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Diagnóstico Laboratorial de Doenças Infecciosas e Parasitárias Métod� d� diagn�tic� TESTES SOROLÓGICOS OU IMUNOENSAIOS ● detecção ou quantificação de antígenos ou anticorpos ● podendo utilizar reagentes marcados (com alteração de cor) ou não marcados (não altera cor - tem menor sensibilidade) REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO ● reações antígeno-anticorpo quando ambos são solúveis ● tem boa especificidade, método fácil e de rápida execução, porém, tempo de incubação é demorado e pode ocorrer falhas na sensibilidade (risco de falsos-positivos). Imunodifusão radial dosagem de antígeno ou anticorpo Imunodifusão dupla detecta anticorpos Imunoeletroforese avaliação de imunoglobulinas Imunodifusão radial: ● quantitativo ● suporte de reação: gel ● quantificação de proteínas como imunoglobulinas, fatores do complemento, proteínas de fase aguda, cadeias leves e proteínas de transporte ➢ Um dos reagentes (Ag ou Ac) deve estar uniformemente distribuído no gel e o outro reagente é aplicado em um orifício. A amostra teste difunde radialmente no gel, formando um halo de precipitação circular em torno do orifício da amostra. ➢ O diâmetro do halo de precipitação formado é proporcional à concentração do analito pesquisado na amostra. Pela comparação do diâmetro do halo da amostra-teste com padrões de concentração conhecida (curva padrão), estabelece-se a concentração do analito na amostra ● A difusão depende do tamanho do orifício, temperatura, consistência do gel, concentração do anticorpo incluído no gel, tempo de difusão e outros parâmetros. Imunodifusão radial dupla: ● qualitativa ou semi-quantitativo ● tem boa especificidade ● diagnóstico de infecções causadas por fungos e para a detecção de alguns auto-anticorpos. Quando ambos os reagentes (um antígeno desconhecido e moléculas de um anticorpo poliespecífico) são colocados a difundir em um meio suporte, o ponto onde os reagentes se encontram pode ser visualizado como uma linha ou banda de precipitação. A densidade da linha de precipitação e a distância em relação ao orifício da amostra pode dar alguma indicação da concentração do anticorpo. Nefelometria: ● Mede a dispersão da luz para um ângulo previamente determinado em relação ao feixe de luz incidente; ● A dispersão da luz é proporcional a concentração de imunocomplexos; ● Aplicações: quantificação de Imunoglobulinas, componentes do complemento, fator reumatóide, fatores da coagulação. Turbidimetria: ● mede a luz transmitida ● proporcional a concentração de imunocomplexos ● utilizado para quantificar antígenos, anticorpos, lipoproteínas, proteína-C-reativa, albumina, teofilina, gentamicina, tobramicina, digoxina ● o fotodetector registra o feixe de luz que passou através da solução REAÇÕES INTRADERMORREAÇÃO ● Teste de Montenegro ● detectar infecção de Leishmaniose via introdução do extrato de antígenos ● baseia-se em reações de hipersensibilidade tardia - negativo durante a doença ● boa aplicabilidade, sensibilidade e baixo custo ● reagente quando maior que 5mm de diâmetro IMUNOELETROFORESE ● qualitativo ● combina a eletroforese em gel, seguida da imunodifusão e precipitação das proteínas ● utiliza lâminas recobertas com ágar ● pode ser utilizada para detecção de proteína-M (monoclonal). ● É tecnicamente mais fácil e com menor custo comparada à técnica de imunofixação, no entanto não é tão sensível. 1. separação das proteínas e aplicação de uma corrente elétrica. 2. As moléculas migram para o polo negativo, distribuindo-se no gel de acordo com seu peso molecular e cargas elétricas. 3. a caracterização de uma substância é feita a partir de suas propriedades (mobilidades diferentes devido a cargas elétricas diferentes), coeficientes de difusão e propriedades imunológicas (especificidade). REAÇÕES DE AGLUTINAÇÃO ● boa sensibilidade e pode ser analisado visualmente ● sujeito a resultados falso-positivos (aglutinação inespecífica) ● ligação cruzada com produção de agregados (anticorpo x antígeno insolúvel). 1ª) formação de complexo antígeno-anticorpo 2ª) estabilização das ligações e formação de grumos AGLUTINAÇÃO DIRETA: ● utilizam-se partículas antigênicas insolúveis (possui antígenos naturais) Devem ser feitas diluições em série do anticorpo com uma quantidade constante do antígeno. Após incubação, o resultado final é expresso pela máxima diluição em que ocorre aglutinação. ● Exemplos de reações de aglutinação direta: - tipagem de grupos sanguíneos (sistema ABO) - Coombs Direto (avaliação de hemólise) - reação de Paul Bunnel-Davidson (antígenos heterófilos) -antígenos febris (Salmonella, Proteus, Brucella) - teste de aglutinação para toxoplasmose e tripanossomíase AGLUTINAÇÃO PASSIVA (INDIRETA) ● o antígeno é introduzido na amostra (Hemácias sensibilizadas com antígeno viral) ● consiste na adsorção (adesão do fluido em superfície sólida, exemplo: látex) ● Se houver anticorpos específicos contra o antígeno, as hemácias se aglutinam e formam uma camada no fundo no poço. Quando não for positivo, vai formar um botão no fundo do poço. ● Exemplos de reações de aglutinação indireta: - Fator Reumatóide (FR) - Antiestreptolisina O (ASLO) Efeito Prozona: quando ocorre excesso de anticorpos - impede formação de precipitado Inibição de aglutinação: ● As reações de inibição da aglutinação são baseadas na competição entre antígenos particulados e solúveis por um número limitado de sítios combinatórios em moléculas de anticorpos. ● A inibição da aglutinação é um indicador de reação positiva. ● utilizado em testes de gravidez - presença do hormônio da gonadotrofina coriônica (hCG). MARCADORES FLUORESCENTES Imunofluorescência (IFA) ● utilizada para diagnóstico de doenças infecciosas e auto-imunes ● é sensível, específico, reprodutível e de execução simples (no entanto, é necessário microscópio de fluorescência) ● a fluorescência é indicativa da presença do anticorpo em estudo na amostra do paciente ➔ Em lâmina, anticorpos ou antígenos são conjugados (ligados covalentemente) a uma substância (fluorocromo), que ao ser excitada por radiação UV , emite luz no espectro visível, em seguida, observado no microscópio de fluorescência. Citometria de fluxo ● técnica de imunofluorescência ● identificação de antígenos em células vivas ● pesquisa tamanho e forma das células ● FACS - separador de células ativado por fluorescência ● o aparelho determina a intensidade da fluorescência de cada célula. As células são separadas conforme sua emissão fluorescente característica. ● método utilizado para diagnóstico e avaliação de doenças malignas e benignas, transplante de órgãos e tecidos, imunodeficiências primárias e adquiridas. Exemplos: quantificação de CD4+, CD8+ e imunofenotipagem. MARCADORES RADIOATIVOS Radioimunoensaio (RIE): ● alta sensibilidade ● desvantagem: alto custo. manipulação de isótopos, principalmente o iodo 125 (radioativo) ● reagente marcado para quantificar (antígeno ou anticorpo) ● medido pela radioatividade emitida ● necessário leitor radiométrico MARCADORES IMUNOENZIMÁTICOS Enzimaimunoensaio (ELISA): ● ensaios quali- e quantitativos ● Ac ou Ag são marcados com enzimas: ● Fosfatase Alcalina, Peroxidase, B-galactosidase. ● A degradação enzimática dá origem a produtos solúveis coloridos da interação da enzima com o seu substrato para medir a reação entre o antígeno e o anticorpo por espectrofotometria. ELISA Direto (Ag): detecta a presença de antígenos na amostra. A placa não tem nenhuma substância, então é preciso adicionar o soro do paciente (com possível antígeno) e em seguida, adiciona-se o reagente com anticorpos monoclonais específicos para o antígeno, o reagente contém o conjugado com enzima que ao adicionar o substrato vai ocorrer variação de cor - A técnica não é muito utilizada pois possui baixa sensibilidade. ELISA Indireto (Ac): detecção de anticorpos. A placa já vem com antígenos aderidos no fundo. Coloca-se o soro do paciente com anticorpos contra o patógeno que vão se ligar a esses antígenos. É feita a lavagem para a remoção de excesso de substânciasque não se ligaram aos Ac e, em seguida, adiciona-se o anticorpo secundário (reagente contendo Anti-imunoglobulina humana + enzima) que em amostras positivas, vai se ligar ao conjugado antígeno-anticorpo e ao adicionar o substrato, vai produzir cor. *A intensidade da cor é equivalente à quantidade de Ag na amostra ELISA sanduíche(Ag e Ac): detecção tanto de antígeno quanto de anticorpos. Para a pesquisa de anticorpos do paciente, a amostra deve ser adicionada à cavidade da microplaca revestida com anticorpos de captura específicos para o Ag que deseja detectar. Após, é adicionado o anticorpo secundário conjugado a enzima, adiciona-se o substrato e, na presença de Ag na amostra, haverá uma mudança de cor, que é quantificada no leitor-fotômetro. Caso deseja-se pesquisar antígenos, é preciso adicionar o soro do paciente na placa com anticorpos e adiciona-se o anticorpo secundário conjugado a enzima para que ocorra alteração de cor. ELISA de competição: o método se baseia na competição do antígeno marcado com o alvo. Quanto mais antígeno não-marcado (da amostra), menos o antígeno marcado vai se ligar, e então a cor vai ter menor intensidade, pois haverá muito do alvo na amostra para competir. Utilizado principalmente quando o alvo possui poucos epítopos de ligação ou é muito pequeno. RESUMO DOS MÉTODOS DE ELISA: Cut o� (ponto de corte): valor médio para que o teste venha a ser considerado positivo ou negativo. Calculado a partir da média e do desvio padrão, valores de absorbância acima do cut o� são positivos, valores abaixo são considerados negativos. Amostras com valores em torno do cut-o�, chamada de zona cinza (borderline), são consideradas indeterminadas e não se pode ter certeza do resultado. Exemplos: ➢ Cálculo do intervalo de 10% de um cut-o� de 0,20 para estabelecimento da zona cinza: ➢ Neste exemplo, são consideradas indeterminadas as amostras com absorbâncias entre 0,18 e 0,22 ➢ Ou seja, valores abaixo de 0,18 indicam resultados não reagentes. Acima de 0,22 são resultados reagentes. Western Blot (Immunoblotting): ● assemelha-se a eletroforese ● diagnóstico e confirmatório de doenças infecciosas e auto-imunes ● quantificação de bandas por densitometria consiste em separar proteínas virais por tamanho para a membrana de nitrocelulose, bloqueio, incubação com soro, incubação com conjugado, revelação com substrato cromogênico. Imunocromatografia: ● “teste rápido” ● princípio da capilaridade ● vantagens: rapidez, baixo custo e praticidade ● resultado é demonstrado por marcadores coloridos ● realizado em uma matriz constituída por membrana de nitrocelulose ou náilon. ● o anticorpo é fixado na membrana da matriz em forma de linhas ou pontos e o restante é coberto com proteína inerte. Controle (C): região em que estão fixados anticorpos monoclonais contra o anticorpo conjugado com ouro coloidal. Em todos os testes, é necessário que esse marcador apareça, pois significa que o exame é válido. Teste (T): banda que vai expressar o resultado ● região composta pelo complexo:: 1- anticorpos contra o antígeno específico 2- ouro coloidal 3- antígeno ● quando anticorpos reconhecem o antígeno, ligam-se, e na matriz será possível visualizar banda colorida (resultado positivo) Anticorpos Monoclonais: ● anticorpos produzidos para a obtenção de preparados com altas concentrações de anticorpos muito específicos para determinados epítopos ● anticorpos do preparo são derivados de linfócitos B de mesma especificidade (mesmo clone - monoclonal) TITULAÇÃO DE ANTICORPOS ● teste semi-quantitativo ● são diluições feitas para reduzir quantidades a serem utilizadas nos métodos analíticos. ● diluir é acrescentar solvente a uma solução, mantendo-se inalteradas as quantidades de soluto existentes. Diluição seriada: ● série de diluições simples amplificando o fator de diluição em cada série ● Por exemplo, se eu tiver uma diluição 1/2, meu fator de diluição é 2. Todas as diluições seguintes serão multiplicadas por 2. 1/2 * 2 = 1/4 * 2 = 1/8 * 2 = 1/16 … 1. Determine o volume do diluente para cada etapa: Suponhamos que seja necessário no mínimo 100 uL. É preciso adicionar um volume extra, por exemplo 20 uL, para compensar erros de pipetagem. Desse modo, coloca-se em cada tubo 120 uL de diluente. 2. Calcule o volume a ser transferido de um tubo para outro: Volume transferido = 120 uL / (2-1) = 120 uL. 3. Calcule o volume total misturado: Volume total misturado = 120 uL + 120 uL = 240 uL. 4. Prepare os tubos, colocando 120 uL de diluente em cada um. 5. Prepare a primeira diluição, que será de 1/2, com 120 uL de amostra mais 120 uL de diluente (que já está no tubo). 6. Transfira 120 uL do tubo 1 (diluição 1/2) para o segundo tubo e misture bem. 7. Faça o mesmo para todos os tubos seguintes. ➢ Em casos positivos: a última reatividade que ocorrer na diluição é o resultado do exame (chamado de título - expresso em fração). Diagn�tic� d� doença� virai� HIV ● Vírus da Imunodeficiência Humana ● Possui 2 cadeias de RNA - Transcrição reversa (RNA → DNA) ● Células alvo principais: Linfócitos TCD4 (leva a imunodeficiência - suscetível a doenças oportunistas) ● pode infectar monócitos ou células dendríticas derivadas da medula óssea. p24 = componente proteico do capsídeo viral Diagnóstico: ● Imunoenzimáticos (ELISA) = pesquisa de anti-HIV - teste de triagem ● Western Blot = exame confirmatório ao ELISA ● Imunofluorescência = linfócitos infectados - teste confirmatório de HIV ● PCR = carga viral ● Teste rápido = utilizado para triagem de grandes populações (não confirma diagnóstico) ● Citometria de fluxo = contagem de TCD4 ● Antígeno p24 (ELISA sanduíche) = fase de soroconversão ou progressão Quando p24 ↑ e anti-p24 ↓ = progressão da doença (Linfócitos TCD4 vai diminuir) 1º) p24 ↑ na fase aguda, depois é inibido (soroconversão - 1 a 10 semanas) 2º) estágio final da doença observa-se novamente ↑ de p24 (progressão) ● Marcadores inespecíficos que podem estar elevados em pacientes com HIV: PCR ultrassensível, dosagem de interleucina (IL)-6 e dímero D. HTLV ● Vírus Linfotrópico de Células T Humanas ● retrovírus ● pode causar leucemia/linfoma ● “Hair cells” é um achado característico (linfócito com “cabelinhos”) Diagnóstico: ● detecção de anticorpos (core e envoltório viral) ● PCR ● Imunoenzimático (ELISA) = triagem ● Western Blot = confirmatório ● Imunofluorescência = confirmatório Rubéola ● 90% das mulheres em idade fértil são soropositivas (é bom pois pode passar anticorpos IgG para o bebê) ● transmissão por vias aéreas superiores e transmissão vertical ● vacina Tríplice Viral (vírus vivo atenuado) - gestantes não podem receber ● rubéola congênita é a mais grave (malformação fetal) ● Transmissão: vias aéreas Diagnóstico: ● Anticorpos anti-rubéola (IgG, IgM, IgA) ● Aglutinação passiva ● Imunofluorescência Indireta ● Imunoenzimático (ELISA) Citomegalovírus ● Herpesviridae ● não há memória imunológica (pode ocorrer reinfecção) ● Casos graves: icterícia, hepatoesplenomegalia, danos hepáticos. ● Transmissão: via secreções, parto, amamentação. Diagnóstico: ● Aglutinação passiva (látex) ● Imunofluorescência indireta ● testes imunoenzimáticos (ELISA) ● PCR Mononucleose ● Epstein Baar (Herpesviridae) ● “doença do beijo” ou “Herpes 4” ● Sintomas: febre, fadiga, linfocitose mononuclear, aumento dos linfonodos ● pode ficar latente por anos e ser responsável por influenciar doenças autoimunes ● ataca linfócitos B ● pode causar linfadenopatia Diagnóstico: ● Anticorpos heterófilos (Paul Bunnel) - 90% dos pacientes apresentam ● ELISA ● Imunofluorescência *anticorpos específicos com títulos muito baixos não devem ser valorizados Dengue, zika e chikungunya ● Arboviroses (infectam artrópodes) dengue: ● 4 sorotipos ● diagnóstico por achados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais ● PCR (caracterização do sorotipo) ● ELISA (a partir de 8 dias) zika: ● amostras: soro, urina ou líquor ● PCR (soro até 7 dias após início dos sintomas - urina 30 dias) ● teste rápido IgG/IgM ● ELISA chikungunya:● PCR (fase aguda) ● ELISA: IgG (após 8 dias) e IgM (após 15 dias) hepatites virais ● inflamação dos hepatócitos hepatite a (hav): ● transmissão fecal-oral ● crianças são mais susceptíveis ● causa diarréia em fase aguda ● se replica no fígado, porém invade sistema gastrointestinal Diagnóstico ● ELISA ● radioimunoensaio (RIE) ● anticorpos: IgM, IgG, Anti-HAV IgM e Anti-HAV IgG hepatite b (hbv): ● transmissão sanguínea, sexual, mãe-filho 93% dos infectados desenvolvem anticorpos 5-7% desenvolvem hepatite crônica 1% é fulminante (autolimitada) Diagnóstico ● fase aguda apresenta ↑ TGO e TGP ● Sorologia (HBsAg, Anti-HBs, Anti-HBc IgG, Anti-HBc IgM, HBeAg, Anti-HBe) ● PCR Marcadores imunológicos: HBsAg Antígeno viral - indica presença do vírus (1º marcador) HBeAg Indica replicação viral (secretado pelo core) Anti-HBe Diminuição da replicação Anti-HBs Anticorpos - imunidade passiva (resposta vacinal) Anti-HBc IgG Contato passado (pode indicar doença crônica quando presente por mais de 6 meses e acompanhado de HBeAg) Anti-HBc IgM Fase aguda - infecção recente Diagn�tic� d� doença� bacteriana� FEBRE REUMÁTICA: ● doença pós estreptocócica ● Streptococcus grupo A (produtores de estreptolisina “O”, hialuronidase e Dnase) ● ocorre entre 1 a 3 semanas após infecção Estreptocócica faríngea ● Patogenia: ➢ causa mimetismo (semelhança química entre células teciduais e patógeno), estimula a produção de anticorpos que interagem com células humanas (auto-anticorpos) ➢ células alvo: cardiomiócitos (Antígeno O) - se ligam a células cardíacas DIAGNÓSTICO: ● Testes para GAS (cultura, teste rápido de estreptococos ou antiestreptolisina O e titulação do anti-DNase B) ● ECG e ECG com Doppler ● VHS e proteína C-reativa (CRP) glomerulonefrite pós estreptocócica: ● streptococcus pyogenes beta-hemolítico do grupo A ● após infecção de pele ou faringe ● ocorre de 10 a 20 dias após a infecção faríngea ou cutânea ● geralmente melhora em 6 a 8 semanas ➢ O patógeno se liga à membrana glomerular, causando lesões, formam-se imunocomplexos na tentativa de eliminar a infecção, no entanto, podem se precipitar no glomérulo renal. DIAGNÓSTICO ● Urinálise: presença de hemácias dismórficas, proteinúria positiva e cilindros hemáticos, granulosos, hialinos e leucocitários. ● Uréia e Creatinina: níveis séricos aumentados ● Sorologia: anticorpos anti-DNAse e anti-hialuronidase; Diminuição de frações do complemento (C3 e C4). ● Anticorpos Antiestreptolisina O (ASLO): pesquisa de anticorpos anti toxina produzida pelo patógeno. É feita diluição em placa de fundo escuro, adicionando reagente o Látex ASO (contém anticorpos antiestreptolisina O). Quando positivo, é possível visualizar grumos, ou seja, aglutinação das partículas devido a resposta antígeno-anticorpo. doenças gonocócicas: ● gonorreia (Neisseria Gonorreae) ● geralmente transmitida por contato sexual ● pode causar disúria, uretrite, corrimento, infecção crônica DIAGNÓSTICO ● Gram ● Cultura (difícil cultivo) ● Teste rápido ● Testes imunológicos são mais caros CLAMÍDIA: ● Chlamydia Trachomatis ● pode causar infecções no trato genital, respiratório e ocular ● complicações: esterilidade e gravidez ectópica DIAGNÓSTICO ● Imunofluorescência ● Imunocromatografia * ● Ácidos nucleicos * ● Enzimaimunoensaio (não tão sensível) ● PCR SÍFILIS: ● Treponema Pallidum Primária Lesão no local de inoculação (autolimitada) Secundária Lesão de mucosa e linfadenopatia (autolimitada) Terciária (Tardia) Lesões destrutivas, danos cardiovasculares ou no SNC. (pode surgir até mais de 10 anos após a primária) Latente Lesões cutâneas, oculares ou neurossífilis - Recente (< 1 ano) DIAGNÓSTICO: ● VDRL: Teste de Cardiolipina (Não treponêmico - Não são específicos para Treponema Pallidum) → controle de cura - Teste de Aglutinação de Cristais de Colesterol (T. pallidum libera e também causa a produção de lipídios no hospedeiro) - cristais sensibilizados com lectina e cardiolipina - pesquisa de anticorpos cardiolipídicos da sífilis ● Imunofluorescência (FTA-abs) Testes treponêmicos ● Imunoenzimáticos (ELISA) ● Microhemaglutinação leptospirose: ● transmitido principalmente por ratos/ água contaminada ● acomete o epitélio capilar, resultando em vasculite. No rim pode causar danos tubulares e microvasculares. DIAGNÓSTICO: ● Pesquisa de anticorpos específicos ● Pesquisa direta com microscópio de fluorescência ●Pesquisa de anticorpos: Técnicas empregadas: Microaglutinação, ELISA-IgM, fixação do complemento, etc Diagn�tic� d� doença� parasitária� chagas: ● Trypanosoma cruzi Doença aguda → fase sintomática crônica → fase assintomática crônica. DIAGNÓSTICO: ● PCR ● Peptídeos Sintéticos ● Precipitação (utilizado em pesquisas) - boa especificidade; baixa sensibilidade ● Hemaglutinação (diagnóstico e triagem) ● Aglutinação direta (+caro) ● Imunofluorescência - teste de referência (exceto títulos muito baixos) ● Enzimaimunoensaio - teste de referência TOXOPLASMOSE: ● Toxoplasma Gondii ● transmissão: ingestão de cistos em carne crua/mal cozida. Ingestão de Oocistos nos alimentos ou mãos. Transferência placentária, transfusão de sangue, transplante de órgãos e acidentes de laboratórios. DIAGNÓSTICO: ● Imunofluorescência (IgG e IgM) - mais usado ● ELISA ● Hemaglutinação: Hemácias recobertas com antígenos completos - é expressado em títulos. 2-mercaptoetanol: inativa IgM. NEUROCISTICERCOSE: ● Infecção por cisticercos (forma larval da Taenia Solium) ● transmissão: ingestão de ovos DIAGNÓSTICO: ● Critérios clínicos ● métodos imunológicos (ELISA, pesquisa de anticorpos/antígenos) ● material: LCR Diagn�tic� d� doença� autoimune� ● doenças inflamatórias - falhas de mecanismos auto tolerantes ● danos em órgãos ou tecidos devido aos próprios anticorpos/células auto reativas ● atinge cerca de 2% da população ● Fatores contribuintes: → Defeitos no sistema imune (células NK, células T supressoras, na secreção de interleucinas, no processo de fagocitose ou nos componentes do sistema complemento, etc); → Ação de hormônios (especialmente estrogênios); → Condições ambientais; → Infecções → Medicamentos e agentes tóxicos LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES): ● acomete em indivíduos de ambos os sexos e qualquer idade, porém, é mais predominante em mulheres em idade reprodutiva ● sintomas diversos ● para o diagnóstico de LES costuma-se utilizar os critérios estabelecidos pelo Colégio Americano de Reumatologia (CAR): *A presença de pelo menos 4 critérios estabelecidos define a patologia DIAGNÓSTICO: ● Pesquisa de anticorpos antinucleares (FAN-Hep-2): apenas sugere a presença de autoanticorpos (não é específico). ● Anticorpos Anti-dsDNA ● Anticorpos Anti-histona ● Anticorpos Anti-Sm ARTRITE REUMATÓIDE (AR): ● inflamação de articulações (erosões progressivas e destruição de cartilagem) ● doença autoimune mais frequente (cerca de 1% da população) ● o Fator Reumatóide (FR) é um auto-anticorpo, geralmente são imunoglobulinas do tipo IgM (mas pode ser outro tipo). ● o FR tem como alvo a porção Fc das moléculas de IgG DIAGNÓSTICO: ● Fator Reumatóide em Látex (Aglutinação indireta) ● Anticorpos Anti-ccp Diagn�tic� d� imunodeficiência� ● Primária: genética ou congênita ● Secundária: uso de esteróides, agentes citotóxicos ou doenças infecciosas. ● avaliação é de acordo com o componente do sistema imunológico Componentes celulares envolvidos: ● Linfócito T ou B (ou ambos) ● Defeitos dos fagócitos (Neutrófilo ou macrófago) ● Componentes do complemento DIAGNÓSTICO: ● Deficiência de Linfócitos T: ●contagem de células circulantes ●anticorpos monoclonais ●citometria de fluxo ●estimulação com fator de crescimento de células T ● Anomalia de DiGeorge: ●redução no nº de linfócitos T ●aumento de células B ●ausência de paratireoides e timo ● Doença de Bruton: ●agamaglobulinemia ligada ao cromossomo X ●agamaglobulinemia com baixos níveis de IgG ●ausência de Linfócitos B ● Deficiência combinada de linfócitos T e B: (Imunodeficiência combinada grave (SCID) ●infecções oportunistas ●Análisesfenotípica dos linfócitos T e B ● Deficiência de componentes do complemento: ● deficiência de proteínas ● comprometimento da imunidade ● doenças por imunocomplexos. Bibliografia complementar: BENDER, A. L. VON MUHLEN, C. A. Testes Laboratoriais Aplicados à Imunologia Clínica. cap 5. <Disponível em: http://docente.ifsc.edu.br/rosane.aquino/MaterialDidatico/AnalisesClinicas/avalia%C3%A7 %C3%A3o/Testes-Laboratoriais-Aplicados-Imunologia-Clinica.pdf> Acesso em: 24 nov 2021. MINISTÉRIO DA SAÚDE. HTLV I/II - Triagem e diagnóstico sorológico em unidades hemoterápicas e laboratórios de saúde pública. Brasília,Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. 1998. 54 p. : il. <Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd08_08.pdf> Acesso em: 27 nov 2021.
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