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Caderno Digitado Direitos Fundamentais - Fábio Periandro
Direitos Fundamentais (Universidade Federal da Bahia)
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Caderno Digitado Direitos Fundamentais - Fábio Periandro
Direitos Fundamentais (Universidade Federal da Bahia)
Baixado por Laura Braga (laurabrag4@hotmail.com)
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RODRIGO BERNARDO 
rodrigobernardo.jus@gmail.com 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
 
 
 
 
 
 
RODRIGO BERNARDO SOARES 
 
 
 
CADERNO DIGITADO 
DIREITOS FUNDAMENTAIS - DIR007 
Docente: Fábio Periandro 
Período 2016.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador, 2017 
Baixado por Laura Braga (laurabrag4@hotmail.com)
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RODRIGO BERNARDO 
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O que são direitos fundamentais? 
São instrumentos de proteção do indivíduo frente a atuação [o arbítrio] do 
Estado. Direito fundamental é direito protetivo da pessoa frente a atuação estatal. 
São os direitos que garantem o mínimo necessário para que o indivíduo exista 
de forma digna dentro do estado. 
 
“Segundo Canotilho, o termo “direitos fundamentais” se aplica àqueles direitos 
(em geral atribuídos à pessoa humana), também chamados de posições 
jurídicas, reconhecidos e protegidos na perspectiva do direito constitucional 
interno dos Estados”. 
 
• Dignidade da Pessoa Humana 
 
Art. 1º “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados 
de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de 
fraternidade. ” 
I. Histórico do Conceito: 
“Na antiguidade, a desigualdade era natural para os seres humanos. Em Roma, 
surge a palavra dignidade que se assemelha ao termo status (posição que cada 
indivíduo ocupava na sociedade), sendo assim havia pessoas com dignidades 
diferentes dos outros, não sendo comum a todos. 
A Era Medieval, apesar da influência do cristianismo, não concebe dignidade 
atribuível a todos os seres humanos. Inobstante, a posteriori, conforme Leão 
Magno, a dignidade começou a ser compreendida como uma concessão divina, 
destarte, todos os seres oriundos da mesma fonte criadora deveriam ser 
respeitados. 
A primeira formulação racional é efetuada por Pufendorf que defendia serem 
todos os seres humanos dotados de razão, devendo autodeterminarem-se, 
conduzindo as suas próprias vidas. De acordo com Kant, todo ser humano é um 
fim em si mesmo, não devendo ser degradado, reduzido à condição de objeto da 
ação de outro ser humano, enunciando que as coisas que possuem valor 
poderiam ser trocadas por outra, mas podem também não ter valor quando não 
podem ser trocadas por coisa alguma. 
Sendo assim, os valores podem ser individuais ou intersubjetivos, porém quando 
são protegidos pelo Estado, estes se tornam obrigatórios. A noção filosófica de 
Kant atualmente é predominante, mas não foi imune a críticas como as de 
Schopenhauer e Heggel, o último afirmou que a dignidade era a participação do 
indivíduo no Estado, afirmando que é algo que se constrói. Entretanto, a 
concepção adotada é que a Dignidade Humana é inerente a todos os indivíduos 
e deve ser protegida. 
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A Constituição Federal de 1988 fala de dignidade da pessoa humana, a 
Alemanha e a Itália falam da dignidade humana. O termo utilizado pelo Brasil 
enfatiza a proteção das pessoas, não refletindo individualismo (doutrina 
minoritária), porém a doutrina majoritária vê as duas expressões como 
semelhantes. 
II. Conceito: 
A dignidade da pessoa humana, em seu aspecto negativo, impede, paralisa, 
sendo teorizada inicialmente por Dürig que enunciou haver violação da dignidade 
da pessoa humana quando o homem não for tratado como um fim em si mesmo, 
mas tratado como objeto da ação de outro, sendo, portanto, degradado. Sendo 
assim, o autor supracitado apresenta a mesma concepção de Kant, sendo neo-
kantiano. 
A dignidade da pessoa humana também existe sob o aspecto positivo 
(normogênico), visto que apenas o aspecto negativo não é suficiente. A principal 
função da dignidade da pessoa humana é a legitimação do sistema político que 
será legítimo se conseguir ou tentar atingir a dignidade da pessoa humana. 
Não é, pois, a dignidade da pessoa humana que deve seguir o Estado e sim o 
contrário. Os adoradores do Estado consideram este como um fim em si mesmo. 
E uma da frases mais utilizadas é “o interesse público”. Inobstante, Batista Neves 
não acha que exista interesse público que não se fundamente na dignidade da 
pessoa humana, tendo em vista a vinculação dos poderes públicos que tem a 
obrigação de atuarem o máximo possível em respeito á dignidade da pessoa 
humana. 
A dignidade da pessoa humana funciona também como fonte de 
reconhecimento, não existindo apenas naquele que a reivindica, mas no outro 
que também é merecedor de dignidade, trata-se, portanto, da inclusão do outro 
de Habermas. 
O conceito de dignidade da pessoa humana é feito para ser indeterminado, tendo 
em vista a impossibilidade de abarcar todos os seus sentidos. Sendo assim, para 
não permitir uma manipulação semântica, é possível se apoiar na jurisprudência 
que preenche o espaço deixado para este conceito. 
Segundo Aristóteles, o campo do direito é do aceito ou do não aceito, do certo 
ou errado, distinguindo-se das ciências naturais. Berrman remota essa ideia 
afirmando que o auditório é modelado pelo discurso. Sendo assim, o princípio da 
dignidade da pessoa humana é definido pelo que é acatado ou não pelos 
destinatários da norma, mudando à medida que estes deixam de aceitar certas 
condutas e sendo aberto para adequar-se ao tempo.” 
 
 
 
 
 
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• Noção e objetivo fundamentalidade: material e formal 
 
O que torna um direito fundamental? 
*Ser reconhecido pela comunidade como fundamental; 
** O que torna um direito fundamental é a constituição, de acordo com osvalores de 
cada sociedade. 
 
I. Direitos Fundamentais em Sentido Material: 
 
Seriam as normas que não estão nos locais dos direitos fundamentais, 
mas tem como objetivo direto a garantia aos direitos fundamentais do 
indivíduo. Ou seja, é aquele direito que em seu conteúdo é 
considerado um direito fundamental. Uma norma infraconstitucional 
que traga em sua redação protetividade ao indivíduo frente ao arbítrio 
do estado, poderá ser considerada uma norma de fundamentalidade 
material. 
 
O professor Dirley vai dizer que: “Da mesma forma que há uma 
constituição formal e uma material, pode-se conceber, igualmente, a 
existência de direitos fundamentais em sentido formal e direitos 
fundamentais em sentido material”. 
 
II. Direitos Fundamentais em Sentido Formal: 
 
São aqueles direitos que são fundamentais por serem assim 
determinados expressamente pelo bloco de constitucionalidade. Em 
outras palavras, se encontra ligado ao direito constitucional positivo no 
sentido de um regime jurídico expresso, escrito, definido a partir da 
própria constituição. Desse modo, direitos fundamentais em sentido 
formal, são aqueles direitos que estão formalizados na constituição 
federal [formal], ou seja, os dispostos no art. 5º Título II, da CF + 
direitos dispersos na constituição. 
(!) O Panda adverte: 
Direitos fundamentais é encontrado em todo o texto constitucional, não somente 
no artigo 5º título II da CF88 
 
• O que Diferencia Direito Fundamental de Direito Humano? 
 
Não existe diferença no que tange o conteúdo, ambos têm o objetivo de 
proteger todos os indivíduos. 
A diferença, in stricto sensu, é que os direitos fundamentais provêm, em regra, 
da própria constituição – se tratando da fundamentalidade formal - e direitos 
humanos provêm de normas de caráter internacional. No caso do Brasil, a 
nomenclatura Direitos Fundamentais é utilizada ao invés de Direitos Humanos 
com o propósito de demarcar aquilo que será tratado. 
 
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Desse modo, direito humanos são: Todos os direitos reconhecidos que protege 
o indivíduo ou a pessoa humana de um limite que viole a sua dignidade e sua 
existência como um ser. Ou seja, proporcionar o mínimo para que o indivíduo 
exista de forma digna independentemente de onde ele se encontre. 
 
 
(!) O Panda adverte: 
 Vale frisar que os dois termos não são excludentes. Como afirma Sarlet: 
“Reconhecer a diferença, contudo, não significa desconsiderar a íntima relação 
entre os direitos humanos e os direitos fundamentais, uma vez que a maior parte 
das Constituições do segundo pós-guerra se inspirou tanto na Declaração 
Universal de 1948, quanto nos diversos documentos internacionais e regionais 
que as sucederam, de tal sorte que – no que diz com conteúdo das declarações 
internacionais e dos textos constitucionais – está ocorrendo um processo de 
aproximação e harmonização, rumo ao que já está sendo denominado (e não 
exclusivamente – embora principalmente – no campo dos direitos humanos e 
fundamentais) de um direito constitucional internacional.” Diz ainda que deva ser 
reconhecido que “não se cuida de termos reciprocamente excludentes ou 
incompatíveis, mas, sim, de dimensões íntimas e cada vez mais inter-
relacionadas, o que não afasta a circunstância de se cuidar de expressões 
reportadas a esferas distintas de positivação, cujas conseqüências 
práticas não podem ser desconsideradas”. 
 
 
• DIREITOS E GARANTIAS 
 
As garantias servem para asegurar o cumprimento de determinados direitos. 
O que diferencia direitos de garantias fundamentais? 
O direito é de ordem declaratória, sendo ele uma prerrogativa oferecida para a 
pessoa pelo estado. 
A garantia assegura a realização de direitos previstos pelo sistema jurídico. As 
garantias defendem os direitos consagrados pelo Estado, mas que não estão 
sendo em toda sua parte respeitado pelo poder público. Garantia é disposição 
assecuratória e direito é disposição declaratória. A garantia viabiliza a 
concretização do direito. 
 
 
 
I. Individuais e coletivos gerais [art. 5] 
Art. 5º Caput “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: ”. 
A partir disso é compreendido 78 incisos onde trazem redação acerca dos 
direitos e garantias fundamentais individuais e coletivos. 
 
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II. Sociais [art. 6] 
Art. 6º “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. ” (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) 
O objetivo deste artigo é que as pessoas tenham de volta aquilo que elas 
dispuseram por meio de pagamento de tributos [os impostos]. São os chamados 
serviços públicos ofertados pelo estado; alimentação, moradia, lazer, segurança, 
saúde, educação, etc. 
 
III. Individuais e coletivos dos trabalhadores [art. 7 ao 11] 
Art. 7º Caput “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos 
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros 
direitos; ” [...] 
*Os Direitos e Garantias Individuais e Coletivos dos Trabalhadores 
compreende 34 incisos ao artigo 7º da CF88 
Art. 8º “É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, 
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a 
intervenção na organização sindical; ” 
*O artigo 8º compreende 8 incisos. 
Art. 9º “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a 
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento 
das necessidades inadiáveis da comunidade. 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei” 
Art. 10. “É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos 
órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de 
discussão e deliberação.” 
Art. 11. “Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um 
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os 
empregadores.” 
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IV. Nacionalidade [art. 12 e 13] 
Aborda sobre quem é efetivamente brasileiro nato e sobre o idioma e símbolos 
do Brasil 
Art. 12. “São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde 
que estes não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer 
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; ” [...] 
 
Art. 13. “A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. 
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o 
selo nacionais. 
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. ” 
 
V. Participações políticas [art. 14 ao 17] 
Art. 14. “A soberania popular será exercida pelo sufrágiouniversal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. ” 
[...] 
 
Art. 15. “É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará 
nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. ” 
 
Art. 16. “A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua 
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.” 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) 
 
Art. 17. “É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, 
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os 
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: 
Regulamento 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo 
estrangeiros ou de subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
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IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. ” 
[...] 
 
 
 
 
• Direitos Fundamentais Dispersos 
 
1. Internos na Constituição Federal 1988 
Os Direitos Fundamentais podem estar formalmente expressos na constituição, 
como é o caso dos previstos do rol no artigo 5º, ou dispersos pela própria 
constituição em outros artigos que não o 5º; 
2. Externos a Constituição Federal 1988 [art. 5 § 2-3] 
 
Art. 5º “§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais 
em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos 
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste 
parágrafo)” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PONTO 4 - DIREITOS FUNDAMENTAIS – 12/12 
 
● Historicidade 
Criado/reconhecido 
Aplicado [contexto] 
 
Os direitos fundamentais são frutos da evolução histórica, mudando conforme à 
época. 
Uma coisa é o direito feito, outra coisa é o direito aplicado. Muitas vezes o 
reajuste é necessário. Desse modo, tem de ser observado o contexto da 
aplicação do direito. A norma ela não fica petrificada no tempo, mas dialoga com 
o contexto social ao qual ela é efetivamente aplicada. 
 
● Acumulabilidade 
O direito fundamental deve ser sempre ampliado e não diminuído, então a lógica 
dos direitos fundamentais deve ser de ampliação. A perspectiva dos direitos 
fundamentais sempre é a de aumento e acumulo. Essa perspectiva 
encontra referência na teoria da vedação do retrocesso. 
 
Em regra, Direitos Fundamentais nunca devem sofrer redução, mas na pratica, 
existe sim, possibilidade de redução de direitos fundamentais, na Grécia e 
Portugal por exemplo, por conta da crise financeira, a redução de salários e 
garantias fundamentais em vários planos sofreram essa redução. Em Portugal, 
por exemplo, chegou até 20% a redução de salários para todos os níveis e 
categorias. 
 
● Relatividade* 
O princípio da relatividade diz que os direitos fundamentais devem ser pesados 
sempre e de acordo com cada caso concreto, os direitos fundamentais são todos 
iguais e tem o mesmo peso e relevância, na teoria. Mas, na hora da resolução 
de um caso prático isso muda. 
[Os direitos fundamentais foram pesados na franca na rev. francesa, como 
direitos absolutos, para não dar vazão ao estado para mexer nestes direitos]. 
 
A antinomia jurídica, aplicada aos direitos fundamentais será resolvido pelo 
julgador. 
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Os direitos fundamentais têm pesos iguais em tese, mas no caso concreto ele 
não será visto como absoluto e estanque, cabe ao julgador decidir qual direito 
fundamental tem o maior valor naquele contexto especifico. Desse modo, a 
decisão do juiz pode ser diferente para casos que evoquem os mesmos direitos 
fundamentais, pois cada caso terá uma particularidade e cada julgador terá uma 
forca de convicção diferente. 
O ponto que decide entre uma norma fundamental e outra é o lastro da 
fundamentação teórica. Desse modo, ao decidir entre a relatividade de duas 
normas, a necessidade da fundamentação e de extrema importância, sob vista 
de nulidade caso não ocorra, como previsto no Art. 93, inc. IX da CF88 
 
 
 
● Proteção diferenciado 
Os direitos e garantias fundamentais não podem ser piorados nem mesmo por 
meio de emenda constitucional. Se for para lastrear o direito fundamental ou 
criar um outro que aumente a proteção, o projeto de emenda constitucional é 
valido. Mas se for para redução, essa previsão é impossível, tendo em vista que 
direitos fundamentais são cláusulas pétreas, sob vista do Art. 60, parágrafo 4 da 
CF88. 
 
● Indisponibilidade relativa 
Indisponibilidade é a impossibilidade de abrir mão de algo. Disponível é aquilo 
que você pode manter com você ou abdicar. Em regra, os direitos 
fundamentais são indisponíveis, pois não se pode abrir mão dele. Mas isso 
é relativo. Essa relatividade é aplicada quando um sujeito por desespero ou força 
maior abre mão do seu direito fundamental. Por exemplo, um sujeito que se 
dispõe a trabalho análogo a escravidão por necessidade; mesmo tendo essa 
liberdade ele não pode abrir mão e a intervenção estatal deve existir nesses 
casos, para que seja garantida o direito fundamental do sujeito, isso é 
indisponibilidade relativa. 
 
● Alienabilidade relativa 
Alienar é transferir propriedade, pode ser de maneira gratuita ou onerosa, por 
meio de doação ou venda [dinheiro não é a única forma de onerosidade, a 
doação com encargos é por exemplo onerosa. Onerosidade faz relação com 
contrapartida] 
Pode-se vender direitos fundamentais? Sim, é possível vender, por exemplo 
vender sua foto, vender seus direitos autorais. 
 
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● Imprescritibilidade relativa 
A qualidade daquilo que é prescritivo, perda de algo que se pretenda pela junção 
de dois fatores a passagem do tempo ou inércia do titular do direito. 
Preclusão, prescrição de uma previsão dentro de um processo. Tem dias para 
contesta o caso, passou e não contestou, perdeu. 
Em regra: direitos fundamentais não se perdem pelo seu não uso. Mas nem todo 
direito fundamental é imprescritível, alguns tem tempo para ser usados, o dano 
material, por exemplo, necessita de um tempo certo para se cobrar. 
 
● Princípio da concorrência 
Em litígios, geralmente vários direitos fundamentais estão em jogo, mas nesta 
mesma situação é necessário escolher qual prevalecerá para entrar com pedido 
de proteção pois eles por serem tantos são concorrentes entre si. 
 
● Princípio da não taxatividade 
Possibilidade de criação de novos direitos fundamentais além dos previstosno 
texto constitucional. 
Geralmente a doutrina elabora novos direitos fundamentais e a jurisprudência 
adota. Isso por que de um direito já existente pode surgir e um novo, por exemplo 
a razoabilidade e a proporcionalidade. 
Um novo direito fundamental que vem surgindo é o direito ao esquecimento, 
onde a pessoa tem o direito de ter seu nome retirado de qualquer meio de 
comunicação e ferramenta de busca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PONTO 5 – TITULARIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E 
NACIONALIDADE 
 
• Noção de Titularidade 
Pode ser entendido em dois núcleos, os brasileiros e os estrangeiros residentes 
no pais. 
Segundo Sarlet: “titular do direito é o sujeito do direito, ou seja, é quem figura 
como sujeito ativo da relação de direito subjetivo. (Enquanto destinatário do 
direito é a pessoa [física ou mesmo jurídica ou ente despersonalizado] em face 
da qual o titular pode exigir o respeito, proteção ou promoção do seu direito).” 
Afirma a constituição, no art. 5º, caput, que: 
 “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)”. 
 
• Estrangeiros residentes no Pais 
A constituição diz que só estrangeiros residentes teriam seus direitos 
fundamentais reconhecidos e garantidos pelo estado Brasileiro, mas a doutrina 
criticou duramente dizendo que não era razoável um turista ou um transeunte de 
um cruzeiro, ou avião, estar no Brasil e não ter seus direitos fundamentais 
reconhecidos. 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)”. 
 
• Compreensão do STF quanto a abrangência 
De tanto a doutrina tratar sobre o assunto, o STF decidiu por jurisprudência que 
a expressão “estrangeiro residente” deveria ser ignorada, onde não só o 
estrangeiro residente, mas todos os outros que se encontrem no território 
brasileiro terão a titularidade de seus direitos fundamentais garantidos. 
“Uma primeira leitura dá a impressão que os direitos fundamentais remetem 
apenas aos brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, com exclusão dos 
estrangeiros e das pessoas jurídicas. Essa interpretação literal (decorrente desta 
falha de redação) levaria ao entendimento (absurdo) de que não se garante aos 
estrangeiros não residentes no Brasil, mas que estejam aqui de passagem (ex.: 
turista) os direitos e garantias fundamentais; como também não se garante às 
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pessoas jurídicas o direito de propriedade, dentre outros compatíveis com a sua 
natureza. 
 
“De acordo com o princípio da universalidade, todas as pessoas, pelo fato de 
serem pessoas, são titulares de direitos e deveres fundamentais, o que, por sua 
vez, não significa que não possa haver diferenças a serem consideradas, 
inclusive, em alguns casos, por força do próprio princípio da igualdade, além de 
exceções expressamente definidas pela Constituição, como dá conta a distinção 
entre brasileiro nato e naturalizado, algumas distinções relativas aos 
estrangeiros, entre outras. É preciso ressaltar, inclusive, que o princípio da 
universalidade não é incompatível com o fato de que nem mesmo os 
brasileiros e os estrangeiros residentes no País são titulares de todos os 
direitos sem qualquer distinção, já que há direitos que são atribuídos 
apenas a determinadas categorias de pessoas. Assim ocorre, por exemplo, 
com os direitos dos cônjuges, dos pais, dos filhos, dos trabalhadores, dos 
apenados, dos consumidores, tudo a demonstrar que há diversos fatores, 
permanentes ou vinculados a determinadas situações ou circunstâncias (como 
é o caso da situação familiar, da condição econômica, das condições físicas ou 
mentais, da idade etc.) que determinam a definição de cada uma dessas 
categorias. Em suma, o que importa para efeitos de aplicação do princípio da 
universalidade é que toda e qualquer pessoa que se encontre inserida em cada 
uma dessas categorias, seja a princípio titular dos respectivos direitos.” (trecho 
retirado de “Curso de Direito Constitucional”, parte referente à Sarlet) 
 
Canotilho: “A universalidade será alargada ou restringida de acordo com a 
postura do legislador constituinte, sempre respeitando o núcleo essencial de 
direitos fundamentais, que é intangível por qualquer discricionariedade, núcleo 
que pode ser alargado pela atuação e concretização judicial dos direitos”. 
 
(!) O Panda adverte: 
A Constituição Federal, orientada pelo princípio da dignidade da pessoa humana 
e pelos conexos princípios da isonomia e da universalidade, reconhece que 
TODAS as pessoas, físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, com 
residência ou não no Brasil, são titulares dos direitos fundamentais previstos na 
Constituição, salvo quando a própria Constituição exclui algumas delas. 
 
Casos de exclusão: os direitos políticos foram limitados aos brasileiros, com 
exclusão dos estrangeiros (exceto o português com residência permanente no 
Brasil, que, havendo reciprocidade em favor dos brasileiros, pode gozar dos 
direitos políticos no país. Art. 12, parágrafo 1º). E até mesmo entre os brasileiros 
alguns direitos só podem ser exercidos pelos brasileiros natos, com a exclusão 
dos brasileiros naturalizados, como o direito de ocupar determinados cargos (art. 
12, parágrafo 3º). 
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Art.12, § 1º - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em 
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos 
nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
Art.12, § 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo 
nos casos previstos nesta Constituição. 
Art.12, § 3º - São privativos do brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da 
República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das 
Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
23, de 1999) 
(!) O Panda adverte: 
- Mesmo que sejam poucas as normas que expressamente atribuam direitos as 
pessoas jurídicas, estas têm direitos fundamentais desde que sejam 
compatíveis com a natureza da pessoa jurídica, ex.: direito a propriedade. 
Convém não esquecer, no entanto, nesta perspectiva, que a extensão da 
titularidade de direitos fundamentais às pessoas jurídicas tem por finalidade 
maior a de proteger os direitos das pessoas físicas. 
- O estrangeiro pode ter direitos civis restritos no Brasil, desde que baseados na 
Constituição. 
- Até mesmo o estrangeiro que nunca veio ao país, pode ter direitos assegurados 
aqui. Ex.: propriedade. ” 
 
• Regra Geral (art. 5, caput) 
Art. 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”• Brasileiros 
 
a) Identificação 
 
I. Pessoa física/natural ou jurídica/artificial 
Os direitos fundamentais não são exclusivamente das pessoas físicas, existem 
direitos fundamentais voltados para pessoas jurídicas, por exemplo o dano moral 
a uma empresa, nesse caso é garantido, em regra, a indenização por violar um 
princípio fundamental; 
 
II. Brasileiros Natos ou Naturalizados (art. 12) 
i. O artigo XII traz que são brasileiros natos: 
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Art. 12. “São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde 
que estes não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer 
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente, ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil antes da maioridade e, alcançada esta, optem, em qualquer tempo, 
pela nacionalidade brasileira ; 
c ) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a 
residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela 
nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 
1994) 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)” 
 O brasileiro nato é aquele que por conta do seu nascimento gera um vínculo 
jurídico originário com o estado brasileiro. Então aquele que nasce no brasil é 
brasileiro nato. 
 
(!) O Panda adverte: 
Apátrida/apátrida é aquele que não tem nacionalidade nata definida, por que os 
critérios de definição de nacionalidade se chocam. 
 
ii. No caso dos naturalizados: 
 
Naturalização é um processo de aquisição da naturalidade. 
Brasileiros naturalizados são aqueles que na forma da lei adquiriram 
nacionalidade brasileira. Existe uma lei ampla e uma especifica, a especifica diz 
que os falantes de língua portuguesa podem pedir naturalização tendo pré-
requisito, 1 ano de moradia fixa interrupta e idoneidade moral. E para os demais 
estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do 
Brasil há mais de trinta anos ininterruptos e sem condenação penal, também 
cabe o pedido de naturalização 
I - Naturalizados: 
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a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários 
de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade 
moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do 
Brasil há mais de trinta anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram 
a nacionalidade brasileira. 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do 
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que 
requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 3, de 1994) 
b) Portugueses 
 
Português é estrangeiro, sem discussão. O que ele tem são 
concessões mais favoráveis para tornar um brasileiro naturalizado. 
 
Art. 12 “§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver 
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro 
nato, salvo os casos previstos nesta Constituição. 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em 
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos 
previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) ” 
c) Cargos Privativos [exclusivos] 
Não poderá haver distinção entre brasileiros natos ou naturalizados, salvo as 
previsões dadas pela Constituição Federal 
Art. 12º 
 § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo 
nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: 
 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 
1999) 
 
 
d) Perda da Nacionalidade do Brasileiro 
Pode-se perder a condição de brasileiro nato ou naturalizado. O naturalizado que 
mentiu para conseguir sua naturalização; neste caso pode sofrer como sansão 
a perda de sua naturalização. 
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Pode-se perder a naturalidade nata se caso requerer outra nacionalidade. 
Quando se abre mão da nacionalidade nata, aquele que adquiriu outra de 
maneira voluntaria, perderá a sua nacionalidade brasileira. 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade 
nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade por naturalização voluntária. 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão 
nº 3, de 1994) 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído 
pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente 
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o 
exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 
1994) 
 
(!) O Panda adverte: 
Imposição de naturalização significa que ou o indivíduo se naturaliza por pressão 
estatal. 
 
 
e) Reaquisição 
No caso de um brasileiro nato, perder sua nacionalidade, ele poderá pedir para 
ser naturalizado, mas não poderá mais ser nato, outra vez. 
 
III. Animais (?) 
Animais podem ser titulares de direitos fundamentais. Por que a lógica dos 
direitos fundamentais vem sempre pensando que os direitos fundamentais são 
para os seres vivos, e não só para humanos. 
IV. Robôs (?) 
Tese do Min. Marco Aurélio, poderá os robôs terem direitos fundamentais um 
dia. A doutrina já vem discutindo o tema pensando nesta previsão. 
V. Entes não personalizados (?) 
Entes não personalizados ou despersonalizados são: a massa falida, o espólio, 
a herança jacente, a herança vacante, a sociedade irregular e o condomínio 
edilício. Exemplo de direitos fundamentais para entes não personalizados: No 
caso de pessoas que não podem requerer ação por elas mesma, quem irá requer 
será seu espolio e já se discute a garantia de direitos fundamentais para este. 
 
 
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Ponto 6 - EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E INTERPRETAÇÃO 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
• Noção 
O que é considerado eficaz no direito fundamental? Eficácia e efetividade são 
coisas distintas. Eficáciaé a potencialidade de mudança da norma sobre o caso 
concreto, ela não muda em concreto, mas tem o potencial de mudança. Já a 
Efetividade, é a norma concretizada, ou seja, é norma que muda a realidade em 
concreto, efetivamente falando. 
 
• Regra Geral 
Todo direito fundamental deve ser tratado como norma de eficácia plena. 
Alguns são de eficácia contida, como o art. 5 inciso 13. 
Art. 5º XIII – “É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer”. 
Pode se falar que existe direitos fundamentais com base em eficácia limitada? 
Existe, como a restrição ao sigilo de dados, salvo o sigilo telefone. Em regra, o 
que este artigo traz é uma proteção que é o sigilo, mas uma limitação que é o 
caso do telefone. 
Art. 5º XII – É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados 
e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na 
forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; 
(Vide Lei nº 9.296, de 1996) 
 
Relembrando: Direito fundamental serve para limitar o arbítrio do estado. 
 
• Eficácia Jurídica: 
As normas constitucionais podem ser auto executáveis, ou seja, normas 
obrigatórias que detém eficácia plena, não precisando de atividade legislativa 
para que possam ter integral operatividade ou não auto executáveis, ou seja, 
normas constitucionais que não dispunham de força suficiente para se 
impor após a sua promulgação necessitando de legislação complementar 
a fim de complementar a sua operatividade, sendo, portanto, meros conselhos 
e recomendações. 
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O advento das normas programáticas promove o reconhecimento de que não 
existem normas constitucionais apenas conceituais, estas necessitam ter o 
mínimo de eficácia. 
José Afonso da Silva realiza uma divisão, fixando dois períodos de 
concretização da norma: Aplicação e Eficácia, atribuindo três tipos de norma: 
I. Norma de Eficácia Plena: Normas que dispõem de aplicabilidade 
direta, imediata e integral, ou seja, não dependem de outras leis, 
correspondem aos preceitos constitucionais completos, contendo todos 
os requisitos e elementos para sua incidência direta. 
 
II. Norma de Eficácia Contida: Normas que dispõem de 
aplicabilidade direta, imediata e possivelmente não integral, visto que 
admite restrição por lei, podendo ter sua amplitude reduzida por 
iniciativa do poder legislativo, porém enquanto não sobrevier legislação 
restritiva, as cláusulas constitucionais vigoram plenamente, como se 
fossem preceitos de eficácia plena. 
Ex: A ausência de lei neste caso não compromete a proteção em face da 
automação. 
Art. 7º XXVII – “proteção em face da automação, na forma da lei; ” 
 
III. Norma de Eficácia Limitada: Normas que dispõem de aplicabilidade 
indireta, mediata e reduzida, visto que dependem da lei futura para que 
haja total aplicabilidade, necessitam, portanto, de interposição legislativa 
para integrar eficácia ao preceito constitucional. 
A crítica a essa classificação é oriunda de Virgílio Afonso da Silva [seu filho], 
este enuncia que o propósito de José Afonso da Silva ao conceber tal 
classificação era chamar atenção para as partes da Constituição Federal que 
não eram aplicadas por falta de ação do Poder Legislativo, inobstante esse 
propósito não foi alcançado, já que a classificação foi adotada pelos setores 
mais conservadores da doutrina, servindo à manutenção da desigualdade. 
Sendo assim, a primeira crítica tecida é que a classificação atenta para o texto 
da norma, exegese literal (forma como é escrita), mas não atenta para o 
conteúdo. Além disso, Virgílio defende que toda norma constitucional tem 
eficácia positiva ou negativa. A negativa nunca depende da lei, as normas são 
sempre de eficácia plena, porém não existe uma norma realmente limitada, 
mas uma norma positiva. Dessa forma, a classificação de José Afonso da Silva 
oferece mais prejuízos do que benefícios, esquecendo-se da eficácia negativa, 
supondo existirem normas e eficácia plena, enquanto toda norma é plena. 
Conclui-se, portanto, através da concepção apresentada por Virgílio Afonso 
da Silva, que ao reconhecer o direito como fundamental, ele ganha 
aplicabilidade imediata ainda que não haja lei. Logo, todos os direitos 
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fundamentais detêm aplicabilidade imediata, inclusive os direitos sociais 
e econômicos. 
Art. 5º § 1º - “As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm 
aplicação imediata. ” 
Para alguns doutrinadores a norma limitada deveria ser excluída quando se 
tratado de normas de direitos fundamentais 
 
• Eficácia Horizontal 
Parte-se aqui da premissa que dois indivíduos estão no mesmo patamar de 
direitos. A eficácia horizontal ou contra terceiros ou eficácia dos direitos 
fundamentais nas relações privadas ocorre quando se têm direitos fundamentais 
usados nas relações contra particulares que agem como tal. Discute-se se os 
direitos fundamentais são ou não aplicáveis no âmbito das relações entre 
pessoas físicas e ou políticas. 
Com a complexidade das relações sociais, agravada pela crescente 
desigualdade entre os homens, a doutrina dos direitos humanos começou a 
perceber que a opressão das liberdades não decorria apenas do Estado, mas 
também do próprio homem em sua relação com o seu semelhante. Na medida 
em que se tem uma concentração econômica transnacional, grandes 
corporações, empresas e associações pressionando os Estados e questionando 
sua soberania, é necessário que se faça existir proteção jurídica no âmbito das 
relações privadas, com o fim de proteger o homem da prepotência do 
próprio homem, em especial de pessoas, grupos e organizações privadas 
poderosas. 
Daí se falar em Eficácia Horizontal (entre indivíduos e indivíduos ou entre 
indivíduos e empresas, havendo igualdade entre ambos os polos da relação, 
também referida como “eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas” 
ou “eficácia privada dos direitos fundamentais”). 
Exemplo de Corporações transnacionais ferindo direitos fundamentais: FIFA – 
copa das confederações e copa do mundo, questão da venda de bebidas nos 
estádios. 
(!) O Panda adverte: 
Benedita M. diz que não deveria se chamar eficácia horizontal, pois a relação é 
assimétrica, alguns indivíduos têm mais direitos do que outros. 
 
• Eficácia Vertical 
A eficácia vertical é o uso dos direitos fundamentais nas relações contra o 
Estado. A doutrina veio chamar de eficácia vertical a tentativa de compensação 
do estado frente ao indivíduo. Com isso, a eficácia vertical vem impor ao estado 
a restrição daquilo que ele quer impor ao indivíduo, caso seja inadequado. O 
direito fundamental vem, na contramão, para segurar os mandos e desmandos 
do estado que se chocam os direitos fundamentais. A imagem é a mão do estado 
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de cima para baixo querendo por meio do seu arbítrio esmagar os indivíduos, 
em baixo, estão os indivíduos com os direitos fundamentais a eficácia vertical 
vem ao meio para impedir o arbítrio do estado salvaguardando os indivíduos 
[impedindo que a mão do estado os esmague] 
 
• Eficácia Irradiante 
A não taxatividade, é a possibilidade de que os direitos fundamentais possam 
gerar novos direitos fundamentais em função deles próprios. A noção de eficácia 
irradiante é a ideia que os direitos fundamentais são a base para que surjam 
novos direitos, irradiando outros novos, pormeio e partindo desta base de 
direitos fundamentais já existente. Em outras palavras: partindo do pressuposto 
de que as normas de direito fundamental são princípios, se são princípios eles 
têm eficácia irradiante, ou seja, o valor deles se espalha pelo ordenamento. 
 
• Eficácia Imediata (Art. 5 p.1) 
No artigo V diz que os direitos e garantias fundamentais tem aplicabilidade 
imediata. Mesmo que se crie um direito fundamental subordinado a aparente 
norma de eficácia limitada, deveria ser convertida em eficácia plena ou pelo 
menos contida. 
Art. 5 § 1º “As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação 
imediata.” 
 
• Interpretação x Hermenêutica 
A eficácia é importante sob a luz da interpretação. Hermenêutica é a ciência que 
estuda a interpretação, a comunicação. 
Quando se fala de interpretação se fala de reconhecimento, de mostrar um outro 
universo a outra pessoa 
 
I. Significado 
A interpretação serve para se obter significado. 
II. Ampliativo x Restritivo 
Existirá dois modos de interpretação, o modo ampliativo e restritivo; 
Em regra, os direitos fundamentais devem ser interpretados sempre com a 
perspectiva de ampliação [método ampliativo], mas isso nem sempre será 
possível, vide caso de Portugal e Grécia. 
Deve-se buscar sempre interpretações ampliativas aos direitos fundamentais. 
 
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O método restritivo, poderá e deverá ser usado quando os direitos fundamentais 
são concorrentes entre si, desse modo, para melhor protetividade ao caso 
concreto uma interpretação restritiva poderá ser adotada, mas que gere como 
resultado final uma grande abrangência de garantias fundamentais. 
III. Princípio da Máxima efetividade 
A interpretação deve buscar os melhores resultados possíveis, buscar a melhor 
forma de interpretação benéfica, para que ao fim se amplie os direitos 
fundamentais. Por exemplo, o conceito de filho para constituição no caso de 
brasileiro nato é interpretado pela doutrina majoritária como, filho adotado, filho 
de outro pai, filho de barriga de aluguel, por que essa interpretação busca ampliar 
a garantia aos direitos fundamentais. A norma não traz isso detalhado, mas sim 
a interpretação dada que busca uma máxima efetividade aos direitos 
fundamentais. 
IV. Princípio da ponderação dos bens 
Como os direitos fundamentais são concorrentes e por serem tantos acabam 
se chocam, deve-se ao máximo tentar fazer com que eles se entendam por 
meio do princípio da ponderação, ou seja, chegar ao equilíbrio que proporciona 
a maior proteção possível ao sujeito. 
 
V. Princípio da proporcionalidade 
A ideia de proporcional em direito possui três subdivisões. Proporcional poderá 
ser aquilo que é adequado, necessário e proporcionalidade em sentido estrito 
a Adequado; 
 Aquilo que vai se decidir precisa ser adequado a realidade concreta, ou 
seja. Os meios e os fins devem estar proporcionais para que haja uma 
regulação final proporcionalmente adequada. Por exemplo, um processo 
que se gasta muito por tão pouco, não é proporcionalmente adequado. 
 
 
b Necessidade; 
 Aquilo que pode ser excluído ou trocado por outra coisa deixa de ser 
proporcional. Dito de outro modo; para que seja proporcionalmente 
necessário o que se é discutido ou a lide em questão deverá ser 
insubstituível. 
 
c Proporcionalidade em sentido estrito; 
É a análise do que é proporcional, mediante a percepção do caso 
concreto. Ex: um sujeito trabalha a 40 anos de forma honesta e ilibada 
em uma repartição pública, nunca faltou, nunca deu motivos para 
críticas, é um funcionário exemplar. Mas, um dia ele faz algo ruim que 
acaba gerando um processo administrativo contra ele. Ao dar a sansão 
a esse sujeito, uma punição de demissão seria proporcional? Não se 
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pode afirmar, pois isso vai depender do caso concreto, ou seja, ao 
sentido estrito. 
RESTRIÇÕES AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
• É possível limitar Direitos fundamentais? 
Limitar direitos fundamentais não necessariamente significa impedir a sua 
eficácia. Mas os direitos fundamentais não podem ser piorados? Sim, mas a 
expressão do artigo 60 p.4 diz que não pode haver emenda à constituição 
TENDENTE a abolir cláusula pétrea. Outro argumento é que os direitos 
fundamentais não são absolutos, e é passível de relativização 
 
• Restrições Constitucionais 
Âmbito de proteção é diferente de Bem Jurídico 
 
Pensar num âmbito de proteção é pensar porque o direito existe e o que ele 
protege. Ex: A pessoa tem o direito de determinar o que ocorre na sua casa, nela 
ninguém pode entrar sem o consentimento do morador, se relacionando com o 
direito à privacidade. 
“Art. 5º 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; ” 
 
O direito fundamental pode ser restringido na Constituição, est apresenta mesma 
hierarquia normativa que o próprio direito fundamental, devendo ser respeitada. 
 
“Art. 5º 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
 No momento em que concede o direito de inviolabilidade do domicílio, o restringe 
também.” 
 
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▪ É evidente que a inviolabilidade domiciliar não pode ser invocada se o 
delito está em curso ou acabou de ser cometido (estado de flagrância), 
em caso de desastre ou delito; para prestar socorro; com o 
consentimento do morador; durante o dia (não é sinônimo de expediente 
profissional, mas se refere à iluminação inerente), por determinação 
judicial para que haja respeito ao descanso noturno e garantir maior 
fiscalização dos agentes que cumprem essa ordem. Se houver crime ou 
estado de flagrância, a decisão judicial é dispensável, podendo ocorrer a 
penetração em quaisquer períodos do dia. 
▪ O STF estende o conceito de casa para abranger também o domicílio 
profissional dos indivíduos. 
 
Outro exemplo de restrições aos direitos fundamentais previstas 
constitucionalmente são as determinadas nos artigos 136, 139 e 220 §4 da 
constituição, onde diz: 
 
“Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente 
restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social 
ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades 
de grandes proporções na natureza. 
 
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, 
especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as 
medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: 
I - restrições aos direitos de: 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
b) sigilo de correspondência; 
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; [...]” 
 
“Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só 
poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: 
I - obrigação de permanência em localidade determinada; 
II - detenção em edifício não destinadoa acusados ou condenados por crimes comuns; 
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das 
comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e 
televisão, na forma da lei; 
IV - suspensão da liberdade de reunião; 
V - busca e apreensão em domicílio; 
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; 
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VII - requisição de bens.” 
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de 
pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que 
liberada pela respectiva Mesa.” 
“Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer 
forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta 
Constituição . 
§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e 
terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, 
sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.” 
 
• Restrições Legais Para Os Direitos Fundamentais 
 
o Limites trazidos na regulamentação legal dos Direitos 
Fundamentais. 
 
• Restrições materiais 
Os direitos sociais são os direitos fundamentais menos cumprido. Quando não 
se dá garantia de cumprimento para o direito, ele se torna vazio ou nem se torna. 
Não adianta garantir saúde e não dar hospitais, educação e não dar escolar, 
lazer e não dar condições para isso. Desse modo, a ideia de restrições materiais 
voltados aos direitos fundamentais diz respeito a concretude do que é previsto 
como um direito fundamento. Quando essa previsão dada por um direito 
fundamental não é efetivamente cumprida, a restrição material ocorre, pois não 
houve concretização do idealizado em norma. 
 
• Restrições Jurisprudenciais 
Essas restrições dizem respeito as decisões dadas pelos tribunais. Estas variam 
sobre um mesmo tema frequentemente. O supremo tribunal federal por exemplo, 
hora, decide em prol da sociedade, hora decide em prol da indivídulidade. Um 
termo usado por Fábio Periandro é esquizofrenia constitucional, segundo ele, 
isso o ocorre quando os tribunais têm a incapacidade de manter jurisprudências 
consolidadas sobre determinado tema. 
 
 
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ISONOMIA 
 
• Ideia inicial: desigualdade inata 
A preocupação primeira do constituinte Brasileiro foi dar a todos tratamento igual, 
tendo em vista que a ideia de isonomia vem como expressão primeira na 
constituição. 
É preciso se preocupar com isonomia por que de forma inata todos são desiguais 
[tendo em vista as suas características singulares/próprias de cada um], por isso, 
o tratamento desigual é nato, também, por um comportamento social. 
A preocupação é que essa desigualdade inata não progrida a tal ponto que 
venha gera a injustiça. 
 
• Equalização e justiça 
Tenha em mente que equalizar não necessariamente é dar justiça. Lembre dos 
exemplos de equity and law. 
O direito necessariamente precisa ser objetivo e impessoal. Nem toda decisão 
jurídica será moralmente uma decisão acertada, e em alguns momentos 
decisões morais serão não jurídicas [tendo em vista o direito positivo], mas serão 
decisões que em sentido material promovem a real e necessária equalização 
que o caso necessita. 
 
• Igualdade = Isonomia 
 
o Isonomia formal 
Quando se dá um tratamento essencialmente proporcional a todos, se tem 
expresso uma isonomia formal. 
Ela trata os iguais de forma igual. Na isonomia formal o tratamento não é 
diferenciado entre as partes, todos os sujeitos estão sob um mesmo manto de 
igualdade. 
o Isonomia material 
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Na isonomia material, os iguais são tratados de forma igual e os desiguais de 
forma desigual, no limite da sua desigualdade. Com isso, se busca a equidade. 
A isonomia material não busca dar privilégios, mas sim, dar condições ao 
diferente para que estejam na mesma proporção de condições que os demais. 
Um exemplo de isonomia material são as cotas. 
 
 
• Previsões Constitucionais 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do 
delito, a idade e o sexo do apenado; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos 
durante o período de amamentação; 
 
• Súmula Vinculante 37 STF 
Esta súmula, trata sobre o aumento de remuneração de servidor público, por 
meio judicial. Ela diz respeito para casos com a seguinte situação: 
João, é servidor na secretaria de educação e recebe um salário de 2.000,00. 
Maria, é servidora na secretaria de desenvolvimento, e exerce a mesma função 
que João, mas recebe 1.500,00. Sabendo disso, Maria entra com ação pedindo 
correção deste salário, já que ela exerce a mesma função do seu colega João, 
porém recebendo menos. 
O que o STF decidiu é que modificar o salário de Maria, tendo o argumento do 
princípio da isonomia não seria válido, pois o judiciário estaria exercendo o dever 
do legislativo, e que ainda, violaria o princípio da reserva legal, previsto no art.37, 
X, da C/88 segundo o qual a remuneração dos servidores públicos somente pode 
ser fixada por lei específica: 
Art. 37 (...) 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa 
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privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem 
distinção de índices; 
 
A súmula vinculante 37 do STF diz que: 
“Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar 
vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.” 
 
• Sistema de Compensações: “discriminação positiva” 
Discriminação positiva é um tipo de discriminação que tem como finalidade 
selecionar pessoas que estejam em situação de desvantagem tratando-as 
desigualmente e favorecendo-as com alguma medida que as tornem menos 
desiguais. 
Neste sistema que entra as cotas. Por que separa, discrimina, o diferente e o 
equipara dando condições (positivas) para que a igualdade seja alcançada, 
frente ao seu diferente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SEGUNDA PARTE DO CURSO: 
 DIREITO CONSTITUCIONAL EM ESPÉCIE 
DIREITO A VIDA 
 
• Noção 
Para Fabio Periandro: vida é um milagre juridicizado. 
A vida se enquadra nos direitos básicos, trazidos pela constituição juntamente a 
outros. 
Só é falado de vida no caput do artigo 5, mas não existe na constituição norma 
que trate especificamente sobre vida. 
Para o professor André Batista Tavares, o direito à vida é uma pré-condição para 
o exercício dos outrosdireitos, sem vida não há nenhum outro direito 
fundamental possível. Apesar da importância deste, o direito supracitado não 
aparece na história com tanta frequência nos direitos constitucionais. Apareceu 
na Declaração de direitos do povo da Virgínia 1776, nas emendas da 
Constituição Americana (V Emenda), porém posteriormente não é mencionado 
em nenhum texto constitucional 
 
Atenta-se aqui que o conceito de vida não é um fenômeno estritamente jurídico. 
Mas para efeito de entendimento, e abordagem do campo jurídico, vida aqui será 
tratado de forma jurídica. 
 
• É Uma Matéria Constitucional 
A constituição prevê a inviolabilidade do direito à vida. Isso significa que a vida 
de outrem não pode ser atentada. Dois princípios ao falar de vida se atendo a 
um significado jurídico, é a objetividade, o bom senso e a relatividade. 
 
A vida ganhou preocupação constitucional, a partir da Constituição Federal de 
1934 que propunha um direito à vida de forma indireta. Sendo assim, no Brasil, 
até 1946, o Direito à Vida era um direito fundamental implícito. O histórico 
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desapreço à vida se reflete na própria história constitucional brasileira. A 
consagração tardia é um sintoma de como se trata a vida como bem jurídico-
constitucional no Brasil. 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
Tradicionalmente, o direito à vida requer uma proteção contra a proibição 
arbitrária da vida, ou seja, o direito de permanecer existindo. Sendo assim, o 
conceito de vida é um enunciado dirigido ao Estado para que respeite o 
direito de viver de todos os indivíduos. 
Uma das ocorrências mais intensas dessa proteção é a vedação à pena de 
morte, que na Constituição, assumiu caráter expresso (art. 5º, XLVII), 
apresentando como exceção o caso de guerra declarada (art. 4, XIX). 
 
Ao enunciar que o direito à vida é inviolável, quer dizer que este não poderá ser 
ofendido por outros que não sejam os seus titulares, por esta razão, apresenta 
eficácia horizontal e vertical. José Afonso da Silva afirma que o direito à vida 
abrange 4 direitos essenciais: o direito à existência, direito à integridade 
física, direito à integridade moral e direito ao mínimo existencial. 
 
O direito à vida como direito à existência é tratado constitucionalmente 
como 
Irrenunciável, por esta razão, o suicídio não é juridicamente aceitável. A 
irrenunciabilidade tem a ver com a impossibilidade de renunciar, esta pode se 
relacionar à titularidade do direito ou com relação ao exercício do direito. À 
medida em que a moral da sociedade se altera, mais e mais pessoas admitem a 
possibilidade de renúncia ao direito à vida. Segundo Batista Neves, não há um 
dever à vida, mas um direito à vida. Além disso, é inviolável, a Constituição só 
abre uma exceção: em caso de guerra declarada, é possível que haja pena de 
morte e essa declaração de guerra deve ser proclamada como tal pelo chefe do 
Poder Executivo, tem que ser referendada pelo Congresso Nacional. A guerra 
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declarada pressupõe a existência de um inimigo externo, porém quando se 
constata uma luta contra um inimigo interno, tecnicamente não é uma situação 
passível de aplicação da pena de morte. 
 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, 
XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
 
O panda adverte: 
O direito à vida é relativo, e o direito à vida será colocado de lado em relação a 
outros princípios, por exemplo a segurança pública, a pena de morte em caso de 
guerra aclarada por exemplo. A legislação infraconstitucional diz, ainda, a 
eximentes de culpabilidade retira a culpa quando se atua; pela legitima defesa, 
exercício legal da profissão, etc. 
 
• Início da vida 
A constituição não aborda sobre quando se inicia a vida, quem traz conceituação 
sobre é norma infraconstitucional. O código civil diz que a vida se inicia quando 
a pessoa nasce com vida. Essa é uma conceituação oriunda da teoria natalista. 
 
“C.C Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a 
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. ” 
 
Existem três concepções quanto ao início da vida: a teoria natalista, a teoria 
concepcionista e a teoria da nidação. 
 
I. A teoria natalista: 
 A vida somente é protegida a partir do nascimento; 
 
II. A teoria concepcionista 
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A vida é protegida a partir do momento da concepção (espermatozoide e o 
óvulos se encontram gerando a fecundação); 
III. A teoria da nidação: 
 A vida se inicia quando o óvulo fecundado é nidado [fixado] na parede uterina. 
A Constituição não enuncia quando começa a vida 
 
o Aborto 
O aborto desde a década de 1940 é criminalizado no Brasil. No entanto há 
resoluções que permitem, como o caso de estupro, de risco de vida da mãe por 
conta da gravidez e mais recentemente a anencefalia. 
 
o Nascituro 
Nascituro é quando o feto já nasce morto. Isso gera inúmeras consequências 
judiciais, como certidão de nascimento e óbito, herança e sucessão, etc. 
 
• Término da vida 
O findar da vida tem inúmeras relevâncias jurídicas, como sucessão 
 
o Eutanásia 
 A principal questão a respeito da eutanásia é em que condições e como isso irá 
acontecer. Ou seja, em que estado emocional, principalmente, a pessoa que 
requer eutanásia está? Tendo em vista que a dor é um catalizador de decisões 
bruscas. Um meio de remediar isso é o testamento vital, no testamento vital é 
possível se fazer uma manifestação de vontade clara, onde se projeta o que quer 
que se faça com o indivíduo quando este não tem mais condições para isso. O 
testamento vital serve por exemplo para que se expresse e se confirme que o 
sujeito não mais vivo tinha sua vontade de doar órgãos, mesmo a família não 
querendo. 
A Eutanásia é a abreviação da vida de alguém antes do momento em que ela 
normalmente se expiraria. Com a medicalização do morrer liga-se a ideia da 
eutanásia com a morte hospitalar, porém esta pode ocorrer em qualquer 
ambiente, bastando que uma pessoa queira finalizar a vida de outra pessoa, 
imbuído de um sentimento de piedade. A eutanásia pode ocorrer por comissão 
(eutanásia ativa), quando há comportamento positivo, concreto que antecipa a 
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vida de alguém, a exemplo do tiro de misericórdia ou a injeção letal. Podendo 
ocorrer também por omissão, quando se elimina o suporte à vida de alguém por 
motivo de piedade, nesse caso é mais comum se associar à morte hospitalar. 
O sentimento de piedade é importante para que se caracterize a eutanásia. No 
caso da médica que antecipava a morte dos pacientes que não poderiam pagar 
para ceder lugar àqueles que poderiam não é considerado eutanásia, visto que 
não se constata um sentimento de piedade. 
A eutanásia no Brasil é homicídio com atenuante, visto que é possível haver 
atenuação, mesmo em homicídio qualificado.Ainda assim, se tem a eutanásia 
com uma atenuante, caso se prove que foi esse o motivo. Entretanto, é crime, 
em razão da irrenunciabilidade da vida. 
 
o Distanásia [Prolongamento artificial] 
Hoje, com o avanço da tecnologia, o prolongamento artificial da vida ou 
sobrevida existe, como por exemplo o congelamento de um corpo e o 
prolongamento de uma vida por meio de maquinas, como o estado vegetativo. 
Desse modo, a distanásia é o prolongamento da vida custe o que custar, não 
importando o quanto o indivíduo sofra. É induzir tratamentos desnecessários, 
que não apresentam respostas terapêuticas significativas, sendo utilizados 
apenas para manter aquela vida. A distanásia desrespeita da dignidade humana 
do paciente (só é possível dentro de um ambiente hospitalar). 
 
O panda adverte: 
A distanásia é tão anti-jurídica e punida quanto a eutanásia, apesar de não existir 
crime específico, trata-se de uma atitude antijurídica. Aquele que o faz pode ser 
obrigado a indenizar o paciente. 
 
• Vida Dos Animais 
Os animais também vêm se tornando sujeitos possuidores de direito. A ideia é a 
busca do reconhecimento do valor intrínseco de todos os seres. Desse modo, 
TODO ser é um fim, não um meio. 
A vida dos animais sendo protegida sob vista do direito fundamental vai 
encontrar alicerce inicial nas redações de Peter Singer em 1975, este escreve 
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um livro em defesa dos animais utilizando dois princípios básicos sendo; o 
utilitarismo e o da igual consideração de interesses. 
A questão se faz em torno da vida X alimentação. Seria o direito a satisfação 
maior que o direito à vida? É partindo dessa questão que Peter Singer 
desenvolve sua abordagem. 
 
• Vida Das Pessoas Jurídicas 
Diz respeito a continuidade de empresas, titularidade de direito para empresas. 
A visão é que quando se mata uma empresa, existem pessoas que em sentido 
metafórico também morrem, tendo em vista a necessidade daquela empresa 
para subsistência delas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE 
PROPRIEDADE 
 
• Bem, Posse e Propriedade 
O conceito de Bem é “coisa valorada”. 
Os bens são objetos de direito e correspondem a tudo que pode ser 
pecuniariamente estimado, ou seja, avaliado em dinheiro. São bens: os animais 
em geral, energia elétrica, fotografias, dinheiro, joias e outras coisas como 
informação, tecnologia, segredos empresariais, cadastros e outros dados de 
pesquisa. (LEITE, Gisele. Considerações sobre bens na Teoria Geral do Direito. In Âmbito Jurídico. 
>http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=1274&n_link=revista_artigos_leitura<. Acesso 
em: jan 2017) 
No entanto, Cezar Fiúza expõe que “bem é tudo aquilo que é útil às pessoas 
sendo suscetível de apropriação” (FIÚZA, 2004, p. 171). 
 
Posse: é o estado de fato que corresponde ao direito de propriedade. 
A posse é uma exteriorização da propriedade, na teoria de Savigny a posse seria 
um fato e a propriedade um direito (GONÇALVES, 2010, p.14-15). A posse tem um 
ânimo transitório, enquanto a propriedade tem um ânimo permanente 
(GONÇALVES, 2010, p.76). 
 
Propriedade é o “direito que permite a um titular usar, gozar e dispor de certos 
bens, desde que ele o faça de modo a realizar a dignidade de pessoa humana.”. 
KATAOKA, Eduardo Takemi. Declínio do Individualismo e Propriedade. In: Problemas de Direito Civil-Constitucional, 
2000, p. 465. 
O direito de propriedade não se restringe somente a bens imóveis como casas, 
terrenos, pois não se refere somente a bens materiais. Existem também os bens 
imateriais, assim considerados quando seu valor pode ser expresso em termos 
monetários, como por exemplo, os direitos autorais de um escritor. 
 
Existe a possibilidade de sermos proprietários de algo com base na má fé. Para 
se adquirir propriedade existem diversos meios, a aquisição é uma delas e o 
usucapião é uma outra forma. 
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Na teoria, pode-se tomar posse de coisa alheia, o usucapião viabiliza isso, 
quando um sujeito se porta em um terreno de outrem e se mantém por anos, o 
direito viabiliza a sua posse, nos termos da lei. 
 
Art. 1238 do Código Civil - Lei 10406/02 
Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um 
imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo 
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro 
no Cartório de Registro de Imóveis. 
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o 
possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras 
ou serviços de caráter produtivo. 
E ainda, a previsão constitucional que diz: 
Art. 183. 
Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, 
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de 
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel 
urbano ou rural. (Regulamento) 
 
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, 
ou a ambos, independentemente do estado civil. 
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
 
Quase sempre quem é dono tem a posse, mas pode ser que o dono possua 
apenas a posse indireta, onde aluga um imóvel a uma pessoa, este vai ter a 
posse e o dono vai ter a propriedade. 
 
• Previsões na Constituição: art. 5 XXII ao XXXI 
A constituição garante o direito à propriedade, ela não diz tacitamente, mas 
indiretamente com esse artigo que o Brasil é um país capitalista. As disposições 
expressas no artigo V da constituição vão no seguinte sentido: 
 
Art. 5; 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
 
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• Tipos de Propriedades 
o Material x imaterial 
Propriedade material, é aquela que é tangível, material, pesável. Esta pode ser 
tocada, aferida, analisada taticamente. 
Já as propriedades imateriais são um conjunto de direitos relativos a ideações 
criadoras ou entidades ideias consideradas em si mesmas ou abstraídas da 
matéria, na qual se exteriorizam. Muito se discute acerca da natureza dos direitos 
sobre bens imateriais, mas a opinião dominante é no sentido de identificar-se 
neles um direito de propriedade, embora sui generis. Desse modo, propriedade 
imaterial são bens tangíveis, não se pode pegar, são basicamente os 
conhecimentos e ideias. Os direitos autorais são por exemplo, bens imateriais. 
 
o Privada x publica 
Propriedade privada é aquela que você tem o direito constitucional de manter 
como sua e que pode e que você tem a possibilidade de como gerir ela da forma 
que quiser, desde que não afete o direito de outrem. As limitações da 
propriedade privada ficam pelodireito de vizinhança onde você ao construir, 
gerar ou dar manutenção a sua propriedade, não pode interferir no direito de 
outrem, no direito do vizinho. 
Propriedade pública, é inescapável, ela não se ganha e não se obtém por meio 
do usucapião. Classificação dos bens públicos. Art. 99 do código civil discrimina 
os bens públicos. 
Institui o Código Civil. - CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive 
os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito 
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de 
direito privado. 
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o Divisível x indivisível 
“Bem divisível é aquele que, quando fracionado fisicamente, não perde a 
identidade e tampouco sofre desvalorização. 
De acordo com o art. 87 do CC, bens divisíveis, a divisibilidade tratada nesse 
artigo, é a divisibilidade jurídica, e não física. Pois fisicamente, tudo é divisível, 
até o átomo (prótons, elétrons e neutros). Juridicamente, é que os bens podem 
ser divisíveis ou indivisíveis. Assim, são divisíveis os bens que puderem ser 
fracionados em partes homogêneas e distintas, ou seja, não perder a identidade, 
ao ser fracionado, mantendo as principais características que o bem inteiro tinha. 
 
Bem indivisível é aquele que perde a identidade ou perde o valor, quando 
fracionado. A parte não é capaz de manter as mesmas características do todo 
e um valor economicamente apreciável. Por exemplo, um anel, uma régua ou 
ainda, uma vaca é bem indivisível. Se o animal for partido ao meio, as partes não 
conservarão a mesma qualidade do animal inteiro. Cada pedaço seria carne, e 
não vaca. 
É indivisível o bem que, quando fracionado, perde o valor. Se o bem dividido 
mantém a identidade, mas perde o valor econômico, ele é juridicamente um bem 
indivisível. ”. (Portal da Educação. > https://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/20050/bens-
divisiveis-e-indivisiveis< Acesso em: jan 2017) 
 
“Condomínio geral conceito: é a sujeição de uma coisa, divisível ou indivisível, à 
propriedade simultânea e concorrente de mais de uma pessoa. 
No condomínio temos mais de um sujeito ativo, que são os proprietários, 
exercendo o domínio sobre um mesmo objeto, móvel ou imóvel, divisível ou 
indivisível (ex: carro, barco, casa, roupa, apartamento, fazenda, terreno, etc). 
Trata-se de uma propriedade simultânea e concorrente, de modo que todos são 
donos ao mesmo tempo (por isso é simultânea), e todos podem usar a coisa toda 
(por isso é concorrente), dentro dos limites da convivência harmônica. 
 
Um direito amplo/complexo/importante como a propriedade não dá para ser 
exercido por mais de uma pessoa sobre a mesma coisa, e é por isso que 
veremos como a lei facilita e incentiva a extinção do condomínio. Mas a lei 
permite o condomínio e para isto criou-se uma ficção jurídica, de modo que cada 
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condomínio na verdade só é dono de uma fração ideal, de uma cota (ex: 50% se 
são dois donos, 33% se são três donos, ou 30% pra um e 70% pra outro, etc). 
Embora cada um seja dono de uma cota, para viabilizar o condomínio pode usar 
a coisa toda. 
O condomínio é uma exceção à regra pela qual toda propriedade é exclusiva. O 
condomínio também impede o exercício pleno da propriedade, trata-se de um 
limite à propriedade, pois embora cada condômino possa usar a coisa toda, é 
preciso respeitar a vontade dos outros condôminos. ” (MENEZES, Rafael. In Direitos 
Reais. >http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direitos-Reais/7/aula/1< Acesso: jan 2017.) 
 
• Condicionamento (art. 5 XXIII) 
A constituição impõe condicionantes para a propriedade. É possível que se tenha 
terras devolutas e latifúndios, porém é necessário que essa propriedade tenha 
uma função social, essa é a condicionante exigida pela constituição. “a 
propriedade atendera a sua função social” 
 
o Perspectiva positiva 
Função social positiva é a destinação daquilo que é seu. Essa destinação é de 
qualquer tipo, a ideia é não deixar a propriedade devoluta ou ociosa. 
 
o Perspectiva negativa 
É perda por conta da ociosidade daquela propriedade ou por motivos de sanção 
como visto a seguir. 
 
▪ Desapropriação 
➢ Regular 
A desapropriação é uma perspectiva negativa, e a constituição da previsibilidade 
no artigo 5 falando que: 
Art. 5. XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, 
ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
 
A desapropriação poderá ser por bens moveis e imóveis. O estado tem 
autonomia de tirar a propriedade de quem quer que seja, desde que haja 
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NECESSIDADE pública, UTILIZADE publica e INTERSSE SOCIAL. No caso 
de desapropriação o Estado tem a obrigação de indenização e está deverá ser 
em dinheiro, justa e prévia. Esta é a desapropriação regular, onde a propriedade, 
mesmo que atenda a função social, deverá ser desapropriada. 
 
➢ Sanção 
A desapropriação sanção estão previstas nos artigos 182 §4, 184 e 243 
O município pode desapropriar pela violação pela função social, e este irá pagar 
ao invés de indenizam o TDP, que são os Títulos da Dívida Pública que não 
necessariamente é paga de uma vez, podendo ser dividida em até 10 anos. Isso 
serve para propriedades urbanas 
Art. 182§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área 
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo 
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado 
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: 
I - parcelamento ou edificação compulsórios; 
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; 
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão 
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em 
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros 
legais. 
 
A propriedade rural, que não atender a sua função social será desapropriada, e 
também não vai ser paga em dinheiro, mas também em título, estes são o TDA, 
Títulos da Dívida Agraria. Que pode ser paga em até 20 anos, com até 2 anos 
de carência. Regra geral, acontece em latifúndios improdutivos e tem destinação 
a reforma agrária. 
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma 
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e 
justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor 
real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e 
cuja utilização será definida em lei. 
§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serãoindenizadas em dinheiro. 
§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma 
agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação. 
§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito 
sumário, para o processo judicial de desapropriação. 
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim 
como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no 
exercício. 
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de 
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. 
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Chamadas de expropriação esta é a mais grave de todas, por que não tem 
previsão de indenização. Ela é aplicada para os locais que cultivem plantas 
psicotrópicas e possuem trabalho análogo a escravidão, neste último foi 
adicionado pela emenda. 
 
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma 
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e 
justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor 
real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e 
cuja utilização será definida em lei. 
 
§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. 
§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma 
agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação. 
§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito 
sumário, para o processo judicial de desapropriação. 
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim 
como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no 
exercício. 
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de 
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. 
 
• Transmissão da Propriedade (herança art. 5 XXX, bens de estrangeiros 
art. 5 XXXI) 
A transmissão da propriedade pode se dar de dois modos: 
o Intervivos 
É a transmissão de uma propriedade de um ser vivo para outro e está regulada 
por lei. 
o Morte causa 
Diz respeito a transferência de propriedade por meio de herança. O patrimônio 
que era do falecido, passa a ser de uma coletividade. Os herdeiros sucessores. 
Art. 5 XXX - é garantido o direito de herança; 
Uma característica interessante se encontra no caso de sucessão de bens de 
estrangeiros. Se caso estes bens estejam situados no país, a sucessão será feita 
sob a o que a norma brasileira estabelecer, desde que a norma estrangeira seja 
menos favorável. O constituinte deixou a possibilidade de ter o direito de 
sucessão regulado por lei estrangeira (da nacionalidade do falecido), se essa for 
mais favorável para aos herdeiros sucessores. 
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Art. 5 XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei 
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais 
favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
 
• Requisição administrativa (art. 5 XXV) 
É o uso de uma propriedade privada para atender um interesse coletivo. 
 
Art. 5 XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pós-Prova 
 
DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE 
LIBERDADES 
 
• Noção Geral 
Colocar aqui alguns conceitos de liberdade. 
Para Periandro, liberdade é a possiblidade de fazer o que não lhe é vedado. 
Liberdade, em um sentido jurídico, não é a ausência de limites. É, na verdade a 
poder fazer o que quiser, até que se encontre vedação normativa. 
Em linhas gerais, o conceito de liberdade “significa o direito de agir segundo o 
seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique 
outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém”. 
 
• Limites: Legalidade (art. 5, II) 
Art. 5, II – “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei” 
 
A lógica constitucional não leva em consideração a subjetividade da pessoa. Ela 
não dialoga, ela é imperativa sobre todos. O princípio da legalidade aplicado aos 
direitos fundamentais vai dizer que você é livre e nada é obrigado a fazer, a 
menos que a lei te obrigue. 
 
o Princípio da Legalidade Administrativa 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
O princípio da legalidade administrativa vai dizer que só se pode fazer algo se 
houver lei que permita que se faça. “Nem sempre nossos limites são por 
questões legais, mas por questões éticas”. Por ex. Os bancos (privados) 
começaram a abrir uma hora mais cedo para dar prioridade, exclusiva, para 
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idosos. Faziam isso por que não havia nada que os impedissem de fazem. Já os 
bancos públicos, só puderam fazer isso quando houve norma que permitisse 
essa realidade. Isso por que o princípio da legalidade administrativa diz que só 
se pode fazer algo, se houver lei que permita. 
 
O panda adverte: 
O princípio da legalidade administrativa é aplicado a entes do poder público. 
 
• Manifestação do Pensamento – art. 5, IV 
Art. 5, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
 
É livre a manifestação do pensamento. É livre, mas não é do jeito que você quer. 
É livre até que não atinja o outro. Manifestar o pensamento não nos dá proteção 
ao abuso. A liberdade te dá muito mais obrigações do que se imagina, pois quem 
expressa tem obrigação de arcar com as consequências. 
 
O modelo de liberdade de expressão desenhado pela Constituição é o da 
liberdade com responsabilidade, ou seja, estabelece-se que aqueles que 
atuarem de forma abusiva no exercício do seu direito, e com isso causarem 
danos a terceiros podem ser responsabilizados pelos seus atos. Destarte, a 
proibição do anonimato destina-se exatamente a viabilizar esta possibilidade de 
responsabilização, por meio da identificação o autor de cada manifestação. A 
proibição do anonimato, entretanto, não exclui o sigilo da fonte que visa proteger 
o exercício profissional dos jornalistas. 
 
o Anonimato 
Venda-se o anonimato, pois alguém tem que ser responsabilizado por aquilo que 
se fala, no caso de atingir um outro é assegurado pela constituição o direito de 
resposta. 
É imperioso também destacar que o anonimato não pode sequer ensejar o início 
de qualquer investigação formal. Destarte, os escritos anônimos não podem 
justificar, por si só, desde que isoladamente considerados, a instalação da 
persecutio criminis, salvo quando tais documentos forem produzidos pelo 
acusado ou quando constituírem, eles próprios, o corpo de delito. Assim, o STF, 
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em vários julgamentos, permite que o pensamento anônimo seja aproveitado em 
três situações: 
 
I. - Quando a manifestação anônima compõe a materialidade do crime ou 
“corpo de delito”. (própria prova da infração) 
II. - Quando o escrito é anônimo, mas vem ele mesmo acompanhado de 
provas do fato a ser apurado. (se há provas obtidas licitamente daquela 
infração, as provas, por si só, já bastam para que se dê início à 
investigação). 
III. - Notícias anônimas podem ser objeto de investigação informal do Estado, 
denominada de “prospecção informal”. (investigação com cautela para 
evitar que haja desrespeito ao direito dos investigados) 
 
Art.5 
 IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral ou à imagem; 
 
Mas, tenha em vista que nem todo anonimato é vedado. O STF e STJ por 
exemplo vem mudando sua jurisprudência aceitando denuncia anônima. Aquela 
denuncia que vai provocar o estado a tomar uma providência, não aquela que 
vai mudar os rumos de um processo já em curso. 
 
• Consciência/crença/culto – art. 5, VI 
Um dos poucos direitos absolutos expressos no artigo 5, é a liberdade de 
consciência. O que se pensa não é punido, é reservado e não diz respeito ao 
direito. 
 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
 
Essa liberdade envolve o direito de crença, não se limitando apenas por religiões, 
ou não se identifica como tal. Envolve também o direito de não ter religião, um 
direito de professar uma crença, não sendo necessariamente religião. 
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Liberdade de Crença: A constituição expressa um estado laico. Não institui 
religião oficial e permite que qualquer pessoa tenha a crença que quiser e 
quantas quiser. 
 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou 
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
 
Vale frisar: que a liberdade religiosa é permitida, até onde a lei contiver. Com 
isso, se entende que cultos/rituais que lesem a constituição com práticas 
abusivas serão vedados, é o caso da religião Rastafári que utiliza em seus rituais 
a cannabis e por ser ela, ainda, proibida e criminalizada, a prática dessa religião 
é vedada. 
 
Perceba ainda, que a ideia de laicidade brasileira é peculiar, tendo em vista que 
o estado brasileiro, sobretudo seus órgãos públicos expressam – mesmo que de 
maneira contida – um estado confessional, quando adota em suas repartições 
objetos que caracterizem religiões. É o caso por exemplo do STF que ostenta 
uma cruz em seu plenário; a cruz faz referência direta a religião cristã. Judeus, 
Budistas, Xintoístas não usam cruz, desse modo é percebido qual é a religião 
que está sendo “homenageada” com a simbologia da cruz em plenário. 
Na França, por exemplo o ideal de laicidade vai mais além, lá não só o estado é 
laico, mas a escola também é laica. Sendo vedado quaisquer tipos de objetos e 
comportamentos que evidencie relação direta com alguma religião. Não se pode 
por exemplo, usar um colar de crucifixo, ou uma camisa com referência a 
qualquer religião nas escolas; além disso, nas ruas o culto público é vedado. A 
fundamentação para essa imperatividade laica francesa se dá pelo ano (1905) 
em que a lei que instituiu a França como um estado laico, foi posta: 
 
 
 
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Loi de séparation des Églises et de l’État de 1905 dit: 
Article 1 : « La République assure la liberté de conscience. Elle garantit le libre exercice des 
cultes sous les seules restrictions édictées ci-après dans l’intérêt de l’ordre public. » 
Article 2 : « La République ne reconnaît, ne salarie ni ne subventionne aucun culte. » 
 
A partir dessa lei, o reconhecimento da laicidade pelos franceses, vem 
encontrando dificuldades quanto aos mulçumanos – obrigar um mulçumano a 
tirar a burca é algo muito delicado, visto pela perspectiva mulçumana – mas, 
ainda assim a laicidade na França é encarada como algo benéfico a sociedade. 
O professor Michel Miaille precursor do mouvement critique du droit vai escrever 
sobre isso em seu livro “la laicite solution d'hier probleme d'aujourd'hui”. Diz ele 
que: 
“Il est vrai qu’aujourd’hui, la conception spontanée de la laïcité est qu’elle est là pour 
interdire: on dit qu’on a pas le droit de faire ceci, pas le droit de faire cela, alors même 
que cette loi est une loi de liberté ! Dans les propos de la droite, la laïcité est devenue un 
principe de contrainte qui vise des populations pour les empêcher d’exprimer leur 
religion.”. 
 
• Escusa de consciência – art. 5 VIII 
Não se pode obrigar pessoa a fazer ou deixar de fazer coisa alguma por motivo 
de crença religioso/filosófico. Essa norma se divide em três partes. A primeira é 
a não restrição pela religião. A segunda, você pode se desobrigar de fazer algo 
obrigatório em virtude de lei. Porém, é obrigado fazer prestação alternativa. Se 
caso o indivíduo não cumpre nem a obrigação legal, nem a alternativa é aplicado 
uma sanção constitucional, no serviço militar obrigatório e no caso de voto é a 
suspensão dos direitos políticos. 
 
Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Expressão Artística – art. 5, IX 
Art. 5º, IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença; 
 
É livre a expressão da atividade artística, sendo vedado a: 
o Censura 
A Constituição Federal permite a censura de um pensamento? 
Na linguagem comum, censura é sinônimo de proibição. No direito, censura é 
proibição prévia, ou seja, censurar significa que impedir que o pensamento seja 
veiculado, antes dessa mesma veiculação. A Constituição Federal de 1988 
proíbe a censura em duas oportunidades: ao se tratar da liberdade de 
manifestação de pensamento e da liberdade de manifestação de imprensa. 
 
o Licença 
Não se exige licença, nem se admite censura na atividade artística. Licença é 
aquilo que se pede para se poder exercer a atividade artística. Não cabendo, a 
atividade artística é livre. 
 
o Caso Gerald Thomas 
Gerald Thomas dirige peças teatrais de vanguarda, após receber diversas vaias, 
resolveu mostrar o seu descontentamento com a peça, baixou as calças e 
mostrou as nádegas, sendo processado depois por atentado violento ao pudor. 
O STF apresentou tese vencedora de que a manifestação do Sr. Gerald Thomas 
foi artística e que no contextoem que foi feita, o público tinha o direito de vaiar e 
ele tinha o direito de manifestar o seu descontentamento com as vaias. 
Ainda conforme o STF, a forma de expressão não é relevante, assim o gesto de 
mostrar as nádegas em público, em reação a críticas de plateia em um teatro, 
ainda que a conduta seja “inadequada e deseducada”, está inserido na liberdade 
de expressão (Ministro Gilmar Mendes) 
 
• Proteção da Casa – art. 5, XI 
 
Art. 5, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
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socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) 
(Vigência) 
 
A casa tem um conceito extenso, o STF decidiu inclusive que o hotel e motel se 
enquadra no conceito de casa, pois se o indivíduo esta lá, naquele momento 
especifico aquela é a casa do indivíduo. 
 
o Exceções 
No caso do flagrante delito, desastres e prestação de socorro, as exceções são 
aplicadas. 
 
É evidente que a inviolabilidade domiciliar não pode ser invocada se o delito está 
em curso ou acabou de ser cometido (estado de flagrância), em caso de desastre 
ou delito; para prestar socorro; com o consentimento do morador; durante o dia 
(não é sinônimo de expediente profissional, mas se refere à iluminação inerente), 
por determinação judicial para que haja respeito ao descanso noturno e garantir 
maior fiscalização dos agentes que cumprem essa ordem. Se houver crime ou 
estado de flagrância, a decisão judicial é dispensável, podendo ocorrer a 
penetração em quaisquer períodos do dia. 
 
• Liberdade de trabalho – art. 5, XIII 
Art.5, XIII - e livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
 
Qualquer indivíduo pode ter a possibilidade de exercer o trabalho que desejar, 
porém, é necessário pra alguns trabalho que o indivíduo tenha um aval da lei, se 
enquadrando nos requisitos que a lei pede. Trata-se de uma norma de eficácia 
contida. O exame de ordem é um exemplo, a pessoa pode ter à vontade tácita 
de advogar e atender ao pré-requisito que é ser bacharel em Direito, mas ela 
será contida por norma que expressa a necessidade de se submeter a exame 
de ordem. 
Desse modo, qualquer trabalho, ofício ou profissão tem seu exercício livre, no 
entanto deve estar submetido ao que lei qualifica; se esta houver. 
 
• Acesso a Informação 
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Art. 5º, XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da 
fonte, quando necessário ao exercício profissional; 
“O direito de liberdade de informação deve compreender três aspectos 
essenciais: 
 
O direito de informar, o direito de se informar e o direito de ser informado. 
O direito de informar consiste na prerrogativa de transmitir informações pelos 
meios de comunicação. A Constituição veda qualquer obstrução ao exercício do 
direito de informar sob qualquer forma, processo ou veículo. 
O direito de se informar corresponde à faculdade de o indivíduo buscar as 
informações pretendidas sem quaisquer obstáculos. 
O direito de ser informado equivale à faculdade de ser mantido completa e 
adequadamente informado. Esse direito, entretanto, na ordem constitucional 
brasileira é restrito aos assuntos ligados às atividades do poder público. O direito 
fundamental de acesso à informação deve ter procedimentos que o assegurem. 
Estes devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da 
administração pública e com a observância das seguintes diretrizes: publicidade 
como preceito geral e sigilo como exceção; divulgação de informações de 
interesse público, independente de solicitações; utilização de meios de 
comunicação viabilizados pela tecnologia de informação; fomento ao 
desenvolvimento da cultura da transparência na administração pública; 
desenvolvimento do controle social da administração pública. Entretanto, não é 
possível o avesso a informações consideradas imprescindíveis à segurança da 
sociedade ou do Estado (ultrassecreta, secreta ou reservada)” 
 
Art. 5º, inciso XXXIII: Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de 
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo 
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível 
à segurança da sociedade e do Estado; 
 
Art. 5º, LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma 
da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. (Regulamento) 
 
Lei nº 9.507/97, Art. 7° Conceder-se-á habeas data: 
 
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I - para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público; 
II - para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, 
judicial ou administrativo; 
 
• Sigilo da fonte – art. 5, XIV 
Em algumas profissões como é o caso dos jornalistas, o sigilo da fonte é um 
direito imprescindível para concretização de sua atividade profissional. Desse 
modo a constituição expressa: 
 
Art. 5, XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional; 
 
“O sigilo da fonte não é um privilégio de jornalistas, mas “meio essencial de plena 
realização do direito constitucional de informar”. Para o ministro Celso de Mello, 
decano do Supremo Tribunal Federal, trata-se de uma prerrogativa dos 
profissionais da imprensa, a ser usada “a critério do próprio jornalista, quando 
este assim o julgar necessário ao seu exercício profissional”. 
 
Por isso, continua o ministro, é dever do Estado e do Poder Público respeitar 
esse direito, que se origina na própria Constituição Federal. “O ordenamento 
constitucional brasileiro, por isso mesmo, prescreve que nenhum jornalista 
poderá ser compelido a indicar o nome de seu informante ou a fonte de suas 
informações. Mais do que isso, e como precedentemente assinalado, esse 
profissional, ao exercer a prerrogativa em questão, não poderá sofrer qualquer 
sanção motivada por seu silêncio ou por sua legítima recusa em responder às 
indagações que lhe sejam eventualmente dirigidas com o objetivo de romper o 
sigilo da fonte. ””. 
CANÁRIO, Pedro. Sigilo de fonte é essencial para direito de informar, afirma Celso de Mello. Consultor Jurídico. 
Out/2015. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2015-out-05/sigilo-fonte-essencial-informar-afirma-celso-mello>. 
Acesso em: fev. 2017 
 
• Locomoção – Art. 5, XV 
 
Art. 5, XV – “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens” 
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A liberdade de locomoção é um direito adquirido. A constituição protege a 
locomoção no território nacional, respeitando os limites da lei. O instrumento 
usado para garantir que liberdade de locomoção não seja cerceada de forma 
indevida é o habeas corpus, onde é usado para garantir a liberdade de 
locomoção, ele vem proteger uma indevida liberdade.o A natureza Jurídica do HC 
Habeas Corpus é uma ação constitucional de natureza penal destinada 
especificamente à proteção da liberdade de locomoção quando ameaçada ou 
violada por ilegalidade ou abuso de poder. O Habeas Corpus está localizado no 
catálogo específico dos direitos e garantias fundamentais, assim apresenta o 
status de cláusula pétrea, não podendo ser abolido por emenda constitucional. 
 
Quanto a restrição: A Constituição Federal prevê que não caberá habeas corpus 
em face de punições disciplinares militares (art. 142, parágrafo 2º). Entretanto, 
conforme o STF: “a legalidade da imposição de punição constritiva de liberdade, 
em procedimento administrativo caestrense, pode ser discutida por meio do 
habeas corpus”. 
 
 
• Liberdade de Reunião – Art. 5, XVI. 
O que é uma passeata e qual a sua natureza jurídica? [Pergunta de prova] 
Art. 5, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente 
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; 
 
• Associação: art.5, XVII ao XXI 
Vale a atenção especial sobre dois incisos: 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
 
 
Liberdade de associação positiva e negativa?? 
 
 
 
 
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SEGURANÇA JURÍDICA 
Últimos dos Direitos Fundamentais em espécie 
• Noção 
O conceito de segurança aqui tratado não diz respeito à segurança ostensiva. 
Mas, uma segurança jurídica, que serve, portanto, para regular as relações 
jurídicas. 
• Bases 
o Estabilidade 
Não existe alternância de normas jurídicas. Falar de estabilidade em direito é 
tratar com aquilo que é conhecido e aplicado. A estabilidade é um dentre as 
outras bases essenciais quando se trata de segurança jurídica 
o Previsibilidade 
É a noção de saber o que vai acontecer. Ou seja, a norma jurídica ela traz uma 
previsão de sanção e diz qual é essa. Para que haja segurança jurídica, é 
necessário então existir uma previsibilidade no sistema jurídico. 
o Confiança 
Todas as relações têm presumida a confiança dentro das relações jurídicas. 
Essa confiança é uma restrição ao estado. Para que o estado especificamente 
não retroaja quanto a sua decisão. O Princípio da confiança legítima “funciona 
como um mecanismo de redução da discricionariedade do administrador” 
“princípio da confiança consiste numa norma jurídica que reconhece e tutela uma 
situação na qual uma pessoa adere, em termos de atividade ou crença, a certas 
representações passadas, presentes ou futuras, que tem por efetivas”. 
o Boa fé 
Essa boa fé é expressa em atitudes, portanto, como alguém que quer fazer o 
correto. A boa fé aqui é presumida, no direito público a boa-fé se presume a 
má fé se prova. O estado e os seus representantes sempre têm presunção da 
boa-fé, a polícia, bombeiro, agente de transito; todos eles têm fé pública. 
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O princípio da boa-fé também possui dois sentidos. O primeiro, objetivo, refere-
se à lealdade e correção da atuação dos particulares; já o segundo, subjetivo, 
trata da crença do particular de que atua conforme as normas jurídicas do país. 
• Direito de Resposta - art. 5, V, X 
 
o Reparação 
O ato daquele que tente fazer voltar algo ao status quo. O contrario de reparado 
é compensado. O direito de resposta é garantido pela constituição, de maneira 
proporcional ao agravo cometido pela pessoa. Além disso, uma indenização é 
também garantida. Por outro lado, a constituição elenca os tipos de dano como 
sendo de espécie: 
a) Material 
b) Moral 
c) Imagem 
 
Sendo que o dano moral e a imagem comumente se acoplam, quando há 
comportamento lesivo para o sujeito. 
 
o Danos 
1. Dano material 
É dividido em; 
a) Dano emergente: que é o que se efetivamente perde; 
b) Lucro cessante: que é aquilo que se deixou de ganhar. Cessaram o 
potencial lucro que eu teria 
 
2. Dano moral 
Também é chamado de dano extrapatrimonial é definido não pela dor física que 
sente, pois no caso das pessoas jurídicas isso não seria possível, mas é definido 
como também um dano à imagem. Por isso que costumeiramente a lide se 
mostrará com o nome “Dano a moral e imagem” 
 
3. Dano à imagem (estético) 
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É chamado pela doutrina também de dano moral. 
Dano não estará separadamente estanque, no caso concreto o dano moral e da 
imagem, muitas vezes, vão estar sendo apresentados juntos no processo, 
cabendo a vítima decidir. 
 
o Proteção da honra 
Uma atenção especial se deve quando o que é discutido sobre honra, Paulo 
Queiros diz que “A doutrina costuma distinguir honra objetiva e honra subjetiva; 
a primeira é a imagem (reputação social) que as pessoas fazem do indivíduo; a 
segunda é o conceito que o próprio sujeito tem de si. ” Em suma; a vida privada 
tem sua garantia na constituição e o direito de resposta é garantido para se evitar 
a vingança, sendo a proporcionalidade eminente 
 
• Sigilo das correspondências art. 5, XII 
No Brasil as correspondências são invioláveis. É chamado, de sigilo das 
comunicações. Não se pode violar cartas, por motivo de privacidade que é um 
direito fundamental garantido constitucionalmente. Com o advento da tecnologia 
as formas de comunicação evoluíram e o que é definido como sigilo de 
correspondência se abrange a cartas, correios eletrônicos (telemático), 
telefone/celular. 
Todo sigilo pode ser quebrado, desde que seja por ordem judicial. A constituição 
traz explicito o sigilo telefônico, mas por analogia pode ser associado a outros 
meios de comunicação. A quebra do sigilo só poderá ser por ordem judicial e 
deve ser prévia, fundamentada e necessária. Quem poderá requerer sempre é 
o juiz. Outra forma é no inquérito criminal e processo penal. E nos casos 
previstos em lei. 
 
O panda: 
Interceptação telefônica e interceptação de dados telefônicos são coisas 
diferentes. Embora ambos sejam sigilosos o segundo tem uma maior facilidade 
de ser conseguido, tendo em vista que o próprio MP pode liberar o acesso. 
 
 
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• Petição e certidão - art. 5, XXXIV 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
 
Serve para o indivíduo requerer sobre quaisquer figuras públicas. É no 
peticionamento que se coloca os desejos e pedidos sobre o que quer que aquela 
instituição preste. O que está implícito nisso tudo é que ao elaborar o 
requerimento a pretensão que se obtém é a resposta. Desse modo, a falta de 
resposta pode gerar uma ação de cobrança para que a instituição/entidade se 
manifeste, por meio da ação por omissão. 
 
Certidão é um ato administrativo declaratório. 
 
O panda adverte: 
O silencio em direito não significa nada, a menos que a lei diga que o silencio vai 
gerar uma ação concreta. 
 
Certidão e petição em regra é gratuita, mas existem órgãos que cobram uma 
taxa, o que se torna inconstitucional.O direito de petiço é gratuito até sua fase 
final, seja, em todas suas fazes administrativas. Existe uma SV 21 e 24 que diz 
que ações judiciais ajuizadas não é obrigado a fazer pagamento prévio para 
viabilizar a discussão na esfera administrativa não precisa fazer pagamento e 
garantia. 
INCISO 35, acesso amplo ao poder judiciário. As custas de petição 
constitucionalmente são gratuitas, mas o recurso, fase recursal via de regra é 
uma atividade onerosa. 
SV 5, a falta de defesa técnica não anula o processo administrativo disciplinar. 
Isso na esfera administrativa, mas na esfera jurídica é necessário. 
 
O panda adverte 
O direito de certidão/petição é gratuito, mas acessar o poder judiciário tem 
custas. Por ventura a lei pode dizer quando não haverá custas. 
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Condições de procedibilidade* significa dizer que o processo só vai a frente se 
uma determinada tarefa foi executada. Cairá na prova a questão sobre habeas 
data. 
Só se pode ajuizar um habeas data se houver a negativa do pedido de habeas 
data ou a omissão da resposta, passados 15 dias. 
Caso INSS: as pessoas estavam indo direto ao judiciário para pedir ação habeas 
data, antes de ir ao INSS. Percebendo isso Barroso cria a noção que caso o 
INSS não disponibilize dados por omissão de resposta no prazo de 10 dias, ou 
por negação, só aí caberá ação de habeas data. 
• Curso forcado da administração 
Não se pode obrigar a pessoa ter uma decisão final para só depois ir ao judiciário, 
quem defende essa ideia é Alexandre de Moraes 
 
Assuntos da prova: Vida, igualdade, liberdades, propriedade segurança juridica 
ate o inciso 5, 10, 34 e 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faltam as últimas aulas [equivalente a 2 semanas de aula] 
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