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Nutrição Enteral 02/08/21 Terapia Nutricional “Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da nutrição enteral e/ou parenteral.” - Anvisa, 2014 Essa nutrição pode ser apenas complementar Exemplos de nutrição complementar ● quando o bebe mama no peito mas gasta muita energia para isso e acaba não tendo ganho de peso. Alem de mama vai ser suplementado para que haja ganho. ● também, em casos de paciente que tem dificuldade de deglutição, mas ainda conseguem se alimentar. Há uma nutrição complementar. Instituição da Terapia Nutricional ● Avaliação do estado nutricional do cliente; ● Definição das necessidades energéticas-protéicas do cliente; ● Escolher a via de administração dos nutrientes; ● Avaliar a eficácia e monitorar. Diferença entre parenteral e enteral ❖ parenteral ⇒ é a alimentação por via endovenosa. Pode fornecer parte ou a totalidade das necessidades nutricionais de uma pessoa. Tem a finalidade de complementar ou, ainda, de substituir o fornecimento via oral ou enteral de nutrientes como: glicose, proteínas, sais minerais, eletrólitos, água e vitaminas, e possibilita, assim, a manutenção da homeostase, pelo suprimento de aminoácidos e calorias. ❖ enteral ⇒ quando o paciente não consegue se alimentar por via oral (boca), a ingestão dos alimentos pode ser feita através de uma sonda (passagem naso/orogástrica) posicionada ou implantada no estômago, no jejuno ou no duodeno. Nesse caso, os alimentos estão na forma líquida ou em pó e têm o mesmo valor nutricional de uma refeição equilibrada. Vias para administração do alimento ➔ Por gravidade ➔ Por seringa ➔ Por bomba de infusão A prescrição da dieta é um ato médico que deve ser definida conforme: ● Avaliação do nutricionista; ● Estado geral do paciente/cliente; ● Enfermidade. Terapia Atribuições do médico na TN ❖ Indicar a TN enteral e parenteral; ❖ Realizar a prescrição médica da TN; ❖ Estabelecer o acesso intravenoso ou enteral para a administração da dieta; ❖ Orientar os pacientes e os familiares ou o responsável legal quanto aos riscos e benefícios do procedimento; ❖ Participar do desenvolvimento técnico e científico relacionado à TN. ❖ Garantir os registros da evolução e dos procedimentos médicos; ❖ Acompanhar o controle clínico e laboratorial do paciente em TNE; ❖ Discutir casos clínicos com a equipe multidisciplinar; Maria Gabi C. Cabral T7 Nutrição Enteral ❖ Participar do processo de seleção, padronização, licitação e aquisição de equipamentos e materiais utilizados na administração e controle da TN. Nutrição Enteral - NE: "Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas." - Anvisa, 2014. RDC 62/2000 ● Consiste na administração de nutrientes pelo trato gastrointestinal, através de um tubo, sondas ou ostomias, localizadas no tubo digestivo. ● É empregada quando o paciente não pode ou não deve se alimentar por via oral ou quando a ingestão oral é insuficiente. ● Indicação: é necessário que o trato digestivo esteja total ou parcialmente funcionando e, de modo geral, utilizá-la por pelo menos 5 a 7 dias. Indicações ● Distúrbios de deglutição; ● Alterações do nível de consciência; ● Ingestão oral insuficiente; ● Intolerância da dieta por via oral; ● Aumento das necessidades energético-protéicas. Benefícios ● Flora intestinal se mantém íntegra; ● O processamento intestinal dos nutrientes estimula fatores hormonais tróficos (ex. serotonina); ● Reforça a barreira intestinal; ● Reduz crescimento bacteriano; ● Melhorar qualidade de vida; ● ↓Infecção e melhorar cicatrização; ● ↓Atrofia da mucosa do TGI; ● ↓Tempo de internação e mortalidade. A escolha e execução da intervenção mais adequada requer: ● Conhecimento e acompanhamento do paciente; ● Julgamento clínico experimentado; ● Reavaliação frequente das metas da TN com modificações apropriadas sempre que necessário. Contra indicações relativas ou temporárias e absoluta ● Doença terminal quando as complicações potenciais superarem os benefícios; ● Íleo paralítico intestinal por peritonites, hemorragia intraperitoneal e perfuração intestinal; ● Obstrução intestinal mecânica total ou localizada; ● Hemorragia grave do TGI com presença de náusea, vômito (hematêmese) e melena ou enterorragia; ● Vômitos intratáveis. ● Distúrbios de coagulação e/ou hematológicos que possam predispor a sangramentos ● Condições anatômicas que contra-indiquem o procedimento: ● Cirurgias do trato gastrintestinal (anastomoses); ● Fraturas de base de crânio; Complicaçoes Mecánicas ● Deslocamento do tubo; ● Erosão de mucosa; ● Inflamação no trajeto sinusite e epistaxe; ● Obstrução do órgão ou da sonda; ● Irritação faríngea; ● Aspiração brônquica /Pneumonias aspirativas; Maria Gabi C. Cabral T7 Nutrição Enteral Deslocamento do tubo Erosão de mucosa Complicações Gastrointestinais ● Distensão abdominal; ● Náuseas e vômitos; ● Diarréia ligada à dieta / ATB / infusão/distúrbios hidroeletrolíticos; ● Obstipação. Complicações Metabólicas ● Hiperglicemia; ● Hiperosmolaridade (Coma, DEEC Depleção do Espaço ● Extracelular , diurese osmótica); ● Retenção líquida; ● Hipopotassemia e hiponatremia; ● Deficiências de nutrientes; ● DHE Desequilíbrio Hidroeletrolítico. Seleção de dietas enterais Para a seleção de uma dieta enteral, é necessário: ● Conhecer as exigências específicas do paciente; ● Conhecer a composição exata da fórmula; ● Considerar condições individuais do paciente. Dietas não-industrializadas, caseiras ou artesanais: ● Preparadas à base de alimentos in natura com ou sem adição de produtos industrializados; ● Liquidificadas e coadas. Vantagens ● Individualização quanto à composição e menor custo. Desvantagens ● Instabilidade da composição nutricional, dificuldade de adequação nutricional e > risco microbiológico. Sistema Fechado Dietas industrializadas: ● Em pó para reconstituição; ● Líquidas semi prontas para uso; ● Líquidas prontas para o uso. ● Fórmula padrão. ● Fórmulas especiais para doenças: renal, hepática, pulmonar, trauma/estresse, imunossupressão, intolerância à glicose, distúrbios digestivos e absortivos. Maria Gabi C. Cabral T7 Nutrição Enteral ● Estéril, acondicionada em recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipamento de administração. Sistema Aberto Dietas industrializadas ou artesanal: ● NE que requer manipulação prévia à sua administração, para uso imediato ou atendendo a orientação do fabricante. Técnicas de administração ❖ Administração Intermitente ou Gravitacional (até 500 ml a cada 3 á 6 h); ❖ Administração contínua ou Bomba Infusora (50 a 150 ml/h) ❖ Administração em Bolus Considerando e o estado do paciente, localização da sonda, tipo de dieta, necessidades nutricionais e alimentação por via oral concomitante: Gavagem ● Administração Intermitente (até 500 ml a cada 3 á 6 h) ● Administração Gravitacional Intermitente e Gravitacional. Considerando e o estado do paciente, localização da sonda, tipo de dieta, necessidades nutricionais e alimentação por via oral concomitante: ● Administração contínua ● Bomba Infusora (50 a 150 ml/h) Considerando e o estado do paciente, localização da sonda, tipo de dieta, necessidades nutricionais e alimentação por via oral concomitante: ● Administração em Bolus direto na sonda do paciente 100 a 350 ml a cada 2 a 6 h Vias de acesso Oral Por sonda Maria Gabi C. Cabral T7 Nutrição Enteral ● Naso/orogástrica ● Naso/oroenteral: ● duodeno ou jejuno Ostomias ● Esofagostomia cervical ● Gastrostomia ● Gastrostomia com avanço até o jejuno ● Jejunostomia com catéter ou comsonda Acesso Esofagostomia Cervical Gastrostomia Vias de acesso - Posição A sonda pode ser posicionada: ● Pré-pilórica: no estômago; ● Pós-pilórica: no intestino (duodeno ou jejuno). A cada dia mais a Terapia Nutricional é reconhecida como importante fator na recuperação de pacientes. As sondas possibilitam a oferta de nutrientes e a melhora do estado nutricional, através de métodos pouco invasivos, desde que o aparelho digestivo esteja com sua capacidade de absorção totalmente ou parcialmente conservada. Maria Gabi C. Cabral T7
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