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Fernanda Pressoto ODONTOLOGIA UNIRP Capítulo 23: Lesões dos tecidos moles e dentoalveolares Causas: impactos menores ou impactos maiores. O que fazer? - Entender quem é o paciente, colher informações na anamnese; - Quando o trauma aconteceu? Onde a injúria aconteceu? Algum tratamento já foi realizado? - Alguém pegou os dentes no local? Existe pedaços de dentes? Como o paciente trouxe o dente até o consultório? - Qual o estado de saúde geral do paciente? - A oclusão está alterada? Observar os sinais que podem estar relacionados com o traumatismo neurológico do paciente. Exemplos desses sinais são: cefaleia, vômitos, amnesia, náusea, confusão mental. Depende dos sinais é necessário a consulta com um neurocirurgião. - O tempo é crucial. Quanto mais rápido realizar o procedimento mais se obtém sucesso no prognóstico. 1. Exame clínico 2. Exame radiográfico - Presença de fratura de fratura de raiz - Grau de extrusão - Presença de doença periodontal preexistente - Extensão do desenvolvimento da raiz - Tamanho da câmara pulpar e canal radicular - Presença de fraturas de maxilares - Fragmentos de dente e corpos estranhos alojados em tecidos moles Uma única radiografia pode não ser suficiente para demonstrar fratura radicular. Para uma radiografia demonstrar a fratura radicular, o feixe central do aparelho de raio X deve estar paralelo a linha de fratura; caso contrário, a fratura pode não ser vista claramente. Múltiplas incidências com diferentes angulações verticais e horizontais podem ser necessárias. Quando o raio não está paralelo a fratura (A), uma fratura dupla (B). Quando o feixe central está paralelo a fratura (c), esta aparece na radiografia (D). → O deslocamentos dentários podem mostrar alargamento do espaço do ligamento periodontal ou deslocamento da lâmina dura. Dentes intruídos podem exibir mínimos achados radiográficos por causa da íntima adaptação da lâmina dura com a superfície radicular. Fernanda Pressoto ODONTOLOGIA UNIRP Técnica radiográfica para detectar corpos estranhos dentro do lábio (A) e língua (B). O clínico deve usar metade de um terço da exposição normal para radiografias de tecido mole. Ferida ou Fissura coronária: Fratura coronária-esmalte Fratura coronária esmalte, dentina e polpa Fratura coronária esmalte, dentina e polpa com exposição pulpar Fratura corono-radicular não complicada - Nenhum tratamento. - Trauma pulpar (avalição periódica). Alisamento das extremidades afiadas. Substituição do esmalte perdido através de resinas compostas. Exames de acompanhamento periódico. Tratar o mais cedo possível. Polpa deve ser protegida. Medidas para selamento dos túbulos dentinários. Promover a deposição de dentina secundária. Hidróxido de cálcio. Coroa de celulvoide – medida temporária. Acompanhamento periódico. - Capeamento pulpar. - Exposição muito pequena sem fratura radicular. - Dente não deslocado. - Inflamação pulpar previa. - Dente maturo X dente imaturo - Pulpotomia. - Acompanhamento periódico. - Depende da localização - Exposição muito pequena sem fratura radicular. - Fragmento da coroa removido? - Extrusão ortodôntica? Fernanda Pressoto ODONTOLOGIA UNIRP Fratura corono-radicular complicada Subluxação Fratura horizontal da raiz Sensibilidade - concussão Luxação lateral Subluxação Luxação lateral ou extrusiva - Contenção não-rígida (7 a 10 dias). - Teste de vitalidade = 2 a 3 semanas. Luxação intrusiva - Tratamento endodôntico. - Remoção do dente? - Acompanhamentos periódicos. - Posição da fratura em relação a margem gengival – prognóstico. Terço apical bom prognóstico. Imobilização rígida durante 2 a 3 meses. - Nenhum tratamento urgente. - Alívio sintomático. - Retirar o contato oclusal. - Exames de acompanhamento. - Reposicionamento manual. - Imobilização. - Dente e osso alveolar imobilizado. - Tecidos moles suturados. - Retirada do contato oclusal. - Imobilização se necessário. - Acompanhamento. - Som metálico. - Menos frequente que deslocamentos laterais. - Pior prognóstico. - Reposição cirúrgica X reerupção. - Chances de anquilose ficam diminuídas se há aplicação de força ortodôntica. Fernanda Pressoto ODONTOLOGIA UNIRP Extrusão Avulsão dental Lesão do ligamento, periodontal, necrose pulpar. REIMPLANTE DENTÁRIO 1. Reimplante nos primeiros 30 minutos. 2. Possibilitar a revascularização do tecido pulpar. Meios de armazenamento dentário X Vitalidade do ligamento periodontal. Até 01 hora após a avulsão. Técnica: - Limpeza cuidadosa do dente. - Irrigação do alvéolo. - Reimplante dentário. - Compressão bidigital das tábuas ósseas. - Checar oclusão. - Radiografar. - Proservação endodôntica. Dentes com rizogenêse incompleta ↓ Regeneração do ligamento periodontal Revascularização do tecido pulpar. Complicações como anquilose, reabsorção Acompanhamento semanal Dentes com rizogenêse completa ↓ Regeneração do ligamento periodontal Tratamento endodôntico REIMPLANTE DENTÁRIO Mais de 01 hora após avulsão Técnica - Radiografar. - Remoção do ligamento periodontal. - Cobrir a porção radicular com Endogain - Reimplante dentário - Contenção – fio de aço – 6 semanas - Proservação ✓ Dentes decíduos ✓ Cárie ✓ Lesão periodontal ✓ Apinhamento dentário - Reposicionar. - Esplintagem 1-3 semanas. - Situação mais grave. - Quanto tempo? - Soluções para preservação. Leite – 06 horas Soro fisiológico - 6 horas Saliva – 02 horas Água de abastecimento – lise celular (30min) Solução de Hank’s ou via span – 20 horas Fernanda Pressoto ODONTOLOGIA UNIRP Fratura do processo alveolar - Lesões concomitantes - Pressão digital - Tratamento endodôntico após 2 semanas - 4 semanas para estabilização óssea Tipos de contenção NÃO FLEXÍVEL Flexível Período de contenções 07-10 dias 30 dias 42 dias Vai depender: • Tipo de traumatismo • Severidade • Traumatismos associados RESINA COMPOSTA BARRA DE ERICH FIO DE AÇO + RESINA COMPOSTA PLACAS E PARAFUSOS FIBRA DE VIDRO COMPLICAÇÕES: Acompanhamento clínico – radiográfico - Necrose pulpar - Dentes imóveis - Fraturas de tecidos duros - Fraturas ósseas - Período de 8 a 12 semanas - Pequena mobilidade - Trauma de tecido de sustentação - Período de 2 a 3 semanas Fernanda Pressoto ODONTOLOGIA UNIRP - Reabsorções radiculares - Mobilidade dentária - Doença periodontal REFERÊNCIAS HUPP, James R; ELLIS, Edward; TUCKER, Myron R. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea.6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier,2015. 692p.
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