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FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA I

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FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA
1 - ASPECTOS NUTRICIONAIS E TÉCNICOS NA ÁREA NUTRIÇÃO CLÍNICA
2 - SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL
3 - NUTRIÇÃO PARENTERAL
4 - CONDIÇÕES CLÍNICAS ASSOCIADAS À OBESIDADE E SM
1 - ASPECTOS NUTRICIONAIS E TÉCNICOS NA ÁREA NUTRIÇÃO CLÍNICA
Nutrição Clínica: prestar assistência nutricional e dietoterápica, promover educação
nutricional; prestar auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética, planejar,
coordenar, supervisionar e avaliar estudos dietéticos; prescrever suplementos nutricionais
solicitar exames laboratoriais; prestar assistência e treinamento especializado em alimentação
e nutrição a coletividades e indivíduos, sadios e enfermos, em instituições públicas e privadas, em
consultório de nutrição e dietética e em domicílio.
PAPEL DO NUTRICIONISTA:
● Prescrição Dietética / Ler e analisar todos os dados do prontuário;
● Aplicar Anamnese Alimentar (hábitos alimentares, cálculo e adequação da dieta) / Realizar
Avaliação Nutricional;
● Acompanhar a aceitação alimentar durante a internação e o atendimento às Necessidades
Nutricionais;
● Elaborar plano de Intervenção Dietoterápica;
● Registrar condutas no Prontuário (estado nutricional, aceitação alimentar, condutas
adotadas).
ETAPAS DA SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDADO EM NUTRIÇÃO
Triagem Nutricional: Identifica o risco nutricional por meio de protocolos específicos,
determinando as prioridades de assistência e assim realizar uma intervenção precoce e mais
eficiente. Após a triagem, o paciente pode ser classificado sem risco nutricional (reavaliar em
intervalos regulares) e com risco nutricional (necessita de avaliação nutricional completa e
intervenção precoce);
Níveis de Assistência: A cuidado nutricional ao paciente, é feita com base no nível de
assistência, priorizando se os pacientes que requerem maior atenção. Para otimizar seu trabalho,
sugere se que sejam estabelecidos os níveis de assistência nutricional mais apropriados a
realidade clínica Para tanto deve se observar alguns fatores;
Fatores de risco nutricional
Conforme a classificação do nível de assistência nutricional, deve se determinar o tipo de
atendimento e a periodicidade da visita ao leito, quando o paciente estiver internado ou
tempo para o retorno quando o paciente for de ambulatório:
Intervenção Nutricional / Prescrição Dietética: Atividade privativa do nutricionista que compõe
a assistência prestada aos clientes/pacientes/usuários em ambiente hospitalar, ambulatorial,
consultório ou em domicílio que envolve o plano alimentar, devendo ser elaborada com base nas
diretrizes estabelecidas no diagnóstico nutricional e diagnóstico clínico considerando as
interações drogas/nutrientes e nutrientes/nutrientes devendo conter data, via de
administração (enteral ou parenteral), consistência se via oral, Valor Energético Total
(macro e micronutrientes, fracionamento, indicação de suplementos e orientações
nutricionais considerando aspectos da educação alimentar e nutricional.
Nutrição oral: apresentar o cardápio oferecido para o paciente,
consistência/especificidade/temperatura, alimentos permitidos e alimentos a serem evitados,
fracionamento No caso da indicação de suplementos ou módulos nutricionais nome,
características (densidade calórica), composição nutricional completa Atenção na aceitação da
dieta e do suplemento/módulo ofertado;
Nutrição enteral: nome, características (densidade calórica), composição nutricional completa,
volume, horários de administração (atenção no volume infundido, na tolerância do paciente e
sintomas apresentados).
Nutrição parenteral: nome, características (densidade calórica), composição nutricional, volume,
horários de administração. Monitorar possíveis intercorrências.
Atenção: Para a determinação da prescrição dietética primeiramente determine os objetivos da
terapia nutricional priorizando o que é mais importante para a condição clínica e nutricional
do paciente, com foco nos dados obtidos e analisados na sua investigação e nas recomendações
nutricionais descritas na literatura científica para cada situação clínica.
● Deve se ter como padrão a dieta normal procurando fazer a menor quantidade de
alterações possíveis;
● Deve se, sempre que possível, fazer com que as dietas modificadas, tenham uma curta
duração.
Acompanhamento nutricional:
Avaliar as mudanças dietéticas que ocorreram no período de internação e de acompanhamento
do cliente/paciente:
● Aceitação da dieta ofertada;
● Adesão às orientações nutricionais ou plano alimentar proposto;
● Observar melhoras do estado nutricional ou do quadro clínico (sinais e sintomas
vinculados a doença);
● Registrar em prontuário a evolução, analisar e reavaliar a sua conduta de acordo com
protocolos preestabelecidos.
Reavaliação:
Com os dados descritos no prontuário no período de acompanhamento, as modificações
constatadas, se faz necessário uma tomada de decisão. Tendo como possibilidade:
● A modificação do nível de assistência,
● A determinação de novos objetivos dietoterápicos, e /ou de uma nova intervenção
nutricional;
● Alta nutricional;
Princípio da prática nutricional → centralizar o atendimento ao paciente.
REGISTROS: Todo cuidado ao paciente durante a internação é registrado no PRONTUÁRIO;
OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA
● Oferecer ao organismo debilitado, nutrientes adequados ao tipo de doença, condições
físicas, nutricionais e psicológicas do paciente, mantendo ou recuperando o estado
nutricional, recuperar ou melhorar a saúde do paciente, tornando o apto a suas atividades;
● Deve se levar em consideração, sempre, o estado nutricional do paciente;
● Deve se levar em consideração os hábitos alimentares do indivíduo, padrão cultural,
hábitos de vida, condições sócio econômicas;
● Deve se fazer o acompanhamento dietético do paciente desde a entrevista até a
verificação dos resultados (através de retornos sempre que necessário).
GLOSSÁRIO
Assistência Nutricional Domiciliar (pública e privada): assistência nutricional e dietética
prestada em domicílio;
Assistência Nutricional e Dietoterápica: acompanhamento nutricional e dietoterápico prestado
por nutricionista com vista à promoção, preservação e recuperação da saúde do indivíduo ou da
coletividade que compreende as fases de avaliação, diagnóstico, intervenção,
monitoramento/aferição dos resultados e reavaliação;
Assistência Nutricional e Dietoterápica Personalizada (Personal Diet): assistência nutricional
prestada por nutricionista visando suprir as necessidades específicas individual ou familiar;
Atenção Básica em Saúde: conjunto de ações, de caráter individual e coletivo, situadas no
primeiro nível de atenção nos sistemas de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a
prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação;
Avaliação do Estado Nutricional: é a análise de dados diretos (clínicos, bioquímicos,
antropométricos, outros métodos reconhecidos pelo Sistema CFN/CRN e doenças preexistentes)
e indiretos (consumo alimentar, condições socioeconômicas e disponibilidade de alimentos, entre
outros) que têm como conclusão o diagnóstico de nutrição do indivíduo ou de uma população;
Prescrição Dietética: atividade privativa do nutricionista que compõe a assistência prestada aos
clientes/pacientes/usuários em ambiente hospitalar, ambulatorial, consultório ou em domicílio que
envolve o plano alimentar, devendo ser elaborada com base nas diretrizes estabelecidas no
diagnóstico de nutrição, devendo conter data, Valor Energético Total ( consistência, macro e
micronutrientes, fracionamento, assinatura seguida de carimbo, número e região da inscrição no
Conselho Regional de Nutricionistas ( do nutricionista responsável pela prescrição;
Risco Nutricional: condição do estado nutricional que se caracteriza pela vulnerabilidade de
desenvolvimento de doenças associadas à nutrição;
Terapia Nutricional (TN): conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou
recuperação do estado nutricional do paciente por meio da nutrição parenteral ou enteral.
2 - SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL
O que é Nutrição Enteral?“A nutrição enteral consiste na administração de alimentos liquidificados ou de nutrientes
através de soluções nutritivas como fórmulas quimicamente definidas, por infusão direta no
estômago ou no intestino delgado, através de sondas. Podem ser industrializado ou não,
utilizado exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral para
pacientes desnutridos ou não conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar,
ambulatorial ou domiciliar”.
● Nutrição Enteral em Sistema Aberto: NE que requer manipulação prévia à sua
administração, para uso imediato ou atendendo à orientação do fabricante.
● Nutrição Enteral em Sistema Fechado: NE industrializada, estéril, acondicionada em
recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo de
administração.
● Prescrição dietética da NE: determinação de nutrientes ou da composição de nutrientes
da NE, mais adequada às necessidades específicas do paciente, conforme a prescrição
médica.
● Prescrição médica da Terapia de Nutrição Enteral-TNE: determinação das diretrizes,
prescrição e conduta necessárias para a prática da TNE, baseadas no estado clínico
nutricional do paciente.
INDICAÇÃO:
● Quando a ingestão oral for < que 60% de suas necessidades, ou seja, quando apresentar
um risco para a desnutrição, nos últimos 5-7 dias.
● Trato digestivo estiver total ou parcialmente funcional (DGI atual ou prévia? Sintomas GI?)
● possibilidade do uso da cavidade oral - consegue comer? Dentição? Integridade das
gengivas? Lesão oral? Dificuldade de mastigação e/ou deglutição?
QUANDO INDICAR NO ADULTO?
● Lesões SNC (Sistema Nervoso Central);
● Caquexia; Tratamento com radio ou quimio;
● Traumas;
● Queimaduras de grande porte;
● Lesão de face ou mandíbula;
● Doenças intestinais;
● Fístula digestiva;
● Má absorção
QUANDO INDICAR NA CRIANÇA?
● Anorexia e perda de peso;
● Crescimento deficiente;
● Ingestão oral inadequada;
● Desnutrição;
● Doenças neurológicas;
● Anomalias congênitas (fissura de palato, atresia de esôfago, fístulas na traqueia e esôfago;
● Síndrome de intestino curto;
CATEGORIAS DE CONTRA-INDICAÇÃO
● Choque
● Diarreia e vômitos severos
● Obstrução intestinal
● Fístula de alto débito (> 500ml)
● Íleo ou hipomotilidade prolongada
● Hemorragias gastrintestinais grave
● Pós-operatório imediato
● Pós-trauma imediato
● DII (doença inflamatória intestinal) em crise
● Ressecção intestinal extensa
● Pancreatite aguda???
● Queimaduras graves
VIAS DE ACESSO
● Nasogástrica (SNG): nariz ao estômago.
● Nasoduodenal (SND): nariz e esôfago, em vez de irem diretamente para o estômago,
terminam no intestino delgado - primeira parte do intestino delgado;
● Nasojejunal (SNJ): nariz e esôfago, em vez de irem diretamente para o estômago,
terminam no intestino delgado - parte do intestino delgado que vem em seguida;
● Gastrostomia: Procedimento cirúrgico simples, que liga a sonda diretamente ao
estômago;
● Jejunostomia: Procedimento cirúrgico simples, que liga a sonda diretamente ao intestino.
LOCALIZAÇÃO GÁSTRICA
● VANTAGEM - maior tolerância a diferentes fórmulas; fácil posicionamento; permite maior
oferta nutricional.
● DESVANTAGEM - maior risco de aspiração; tosse, vômito, náusea = saída da sonda
nasogástrica (SNG).
LOCALIZAÇÃO DUODENAL / JEJUNAL
● VANTAGEM - menor risco de aspiração; maior dificuldade para saída acidental; permite
nutrir na disfunção gástrica.
● DESVANTAGEM - menor tolerância; difícil posicionamento e manutenção; maior
dificuldade na seleção da fórmula.
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO
EM BOLO
pacientes clinicamente estáveis e
com estômago funcionante.
INTERMITENTE CONTÍNUA
pacientes que não toleram infusões
de grandes volumes; função GI
comprometida por doenças, cirurgias
e outros impedimentos fisiológicos
Injeção com seringa Conexão frasco e equipo:
- gotejamento gravitacional
Bomba de infusão:
- gotejamento programado
- 100 a 350 ml por dose;
- Intervalos de 2 a 6 horas;
- 3 a 8 vezes ao dia;
- Infusão: 15 a 45 min.
- 100 a 350 ml por dose;
- Intervalos de 2 a 6 horas;
- 3 a 8 vezes ao dia;
- Infusão: 15 a 45 min.
- 25 a 120 ml por hora;
- Infusão contínua;
- por 12 a 24 horas;
- com ou sem pausa noturna.
Posicionamento gástrico Posicionamento gástrico,
duodenal ou jejunal.
Posicionamento gástrico,
duodenal ou jejunal.
> Liberdade
+ Fisiológico
< Custo - domicílio fácil
> Risco de refluxo
> Risco de intolerância
> Liberdade
+ Fisiológico
< Custo - domicílio fácil
> Risco de refluxo
> Risco de intolerância
> Liberdade
- Fisiológico
> Custo aparente exige
equipamento
> Risco de aspiração
> Tolerância
INÍCIO E PROGRESSÃO DA INFUSÃO
CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO
1. POSIÇÃO DO PACIENTE
1. cabeceira do leito elevada:
● 24 h/dia (infusão contínua);
● 30 – 60 min após a dieta (infusão intermitente).
2. TEMPERATURA
● administrar em temperatura ambiente -retirar da refrigeração 30 a 60 min antes;
● não usar banho-maria para aquecimento rápido.
3. TEMPO DE PERMANÊNCIA AO LEITO
● fórmulas artesanais = somente o tempo de infusão (bolo ou intermitente);
● fórmula em pó = 4 horas;
● fórmulas líquidas em sistema aberto ou fechado = orientação fabricante.
4. LAVAGEM DA SONDA
● 20 a 30 ml -a cada 6 a 8 horas – na infusão contínua;
● antes de cada administração – na infusão intermitente.
5. VERIFICAÇÃO DE RESÍDUO GÁSTRICO
● objetivo: avaliar o esvaziamento gástrico e prevenir bronco aspiração;
● se volume de resíduo > 50% do volume administrado – reinfundir o resíduo e/ou aguardar
o próximo horário;
● controverso - ????
● na infusão intermitente, fazê-lo antes de cada dieta;
● na infusão contínua a cada 4 a 6 h em paciente sem risco de aspiração e a cada 2 h em
paciente com risco de aspiração.
QUANDO FINALIZAR?
Suspender e/ou desmamar a nutrição enteral somente quando a ingestão oral ultrapassar 70 a
75% das necessidades energéticas do paciente.
● Infusão contínua: diminuir progressivamente o volume em ml /h – infusão contínua;
diminuir o período de administração.
● Infusão intermitente: diminuir o volume de dieta em cada horário; aumentar os intervalos
entre as dietas e eliminar as dietas nos horários de almoço e jantar.
CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DA FÓRMULA
● Diagnóstico
● Estado nutricional
● Condição metabólica
● Idade
● Necessidade energética e proteica
● Necessidades nutricionais específicas
● Condição gastrintestinal
● Disponibilidade da fórmula
● Custo
● Custo benefício
CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS
Artesanais:
● Preparadas a partir de alimentos in natura, produtos alimentícios e/ou módulos de
nutrientes;
● Necessitam de suplementação de vitaminas e minerais para se tornarem nutricionalmente
completas;
● A água é em geral o meio de diluição e adequação da viscosidade;
● Carboidratos e fibras: A adição das fibras em quantidades elevadas pode aumentar a
● viscosidade da dieta e dificultar o gotejamento;
● Proteínas: estão na sua maioria na forma intacta, e em geral, são derivados do leite, ovos
e carnes, extrato de soja, clara de ovo;
● Lipídios: óleos vegetais tipo milho, soja, canola e outros são as fontes mais comuns;
● Exemplo de Dieta Enteral Artesanal:
Quimicamente definidas ou industrializadas:
● Preparadas pela indústria, exige pequena manipulação no preparo;
● Dietas em pó para constituição;
● Dietas líquidas semi prontas para uso → requerem envase.
● Dietas líquidas prontas para uso → são diretamente acopladas ao equipo.
COMPLEXIDADE DE FÓRMULA
● Polimérica: Macronutrientes (proteínas) intactos;
● Oligomérica: Macronutrientes (proteínas) parcialmente hidrolisados;
● Elementar ou monomérica: Macronutrientes (proteínas) totalmente hidrolisados.
ESPECIFICIDADE
● Padrão: Indicado para indivíduos sem falência orgânica;
● Especializadas: Indicado para pacientes com falência orgânica.
TIPOS DE FÓRMULA
● Fórmulas especiais: são fórmulas disponíveis para o uso em pacientes com condições
clínicas especiais;
● Fórmulas incompletas: são consideradas suplementos alimentares;
● Fórmulas modulares: não são nutricionalmente completas, contém apenas um nutriente.
Cadafórmula tem um objetivo específico e sua escolha deve levar em consideração o estado
clínico do paciente.
DESCRIÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS
Densidade calórica
● Hipocalórica: 0,6 a 0,8 kcal/ml e 90 a 85% água
● Normocalórica: 0,9 a 1,2 kcal/ml e 85 a 80% água
● Hipercalórica: 1,3 a 2,0 kcal/ml e 90 a 70% água
Osmolaridade
● Hipotônica: 250 a 300 mOsmol/L
● Isotônica: 300 a 350 mOsmol/L
● Hipertônica: > 350 mOsmol/L
Quanto à contribuição dos nutrientes sobre o valor calórico total da dieta (VCT)
- Normoglicídicas: Os carboidratos correspondem a 55 a 65% do valor calórico total da
dieta;
- Normolipídica: Os lipídeos correspondem a 30 a 35% do valor calórico total da dieta;
- Normoproteicas: As proteínas correspondem a 10 a 15% do valor calórico total da dieta.
ÁGUA
● 80% da dieta enteral
● Adultos: 25 – 40mL/kg/dia
● Crianças: 50-60 mL/kg/dia
Pacientes com restrição hídrica poderão receber dieta de densidade calórica maior
(1,5kcal/mL).
Calcular a quantidade de dieta a ser infundida por dia para verificar se a hidratação está
adequada.
COMPOSIÇÃO DAS FÓRMULAS
Proteína:
● Oferta de amino ácidos essenciais (≅40%)
● Variam quanto o forma proteína intacta ou hidrolisada
● Controle da osmolaridade (quanto maior a partícula, maior a osmolaridade)
● Funções especiais:
Lipídios:
Hidratos de Carbono:
Fibras:
● Polissacarídios vegetais (soja);
● Conteúdo de fibra solúvel e insolúvel variável;
● Conteúdo médio 5 a 15 g/ L.
Vitaminas e Minerais:
● Polivitamínicos e poli-minerais;
● Oferta conforme a IDR;
● Completas e incompletas;
● Acréscimo ou exclusão em situações especiais.
Fórmulas de bolso
30 - 35 kcal/kg para ganhar peso
20 - 25 kcal/kg para perder peso
25 - 30 kcal/kg normocalórica
3 - NUTRIÇÃO PARENTERAL
O que é Nutrição Parenteral?
“Método de administração de nutrientes feito diretamente na veia, quando não é possível obter os
nutrientes através da alimentação normal. Assim, este tipo de nutrição é utilizada quando a
pessoa já não tem um trato gastrointestinal funcionando corretamente, o que mais frequentemente
acontece em pessoas em estado muito crítico, no caso de câncer do estômago ou intestino em
fase muito avançada, por exemplo”.
Nutrição parenteral parcial: são administrados apenas alguns tipos de nutrientes e vitaminas
através da veia;
Nutrição parenteral total (NPT): são administrados todos os tipos de nutrientes e vitaminas
através da veia.
Função do nutricionista:
● Avaliação da dieta, adequando conforme as necessidades nutricionais e dietoterápicas,
considerando o aporte parenteral;
● Avaliação do estado nutricional do paciente;
● Participação com a equipe multiprofissional, do processo de indicação, evolução e
avaliação da nutrição parenteral;
● Avaliação sistemática da aceitação e da adequação nutricional da dieta;
● Participação em estudos e atualização e realização do registro correto e sucinto das
operações, entre outras funções.
CANDIDATOS A NUTRIÇÃO PARENTERAL
● Pacientes que não satisfazem suas necessidades nutricionais pela via digestiva,
considerando se também seu estado clínico e qualidade de vida;
● Pacientes que não podem, não devem ou não desejam comer adequadamente.
Pacientes de risco nutricional baixo, o uso da dieta parenteral deve ser considerado apenas
após 7 10 dias, quando o paciente é incapaz de atender menos de 60% das necessidades
de energia e proteína por via enteral; Iniciar a suplementação parenteral antes desse
período de 7 a 10 dias não melhora os resultados e pode ser prejudicial.
INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
Trato gastrointestinal (TGI) não funcionante Capacidade de consumir e absorver nutrientes
Incapacidade de utilizar o trato gastrointestinal Instabilidade hemodinâmica
Necessidade de repouso intestinal Objetivos terapêuticos indefinidos
Prolongamento da vida de doentes terminais
Instabilidade hemodinâmica: Fica em jejum; não recebe nenhum tipo de desnutrição até estar estável;
Não existe um período máximo de jejum (o paciente pode ficar dias sem receber dieta*), ocorre sempre a
análise do estado do paciente e se ele possui condições de receber a dieta. De acordo com BRASPEN e
materiais de dieta enteral, estudos apontam uma melhora no estado do paciente em casos que há condição
de aplicar a dieta precoce (torno de 48h). A dieta pode ser precoce ou tardia.
SITUAÇÕES CLÍNICAS PARA A INDICAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL
● Doença gastrointestinal obstrutiva;
● Hemorragia no TGI Severa;
● Síndrome de mal-absorção com grandes perdas de líquidos, eletrólitos e nutrientes sem
controle adequado por Via oral ou Enteral;
● Alteração da motilidade;
● Vômitos incoercíveis (câncer em QT e RT);
● Desnutrição grave em peri-operatório (pré-operatório, operatório e pós-operatório);
● Prematuros com muito baixo peso sem aceitar NE.
PRESCRIÇÃO DA NUTRIÇÃO PARENTERAL
Quando iniciar:
● Funções vitais e equilíbrio de fluidos e eletrólitos - estabilidade hemodinâmica (exames
laboratoriais);
● Tempo de jejum;
● Integridade vascular (tipo de acesso venoso - verificar se vai ser periférico ou central);
● Histórico de infecções - ficar atento ao histórico de infecções;
● Condições clínicas específicas à doença;
● Avaliação nutricional.
ESTRATÉGIA PARA A ESCOLHA DO ACESSO PARA O SUPORTE NUTRICIONAL.
Para escolha do acesso venoso para administração da NP, 2 fatores são fundamentais:
● Tempo de utilização da terapia nutricional;
● Osmolaridade da NP.
Nutrição parenteral total (NPT) ou 3 em 1
A nutrição parenteral total, é aquela que supre todas as necessidades nutricionais diárias da
pessoa que está recebendo, ou seja, ela não precisa, em teoria, de outras complementações.
Pode ser administrada tanto no hospital como em domicílios.
As soluções de PT são concentradas, o que aumenta alguns riscos como o de trombose das veias
periféricas, tornando necessário o cateter venoso central. Deve ser usada com parcimônia
conforme conduta médica e, se comparada à nutrição enteral, pode causar mais complicações,
pois não preserva a função gastrointestinais, além de ser mais cara
Nutrição parenteral central (NPC)
Administração de solução de glicose ou outro carboidrato, emulsão lipídica, aminoácidos,
vitaminas e minerais por uma veia de grande diâmetro, geralmente na subclávia, jugular interna,
entre outras.
Esta via é escolhida, geralmente, para paciente com necessidade de nutrição parenteral por um
longo período e deve ser realizada, de preferência, em um centro cirúrgico, por um médico, e
assessorada pelo enfermeiro.
● Pode ser administrada altas concentrações de nutrientes, pois utilizam veias de maiores
calibres (femoral, cefálica, jugular interna e externa)
● É a via escolhida para casos que necessita da terapia por longos períodos
● Vantagens permite a administração de soluções hiperosmolares e pode ser utilizada em
períodos longos de terapia
● Desvantagens apresenta maior risco de infecções e complicações
Nutrição Parenteral Periférica (NPP)
Administrada por uma veia menor, geralmente na mão ou no antebraço. É utilizada para a
manutenção nutricional por curto prazo. Além disso, também pode ser usada para evitar a
indicação de NPC em pacientes nos quais as necessárias diárias de macronutrientes não podem
ser preenchidas apenas pela via enteral. Nesse caso, a NPP pode ser combinada com a nutrição
enteral para oferecer o aporte nutricional adequado.
● São administradas baixas concentrações de nutrientes, em grandes volumes, nas veias de
menores calibres, geralmente na região do antebraço
● É a via de administração de escolha em casos de períodos curtos de terapia
● Também utilizada em fase de transição da nutrição parenteral para nutrição enteral
● Tolerância de uma via periférica é de aproximadamente 900 mOsm/L
● Vantagem mais simples, mais barata, apresenta menor risco de complicações
● Desvantagens: não permite a infusão de soluções hiperosmolares
A administração de nutrição parenteral em via venosa periférica deve respeitar uma
concentração máxima de substratos devido ao baixo fluxo desses vasos. As diretrizesda
Sociedade Americana de Nutrição Enteral e Parenteral (A.S.P.E.N.) recomendam uma
osmolaridade máxima de 900 mOsm/L para NPP porem soluções com osmolaridade
superior a 600 mOsm/l podem já causar flebite em veias periféricas.
SÍTIOS DE INSERÇÃO
● Veia subclávia
● Veia jugular interna
● Veia femoral
● Veia axilar (pediatria)
CLASSIFICAÇÃO DAS SOLUÇÕES
Padrão: (sem alterações específicas de nutrientes) ou Específica (paciente renal ou hepatopata);
Solução individualizada: formulação selecionada e manipulada conforme a necessidade de cada
paciente.
NP 2 em 1:
● Possui proteínas e carboidratos em sua composição;
● Indicada para pacientes sem distúrbios metabólicos significativos e recebendo lipídios por
outra administração.
NP 3 em 1 ou NP total:
● Quando possuir proteínas, carboidratos e lipídios como principais constituintes;
● Metabolicamente mais balanceada.
RECOMENDAÇÕES PROTEÍNAS
Proteínas varia de acordo com o estado nutricional do paciente, o grau de catabolismo e a faixa
etária. Fornece 40 Kcal/g soluções com aminoácidos (AA) cristalinos. Contém todos os AA
essenciais. Importante o cálculo da relação calorias/nitrogênio (a fim de evitar a gliconeogênese).
Soluções de AA cristalinos a 10%;
PTN: 10g aminoácidos (aa) → 100ml
Soluções de AA ramificados a 8% para hepatopatas;
Pacientes hepatopatas necessitam de aminoácidos de cadeia ramificada
Soluções de AA essenciais a 6% para nefropatas.
Soluções com menos proteína, mas com mais aminoácidos essenciais (fórmulas especiais)
RECOMENDAÇÕES CARBOIDRATOS
Carboidratos = é o primeiro substrato utilizado como fonte de energia A glicose é utilizada quase
que exclusivamente em soluções de nutrição parenteral, pois é mais acessível, econômica e
segura, embora seja possível utilizar frutose, xilitol ou sorbitol Fornece 3,4 Kcal/g Soluções de
glicose em diferentes concentrações (5, 10, 25, 50 e 70).
CHO: 50% solução de glicose (sg) → 50g → 100ml
exclusivamente na nutrição PARENTERAL: a cada 1g de glicose = 3,4kcal
RECOMENDAÇÕES LIPÍDIOS
Lipídeos são importantes na terapia nutricional pois fornecem ácidos graxos essenciais, apresenta
baixa osmolaridade e alta concentração calórica Fornece 9 0 Kcal /g Emulsões lipídicas
compostas por gotículas de triacilglicerol (TCM: cadeia média / TCL: cadeia longa) e colesterol em
concentrações de 10, 20 e 30%.
Seu uso é interessante para pacientes com restrição hídrica e grandes necessidades calóricas.
10%: = 1,0ml →1,1kcal
20% = 1,0ml → 2,0kcal
30% = 1,0ml → 3,0kcal
Primeiro encontra a caloria, para converter em gramas ou vice-versa
A concentração é diferente, pois são muito indicadas para pacientes com restrição hídrica
OSMOLARIDADE
A osmolaridade descreve a concentração total de solutos em uma solução. Uma solução com baixa
osmolaridade tem menos partículas de soluto por litro de solução, ao passo que uma solução com alta
osmolaridade tem mais partículas de soluto por litro de solução.
Nas dietas enterais, quanto maior for o número dessas partículas, sejam elas hidrolisadas (como as
proteínas), simples (como aminoácidos, dipeptídeos, glicose e sacarose) ou eletrólitos (como o
cloreto de sódio), maior será a osmolaridade.
RECOMENDAÇÕES VITAMINAS E MINERAIS
Entra mais como medicamentoso e normalmente preparado pelo próprio hospital, conforme demanda
nutricional e clínica do paciente.
● Minerais: os eletrólitos participam do controle do volume de água corporal por meio da
pressão osmótica;
● Vitaminas: importantes para o aproveitamento dos outros nutrientes que participam dos
vários processos metabólicos.
TÉCNICA DE INFUSÃO
Infusão contínua:
● Administrada de forma contínua gravitacional, permite determinar o ritmo da infusão;
● Realizada por bomba de fusão, é a técnica mais empregada em hospitais;
● É mais simples de administrar e permite infusão segura e grandes volumes com duração
de 24h.
Infusão cíclica e intermitente:
Mais indicado em pacientes em domicílio
● É feita de forma que o conteúdo flua por ação da gravidade, em intervalos de 2 - 6 horas;
● É a infusão de escolha em práticas domiciliares, pois permite a desconexão durante o dia,
garantindo que o paciente realize suas atividades normais.
COMPLICAÇÕES NA NUTRIÇÃO PARENTERAL
Podem ser 3 tipos:
Complicações mecânicas: ocorre em razão do extravasamento que pode ser originado pelo mau
posicionamento do cateter ou pela hiper-administração de NP;
Complicações infecciosas: via cateter é complexa e multifatorial.
Complicações metabólicas:
● Hipoglicemia (admin. inadequada de glicose e de insulina);
● Hiperglicemia (estresse metabólico, obesidade, diabetes, excessiva admin. de glicose);
● Hipofosfatemia (admin. inadequada de fosfato);
● Hiperfosfatemia (admin. excessiva de fosfato; insuf. renal)
● Hipomagnesemia (uso de diuréticos);
● Hipermagnesemia (admin. excessiva de magnésio em insuf. renal);
● Hipocalemia (admin. inadequada de K ou perdas) normalmente, causadas pelo uso de
diuréticos;
● Hipercalemia (admin. excessiva de K);
● Hipocalcemia e Hipercalcemia, etc.
4 - CONDIÇÕES CLÍNICAS ASSOCIADAS À OBESIDADE E SM
Prevenção e Tratamento
OBESIDADE
COMO DIAGNOSTICAR?
Para que o paciente obeso possa ser tratado ou, antes disso, para que a obesidade ou mesmo o
sobrepeso possam ser prevenidos, o estado do peso do paciente precisa ser reconhecido.
ANAMNESE ALIMENTAR:
Consenso Latino Americano de Obesidade
Objetivo da consulta
● Enfatizar antecedentes familiares;
● A idade de início da obesidade e seu curso ao longo do tempo;
● Fatores desencadeantes e de manutenção;
● Hábitos alimentares;
● Atividade física e estilos de vida;
● Aspectos psicológicos;
● Tratamentos anteriores e resultados;
● Sintomas sugestivos de doenças endócrinas;
● Uso de medicamentos;
● Concomitância de outros fatores de risco associados e seus tratamentos;
● Avaliação do hábito alimentar;
● Avaliação nutricional.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Métodos clínicos:
Antropometria:
● IMC e CA: essenciais
● Difícil localização dos pontos de referência para determinação da CC: recomenda se na
altura do umbigo
Classificação do estado nutricional de acordo com o IMC e o risco de comorbidades.
TRATAMENTO

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