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Mariana Moraes – 4º termo PARASITO Ascaridíase Ascaris lumbricoides · Ascaridíase · Ascaridose · Ascaridiose -Família: Ascarididae -1947: Stoll – método quantificado (não é utilizadado) -lombriga, bicha -geohelminto - precisam ficar 15 dias no solo para se desenvolver, se tornar larva e infectante MORFOLOGIA · MACHO: · 20-30 cm de comprimento · cor leitosa · extremidade posterior fortemente encurvada · FÊMEA: · 30-40 cm de comprimento · é mais robusta que o macho extremidade posterior retilínea · OVOS: dentro deles há células germinativas · cor castanha · são grandes e ovais · ovos (podem ser férteis ou não) HÁBITAT · Jejuno e íleo · apêndice · vias biliares e pancreáticas · traquéia ou brônquio · ouvido médio Ciclo biológico · ciclo monoxênico · o indivíduo ingere as larvas L3, chega no estômago e intestino, larvas precisam de oxigênio vão ao pulmão se desenvolvem em L4, nas traqueia se torna L5 = na laringe ou é expelida pela boca ou engolida e torna-se verme adulto no intestino. · Ciclo de Loss = larva de helminto que passa pelo pulmão sintomas da Síndrome de Loeffler. TRANSMISSÃO · ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo L3 · poeiras e insetos · material subungueal (debaixo das unhas) SINAIS E SINTOMAS · Dor abdominal · Eosinofilia (15-40%) · Irritabilidade · Alternância diarréia e constipação · Reações alérgicas (asma) · Síndrome de Loeffler: febre, tosse · Anemia e emagrecimento (alteração do volume abdominal, braços e pernas finos) PATOGENIA A ação patogênica desenvolve-se em 2 etapas: POR LARVAS · Assintomática · Maciças: · Fígado: pontos hemorrágicos e necrose, aumento do volume do fígado, intensa eosinofilia intensa · Pulmão: pontos hemorrágicos, Síndrome de Loeffler (tosse, dispnéia, POR VERMES ADULTOS Alterações: · Ação Tóxica · Ação Expoliadora: desnutrição, manchas esbranquiçadas (consumo de vit A e C) · Ação Mecânica: obstrução intestinal (os vermes formam novelos) · Localização Ectópica ( “áscaris errático” · fígado → abscesso hepático · apêndice cecal → apendicite aguda · canal Wirsung → pancreatite aguda · canal colédoco → obstrução do mesmo · eliminação do verme pela boca e narinas DIAGNÓSTICO Clínico alteração do volume do abdômen Laboratorial: HPJ e Kato-Katz EPIDEMIOLOGIA • Fatores que interferem no aumento da prevalência: - grande produção de ovos pela fêmea - viabilidade do ovo infectante por muitos meses - grande concentração de indivíduos em condições precárias de saneamento básico - grande número de ovos no peridomicílio, em decorrência do hábito que as crianças possuem de aí defecarem - dispersão dos ovos através chuva e vento (chegando até a alimentação). PROFILAXIA • Educação sanitária • Tratamento água potável • Tratamento esgotos e fossas • Cuidados com alimentos Enterobíase · ou enterobiose, conhecido como oxiurose. Enterobius vermicularis (oxiurus) Ovo embrionado: · Aspecto grosseiro de um D · Membrana dupla, lisa e transparente · Fêmea – já possui ovos com a larva (ovos já infectante) Vermes adultos · Nítido dimorfismo sexual · Cor branca · Fêmea - 1 cm/0.4 mm - Cauda afilada · Macho - 3 a 5 mm /0.4 mm - Cauda enrolada ventralmente com espículo (depois da cópula morre) Habitat · Machos e fêmeas - Ceco e apêndice · Mulheres as fêmeas: · Região perianal · Vagina (não é o local de sobrevivência) · Útero · Bexiga Ciclo Biológico · Monoxênico · Quando o indivíduo coça, eclode os ovos = vai sofrendo mudas no intestino delgado. 1 – 2 meses depois se tornam vermes adultos no intestino grosso. Mecanismo de Transmissão Aceitáveis : · Heteroinfecção – ovos poeira, alimentos novo hospedeiro · Auto infecção externa – ovos da região perianal à boca mecanismo que garante à cronicidade da doença. Patogenia e Sintomatologia · Assintomática · Sintomática – prurido anal (meninas – prurido vulvar) · Nervosismo, insônia, irritabilidade e distúrbios de concentração · Prurido anal noturno é o principal sintoma · Mucosa local congesta, muco, ovos e fêmeas – infecções secundárias · Apendicite · Colite crônica- cólica retal, diarreia, inapetência e emagrecimento. · Nervosas · Intestinais · Hematológicas · Genitais femininos Nervosas · Nervosismo · Insônia · Convulsões · Pesadelo · Distração (Distúrbios de concentração) Intestinais · Prurido anal noturno é principal sintoma · Anorexia · Apendicite · Cólica retal · Infecções retais Hematológicas · Eosinofilia e anemia nem sempre presentes Genitais femininos · Vaginite · Metrite · Salpingite · Ovarite Diagnóstico · Clínico - Anamnese do paciente · Laboratorial - Parasitológico de fezes é pouco recomendável (fêmea fica na região perianal, os ovos ficam na primeira porção de fezes – pode dar falso negativo) · Exame específico - Swab anal: se não tiver o verme adulto, vai colher com uma fita na região perianal, no microscópio já pode ser visualizado o verme. Recomendações básicas: · Fazer exame pela manhã · Não fazer nenhuma higiene antes da coleta Profilaxia · Não sacudir roupas de cama e roupas de uso pessoal do paciente · Tratar todas as pessoas parasitadas, com intervalos de 20 dias por 2 a 3 vezes (por conta do método de auto-infecção externa) · Unhas curtas · Banhos matinais · Uso de aspirador de pó na limpeza doméstica Tricuríase Trichuris trichiura Morfologia Vermes Adultos · Cor - Branca · Extremidade anterior (2/3) - Afilada · Extremidade posterior - Mais larga · Aspecto característico - Chicote* · Macho - 3 a 4.5 cm · Fêmea - 3.5 a 5 cm · Ovos: formato elíptico, com poros salientes transparentes em ambas extremidades. Habitat · Vermes adultos são parasitas do intestino grosso do homem · Infecções moderadas, principalmente, no ceco e cólon ascendente · Infecções intensas, ocupam cólon distal, reto e porção distal do íleo · Parasito tissular: toda a porção anterior fica inserida na mucosa intestinal, perde sangue quando muda de posição. Ciclo Biológico · Monoxênico · Ovos são ingeridos e eclodem no intestino delgado (por ação enzimática e mudança de pH), se desenvolvem até L3, vão ao intestino grosso (ceco) se tornam L4 e L5 e assim ficam vermes adultos maduro e prontos para reprodução (45 dias) copulam e os ovos são eliminados nas fezes. Transmissão · Ovos resistentes às condições ambientais · Contaminação do ambiente – vento, água, moscas domésticas · Crianças – geofagia (vontade de comer terra) e mãos sujas ao se alimentarem Patogenia e Sintomatologia Diretamente ligado a carga parasitária · Infecções Pequenas (< 100 vermes) – Grande maioria dos casos – Vermes restritos a região do cólon e a inflamação se apresenta localizada, não apresentando sintomatologia · Infecções Moderadas a Intensas (aproximada/e 100 vermes) – Ulcerações na mucosa intestinal e sangramento constante – Dores abdominais, disenteria crônica e fezes Mucossanguinolentas · Infecções Intensas e Crônicas ( > 100 vermes 1.000vermes) – Dor abdominal, disenteria – Sangramento, prolapso retal – Anemia, má nutrição – Retardo no desenvolvimento físico e mental Ação Tóxica - Alérgica · Eosinofilia · Crises de urticária que desaparecem com a eliminação do verme Ação Hematófaga · Cada verme chega ingerir 0,005ml/dia de sangue, o que pode ser evidenciado através de sua cutícula transparente Prolapso Retal · Esforço continuado para defecação · Possíveis alterações nas terminações nervosas · Aumento do peristaltismo · Prolapso retal • O relaxamento do esfíncter anal e a hipotonia muscular, causada pela disenteria, podem ocasionar prolapso retal, principalmente em crianças com infecção maciça Diagnóstico Clínico • O quadro clínico da tricuríase pode ocorrer em outras helmintoses, o que não permite um diagnóstico específico, exceto, quando há prolapso retal com presença de vermes. Diagnóstico Laboratorial – Pesquisa de ovos nas fezes do hospedeiro (PPF) Estrongiloidíase Strongyloides stercoralis MORFOLOGIA · Fêmea partenogenética · Machos e fêmeas de vida livre · Larvas rabditóides · Larvas filarióides · ovo FÊMEA PARTENOGENÉTICAPARASITA · 2 mm · A única forma parasita: desenvolvimento de óvulo não fecundado · postura - 30 a 40 ovos/dia MACHO E FÊMEA DE VIDA LIVRE · Macho - 0,7 mm - aploide · Fêmea - 1 mm - diploide LARVAS · Larvas rabditóides · Larvas filarióides OVOS · Elipsóides com casca fina e transparente. Não vai ser vista nas fezes ovos eclodem na mucosa e só as larvas que saem nas fezes HABITAT · Duodeno e jejuno · formas graves - porção pilórica do estômago até o intestino grosso CICLO EVOLUTIVO · Direto ou partenogenético · indireto, sexuado ou de vida livre · é um geohelminto · faz ciclo de Loss · esquema feito à mão TRANSMISSÃO · Heteroinfecção · auto-infecção externa · auto-infecção interna hiperinfecção infecção disseminada FORMAS GRAVES · Imunodeprimidos – desnutrição, HIV, HTLV-1, corticosteróides (aceleram a transformação de larva rabidtóide para filarióides no instestino). · Hiperinfecção e infecção disseminada. · infecções bacterianas secundárias - transporte de bactérias pelas larvas ou ulcerações da mucosa. PATOGENIA CUTÂNEA · Ponto de penetração das larvas · reação celular - larvas mortas · edema, eritema, prurido, pápulas hemorrágicas PULMONAR · Passagem das larvas - pontos hemorrágicos · infiltrado inflamatório - linfócitos e eosinófilos · tosse com ou sem expectoração, febre, dispnéia, crises asmatiformes INTESTINAL · Enterite catarral - aumento da secreção de muco · Enterite edematosa - edema da submucosa, desaparecimento do relevo mucoso, síndrome de má absorção intestinal · Enterite ulcerosa - eosinofilia intensa, ulcerações, invasão bacteriana, fibrose SINTOMATOLOGIA · Dor epigástrica · diarréia · náuseas e vômitos · esteatorréia · desidratação · emagrecimento · anemia DIAGNÓSTICO LABORATORIAL · Pesquisa de larvas - fezes, secreções e outros líquidos orgânicos PROFILAXIA · Tratamento dos infectados · uso de calçados · destino adequado aos dejetos humanos · triagem de indivíduos iniciando tratamento com imunossupressores. · Medidas de higiene · Melhoria da alimentação
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