
médico: Art. 87. Deixar de elaborar prontuário 
legível para cada paciente. 
• O preenchimento do prontuário médico é 
obrigação e responsabilidade intransferíveis 
do médico, fazendo-se exceção aos hospitais de 
ensino, nos quais alunos de Medicina o fazem sob 
supervisão, correção e responsabilidade de 
médicos, sejam professores de medicina ou do 
staff do hospital de ensino. É prática antiética e 
ilegal, portanto, condenável, delegar seu 
preenchimento a outrem que não médico 
habilitado perante o Conselho de Medicina. 
• O paciente ou seu responsável tem direito ao 
acesso ao prontuário, bem como explicações 
necessárias a sua compreensão, salvo quando 
ocasionar riscos para o paciente ou para terceiros. 
• Outra condição de permissão liberada ao 
prontuário é a do médico na função de auditor. 
Este deve apresentar-se ao diretor técnico ou 
diretor clínico da Instituição que lhe garantirá o 
acesso ao prontuário, o qual deverá ocorrer dentro 
das dependências da instituição de saúde 
responsável pela posse e guarda do prontuário. O 
perito, inclusive, tem o direito de examinar o 
paciente para confrontar o descrito no prontuário. 
O médico auditor obriga-se a manter o sigilo 
profissional. 
 
CARIMBO MÉDICO EM PRESCRIÇÕES: 
• A utilização de carimbo de médico em 
prescrição é opcional, pois não há obrigatoriedade 
legal ou ética. O que se exige é a assinatura com 
identificação clara do profissional e o seu 
respectivo CRM. Não há proibição expressa para 
eventuais auto prescrições de médicos, exceto 
no caso de entorpecentes e psicotrópicos. 
(PARECER CFM nº 1/14) 
 
QUANTO TEMPO DEVE SER GUARDADO UM 
PRONTUÁRIO? 
• Os prontuários em suporte de papel devam ser 
guardados por um prazo de 20 anos, a partir do 
último registro, pelo profissional de saúde ou pelo 
estabelecimento de saúde para efeitos legais 
(ações que possam ser impetradas na Justiça) e 
só podem ser eliminados após o arquivamento 
dos dados, por microfilmagem ou de outra forma 
(Resolução CFM nº 1.331/89). 
 
 
 
SIGILO MÉDICO 
Código de Ética Médica (2009) 
Capítulo IX 
É vedado ao médico: 
Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento 
em virtude do exercício de sua profissão, salvo por 
motivo justo, dever legal ou consentimento, por 
escrito, do paciente. 
Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) 
mesmo que o fato seja de conhecimento público 
ou o paciente tenha falecido; b) quando de seu 
depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o 
médico comparecerá perante a autoridade e 
declarará seu impedimento; c) na investigação de 
suspeita de crime, o médico estará impedido de 
revelar segredo que possa expor o paciente a 
processo penal. 
Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a 
paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou 
representantes legais, desde que o menor tenha 
capacidade de discernimento, salvo quando a não 
revelação possa acarretar dano ao paciente. 
Art. 78: Deixar de orientar seus auxiliares e alunos 
a respeitar o sigilo profissional e zelar para que 
seja por eles mantido. 
Art. 85. Permitir o manuseio e o conhecimento dos 
prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo 
profissional quando sob sua responsabilidade. 
 
 Vale lembrar que o médico não está obrigado a 
comunicar às autoridades crime pelo qual seu 
paciente possa ser processado. 
 Como exemplo de justa causa, para a revelação 
do segredo médico, temos a situação de um 
paciente portador de uma doença contagiosa 
incurável de transmissão sexual e que se recusa 
a informar e a proteger seu parceiro sexual do 
risco de transmissão, ou ainda, que 
deliberadamente pratica o sexo de forma a 
contaminar outras pessoas. 
 O dever legal configura-se quando 
compulsoriamente o segredo médico tem de ser 
revelado por força de disposição legal expressa 
que assim determine. Por exemplo: atestado de 
óbito, notificação compulsória de doenças etc. 
 Outra situação específica de revelação de 
segredo médico por dever legal é a comunicação 
de crime de ação pública, especialmente os 
ocasionados por arma de fogo ou branca, e as 
lesões corporais que apresentam gravidade. 
Nesse caso, a comunicação deverá ocorrer à 
autoridade policial ou do Ministério Público da 
cidade onde se procedeu o atendimento, 
observando a preservação do paciente. 
 Ocorrendo as hipóteses de "justa causa" 
(circunstâncias que afastam a ilicitude do ato), de 
"dever legal" (dever previsto em lei, decreto etc.) 
ou de autorização expressa do paciente, o 
PRONTUÁRIO: MÉDICO E FAMILIAR 
DOCUMENTOS M E D I C O S 
http://www.portalmedico.org.br/novocodigo/integra.asp
http://www.portalmedico.org.br/novocodigo/integra.asp
[Digite aqui] 
profissional estará liberado do segredo médico. A 
requisição judicial, por si só, não é "justa causa". 
Entretanto, a solução para que as autoridades 
obtenham informações necessárias é que o juiz 
nomeie um perito médico a fim de que o mesmo 
manuseie os documentos e elabore laudo 
conclusivo sobre o assunto. Ou, então, solicitar 
ao paciente a autorização para fornecer o laudo 
médico referente a seu estado. 
 
ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS 
 O documento, para ser admitido em juízo como 
elemento de prova, necessita de ter sua 
autenticidade reconhecida e de estar datado e 
assinado. 
 Rasuras comprometem o valor legal. Em casos de 
retificações, aconselha-se a escrever entre 
parênteses indicações como “sem efeito”, “digo” 
ou expressões análogas e, a seguir, escrever a 
correção. 
 Os autores de todos os registros no prontuário 
deverão ser identificados por meio do nome 
completo e da assinatura do profissional 
assistente com seu número de inscrição no 
respectivo conselho de classe. 
 Recomenda-se SEMPRE USAR CARIMBO. 
 As anotações precisam ser legíveis. “É vedado ao 
médico receitar ou atestar de forma secreta ou 
ilegível, assim como assinar em branco papeletas 
de receituários, laudos, atestados ou quaisquer 
outros documentos médicos”. 
 É um direito do paciente ter acesso, a qualquer 
momento, ao seu prontuário, recebendo por 
escrito o diagnóstico e o tratamento indicado, 
podendo, inclusive, solicitar cópias do mesmo. A 
documentação deve conter a identificação do 
profissional, o número de registro no órgão de 
regulamentação e controle da profissão (CRM, 
Coren etc.). 
 Quando da solicitação do responsável legal pelo 
paciente – sendo este menor ou incapaz –, o 
acesso ao prontuário deve ser-lhe permitido e, se 
solicitado, fornecer as cópias solicitadas ou 
elaborar um laudo que contenha o resumo das 
informações lá contidas; 
 Caso o pedido seja feito pelos familiares do 
paciente, será necessária a autorização 
expressa dele; 
 Na hipótese de que ele não tenha condições 
para isso ou tenha ido a óbito, as informações 
devem ser dadas sob a forma de laudo ou 
cópias; 
 Entenda-se que, em qualquer caso, o 
prontuário original, na sua totalidade ou em 
partes, não deve ser fornecido aos solicitantes, 
pois é documento que, obrigatoriamente, 
precisa ser arquivado pela entidade que o 
elaborou. Entenda-se, também, que os laudos 
médicos não devem ser cobrados, facultando-
se, porém, a critérios da entidade, a cobrança 
das xerocópias quando fornecidas por ela. 
 
PRONTUÁRIO FAMILIAR 
 O Prontuário Familiar é um documento sigiloso, 
de elaboração obrigatória, destinado ao 
registro ordenado de todas as informações 
referentes aos indivíduos do domicílio que 
habitam. 
 Compreende: fichas individuais e coletivas, 
genograma e formulários de acompanhamento 
familiar 
 Composto por documentos relativos aos 
indivíduos moradores de determinado domicílio 
e relativos a acontecimentos familiares, não 
importando se há laços biológicos entre eles 
 O Prontuário Familiar é umdos requisitos 
fundamentais da Estratégia de Saúde da 
Família, focando na atenção da pessoa como 
um todo, em todos os ciclos da vida, desde o 
nascimento, e da saúde da criança (0 a 9 
anos), do adolescente (10 a 19 anos), da 
gestante e puérpera, passando pelo adulto (20 
a 59 anos) e chegando ao idoso (acima de 60 
anos). 
 Estrutura do Prontuário familiar: 
1. Capa ou Envelope do Prontuário: nome e 
endereço da instituição, nome e número de 
registro da família e o endereço. 
2. Formulário de Registro da Família: dados 
demográficos e socioeconômicos 
3. Formulário Individual 
4. Genograma Familiar: Retrato momentâneo 
a família. Deve ser atualizado anualmente, ou em 
situações de alteração na composição familiar, 
mudanças importantes nas relações familiares ou 
novos diagnósticos. Deve-se fazer um novo 
desenho a cada atualização, arquivando o 
desenho antigo. 
O genograma deve conter representação de 
todas as gerações residentes no domicílio e mais 
uma acima do integrante mais velho; Deve-se 
ainda anotar ar doenças e/ou fatores de risco 
registradas abaixo do nome; Circular com uma 
linha contínua as pessoas que moram na mesma 
residência. 
5. Fichas de Acompanhamento: Devem ser 
localizadas nas primeiras páginas do prontuário 
para possibilitar a rápida visualização dos 
problemas ou das condições de maior relevância 
da vida do domicílio, como, por exemplo: 
nascimentos, doenças, internações, óbitos, 
riscos, mudança de residência, casamentos e 
divórcio. 
6. Formulário sobre o Domicílio: informa o 
tipo de domicílio em que vivem as famílias e suas 
características sociossanitárias. 
 
REGISTRO MÉDICO ORIENTADO POR 
PROBLEMAS (SOAP) 
[Digite aqui] 
 É um método eficiente para a recuperação rápida 
das informações clínicas de um indivíduo, 
garantindo continuidade articulada de cuidados 
em equipe multiprofissional. 
 No A, registra-se a impressão diagnóstica do 
profissional. Doenças definidas, sintomas ou 
doenças sociais. 
 
 Apresenta a forma farmacêutica, a via de 
administração e posologia detalhadas. E ainda, 
como veremos na lição 2: por tratar-se de um 
estabelecimento do SUS, a prescrição deve ser 
realizada com a Denominação Comum Brasileira 
e nunca com o nome comercial do medicamento. 
 O Índice Terapêutico (IT) é definido pela 
relação DL50/DE50. Vários autores ainda 
transmitem a ideia de que, quanto maior o Índice 
Terapêutico de uma droga, maior é a sua margem 
de segurança, pois ele indica a distância entre a 
Dose Letal mediana e a Dose Efetiva Mediana. O 
IT é capaz de dar uma ideia da margem de 
segurança no uso de um fármaco, mas não é 
efetivamente um guia útil para a segurança de 
um medicamento no uso clínico. 
 
TÉCNICA DE PRESCRIÇÃO 
 O Índice Terapêutico (IT) é definido pela 
relação DL50/DE50. Vários autores ainda 
transmitem a ideia de que, quanto maior o 
Índice Terapêutico de uma droga, maior é a 
sua margem de segurança, pois ele indica a 
distância entre a Dose Letal mediana e a Dose 
Efetiva Mediana. O IT é capaz de dar uma ideia 
da margem de segurança no uso de um 
fármaco, mas não é efetivamente um guia útil 
para a segurança de um medicamento no uso 
clínico. 
 A prescrição é o ato de definir o medicamento 
a ser consumido pelo paciente com a 
respectiva dosagem, a duração do tratamento 
e a orientação de uso. 
 É vedado ao médico receitar, atestar ou emitir 
laudos de forma secreta ou ilegível sem a 
devida identificação de seu número de registro 
no Conselho Regional de Medicina da sua 
jurisdição, bem como assinar em branco folhas 
de receituários, atestados, laudos ou quaisquer 
outros documentos médicos. 
 A prescrição deve ser escrita sem rasura, em 
letra de forma, por extenso e legível, utilizando 
tinta e de acordo com nomenclatura e sistema 
de pesos e medidas oficiais; 
 No âmbito do Sistema Único de Saúde, o 
medicamento deve ser prescrito pelo 
nome genérico, obrigatoriamente, 
adotando-se a Denominação Comum 
Brasileira (DCB) e, em sua ausência, a 
Denominação Comum Internacional 
(DCI); 
 Nos serviços privados de saúde, a prescrição 
pode ser feita utilizando-se o nome genérico ou 
o comercial; 
 O documento não deve trazer abreviaturas, 
códigos ou símbolos; 
Não é permitido abreviar formas 
farmacêuticas (“comp.” ou “cap.” em 
substituição a “comprimido” ou 
“cápsula”), vias de administração (“VO” 
ou “IV”, em substituição a “via oral” ou 
“via intravenosa”), quantidades (“1 cx.” 
em substituição a “01 (uma) caixa”) ou 
intervalos entre doses (“2/2 h” ou “8/8 h” 
em substituição a "a cada 2 horas" ou “a 
cada 8 horas”). 
 A prescrição não pode sofrer rasuras. Se 
presentes, deverão ser justificadas em 
observações escritas e assinadas pelo 
profissional no mesmo receituário 
 A prescrição deve conter: 
1. Nome, forma farmacêutica e concentração do 
fármaco prescrito (evitando-se abreviações e 
uso de decimais); 
2. A quantidade total de medicamento (número de 
comprimidos, drágeas, ampolas, envelopes), de 
acordo com a dose e duração do tratamento; 
3. Via de administração, o intervalo entre as doses, 
a dose máxima por dia e a duração do 
tratamento; 
4. São obrigatórios a assinatura e o carimbo do 
prescritor, no qual deve constar o número de seu 
registro no respectivo conselho profissional; 
5. Data da prescrição. 
 Além da forma legível, a quantidade deve sempre 
ser expressa em algarismos arábicos (0,1,2,3...) e 
sem abreviaturas, sem emendas e sem rasuras. 
 Dicas importantes: 
 Ingesta via TGI: a prescrição do medicamento 
deve começar com a palavra tome; 
 Pomada, creme ou loção: devem começar com 
a palavra aplique; 
PRESCRIÇÃO DE FÁRMACOS 
[Digite aqui] 
 Supositório: devem começar com a palavra 
introduza; 
 Gotas, colírios etc.: devem começar com a 
palavra coloque. 
 Como as instruções devem ser empregadas para 
lembrar o propósito da prescrição, para isso, 
utilize palavras ou certas frases, a exemplo de: 
“para alívio da dor”; “para alívio da coceira”; 
“para alívio da febre” etc 
 Temos dois importantes compromissos no 
momento da prescrição, o que escrevemos (ou 
digitamos) e o que dizemos (ou explicamos). 
 Efeitos dos medicamentos: o paciente precisa 
saber quais sintomas desaparecerão ou não, 
quando o efeito iniciar-se-á, o que pode 
acontecer se o medicamento não for tomado; 
 Efeitos indesejados: quais podem ocorrer, como 
reconhecê-los, qual é a duração e a gravidade, o 
que fazer; 
 A receita, sempre que possível, deve ser feita na 
presença do paciente. Isso é importante para que 
o paciente fique seguro de que a prescrição está 
sendo feita para o seu caso em particular, o que 
aumenta a confiança no médico. 
 
Seu carimbo é de uso pessoal e intransferível!!! 
Evite deixá-lo em gavetas ou em cima da mesa 
quando você não estiver por perto. 
Leve-o sempre com você!!! 
 Descrever, de forma compreensível e detalhada, 
as medidas não medicamentosas que fizeram 
parte da prescrição. 
 Prescrever, na medida do possível, somente uma 
medicação. Evitar a polifarmácia. 
 Esclarecer à pessoa e/ou ao acompanhante tudo 
o que for imprescindível sobre o medicamento 
prescrito: dose, duração do tratamento, 
interações medicamentosas, reações adversas e 
riscos durante e depois de seu uso, forma de 
armazenamento. 
DISPENSA RECEITA PARA SEREM 
COMPRADOS 
 Antiacneicos tópicos e adstringentes; 
 Antiácidos e antieméticos; 
 Antibacterianos tópicos; antidiarreicos; 
 Antiespasmódicos; 
 Anti-histamínicos; antisseborreicos; 
 Antissépticos orais, oculares, nasais, de pele 
e mucosas, urinários e vaginais tópicos; 
 Aminoácidos, vitaminas e minerais; 
 Anti-inflamatórios. 
 
 O controle de antimicrobianos, de uso sob 
prescrição médica que só podem ser 
dispensados com escrituração nas farmácias e 
retenção da receita médica. 
 
 Você - médico prescritor - poderá possuir, sob 
sua guarda e responsabilidade, comomaterial 
exclusivamente para tratamento de 
emergência (maleta): medicamentos das listas 
A1 e A2 (morfina, codeína, etilmorfina) até três 
ampolas; B1 (benzodiazepínicos) até cinco 
ampolas. Para efetuar a reposição dessas 
ampolas, deve ser feita uma receita amarela ou 
azul, conforme o caso, devidamente preenchida 
com os dados do paciente ao qual tenha sido 
administrado o medicamento. 
 
 
 
 Após selecionar o tratamento medicamentoso e 
escrever a receita, o médico deve informar ao 
paciente: 
a) Os objetivos a curto (ou a longo) prazo do 
tratamento instituído; 
b) Como, quando e por quanto tempo deve 
tomar o medicamento; 
c) Seus benefícios e riscos (interações 
medicamento-medicamento ou 
medicamento-alimento, reações adversas, 
intoxicações); 
d) Procedimentos a seguir se surgirem alguns 
efeitos adversos; 
e) Forma de guardar os medicamentos; 
f) O que fazer com as sobras. 
 
 Medicamento Similar: São produzidos após 
vencer a patente dos Medicamentos de referência 
e são identificados por um nome de marca. 
Possuem eficácia, segurança e qualidade 
comprovadas através de testes científicos e são 
registrados pela Anvisa. Possuem o mesmo 
fármaco e indicação terapêutica do medicamento 
de referência, podendo diferir em características 
relativas ao tamanho e forma do produto, prazo 
de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e 
veículos. Não podem ser substituídos pelo 
medicamento de referência nem pelo 
medicamento genérico. 
 Medicamento Genérico: É igual ao 
medicamento de referência e possui qualidade, 
eficácia terapêutica e segurança comprovadas 
através de testes científicos. Registrado pela 
Anvisa. Não possui nome de marca, somente a 
denominação química de acordo com a 
Denominação Comum Brasileira (DCB). Pode ser 
substituído pelo medicamento de referência pelo 
profissional farmacêutico ou vice-versa. 
[Digite aqui] 
 O art. 52 do Código de Ética Médica (CEM) veda 
ao médico desrespeitar a prescrição ou o 
tratamento de paciente, determinados por outro 
médico, mesmo quando em função de chefia ou 
de auditoria, salvo em situação de indiscutível 
benefício para o paciente, devendo comunicar 
imediatamente o fato ao médico responsável. 
 Transcrição de receita médica – o art. 2º do 
CEM veda ao médico delegar a outros 
profissionais atos ou atribuições exclusivas 
da profissão médica. Casos especiais são os 
dos profissionais portadores de deficiência física 
que os impeçam de desempenhar a tarefa de 
prescrição 
 Troca de receita médica – implica infração ao art. 
37 do CEM, que assinala ser vedado ao médico 
prescrever tratamento ou outros 
procedimentos sem exame direto do 
paciente, salvo em casos de urgência ou 
emergência e impossibilidade comprovada 
de realizá-lo, devendo, nessas 
circunstâncias, fazê-lo imediatamente após 
cessar o impedimento. O atendimento médico 
a distância, nos moldes da telemedicina ou de 
outro método, dar-se á sob regulamentação do 
Conselho Federal de Medicina. Conclui-se que 
prescrever medicamentos ou solicitar 
exames caracterizam o atendimento 
médico, só realizado com a presença do 
paciente. 
 Transcrição de receita médica: o art. 37 do CEM 
é bastante enfático ao proibir a prescrição de 
tratamentos ou outros procedimentos sem exame 
direto do paciente (anamnese + exame físico). 
Em casos excepcionais, por exemplo, de 
medicações de uso prolongado ou 
anticonvulsivantes, o médico poderá prescrever 
como continuidade, ou seja, outro especialista fez 
uma prescrição anterior. 
 Prescrição médica sem data: o médico 
não deve elaborar a receita sem apor a 
respectiva data, pois tal omissão constitui 
infração ao art. 87 do CEM. 
 
RENAME E FARMÁCIA POPULAR 
 Há evidências de que trabalhar com número 
limitado de medicamentos essenciais favorece 
qualidade de atenção à saúde, melhor gestão 
de medicamentos, mais fácil auditoria, mais 
fácil treinamento do prescritor e melhor 
informação ao paciente, o que foi verificado 
inclusive em países ricos. 
 Na atualidade, cresce o número de 
medicamentos colocado para comercialização, 
sendo que apenas 1% representa reais 
inovações com relevância clínica. Há, pois, um 
armamentário excessivo e repetitivo, criando-
se “famílias” de medicamentos, em que os 
mais novos são muito semelhantes em eficácia 
e em segurança (me-toos) aos já existentes. As 
poucas diferenças encontradas dizem respeito 
a aspectos farmacocinéticos, os quais, por 
vezes, repercutem favoravelmente na 
terapêutica. 
 Custo alto não exclui da lista um medicamento, 
se esse representa a melhor escolha para uma 
condição específica. Ao contrário, se todos os 
critérios hierarquicamente mais importantes 
(eficácia, segurança e conveniência ao 
paciente) forem similares, a decisão penderá 
em favor do que tiver preço mais justo, para 
tornar-se mais facilmente disponível aos 
pacientes que dele necessitarem. 
 A lista de medicamentos essenciais deve ser 
instrumento educativo e orientador da prática 
dos profissionais que a ela recorrem. Por isso 
deve ser única, organizada por grupos 
farmacológicos utilizados para manejar 
manifestações gerais de doença (dor, 
inflamação, alergia, infecção, neoplasia, 
intoxicação, distúrbios carenciais) e para tratar 
doenças de diferentes sistemas orgânicos. 
 A RENAME e a relação específica complementar 
estadual, distrital ou municipal de 
medicamentos somente poderão conter 
produtos com registro na Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária - ANVISA 
 ‘‘AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR’’: Os 
medicamentos de uso contínuo tem desconto 
de 90%, sendo que alguns para o tratamento 
do diabetes e hipertensão (por exemplo, 
metformina, insulina, vários betabloqueadores 
e hidroclorotiazida) são gratuitos. 
Medicamentos para asma, doença de 
Parkinson, glaucoma, anticoncepcionais, 
osteoporose e rinite também estão disponíveis. 
 Para obter o medicamento na Farmácia Popular, 
o paciente precisa ter em mãos seu CPF, um 
documento com fotografia, e a prescrição médica 
contendo o CRM do médico emitente com o 
carimbo e assinatura, a data da expedição da 
receita (de até 180 dias), o nome e o endereço 
residencial do paciente. 
 A prescrição deve conter o endereço do paciente 
Conforme Portaria nº 111/16, é obrigatório a 
apresentação de prescrição médica, laudo ou 
atestado médico com a informação de endereço 
do paciente, a qual é prevista na Lei nº 5.991/73, 
que dispõe sobre o Controle Sanitário do 
Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos 
Farmacêuticos e Correlatos, e dá outras 
Providências. A referida Lei determina, em seu 
artigo 35, que somente será aviada a receita: 
que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por 
extenso e de modo legível, observados a 
nomenclatura e o sistema de pesos e medidas 
oficiais; que contiver o nome e o endereço 
residencial do paciente e, expressamente, o 
modo de usar a medicação e que contiver a data 
[Digite aqui] 
e a assinatura do profissional, endereço do 
consultório/unidade de saúde ou da residência, 
e o número de inscrição no respectivo Conselho 
profissional. Pela Portaria 111, está previsto o 
preenchimento do receituário médico com 
as informações do endereço do usuário 
pelo profissional farmacêutico, com a 
anuência do paciente, no ato da 
dispensação, caso as referidas informações 
não tenham sido disponibilizadas pelo 
médico prescritor. 
 Fica dispensada a obrigatoriedade da presença 
física do paciente, titular da receita médica, 
SOMENTE quando se enquadrar nas seguintes 
condições: 
1. Pessoa considerada incapaz, desde que 
comprovado; 
2. Pessoa idosa, com idade igual ou superior a 60 
anos . 
A dispensação nos casos previstos acima 
apenas será realizada mediante a 
apresentação dos seguintes documentos: 
CPF e RG do paciente, titular da receita; 
CPF e RG do representante legal, o qual 
assumirá juntamente com o 
estabelecimento as responsabilidades pelaefetivação da transação. 
 ATESTADO, LAUDO E DECLARAÇÕES 
 O Atestado médico é documento de fé 
pública, é parte integrante do atendimento – 
portanto, é direito do paciente solicitá-lo – e tem 
como função básica confirmar a veracidade de 
um ato médico realizado. 
 É ainda do nosso Código a proibição de que o 
médico utilize formulários de instituições 
públicas para atestar, mesmo a verdade, 
quando verificada em instituição particular. 
 É falsidade ideológica quando o atestado é 
emitido sem ter o médico praticado ato 
profissional que o justifique, ou seja, sem a 
apresentação do prontuário médico 
correspondente ao respectivo atestado. A 
inexistência do prontuário médico é o bastante 
para caracterizar a ausência do ato médico, uma 
vez que o mesmo Código de Ética, em seu artigo 
86, veda ao médico deixar de elaborar 
prontuário legível para cada paciente. 
 O mesmo artigo 80 reconhece como falsidade 
ideológica o atestado médico que seja 
tendencioso ou que não corresponda à 
verdade 
 Ao banalizar o atestado, que é um documento 
jurídico, o médico descumpre: Codig. Etica 
Médica (CEM), Constituição Federal, Cód. 
Penal e Civil 
 O atestado passa a ter valor a partir da data 
de sua emissão e deve conter o número de 
dias ou horas que o paciente deverá ficar 
ausente por motivo de doença. O Atestado 
Médico tem limitação de 15 dias de validade 
para que o empregador remunere o empregado 
que se afastar por motivo de doença, após o 
que deve encaminhá-lo ao INSS, que passará a 
assumir a remuneração do empregado ausente 
do serviço. 
 O diagnóstico por meio do CID (Código 
Internacional de Doenças) só será colocado 
após esclarecimento e autorização do paciente. 
A colocação do diagnóstico deve ser 
acompanhada do esclarecimento ao 
interessado quanto às implicações da quebra 
do sigilo médico. 
 Modelo de atestado 
 São atestados para atender à exigência de rede 
pública: Por motivo de doença, deficiência ou 
condição especial, pacientes solicitam aos seus 
médicos atestados destinados à isenção de 
Imposto de Renda, à obtenção de Passe Livre 
em transporte público e à liberação do IPI para 
compra de veículos, entre outras demandas. 
Nada impede o fornecimento de tal documento. 
De posse do relatório emitido haverá avaliação 
do servidor público, por “médico perito”, que 
pode solicitar outros documentos e exames que 
comprovem o diagnóstico e a terapêutica 
realizados até aquele momento, para que se 
comprove a condição de isenção. 
 
 
ATESTADO DE SAÚDE 
 Atestado médico de saúde destinado à prática de 
atividades físicas ou esportivas, laborais e para 
fins de viagens. 
 A solicitação ou a obrigação de apresentação de 
Atestado Médico para atividades esportivas e 
competições visa rastrear, em indivíduos 
saudáveis, problemas que possam acarretar 
morte súbita . Indivíduos com problemas de 
saúde já conhecidos têm acompanhamento 
médico, são medicados e geralmente já 
conhecem seus riscos e limites. 
[Digite aqui] 
 Polêmicas à parte, caso você seja solicitado 
para emitir um Atestado Médico para 
atividade física, recomenda-se: 
a) Fazer a história clínica com ênfase em 
antecedentes pessoais e familiares e em 
hábitos de vida; 
b) interrogar sobre os objetivos da 
atividade física e a participação 
pregressa em atividades esportivas etc.; 
c) Fazer exame físico geral com atenção 
especial para o aparelho cardiovascular; 
d) Quando houver indícios de 
anormalidades, investigar com o uso de 
eletrocardiograma de repouso, teste 
ergométrico, ecodopplercardiograma e 
outros exames de maior complexidade, 
desde que justificados. 
 Elementos que devem conter no documento: 
a) Tipo de atividade física permitida e de 
preferência com a intensidade de treinamento 
físico sendo sugerida; 
b) Nos casos em que existem limitações à prática 
de alguma modalidade estas deverão estar 
claramente mencionadas 
c) Toda e qualquer informação a respeito do 
quadro clínico, exame físico e exames 
complementares deverão estar contidos no 
atestado médico quando solicitados e 
autorizados pelo paciente 
d) Estratificação do risco individual 
e) Deverá especificar qualquer restrição clínica, 
seja de natureza cardiorrespiratória ou 
locomotora 
ATESTADO PARA VIAGENS 
 
 
 
 
 
 
 
ATESTADO PARA TRABALHO 
 O Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) é 
um documento de responsabilidade do médico 
do trabalho usado como referência médica em 
relação aos trabalhadores, pois auxilia na 
decisão quanto ao seu destino profissional. 
Objetivos: 
o Prevenção de doenças de natureza 
ocupacional e, 
o Promoção da saúde dos trabalhadores, 
buscando a melhor adequação do 
trabalho ao homem – e deste ao 
trabalho. 
 O ASO tem valor legal sendo endossado pelo 
prontuário médico do trabalhador. O 
prontuário deve conter detalhada anamnese 
ocupacional física e mental, resultados de 
exames complementares, conclusões e 
medidas implementadas. 
 No exame admissional, não são permitidos 
testes de gravidez, de esterilização e exame de 
HIV (AIDS), por se constituir prática 
discriminatória 
 Afastamento até 15 dias: o atestado será 
analisado pelo médico da empresa; o 
pagamento dos primeiros 15 dias (para quem 
tem vínculo empregatício) fica a cargo de 
empresa 
 Afastamento acima de 15 dias: o(a) 
empregado(a) será submetido(a) à perícia 
médica no INSS, exceto os aposentados pelo 
INSS e ativos na Empresa, que serão 
submetidos à perícia médica na Empresa. A 
decisão deve ser encaminhada imediatamente 
à Empresa; se a decisão for pela incapacidade 
ao trabalho o paciente receberá o auxílio-
doença. 
 O médico do trabalho tem autonomia para 
diminuir ou aumentar os dias de afastamento 
do empregado. 
 Licença maternidade: descanso de 120 dias, a 
partir do último dia trabalhado, concedido a 
empregada parturiente e a empregada que 
adotar uma criança ou obtiver a guarda judicial 
para fins de adoção. a partir da data do 
documento de comprovação, sem prejuízo do 
emprego e do salário. 
 Em caso de aborto não criminoso comprovado 
mediante atestado médico oficial, é garantido 
à mulher um repouso remunerado de 2 
semanas, ficando-lhe assegurado o direito de 
retornar à função que ocupava; 
 A licença maternidade pode ser adquirida 
desde a 36º semana. No atestado, o médico 
deve informar IG e Data Provavel de Parto 
(DPP) 
 Licença paternidade: extensão dos dias (05 
dias a partir do nascimento da criança) da 
licença condedica pelo empregador, limitada a 
60 dias e sendo facultativa a sua concessão. a 
licença paternidade passa de cinco para vinte 
dias para os servidores públicos federais. 
ATESTADO DE DEFICIÊNCIA 
 Para comprovar deficiência em admissão ao 
emprego compete ao médico assistente emitir 
um laudo médico que comprove formalmente a 
deficiência que subsidiará a conduta do médico 
do trabalho da empresa e/ou da instituiçãoo 
 Veja o que o laudo médico deverá conter: 
o enquadramento da deficiência na legislação 
vigente; 
o exames complementares; 
o tipo de deficiência permanente ou temporária; 
[Digite aqui] 
o Classificação Internacional de Doenças (CID 
10) com o grau ou nível de deficiência 
correspondente. O CID não deve referenciar-se 
à causa e, sim, à sequela, por exemplo, deve 
referir-se à amputação e não à neoplasia que a 
originou. 
 O laudo médico deverá ser emitido pela rede 
pública de saúde ou conveniada ao Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
ATESTADO DE ÓBITO 
 A Declaração de Óbito (DO) é o 
documento-base do Sistema de 
Informações sobre Mortalidade do 
Ministério da Saúde (SIM/MS). É composta 
de três vias autocopiativas, pré-
numeradas sequencialmente. 
 Perante a lei, os médicos devem atestar, na 
Declaração de Óbito (DO), a ocorrência da 
morte e registrar a sua causa, quer do ponto de 
vista médico, quer de eventuais aplicações 
jurídicas, para permitir o diagnóstico da causa 
jurídicado óbito: seja o homicídio, o suicídio, 
seja o acidente ou a morte chamada natural. 
 A principal fonte sobre o tema “mortalidade no 
Brasil” é o Sistema de Informação sobre 
Mortalidade (SIM). O instrumento de 
alimentação de dados desse sistema é a 
Declaração de Óbito. Assim, seu correto 
preenchimento é fator primordial no processo 
para que os dados sejam confiáveis e reflitam a 
realidade 
“Nós médicos somos educados para valorizar e 
defender a vida. Sempre nos ensinaram que a 
morte é a nossa principal inimiga, contra a 
qual devemos envidar todos os nossos 
esforços. Esse raciocínio reducionista, porém 
real; equivocado, porém difundido, é fonte de 
incontáveis prejuízos para as pessoas. 
A morte não é a falência da Medicina ou dos 
médicos. Ela é apenas uma parte do ciclo da 
vida. É a vida que se completa.” (Brasil, 
Ministério da Saúde, 2009). 
 É vedada a distribuição da Declaração de Óbito 
para as empresas funerárias. 
 Fluxo da DO: 
o Primeira via (branca): Recolhida por 
profissional da Secretaria Municipal de 
Saúde nas unidades notificadoras. 
Deve ficar em poder do setor 
responsável pelo processamento dos 
dados nas instâncias estadual e 
municipal. Secretaria Municipal de 
Saúde arquiva a 1ª via. 
o Segunda via (amarela): entregue 
pela família do falecido ao Cartório de 
Registro Civil, que arquiva e utiliza para 
emissão da Certidão de Óbito. Cartório 
de Registro Civil arquiva a 2ª via. 
o Terceira via (rosa): permanece nas 
Unidades Notificadoras, arquiva no 
prontuário do falecido. Em casos de 
óbitos notificados pelos 
estabelecimentos de saúde, Instituto 
Médico Legal (IML) ou Serviço de 
Verificação de Óbito (SVO), para ser 
anexada à documentação médica 
pertencente ao falecido. 
Estabelecimento de saúde arquiva a 3ª 
via. 
 O médico tem a responsabilidade ética e 
jurídica pelo preenchimento e pela assinatura 
da DO, assim como pelas informações 
registradas em todos os campos desse 
documento. Deve, portanto, revisar o 
documento antes de assiná-lo. 
 Em caso de mortes naturais em localidades 
onde não haja médico, o responsável pelo 
falecido, acompanhado de duas testemunhas, 
comparece ao Cartório de Registro Civil, que 
preenche as três vias da DO. 
 Em que situação deve-se emitir a DO? 
o Em todos os óbitos ( natural ou por causa 
acidental ou violenta). 
o Quando a criança nascer viva e morrer logo 
após o nascimento, independentemente da 
duração da gestação, do peso do recém-
nascido e do tempo que tenha permanecido 
vivo; 
o No óbito fetal, se a gestação teve duração 
igual ou superior a 20 semanas, ou o feto 
com peso igual ou superior a 500 gramas, ou 
estatura igual ou superior a 25 centímetros. 
 Em caso de morte natural, sempre que 
possível, o atestado deve ser emitido pelo 
médico assistente. Quando o óbito ocorrer sem 
assistência médica, o corpo deve ser 
encaminhado para o SVO. 
 Em caso de morte não natural, a legislação, 
conforme o art. 162 do Código de Processo 
Penal (BRASIL, 1941), determina que esses 
atestados sejam emitidos por médicos legistas 
após necropsia no Instituto Médico Legal (IML). 
 No caso em que se deseje cremação do 
cadáver do falecido, devem ser 
observados os seguintes itens: 
o A exigência legal de que, para a 
realização de cremação, a Declaração de 
Óbito seja assinada por dois médicos. 
o Cremação para os casos de morte 
violenta: o atestado de óbito deverá ser 
assinado por 1 (um) médico legista e só 
será efetuada a cremação mediante 
autorização do Poder Judiciário, o qual 
exige uma declaração do delegado de 
polícia responsável pelo inquérito e do 
IML esclarecendo que não se opõem à 
[Digite aqui] 
cremação, bem como o Boletim de 
Ocorrência. 
PREENCHIMENTO DA DO 
 Não pode haver emendas ou rasuras. Caso isso 
ocorra, deve-se ressalvar a emenda ou a rasura, 
repetindo os dados de forma legível e assinando 
novamente, ao pé da ressalva. Se não for 
possível ressalvar, o jogo deve ser anulado e 
encaminhado ao setor da Secretaria Municipal 
de Saúde responsável pela distribuição, para 
controle. 
 Deve, ainda, ser evitado deixar campos em 
branco, assinalando a opção “Ignorado” quando 
não se conhecer a informação solicitada ou um 
traço (-) quando não se aplicar ao item 
correspondente ou na impossibilidade de serem 
obtidas as informações. 
 CAMPO 40: Registrar apenas uma doença, 
alteração ou lesão em cada linha. Para cada 
causa registrada, indicar, sempre que possível, 
na casela à direita, o tempo aproximado entre o 
início da doença e a morte (em horas, dias, 
meses ou anos); Se esse tempo for 
desconhecido, preencher como “desconhecido” 
ou ignorado. 
 Mais uma vez, fique atento(a) para esta 
recomendação: A “causa básica” da morte 
deverá ser registrada na última linha 
informada. 
 
 Óbito pós cirurgia: Em caso de intervenção 
cirúrgica, a causa básica é a patologia que 
exigiu a intervenção e nunca a intervenção em 
si. 
 
 ENCAMINHAMENTOS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES 
 
 A referência compreende o fluxo de 
encaminhamento do usuário do nível menor 
para o de maior complexidade. A 
contrarreferência está relacionado ao ato de 
referenciar do nível de maior para o de menor 
complexidade para dar continuidade ao 
acompanhamento do usuário. 
 De acordo com o Código de Ética Médica, é 
vedado ao médico (Art. 82), deixar de 
encaminhar de volta ao médico assistente o 
paciente que lhe foi enviado para procedimento 
especializado, devendo, na ocasião, fornecer-
lhe as devidas informações sobre o ocorrido no 
período em que se responsabilizou pelo 
paciente.

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