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CLASSES GRAMATICAIS MORFOLOGIA (CLASSES GRAMATICAIS parte 01) CONCEITO: A morfologia é a parte da gramática que se dedica ao estudo das formas das palavras, ou seja, sua flexão, estruturação, formação e principalmente a sua CLASSIFICAÇÃO. CLASSES DE PALAVRAS: No texto acima, você deve ter notado que existem palavras que possuem finalidades diferentes: umas servem para nomear seres, outras para indicar ações, outras servem para ligar expressões e etc. Pois bem, a depender de sua finalidade no texto, uma palavra poderá ser inserida em um determinado tipo de classe e, atualmente, temos 10 classes diferentes.OBSERVAÇÃO: Não é aqui que você aprende o que é sujeito, predicado, objeto direto, complemento nominal ou qualquer coisa do tipo. Na realidade, nossa missão aqui é observar em que classe gramatical uma palavra pode estar inserida e entender quais são os detalhes dessas classes. AS 10 CLASSES PODEM SER: VARIÁVEIS Artigos; Substantivos; VERBOS; Adjetivos; Numerais; Pronomes. INVARIÁVEIS Conjunções; Interjeições; Preposições; Advérbios. Mnemônico: AS 10 classes são ASVANP e CIPA. 1) ARTIGOS: Embora alguns materiais costumem desprezar essa classe, creio que é uma das mais interessantes para a sintaxe. Veja bem, o artigo não possui um valor de significado específico como a palavra casa, por exemplo, possui, mas pode possui vários valores diferentes em uma frase, tais como individualizar, determinar, indeterminar, diferenciar o gênero e etc. Além disso, é uma classe gramatical variável em gênero e número e sempre funciona como um adjunto adnominal na sintaxe. Classificação: ARTIGOS DEFINIDOS – O, OS, A, AS. Exemplos: Encontrei o cachorro ontem. A escola do nosso bairro é ótima. ARTIGOS INDEFINIDOS – UM, UNS, UMA, UMAS Exemplos: Um aluno do curso passou no concurso mais concorrido do Brasil. Conheci umas meninas que moravam perto de ti. BIZU: O artigo vem antes do substantivo, mas isso não quer dizer que ele virá sempre “colado” com o substantivo. Exemplo: As imensas e complexas provas não me assustaram. a) FORMAS COBINADAS DE ARTIGOS DEFINIDOS: PREPOSIÇ ÃO artig o artig o artigo artigo O A OS AS A AO À AOS ÀS DE DO DA DOS DAS EM NO NA NOS NAS POR (PER) PEL O PEL A PELO S PELA S b) FORMAS COBINADAS DE ARTIGOS INDEFINIDOS: PREPOSIÇ ÃO artig o artig o artig o artigo UM UMA UNS UMAS DE DU M DUM A DUN S DUM AS EM NU M NUM A NUN S NUM AS Emprego dos artigos definidos: a) O artigo antecipa o substantivo, individualizando-o: Encontrei o homem. b) O artigo pode ter valor de pronome demonstrativo (este, esse, aquele) para indicar que algo está próximo do falante: Finalmente o prefeito investiu na (nesta/naquela) região. c) O artigo vem obrigatoriamente antes de um pronome possessivo que substitui um substantivo, mas é facultativo antes de um pronome possessivo que acompanha um substantivo. Fizeram alusão a / aos meus ideais, não aos seus. d) O artigo indica a totalidade de uma espécie: O homem é um ser muito volúvel. (todos os seres humanos) e) O artigo só é usado antes da palavra casa quando ela vem especificada. Enfim conseguimos visitar a linda casa do bairro da qual todos falaram. a) Serve para indicar desconhecimento ou generalização: Uma paciente sua passou aqui hoje de manhã, doutora. b) Por sua força generalizadora e indeterminadora, esse tipo de artigo é usado antes de um substantivo para indicar que se trata de uma espécie inteira: Um homem não pode fraquejar diante de acusações contrárias aos seus princípios. (qualquer homem) c) Usado para indicar que alguém pertence a uma família. Dom Pedro era um Bragança. d) Segundo a maior parte dos gramáticos, omite-se o artigo indefinido antes de apostos explicativos. Guimarães Rosa, (um) grande escritor brasileiro, mereceu todos os louvores. e) Revela quantidades aproximadas, ênfase ou depreciação. Engordei uns dez quilos. Estou com uma fome! Ele é o homem, eu sou só um garoto! 2) INTERJEIÇÕES são estruturas linguística simples que não possuem função sintática e podem ser compreendidas isoladamente. São invariáveis e são formadas, principalmente, por sons vocálicos e palavras soltas. Exemplos de interjeições · Eita! · Hã-hã! · Ai! · Ei! · Ufa! · Nossa! · Oxalá! · Francamente! Emprego dos artigos indefinidos: Interjeições formadas por sons vocálicos: Ui!, Ah!, Uf!, Oh!, Ih!,… Interjeições formadas por palavras soltas: Credo!, Cruzes!, Atenção!, Bravo!, Rua!,… Quando a interjeição é formada por um conjunto de palavras, é chamada de locução interjetiva: Ora bolas!, Ai de mim!, Quem me dera!,… Uso de interjeições Através de interjeições é possível exprimir emoções, sensações, estados de espírito,... São utilizadas maioritariamente em frases exclamativas e apelativas. Sozinha, uma interjeição consegue transmitir o sentido de uma frase completa. O significado de uma interjeição depende do contexto onde ela é utilizada, bem como da entonação do falante. Exemplos de uso de interjeições · Ui! O que aconteceu aqui? · Céus! Você quase caiu do muro! · Oh! Que lindo! · Vamos ganhar o primeiro prêmio. Tomara! · Viva! Tudo bem por aqui? MORFOLOGIA (CLASSES GRAMATICAIS parte 02) 03) SUBSTANTIVOS são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo, normal, aumentativo). Os substantivos atuam sempre como núcleo das funções sintáticas onde estão inseridos (núcleo do sujeito, núcleo do objeto direto, núcleo do objeto indireto e núcleo do agente da passiva). Exemplos de flexão dos substantivos: · Substantivo no singular: escola · Substantivo no plural: escolas · Substantivo no grau diminutivo: gatinho · Substantivo no grau normal: gato · Substantivo no grau aumentativo: gatarrão Exemplos das funções sintáticas dos substantivos: · Núcleo do sujeito: O carro preto é novo. · Núcleo do objeto direto: Mirim esperava a irmã mais nova. · Núcleo do objeto indireto: O aluno respondeu à pergunta da professora. · Núcleo do agente da passiva: O almoço foi feito pela avó paterna. Classificação dos substantivos Os substantivos podem ser classificados em: Substantivo simples: São substantivos formados por apenas um radical. · amor; · casa; · felicidade; · livro; · roupa.. Substantivo composto: São substantivos formados por dois ou mais radicais, podendo ocorrer composição por justaposição ou composição por aglutinação. Exemplos de composição por justaposição: · arco-íris; · beija-flor; · malmequer; · passatempo; · segunda-feira. Exemplos de composição por aglutinação: · aguardente; · fidalgo; · planalto; · vinagre. Substantivo primitivo: São substantivos cuja origem reside em palavras de outras línguas (latim, árabe, grego, francês, inglês,…). Os substantivos primitivos originam os substantivos derivados. · algodão (do árabe al-qutun); · chuva (do latim pluvial); · folha (do latim folia); · pedra (do grego pétra); · quilo (do grego khylós). Substantivo derivado: São substantivos que derivam de substantivos primitivos existentes na língua portuguesa, podendo ocorrer derivação prefixal, derivação sufixal, derivação parassintética, derivação regressiva e derivação imprópria. · açucareiro; · chuvada; · território; · jardinagem; · livraria. Substantivo comum: São substantivos que nomeiam genericamente, sem especificar, seres da mesma espécie, que partilham características comuns. · mãe; · uva; · computador; · papagaio; · planeta. Substantivo próprio: São substantivos escritos com letra maiúscula que nomeiam seres individuais e específicos. Estes substantivos particularizam os seres dentro de sua espécie, distinguindo-os dos restantes. · Brasil; · Carnaval; · Flávia; · Nilo; · Serra da Mantiqueira. Substantivo coletivo: São substantivos que, escritos no singular, indicam um conjunto de coisas ou de seres da mesma espécie. · arquipélago (conjunto de ilhas); · cardume (conjunto de peixes); · constelação (conjunto de estrelas); ·pomar (conjunto de árvores de fruto); · rebanho (conjunto de ovelhas). Substantivo concreto: São substantivos que nomeiam seres com existência própria, como objetos, pessoas, animais, vegetais, minerais, lugares, … · mesa; · chuva; · Felipe; · cachorro; · samambaia. Substantivo abstrato: São substantivos que nomeiam conceitos, conceptualizações abstratas e realidades imateriais, como qualidades, noções, estados, ações, sentimentos e sensações de outros seres. · amor; · calor; · beleza; · pobreza; · crescimento. Substantivo comum de dois gêneros: São substantivos que apresentam uma só forma para o gênero masculino e o gênero feminino. · o estudante / a estudante; · o jovem / a jovem; · o artista / a artista. Substantivo sobrecomum: São substantivos que nomeiam pessoas e apresentam um só gênero para o masculino e o feminino. · a vítima; · a pessoa; · a criança; · o gênio; · o indivíduo. Substantivo epiceno: São substantivos que nomeiam animais e apresentam um só gênero para o masculino e o feminino. · a baleia; · o besouro; · o crocodilo; · a formiga; · a mosca. Substantivo de gênero vacilante: São substantivos que apresentam oscilação de gênero. Em alguns casos, ambos os gêneros são considerados corretos. Em outros, é recomendado o uso do gênero feminino ou do gênero masculino. · o personagem / a personagem; · o caudal / a caudal; · o sabiá / a sabiá; · a agravante; · a dinamite; · a sentinela; · o champanha; · o apêndice; · o guaraná. Substantivo de dois números: São substantivos que apresentam uma só forma para o singular e para o plural. · o lápis / os lápis; · o tórax / os tórax; · a práxis / as práxis. Atenção! Existem substantivos que mudam de significado com a mudança de gênero. Exemplos: · Minha cabeça está doendo. (crânio) · Tiago é o cabeça da turma. (líder) · O capital financeiro da empresa está em risco. (patrimônio) · Brasília é a capital do Brasil. (metrópole) 04) ADJETIVOS são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica, aspecto ou estado. Em “casa velha”, o adjetivo velha caracteriza o substantivo casa. Em “prédio antigo”, o adjetivo antigo caracteriza o substantivo prédio. Os adjetivos variam em gênero (masculino e feminino) e em número (singular e plural) conforme o substantivo que caracterizam: · casa velha; · casas velhas; · prédio antigo; · prédios antigos. Adjetivos simples e compostos Os adjetivos podem ser simples, sendo formados por apenas um radical, ou compostos, sendo formados por dois ou mais radicais. Exemplos de adjetivos simples · A maçã é vermelha. · O menino é muito bonito. · Minha mãe está zangada. Exemplos de adjetivos compostos · Meu vestido verde-escuro está estragado. · Meu pai é franco-brasileiro. · Que menino mal-educado! Gênero dos adjetivos: masculino e feminino Relativamente ao gênero, os adjetivos podem ser biformes ou uniformes. Adjetivo biforme Os adjetivos biformes apresentam duas formas, uma para o gênero masculino e outra para o gênero feminino. · Helena é uma menina simpática. · Paulo é um menino simpático. · A blusa é vermelha. · O casado é vermelho. Adjetivo uniforme Os adjetivos uniformes, também chamados de adjetivos comuns de dois gêneros, apresentam sempre a mesma forma, quer no gênero feminino, quer no gênero masculino. · Helena é uma menina feliz. · Paulo é um menino feliz. · A blusa é azul. · O casado é azul. Normalmente, os adjetivos terminados em - e, -z, -m e -l são adjetivos uniformes. Número dos adjetivos: singular e plural Existem regras diferentes para a formação do plural dos adjetivos simples e para a formação do plural dos adjetivos compostos. Plural dos adjetivos simples Para a formação do plural dos adjetivos simples, são utilizadas as mesmas regras de formação do plural dos substantivos: · A pera madura. · As peras maduras. · O homem resmungão. · Os homens resmungões. · A mochila azul. · As mochilas azuis. · … Plural dos adjetivos compostos Para a formação do plural dos adjetivos compostos, a regra indica que apenas o último elemento varia em número, indo para o plural. Contudo, o adjetivo composto se mantém invariável se for formado por um substantivo no último elemento. Exemplos com flexão do último elemento: · Minha tia é afro-brasileira. · Minhas tias são afro-brasileiras. · Este aluno é mal-educado! · Estes alunos são mal-educados! Exemplos com adjetivos compostos invariáveis: · A parede é amarelo-canário. · As paredes são amarelo-canário. · O tecido é vermelho-sangue. · Os tecidos são vermelho-sangue. MORFOLOGIA (CLASSES GRAMATICAIS parte 03) 05) PRONOMES: Esse é o tipo de classe que costuma aparecer MUITO em provas de concurso público. Desse modo, você precisar dar atenção máxima aos pronomes da língua portuguesa. Para auxiliar vocês, meus queridos, darei um conceito bem “mastigado”. PRONOMES (para a semântica) O pronome pode apresentar inúmeros sentidos, mas isso depende do contexto. Alguns sentidos que eles podem apresentar são: posse, indefinição, generalização, apontamento, aproximação, depreciação etc. PRONOMES (para a morfologia) É uma classe que costuma variar em gênero e número e que se refere a elementos dentro e fora do discurso. Pode ser um determinante quando acompanha um substantivo (pronome adjetivo), ou pode ser um substituto do substantivo (pronome substantivo). Meus amigos são incríveis! (pronome meu acompanha o substantivo amigos) Eles são incríveis. (pronome eles substitui o substantivo amigos) PRONOMES (para a sintaxe)CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES 1) Expressões como: “Beija eu”, “pega ela/ele” são consideradas como inadequadas do ponto de vista normativo, pois pronomes pessoais do caso reto não exercem a função de objeto direto desse modo. 2) Os pronomes pessoais do caso reto não podem aparecer antecedidos por uma preposição (preposicionados): “Entre eu e tu, que vença o melhor.” Construção adequada: Entre mim e ti... 3) CUIDADO!!!! Se os pronomes retos estiverem acompanhados de todo(a/s), só (adjetivo), apenas ou numeral, permite-se que sejam postos em posição de objeto direto. Exemplo: O que vi da vida até agora? Vi toda ela esvaindo-se diante dos meus olhos. Quando acompanha um substantivo, é um adjunto adnominal, mas quando o substitui pode ter as seguintes funções: núcleo do sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, indireto, complemento nominal, aposto, vocativo, agente da passiva e adjunto adverbial). Tipos de pronomes: I – Pronomes pessoais – São os responsáveis por designar as três pessoas do discurso, no singular e no plural. Podemos dizer que eles sempre serão pronomes substantivos e se dividem em dois casos: CASO RETO – Porque exercem, normalmente, a função de sujeito. CASO OBLÍQUO – Porque exercem, normalmente, a função de complemento verbal. Vejamos primeiro os pronomes pessoais do caso reto: 1ª pessoa (singular) EU 1ª pessoa (Plural) NÓS 2ª pessoa (singular) TU 2ª pessoa (plural) VÓS 3ª pessoa (singular) ELE/ELA 3ª pessoa (plural) ELES/ELAS Esses pronomes normalmente conjugam verbos, por essa razão costumam exercer a função de sujeito de uma oração, contudo podem exercer também a função de predicativo do sujeito, aposto, vocativo. Exemplos: “Eu sou a mosca que pousou em tua sopa”. (sujeito) Eu sou mais eu. (predicativo do sujeito) Anderson Oliveira, eu mesmo, é uma pessoa impaciente. (aposto) Vejamos agora os pronomes OBLÍQUOS ÁTONOS:1ª pessoa (singular) ME 1ª pessoa (Plural) NOS 2ª pessoa (singular) TE 2ª pessoa (plural) VOS 3ª pessoa (singular) SE, O, A LHE 3ª pessoa (plural) SE, OS, AS, LHES TE Existe um princípio da norma-padrão que se chama uniformidade de tratamento. Essa uniformidade estabelece que você não pode usar formas de 3ª pessoa com formas de 2ª pessoa na mesma frase. Exemplo: Tu nunca fizeste (2ª pessoa) mal a ninguém, por isso eu te (2ª pessoa) admiro. NOS Não confunda o nos (1ª pessoa do plural) e o nos (3ª pessoa do plural). - Os jornais chamaram-nos de idiotas. (Chamaram a eles ou a nós?) O melhor modo de desfazer a ambiguidadeé colocar o pronome oblíquo antes do verbo. Esse pronome pode: · Designar um sujeito coletivo que se responsabiliza pelo que foi dito: Nós já nos demos conta de nossos erros e corrigi- los-emos tão logo. · Incluir enunciador e leitor, para aproximá- los: O Brasil ainda pode deixar de ser conhecido como um país corrupto se nos unirmos e usarmos bem a nossa arma democrática mais preciosa: o voto. LHE/LHES O pronome oblíquo lhe normalmente pode ser substituído por “a ele(a/s), para ele (a/s), nele(a/s)”, ou por qualquer pronome de tratamento após as preposições “a,para,em” . Exemplo: Agradecemos-lhes a ajuda sincera. (Agradecemos a eles...) A mãe lhe comprou uma boneca? (... comprou uma boneca para você?) Deus criou o homem e infundiu-lhe um espírito imortal. (... infundiu no homem...) O,A,OS,AS Os pronomes oblíquos de 3ª pessoa, se estiverem ligados a verbos terminados em – r, -s e –z, viram –lo(s), la(s). Se estiverem ligados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe...), viram –no(s), -na(s): Exemplo: Vou resolver uma questão, = Vou resolvê-la. Fiz o concurso porque quis o emprego de funcionário público. = Fi-lo porque qui-lo (ou ... porque o quis) Apagaram nossos arquivos. = Apagaram- nos. Você compõe músicas lindas. = Você compõe-nas. Tu compões músicas lindas = Tu compõe- las. Vejamos agora os pronomes OBLÍQUOS TÔNICOS: MIM · Nunca houve nada entre mim e ti. O uso desse pronome está adequado? Com toda a certeza! Haveria inadequação se no lugar de mim houvesse um eu. Lembre-se de que o eu só aparece antes de preposição se for sujeito de um verbo. Exemplo: Sempre foi muito complicado para mim entender o português. Note que há um verbo no infinitivo, mas o pronome mim não é sujeito desse verbo. Comprei vários livros para mim aprender finalmente português. (inadequado) SI/CONSIGO São pronomes reflexivos recíprocos, isto é, referem-se ao próprio sujeito do verbo, na 3ª pessoa. · Mariana só fala de si mesma, levando consigo todo o crédito. -Usa-se entre si sempre que for possível a proposição do pronome mesmos, lembrando-se que o sujeito tem de ser da 3ª pessoa do plural; do contrário, usa-se entre eles. · Os irmãos discutem entre si (mesmos). · Não houve briga entre eles. NÓS/VÓS Usam-se com nós e com vós quando estes são seguidos de “ambos, todos, outros, mesmos, próprios, um numeral, um aposto explicativo ou uma oração adjetiva”; caso contrário usa-se conosco e convosco. Exemplo:1ª pessoa (singular) MIM COMIGO 1ª pessoa (Plural) NÓS CONOSCO 2ª pessoa (singular) TI CONTIGO 2ª pessoa (plural) VÓS CONVOSCO 3ª pessoa (singular) SI CONSIGO 3ª pessoa (plural) ELE (A/S) Viajou com nós ambos. Saiu com vós todos. Estava com nós outros. Com nós mesmos/próprios, vocês poderão contar As crianças irão conosco e não convosco. Com vós dois é que não quero jantar. II. Pronomes de tratamento (ou axiónimos) estão incluídos no grupo dos pronomes pessoais e são formas mais corteses e reverentes de nos dirigirmos à pessoa com quem estamos falando ou de quem estamos falando. São, maioritariamente, utilizados em tratamentos formais, quando o interlocutor ocupa cargos ou posições sociais elevadas e prestigiadas. Vejamos agora exemplos de pronomes de tratamento: V. - você - Usado em tratamentos informais, íntimos e familiares. Este pronome, em algumas regiões do Brasil, é substituído pelo pronome tu. V. S.ª - Vossa Senhoria - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a pessoas com grande prestígio, como vereadores, chefes, secretários e diretores de autarquias. Este pronome é também utilizado em textos escritos oficiais, como correspondência comercial, ofícios e requerimentos. V. Ex.ª - Vossa Excelência - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a pessoas com alta autoridade, como o Presidente da República, ministros, senadores, deputados, embaixadores, etc. No caso do Presidente da República, não deverá ser utilizada a forma abreviada do pronome de tratamento. V. Em.ª - Vossa Eminência - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a cardeais, que são eclesiásticos do Sacro Colégio pontifício e participam no conclave para a eleição de um novo Papa. V. S. - Vossa Santidade - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos ao Papa. Este pronome de tratamento é também utilizado por ocidentais em tratamentos cerimoniosos e respeitosos ao Dalai Lama, embora não seja utilizado pelos tibetanos. V. Rev.mª - Vossa Reverendíssima - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a sacerdotes, bispos e religiosos em geral. V. A. - Vossa Alteza - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a príncipes, princesas, duques e duquesas. V. M. - Vossa Majestade - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a reis e rainhas. V. Mag.ª - Vossa Magnificência - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a reitores de Universidades. V.P. - Vossa Paternidade - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a superiores de ordens religiosas. V. M. I. - Vossa Majestade Imperial - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a imperadores. Vossa Onipotência - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a Deus. Não se utiliza a forma abreviada. ATENÇÃO: As formas “Senhor, senhora, senhorita, dom, dona, madame” não são consideradas como pronomes de tratamento para a ABL OBSERVAÇÃO: Além do uso de Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa Majestade,…também é possível o uso de Sua Senhoria, Sua Alteza, Sua Majestade,… A diferença no uso dessas duas formas é: usamos o pronome vossa quando estamos falando diretamente com a pessoa e usamos o pronome sua quando estamos falando sobre a pessoa: · Vossa Senhoria quer que eu lhe entregue os ofícios agora? · Lamento informar que Sua Senhoria, o diretor da autarquia municipal, não pode estar presente hoje neste evento. III. Pronomes possessivos indicam, principalmente, uma relação de posse, ou seja, indicam que alguma coisa pertence a uma das pessoas do discurso. A forma que o pronome possessivo assume concorda com a pessoa gramatical a que se refere (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso) e varia em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular) de acordo com aquilo que é possuído. 1. ª pessoa do singular (eu) - meu, minha, meus, minhas 2. ª pessoa do singular (tu) - teu, tua, teus, tuas 3. ª pessoa do singular (ele/ela) - seu, sua, seus, suas 1. ª pessoa do plural (nós) - nosso, nossa, nossos, nossas 2. ª pessoa do plural (vós) - vosso, vossa, vossos, vossas 3. ª pessoa do plural (eles/elas) - seu, sua, seus, suas Exemplos de concordância dos pronomes possessivos: · Eu não dormi na minha cama. · Tu não dormiste no teu quarto. · Você não dormiu na sua cama. · Nós não dormimos no nosso quarto. · Vós não dormistes na vossa cama. · Eles não dormiram nos seus quartos. Emprego dos pronomes possessivos: a) Os pronomes possessivos, além da noção de posse, podem transmitir uma ideia de respeito, afeto, ofensa ou cálculo aproximado: · Não se preocupe, minha senhora, nós resolveremos o assunto. (respeito) · Meu filho, por favor, tenha cuidado! (afeto) · Seu irresponsável, você podia ter morrido! (ofensa) · Aquela estátua já deve ter seus 15 anos. (cálculo aproximado) b) É facultativa a utilização de um artigo definido antes dos pronomes possessivos: · Meu irmão é muito bonito. · O meu irmão é muito bonito. · O diretor não ouviu minha intervenção. · O diretor não ouviu a minha intervenção. c) Em algumas situações, os pronomes pessoais oblíquos podem assumir valores equivalentes aos pronomes possessivos: · A chuva molhou-te o cabelo. (Molhou o teu cabelo). · Agarrei-lhe a mão. (Agarrei a sua mão). IV. Pronomes indefinidos indicam que algo ou alguém é considerado de forma indeterminada e imprecisa. Referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical. Exemplos de pronomes indefinidos · Alguém pode me ajudar? · Tem algo para comer? · Muitos faltaram à prova de português · Certos comentários serão ignorados. · Qualquer informação será considerada importante. Existem pronomes indefinidos invariáveis, pronomes indefinidos variáveisem gênero e número e pronomes indefinidos variáveis apenas em número. Emprego dos pronomes indefinidos: a) Nenhum varia normalmente quando anteposto ao substantivo Não havia nenhumas frutas frescas. b) O pronome indefinido outro junto de artigo pode mudar de sentido. Outro dia fui visita-lo (tempo passado) Fui visita-lo no outro dia. (tempo futuro) c) A mudança de posição de alguns indefinidos poderá mudar ora sua classe, ora seu sentido. Qualquer mulher merece respeito. (genérico) Ela não é uma mulher qualquer. (pejorativo) V. Pronomes interrogativos são utilizados para interrogar, ou seja, para formular perguntas de modo direto ou indireto. Referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical e possuem uma significação indeterminada e imprecisa, que apenas é esclarecida pela resposta dada à interrogação. Exemplos - interrogação direta: · Quem ganhou a competição? · Qual o motivo desta confusão? Exemplos - interrogação indireta: · Gostaria de saber quem ganhou a competição. · Diga-me, por favor, qual o motivo desta confusão. Os pronomes interrogativos existentes são: que, quem, qual e quanto, sendo que os pronomes que e quem são invariáveis, o pronome qual pode variar em número para quais e o pronome quanto pode variar em gênero e número para quanta, quantos e quantas. VI. Pronomes demonstrativos situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso, em relação às próprias pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala, de quem se fala. Podem ser invariáveis ou variáveis em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular). Possuem ainda uma finalidade expressiva, reforçando algum termo anteriormente mencionado. Pronomes demonstrativos variáveis: 1.ª pessoa: este, esta, estes, estas 2. ª pessoa: esse, essa, esses, essas 3. ª pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas Pronomes demonstrativos invariáveis: 1.ª pessoa: isto 2. ª pessoa: isso 3.ª pessoa: aquilo Regras de utilização dos pronomes demonstrativos Este, esta, estes, estas, isto, neste, nesta, nestes, nestas, deste, desta, destes, destas: Usados quando o que está sendo demonstrado está perto da pessoa que fala ou no tempo presente em relação à pessoa que fala. Usa-se ainda para referir o que vai ser mencionado no discurso. Exemplos: · Esta caneta aqui é minha. · Este é o ano do meu casamento. · Isto que está acontecendo é horrível! · Isto será explicado mais à frente. · Neste momento não tenho para nada para fazer. · Venha aqui e coloque tudo dentro deste recipiente. Esse, essa, esses, essas, isso, nesse, nessa, nesses, nessas, desse, dessa, desses, dessas: Usados quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e perto da pessoa a quem se fala ou num tempo passado recente em relação à pessoa que fala. Usa-se ainda para referir o que foi mencionado no discurso. Exemplos: · Essa caneta aí é sua. · Esse foi ser o ano em que fui mãe. · Isso que aconteceu foi horrível! · Isso foi explicado na aula passada. · Nesse dia eu estava nervosa porque tinha visto um acidente. · Antes de se ir embora, coloque tudo dentro desse recipiente que está perto de você. Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, naquele, naquela, naqueles, naquelas, daquele, daquela, daqueles, daquelas: Usados quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e da pessoa a quem se fala. Também se usa para referir um passado distante ou para referir algo que foi mencionado com uma grande distância no discurso. Exemplos: · Aquela caneta ali é dele. · Aquele foi o melhor ano da minha infância. · Aquilo foi o melhor de tudo. · Ela partiu a perna naquele fim de semana que fomos passear ao campo. · Este livro é daquele menino da 6ª série. Você sabe quem ele é? VII. Pronomes relativos são pronomes que se relacionam sempre com o termo da oração que está antecedente, servindo ao mesmo tempo de elo de subordinação das orações que iniciam. Exercem, assim, uma função sintática na frase. Normalmente, introduzem as orações subordinadas adjetivas. Através da utilização de pronomes relativos, evitamos a repetição dos termos nas orações, sendo fácil relacioná-los e sintetizá-los. Exemplos: · Orações simples: Este é o museu. Eu visitei o museu. · Com pronome relativo: Este é o museu que eu visite. · Orações simples: Eu comprei a blusa. A blusa é amarela. · Com pronome relativo: Eu comprei a blusa que é amarela. Exemplos de pronomes relativos: Formas invariáveis: que, quem, onde. Formas variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas. ATENÇÃO: Os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de acordo com a regência verbal dos verbos da oração. Uso dos pronomes relativos Que: É o pronome relativo mais utilizado, sendo considerado um pronome relativo universal. Refere-se a coisas ou a pessoas e pode ser substituído por: o qual, a qual, os quais e as quais. Além disso, pode aparecer precedido pelos pronomes demonstrativos o, a, os, as. Exemplos: · Acabei de lavar o vestido que estava sujo de tinta. · Já nem sei o que faço. Quem: Refere-se somente a pessoas, nunca a coisas. Vem sempre antecedido de preposição quando tem um antecedente explícito. Exemplos: · Este é o garoto a quem sempre amei. · É esta a professora de quem você falou? Onde: É utilizado para indicar um lugar, podendo ser substituído por: em que, no qual, na qual, nos quais e nas quais. Pode ser utilizado juntamente com preposições, formando as palavras aonde e donde para transmitir noções de movimento. Exemplos: · Este é o apartamento onde vivi quando pequena. · O hotel onde ficamos era cinco estrelas. Qual e suas flexões: Vem sempre precedido de um artigo. Emprega-se depois de preposições com duas sílabas ou mais e de locuções prepositivas. Exemplos: · Pensei nisso naquela noite de tempestade, durante a qual não consegui dormir. · Li um livro sobre o qual nunca tinha ouvido falar nada. Quanto e suas flexões: Aparece depois dos pronomes indefinidos tudo, tanto, todos, bem como suas flexões. Exemplos: · Compre tanto quanto for preciso. · Ele não fez tudo quanto havia prometido. Cujo e suas flexões: Aparece entre dois substantivos e transmite uma ideia de posse, sendo equivalente a: do qual, da qual, dos quais, das quais, de que e de quem. Deve concordar em gênero e número com a coisa possuída. Exemplos: · Escolheram os alunos cujas notas foram exemplares. · Preferem atletas cujo condicionamento físico está excelente. MORFOLOGIA (CLASSES GRAMATICAIS parte 04) 06) ADVÉRBIOS são palavras que indicam uma circunstância. Essa circunstância (de tempo, de lugar, de modo, de intensidade,…) modifica um verbo, um adjetivo ou um advérbio. Exemplos de advérbios · O bebê nasceu aqui. · O bebê nasceu ontem. · O bebê nasceu de manhã. · O bebê nasceu rapidamente. · O bebê já nasceu. · O bebê não nasceu. · Primeiramente, o bebê nasceu. · Possivelmente, o bebê nasceu. Tipos de advérbios A classificação dos advérbios é feita conforme a circunstância que um determinado advérbio transmite. Advérbio de modo bem; mal; rapidamente; devagar; calmamente; pior; … Advérbio de tempo hoje; amanhã; nunca; cedo; tarde; antes; … Advérbio de intensidade muito; pouco; tão; bastante; menos; Advérbio de lugar aqui; ali; atrás; longe; perto; embaixo; Advérbio de inclusão inclusivamente; também; mesmo; ainda; … Advérbio de negação não; nunca; jamais; nem; tampouco; … Advérbio de dúvida talvez; quiçá; possivelmente; provavelmente; porventura; Advérbio de afirmação sim; certamente; certo; decididamente; … 07) NUMERAIS: Esse é o tipo de classe que costuma aparecer de forma rara em uma prova; é importante, contudo, analisar o assunto para não tomarmos prejuízos! Pois bem, podemos dizer que os numerais indicam uma quantidade absoluta (cardinais), quantidade fracionária (fracionários), quantidade multiplicativa (multiplicativos) e ordem ou sequência (ordinais). Além disso, é uma classe que sofre flexão de gênero e número e pode ter um valor substantivo ou adjetivo.VEJA ABAIXO: Dois alunos fizeram a prova. (note que o numeral dois acompanha o substantivo alunos) Leandro e Júnior quebraram a janela, logo os dois são culpados. (percebeu que o numeral substituiu os nomes de Leandro e Júnior?) Flexão dos numerais: NUMERAIS CARDINAIS – Os cardinais que variam em gênero são “um (uma), dois (duas)” e as centenas a partir de duzentos. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão etc. variam em número: trilhões, bilhões etc. Exemplos: Apenas um aluno e duas alunas estavam na escola. Duzentas pessoas participaram do evento. NUMERAIS ORDINAIS – Os ordinais variam em gênero e número. Exemplos: O primeiro aluno a chegar ganhou um prêmio. Os últimos serão os primeiros... NUMERAIS MULTIPLICATIVOS – Podem variar em gênero e número quando acompanham o substantivo. Exemplos: O encontro duplo foi bem planejado. Os saltos e piruetas triplas foram incríveis. NUMERAIS FRACIONÁRIOS – Podem variar em gênero e número. Exemplos: Um quarto da população mundial está faminta. Três quartos do público são jovens de 15 anos. Identificação: Não é tão complexo para identificar um numeral, porém em alguns contextos pode haver confusão entre o numeral e outras classes gramaticais. Veja: I- Quando a palavra não indica uma quantidade ou ordem no contexto. Exemplos: O número sete é par. (substantivo) O numeral primeiro e o numeral segundo são ordinais. (substantivo) COMO FAÇO PARA DIFERENCIAR O NUMERAL UM(A) DOS ARTIGOS INDEFINIDOS? I – A forma um deve ser artigo indefinido: Se for possível omitir: “Morreu (um) importante autor brasileiro.” Se alternar com o artigo definido: “Um/O homem prevenido vale por dez.” I – A forma um deve ser numeral: Se ocorrer em paralelo com outro numeral: “Escapou um preso, e dois foram mortos.” Se responder à pergunta quanto: “Quantos filhos você tem?” “Tenho um”. Se vier articulado com “somente, apenas, só” ou sequer”: “Tenho somente um amigo”. Se posposto ao substantivo, tiver um valor ordinal: “Abra o livro na página um” (ou seja, na primeira página). MORFOLOGIA (CLASSES GRAMATICAIS parte 05) 08) PREPOSIÇÕES são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos de uma oração. São indispensáveis para a construção e compreensão dos textos, conferindo-lhes coesão e estrutura. As preposições relacionam dois termos: um antecedente e um consequente. Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro termo (termo antecedente). Sinto dor de barriga. termo antecedente: dor preposição: de termo consequente: barriga Tipos de preposições As preposições podem ser classificadas em preposições essenciais, preposições acidentais e locuções prepositivas. Preposições essenciais Preposições essenciais são palavras que funcionam puramente como preposição: BIZU: Memorize o mnemónico DESPACT D de, desde E em, entre S sem, sob, sobre P para, per, por, perante A ante, até, a, após C com, contra T trás Exemplos de uso de preposições essenciais Quero uma coxinha de frango com catupiry. Eu espero por você em casa! O meu muito obrigado a todos! Preposições acidentais Preposições acidentais são palavras que possuem outras classes gramaticais, mas que também funcionam como preposições: · afora; · como; · conforme; · consoante; · durante; · exceto; · feito; · fora; · mediante; · menos; · salvo; · segundo; · senão; · tirante; · visto; Exemplos de uso de preposições acidentais Durante o dia estou no escritório. Segundo as instruções, não devemos molhar este equipamento. A encomenda apenas será AS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS POSSUEM ALGUNS VALORES ATÍPICOS QUE SERÃO DISCUTIDOS EM SALA. NÃO FALTE, CAMARADA! entregue mediante pagamento. Locuções prepositivas Locuções prepositivas são duas ou mais palavras em que a última é uma preposição: · abaixo de; · acerca de; · acima de; · a fim de; · além de; · antes de; · ao invés de; · ao lado de; · a par de; · apesar de; · a respeito de; · atrás de; · através de; 09) CONJUNÇÕES são palavras que atuam como elementos de ligação entre termos semelhantes de uma oração ou entre duas orações, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. As conjunções são invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Exemplo de conjunção ligando termos de uma oração: Vi sua mãe e seu pai na feira. Exemplo de conjunção ligando orações: Estudei muito e aprendi a matéria. Classificação das conjunções As conjunções estabelecem relações de coordenação ou subordinação, sendo assim classificadas em conjunções coordenativas e conjunções subordinativas. I - Conjunções coordenativas As conjunções são classificadas como coordenativas quando ligam orações com sentido completo, que têm existência independente. Conjunções coordenativas aditivas Transmitem uma ideia de adição: · e; · nem; · também; · bem como; · não só...mas também; · … Exemplo: Eu vou para Teresópolis e a Heloísa vai comigo. Conjunções coordenativas adversativas Transmitem uma ideia de oposição: · mas; · porém; · contudo; · todavia; · entretanto; · no entanto; · não obstante; · … Exemplo: Eu esperei por você, mas você não veio. Conjunções coordenativas alternativas Transmitem uma ideia de alternância: · ou; · ou...ou; · já…já; · ora...ora; · quer...quer; · seja...seja; Exemplo: Já chega de televisão: leia um livro ou jogue um jogo. Conjunções coordenativas conclusivas Transmitem uma ideia de conclusão: · logo; · pois; · portanto; · assim; · por isso; · por consequência; · por conseguinte; · … Exemplo: Já fiz todas as tarefas, por isso vou descansar. Conjunções coordenativas explicativas Transmitem uma ideia de explicação: · que; · porque; · porquanto; · pois; · isto é; · … Exemplo: Venha a minha casa hoje à noite, que estará lá o meu irmão. II - Conjunções subordinativas As conjunções são classificadas como subordinativas quando ligam orações que possuem uma relação sintática específica. Lembre-se de que essas conjunções são divididas em dois blocos. Veja: Conjunções subordinativas integrantes (bloco 1) Introduzem uma oração que atua como sujeito, objeto direto, objeto indireto e predicativo, entre outros, e que completa o sentido da oração principal: · que; · se. Exemplo: Espero que meu pai chegue rápido. Conjunções subordinativas adverbiais (bloco 2) Conjunções subordinativas adverbiais causais Introduzem uma oração que apresenta a causa do acontecimento da oração principal: · porque; · que; · porquanto; · visto que; · uma vez que · já que; · pois que; · como; · … Exemplo: Ela não esperou por mim porque já estava atrasada. Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas Introduzem uma oração que apresenta a consequência do acontecimento da oração principal: · que; · tanto que; · tão que; · tal que; · tamanho que; · de forma que; · de modo que; · de sorte que; · de tal forma que; · … Exemplo: Meu filho correu como um louco, tanto que ficou cheio de dores nas pernas. Conjunções subordinativas adverbiais finais Introduzem uma oração que apresenta o fim ou finalidade do acontecimento da oração principal: · a fim de que; · para que; · que; · … Exemplo: Li muitas vezes a receita, para que não houvesse erros. Conjunções subordinativas adverbiais temporais Introduzem uma oração que apresenta uma circunstância de tempo ao acontecimento da oração principal: · quando; · enquanto; · agora que; · logo que; · desde que; · assim que; · tanto que; · apenas; · … Exemplo: Assim que saí de casa, começou a chover. Conjunções subordinativas adverbiais condicionais Introduzem uma oração que apresenta uma condição para a realização ou não do acontecimento da oração principal: · se; · caso; · desde; · salvo se; · desde que; · exceto se; · contando que; · … Exemplo: Se você comer tudo, você poderá comer sobremesa. Conjunções subordinativas adverbiais concessivas Introduzem uma oração que apresenta uma ideia de contraste e contradição do acontecimento da oração principal: · embora; · conquanto; · ainda que; · mesmo que; · se bem que; · posto que; · … Exemplo: Embora não concorde, cumprireicom minha parte do plano. Conjunções subordinativas adverbiais comparativasEm se tratando de concursos público entenda que as bancas amam “brincar” com os conectivos (preposições e conjunções). Você verá muitas questões de reescrita de sentenças em que um conectivo é substituído por outro de valor diferente. Introduzem uma oração que apresenta uma comparação com o acontecimento da oração principal: MORFOLOGIA (CLASSES GRAMATICAIS parte 06) 10) VERBOS são palavras variáveis que podem indicar uma ação, processo, mas pode indicar estado, mudança de estado ou fenômeno natural. MODOS VERBAIS Conceito = A ideia fixa que é transmitida a partir da estrutura de um determinado verbo. MACHADO DE ASSIS NASCEU NO RIO DE JANEIRO... MACHADO DE ASSIS NASCE NO RIO DE JANEIRO E ESCREVE... MODO INDICATIVO – CERTEZA NA EXPRESSÃO MODO SUBJUNTIVO – DÚVIDA OU POSSIBILIDADE MODO IMPERATIVO – ORDEM, DESEJO, PEDIDO a) MODO INDICATIVO – Exprime uma certeza (pode haver outras interpretações) No modo indicativo temos os seguintes tempos: PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO IMPERFEITO MAIS-QUE-PERFEITO FUTURO DO PRESENTE DO PRETÉRITO b) MODO SUBJUNTIVO – Exprime uma dúvida ou possibilidade (pode haver outras interpretações) No modo subjuntivo temos os seguintes tempos: PRESENTE PRETÉRITO IMPERFEITO FUTURO SIMPLES EMPREGANDO OS TEMPOS VERBAIS Ex.: João conversava bastante durante as aulas. a) PRESENTE DO INDICATIVO = Fato verbal que ocorre no momento da fala Ex.: João estuda todo dia. OUTRAS INTERPRETAÇÕES: 1 – Ação habitual ou rotineira: Minha mãe fala demais. 2 – Para dar vivacidade a um fato passado: Em 1822 D. Pedro I proclama a República. 3 – Indicar ações ou estados permanentes: Todo homem é mortal. 4 – Substitui o imperativo, amenizando uma ordem: Você me faz um favor? 5 – Substitui o pretérito imperfeito do subjuntivo na linguagem informal: Se ele não responde à pergunta do diretor, todos nós seríamos punidos. Se ele não respondesse à pergunta o diretor, todos nós seríamos punidos. OUTRAS INTERPRETAÇÕES: 1 – Indica, entre duas ações simultâneas, qual estava acontecendo quando a outra ocorreu: João jantava, quando a criança chorou. 2 – Exprime um fato habitual no passado: Eliana corria todas as manhãs no Horto Florestal. Eliana corre todas as manhãs no Horto Florestal. Tanto a forma verbal “corria” quanto a forma verbal “corre” expressam, em seus respectivos tempos verbais, a ideia de um fato habitual. c) PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO: Fato passado e concluído que geralmente não é habitual. Exemplo: Fui à França no início do ano. Comprei um automóvel zero quilômetro. b) PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO: Indica um fato passado em relação ao momento da fala, porém esse fato não é tomado por concluído, dando uma ideia de duração ou algo inacabado. d) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO: Indica um fato passado já concluído em relação a outro fato passado. Exemplo: Quando cheguei à aula, o professor já fizera a chamada O professor já fizera a chamada quando cheguei à aula. f) FUTURO DO PRETÉRITO Indicia um fato futuro em relação a um fato passado OUTRAS INTERPRETAÇÕES: 1 – Para substituir o pretérito imperfeito do subjuntivo: Cantou como se fora cantor lírico. / cantou como se fosse cantor lírico. e) FUTURO DO PRESENTE DO MODO INDICATIVO Indica um fato futuro em relação ao momento da fala. Exemplo: Amanhã de manhã pedirei o café para nós dois. OUTRAS INTERPRETAÇÕES: 1 – Substitui o imperativo: Você sentará à minha frente, entendeu? 2 – Indica um fato incerto, duvidoso: Terá o rapaz compreendido o cartaz? 3 – Pode ser substituído pela seguinte fórmula: TENHO + QUE + INFINITIVO FALAREI com minha esposa até o fim da tarde. TENHO QUE FALAR com minha esposa até o fim da tarde. Exemplo: Você me disse que não faltaria com sua promessa. OUTRAS INTERPRETAÇÕES: 1 – Fato que não se realizará: Viajaria se tivesse dinheiro. 2 – Substitui o modo imperativo para dar polidez: Poderia trazer este material para mim? MODO SUBJUNTIVO a) PRESENTE DO SUBJUNTIVO: - Exprime uma incerteza, podendo indicar presente ou mesmo futuro É triste que eles pensem dessa maneira (presente) Espero que eles vendam suas cotas (futuro) FORMANDO O PRESENTE DO SUBJUNTIVO: 1ª conjugação = desinência a trocada por e EU FALO QUE EU FALE 2ª e 3ª conjugação = desinência e/i a trocadas por a EU VENDO QUE EU VENDA EU PARTO QUE EU PARTA b) PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO: Indica ação passada, presente ou futura em relação ao verbo da oração principal Exemplo: Se agora eu pudesse, escreveria o relatório (presente) Ainda que mostrasse interesse, eles não acreditariam em você (passado) Ficaria feliz se você fosse à minha festa (futuro) c) FUTURO DO SUBJUNTIVO: Indica um fato que pode ocorrer no futuro Exemplo: Se você quiser, passará no concurso com facilidade. Se ele vier aqui, não aprovará esta bagunça. MODO IMPERATIVO: O imperativo exprime uma ordem, desejo, pedido, solicitação. A distinção é feita de acordo com a entonação e a interpretação do interlocutor Observação: NÃO EXISTE 1ª PESSOA DO SINGULAR NO MODO IMPERATIVO, POIS UMA ORDEM NÃO PODE SER DADA AO PRÓPRIO INDIVÍDUO QUE ESTÁ A FALAR.
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