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FARMACOLOGIA -COMO AGEM OS FÁRMACOS Prof. Pollyana Lyra Receptores Existem + moléculas próprias do organismo do que fármacos Distribuição não aleatória “Um fármaco não agirá, a menos que esteja ligado” Ehrlich ALVOS DE AÇÃO (PRIMÁRIOS) ➔Receptores (molécula de reconhecimento: Agonistas e antagonistas); ➔Enzimas; ➔Moléculas carregadoras (transportadoras); ➔Canais iônicos. A tendência de um fármaco se ligar aos receptores é governada por sua afinidade, ao passo que a tendência de um fármaco de, uma vez ligado, ativar o receptor é indicada por sua eficácia. LIGAÇÃO ATIVAÇÃO AFINIDADE EFICÁCIA Agonista: Eficácia > 0 (total/parcial) Antagonista: Eficácia = 0 Agonista Inverso: Eficácia < 0 Receptores Receptores Fonte: Rang e Dale A medida é feita por Fármacos (podem ser agonistas ou antagonistas) marcados com algum átomo radioativo ( 3 H, 14 C ou 125 I). Receptores – Ligação Fármaco - Receptor Incubar tecido com fármaco radioativo (várias concentrações) Encontrar equilíbrio [ ] ligada = [] desligada Encontra o valor de radioatividade só das ligações com receptores específicos. Como? A quantidade de ligação não específica é estimada pela medição da radioatividade captada na presença de uma concentração saturante de um ligante (não radioativo) que inibe completamente a ligação do fármaco marcado aos receptores, sem afetar o componente não específico. ➔ O valor obtido é subtraído da quantidade total de ligação, a fim de se obter uma estimativa da quantidade de ligação específica Técnicas de imagem não invasivas, como a tomografia de emissão de pósitrons (PET), também podem ser utilizadas para investigar a distribuição de receptores em estruturas como o cérebro humano in vivo. Essa técnica foi empregada, por exemplo, para medir o grau de bloqueio de receptores dopaminérgicos por fármacos antipsicóticos no cérebro de pacientes esquizofrênicos Receptores – Ligação Fármaco - Receptor Fonte: Rang e Dale Relação entre concentração e efeito de fármacos Considera-se o efeito e não o valor direto da ligação. Efeitos Elevação da pressão arterial Redução da pressão arterial Contração Relaxamento Concentração × Efeito (in vitro) ou Dose × Resposta (in vivo) Curvas 1. Resposta máxima (E máx ) 2. Concentração ou dose necessária para produzir 50% da resposta máxima (EC 50 ou ED 50 ) Receptores reserva Ao estudar as ações de análogos da acetilcolina em tecidos isolados, descobriu-se que muitos agonistas plenos eram capazes de desencadear respostas máximas em taxas de ocupação muito baixas, frequentemente inferiores a 1%. Isso significa que o mecanismo que liga a resposta à ocupação do receptor tem uma capacidade de reserva substancial. É possível afirmar que esses sistemas possuem receptores de reserva. Antagonistas Competitivos - Reversíveis Na presença de um antagonista competitivo, a ocupação do agonista é reduzida, pois o receptor só é capaz de receber uma molécula de cada vez. No entanto, como os dois competem entre si, o aumento da concentração do agonista é capaz de restabelecer sua ocupação (e a resposta do tecido). Nesse caso, diz-se que o antagonismo é reversível. Fonte: Rang e Dale Características do antagonismo competitivo: • Deslocamento da curva log da concentração × efeito do agonista PARA A DIREITA, sem alteração na inclinação ou no efeito máximo (o antagonismo pode ser ultrapassado se a concentração do agonista for aumentada); • Relação linear entre razão de dose do agonista e concentração do antagonista; O antagonismo competitivo é o mecanismo mais direto por meio do qual um fármaco pode reduzir o efeito de outro (ou de um mediador endógeno). Antagonistas Competitivos - Reversíveis Ocorre quando o antagonista se liga ao receptor na mesma posição do agonista, mas se dissocia dos receptores muito lentamente, ou não se dissocia, o que resulta no fato de não ocorrer alteração na ocupação do antagonista quando o agonista é adicionado. Antagonistas Competitivos - Irreversíveis Fonte: Rang e Dale o efeito teórico é reproduzido com precisão, mas a distinção entre o antagonismo competitivo reversível e o irreversível nem sempre é tão clara. Isso se deve ao fenômeno dos receptores de reserva !!!! ➔Se a ocupação pelo agonista necessária para produzir a resposta biológica máxima for muito pequena (digamos, 1% do total de receptores), então é possível bloquear, de modo irreversível, quase 99% dos receptores sem reduzir a resposta máxima. ➔O efeito da menor ocupação dos receptores pelo antagonista será o de produzir um deslocamento paralelo da curva log da concentração × efeito, que é indistinguível do observado no que diz respeito ao antagonismo competitivo reversível OCUPAÇÃO BAIXA DO AGONISTA = CURVAS IGUAIS! São utilizados + como ferramentas de pesquisa para estudar a função dos receptores (poucos usados clinicamente) FARMACOLOGIA -COMO AGEM OS FÁRMACOS Prof. Pollyana Lyra Alguns compostos (conhecidos como agonistas plenos) são capazes de produzir uma resposta máxima (a maior resposta que o tecido é capaz de dar), enquanto outros (agonistas parciais) produzem apenas uma resposta submáxima. Agonistas Totais e Parciais Fonte: Rang e Dale Ativação constitutiva de receptores e agonistas inversos • Pode ocorrer um nível apreciável de ativação mesmo na ausência de ligantes (ativação constitutiva). • ➔receptores para benzodiazepínicos • ➔canabinoides • ➔serotonina • Nessas condições, é possível para um ligante reduzir o nível de ativação constitutiva; tais fármacos recebem a denominação de agonistas inversos. • Para distingui-los dos antagonistas neutros, que, por si sós, não afetam o nível de ativação. Os agonistas inversos podem ser considerados fármacos com eficácia negativa, o que os diferencia dos agonistas (eficácia positiva) e dos antagonistas neutros (eficácia zero). Outras formas de antagonismo • Outros mecanismos também podem ser responsáveis por interações inibitórias entre os fármacos. • • antagonismo químico; • • antagonismo farmacocinético; • • antagonismo fisiológico. Antagonismo químico • O antagonismo químico refere-se à situação pouco comum em que duas substâncias se combinam em solução; como consequência, o efeito do fármaco ativo é perdido. • Exemplos disso incluem o uso de agentes quelantes (p. ex., dimercaprol) que se ligam a metais pesados e, dessa forma, reduzem sua toxicidade. Antagonismo farmacocinético • O “antagonista” reduz de fato a concentração do fármaco ativo em seu ponto de ação. Isso pode ocorrer de várias maneiras. A velocidade de degradação metabólica do fármaco ativo pode ser aumentada • (p. ex., redução do efeito anticoagulante da varfarina quando se administra um agente que acelera seu metabolismo hepático, como a fenitoína). • Outra possibilidade é a velocidade de absorção do fármaco ativo no trato gastrointestinal ser reduzida, ou a velocidade de eliminação renal ser aumentada. Alguns exemplos....... Digoxina + Amiodarona Aumento de efeito da digoxina Amiodarona reduz excreção de digoxina Varfarina e Macrolídios Sangramento (+ efeito) O antibiótico reduz a flora intestinal (reduz metabolismo da varfarina) Ciprofloxacino + teofilina Aumenta ação de teofilina Inibe metabolismo hepático da teofilina Fluoxetina + linezolida Síndrome serotonérgica (confusão mental, hipertermina, hipertensão) Metabolismo da serotonina inibido Segura essa..... • INDUTORES (ajudando o primo do interior): Trouxe 2 Rifas do Primo feio de Barba e Carbelo grisalho • INIBIDORES 1. Claro, Amiga de Ome. 2. Quiria Comer 2 quitandas: da rita e da vera, pois tem Fluor e cimento. Antagonismo fisiológico • Interação entre dois fármacos cujas ações opostas no organismo tendem a se anular mutuamente. • Por exemplo, a histamina age sobre os receptores das células parietais da mucosa gástrica estimulando a secreção ácida, enquanto o omeprazol bloqueia esse efeito por meio da inibição dabomba de prótons; pode-se dizer que esses fármacos atuam como antagonistas fisiológicos.
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