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Principais Síndromes Neurológicas
Síndrome de Hipertensão Craniana
- Pressão intracraniana normal: 10 a 20 cm de H2O
- Pode instalar-se de forma aguda ou lenta, dependendo da etiologia. Ex: Aguda: AVC, uma hemorragia importante, lenta: tumor que cresce lentamente
- É considerado uma emergência neurológica, principalmente os casos agudos, pelo risco de herniação e do paciente ir a óbito. 
Sinais e sintomas: 
Cefaleia: ocasional, moderada e localizada na fase inicial, passando a ser constante, intensa e global.
Vômitos: frequentes, ocorrem após certo tempo. Predominam pela manhã. Sem relação com a alimentação, ou seja, não necessariamente vai ser precedido de náuseas e enjoos. “vômitos em jato”. 
Vertigens: pouco frequentes. Surgem com a movimentação abrupta da cabeça. Então o paciente em repouso geralmente não apresenta essa queixa.
Edema de papila: frequente. Pode ser assimétrico, mas geralmente é bilateral. Com evolução pode causar atrofia do nervo óptico e levar a amaurose definitiva. 
Paralisia de nervos cranianos: O VI (abducente) nervo é o mais acometido, pois é longo e mais frágil. 
Devido a lesão do 6 nervo, o paciente pode apresentar estrabismo convergente, já que o olho não consegue abduzir. 
Convulsão: pouco frequente. Ocorre mais em crianças e nos quadros de instalação abrupta. Maioria das vezes generalizada, ou seja, atinge todo o cérebro. 
Distúrbios psíquicos: mais comuns nas fases avançadas, podem causar: irritabilidade, desinteresse, raciocínio lento, confusão, falta de iniciativa. 
Distúrbios vegetativos: ocorrem tardiamente, pode causar: bradicardia e hipertensão. Pode-se observar alteração na frequência ou ritmo da respiração. 
Macrocrania: em crianças, antes da consolidação das suturas, e leva ao abaulamento da fontanela anterior 
Causas mais comuns: Tudo que estar invadindo uma área que não é própria, pode levar ao aumento da pressão.
- Tumores
- Abscessos 
- Meningite 
- Hemorragia
- Traumatismos 
- Intoxicações exógenas 
- Tromboflebite cerebral 
- Uso de medicamentos (tetraciclinas, Vit. A, ác. Nalidíxico)
- HA
- Neurocisticercose 
- Pseudotumor cerebral 
Nesses casos, é muito importante um exame de imagem para se saber a etiologia da síndrome. 
Síndrome Piramidal
- Lembrar sempre das pirâmides bulbares (cruza nas pirâmides bulbares – 90% das fibras) 
- Ocorre pela interrupção do trato cortico espinhal, que é responsável pela motricidade voluntária. 
- Pode ser causada por lesão encefálica, lesão medular e lesão de tronco cerebral. Qualquer lugar que atinja o trato cortico espinhal.
- Quando se tem uma interrupção dessa via, vamos ter sintomas:
1) Sintomas deficitários 
- Perda ou diminuição da motricidade
- Diminuição ou abolição dos reflexos cutâneos-abdominais 
- Pode ocorrer atrofia muscular por desuso, ou seja, a atrofia que ocorre na síndrome piramidal não é por lesão direta (como ocorre na síndrome do 2 neurônio motor), as lesões centrais de medula e de encéfalo ocorrem por desuso. ATROFIA NÃO FAZ PARTE DA SÍNDROME PIRAMIDAL, SE OCORRE É POR DESUSO. 
2) Sintomas de liberação 
- Sinal de Babinski 
- Hiperreflexia profunda (reflexo exaltado)
- Tríplice flexão do MI (bate no reflexo patelar e o paciente faz a flexão da coxa, perna e dorso flexão do pé)
- Espasticidade (aumento do tônus muscular) 
- Pode ter clonus também 
Q: Por que na síndrome piramidal se encontra Hiperreflexia profunda?
R: Porque o trato cortico espinhal exerce um efeito controlador inibitório do sistema nervoso periférico, com a lesão desse mecanismo inibitória o reflexo vai ficar exaltado. Pelo menos motivo ocorre a espasticidade. 
Causas mais importantes:
 Tudo que pegar sistema nervoso central pode causar uma síndrome piramidal. 
- AVC
- Tumores
- Doenças desmielinizantes 
- Processos degenerativos (ELA)
- Traumatismos 
- Infecções (ex: neurotoxoplasmose) 
**O paciente pode apresentar mais de duas síndromes em um mesmo paciente**
Síndrome do segundo neurônio motor
- Segundo neurônio motor, neurônio motor inferior, síndrome motora periférica 
- É uma lesão que ocorra no corno anterior da medula até o nervo periférico. 
- Junção neuromuscular e musculo já não é mais neurônio, cuidado para não confundir
- Lesões do corpo celular ou axônio 
- Nessa síndrome o padrão de perda de força é diferente de uma síndrome piramidal. Em lesões piramidais vai ocorrer uma hemiparesia contralateral, se pegar medula a fraqueza muscular vai ser da lesão para baixo. 
Sintomas e sinais:
- Paralisia: segmentar, assimétrica, no grupo muscular inervado pelos neurônios lesados 
- Hipotonia (ou seja, flacidez) 
- Arreflexia superficial e profunda (pois ocorre lesão do arco reflexo)
- Fasciculações: evolução crônica (patognomônico de lesão de segundo neurônio motor)
- Atrofia muscular (a atrofia faz parte da síndrome, por conta da lesão) 
Causas: 
- Poliomielite anterior aguda
- ELA
- Amiotrofia espinhal infantil
- Polineuropatia periférica (ex: diabetes)
- Radiculopatias 
- Mononeuropatias e neuropatias múltiplas (ex: síndrome do túnel do carpo, hanseníase...)
*** Por enquanto não falamos de nada sensitivo*** 
Q: Por que a ELA pode causar síndrome piramidal e síndrome do segundo neurônio motor?
R: Pois a localização topográfica da ELA é bem no corno anterior, então vai pegar tanto fibras do primeiro neurônio e fibras do segundo neurônio. É praticamente a única doença que causa alteração de primeiro com segundo neurônio motor. 
*** Se temos um paciente com fraqueza muscular, fasciculações, hipotonia, arreflexia, MAS ele também queixa de alteração de sensibilidade, não é unicamente uma síndrome de segundo neurônio motor, devido as alterações sensitivas associadas. ***
Síndrome Cerebelar
- Não causa fraqueza, a força muscular é normal. 
- Paciente vai apresentar alterações da coordenação e do tônus muscular 
- Lesões hemisféricas: reflete nos membros e são sempre do mesmo lado. 
- Lesão do vermis: predominam no tronco
Sinais e sintomas: 
- Dismetria, errar o alvo (teste index-nariz, ou teste calcanhar joelho)
- Dis ou Adiadococinesia (teste de movimentos rápidos alternados)
- Tremor de intenção (quando ele chega próximo ao alvo começa a ter o tremor)
- Disartria (pois tem incoordenação)
- Disgrafia: macrografia 
- Distúrbios dos movimentos oculares (teste: pedir para o paciente olhar para os lados, os músculos oculares não vão trabalhar de forma coordenada)
- Disbasia (aumento da base para se equilibrar)
- Marcha ebriosa (também não conseguem fazer a marcha em tandem)
- Hipotonia 
- Reflexos patelar e tricipital pendulares (o reflexo é normal, mas vai ficar como um pêndulo até parar)
Causas: 
- Tumores
- Abcessos 
- Infecções
- Distúrbios vasculares 
- Intoxicações exógenas (álcool)
- EM
- Doenças heredodegenerativas 
- Traumatismos 
- Atrofias (primais e paraneoplásicas)
Síndrome Cordonal Posterior
- Síndrome medular 
- A importância do cordão posterior da medula é a sensibilidade profunda (propriocepção, vibração e tato epicrítico) 
- Ocorre a abolição das sensibilidades profundas, principalmente vibratória e cinético-postural. 
- Levando a uma ataxia sensitiva (cuidado para não confundir com cerebelopatia. Nesse caso a marcha é a talonante, Dismetria com olhos fechados, e alteração da sensibilidade vibratória com o diapasão, Sinal de Romberg) 
Causas: 
- Tabes dorsalis (neurossífilis)
- Deficiência de vitamina B12
 Em alguns causos causa Degeneração combinada subaguda da medula (ou seja, pega o corno posterior e anterior da medula): sinal de Romberg, marcha talonante, incoordenação, hipertonia muscular, Hiperreflexia, sinal de Babinski. O paciente nesses casos vai ter também uma alteração piramidal 
Síndrome de Brown-Sequard ou Hemissecção Transversa Lateral da medula
- No mesmo lado da lesão: síndrome piramidal (com destaque na paralisia) + síndrome Cordonal posterior 
- Do lado oposto a lesão: Abolição da sensibilidade superficial (dor, temperatura e tato grosseiro)
A altura da lesão determinao nível da anestesia
Isso acontece porque as fibras do trato espino talâmico vão cruzar na medula, por isso a lesão de um lado vai causar alteração contra lateralmente. 
Causas:
- Traumatismos 
- Neoplasias 
- Infecções 
Que atinjam apenas um lado da medula. 
Síndrome de compressão medular
- Agora é a medula toda, vai ter manifestações medulares e radiculares (pois as raízes estão saindo) pode ser aguda ou gradativa, dependendo da etiologia do processo. 
Sinais e sintomas:
- Dor, tipo radicular, piora com tosse ou espirro, da lesão para baixo
- Parestesias
- Hiperreflexia 
- Sinal de Babinski 
- Espasticidade
- Abolição de todas as modalidades sensitivas (depende do nível da lesão)
- Alterações esfincterianas (urgência de micção, incontinência reto vesical, impotência sexual)
*** Vai ter características de uma síndrome piramidal, já que o trato cortico espinhal será afetado ***
*** Tem nível sensitivo também***
Tríade de compressão medular: síndrome piramidal + alteração de nível sensitivo+ alterações esfincterianas 
- Nos casos agudos, pode ter o choque medular, primeira fase com paraplegia flácida que pode transforma-se em espástica. Nos casos de instalação gradual, espasticidade desde o início. 
Síndrome de Irritação Meníngea
Sinais e sintomas: 
- Cefaleia 
- Náuseas e vômitos 
- Fotofobia 
- Rigidez de nuca 
- Prova de Kernig, Brudzinski e Lasègue 
- Síndrome infecciosa, nos casos de meningite 
Causas: 
- Meningite purulenta: evolução rápida 
- Meningite viral ou fúngica: evolução gradual 
- Hemorragias subaracnóidea: instalação abrupta

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