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Comentário sobre as visões de Ezequiel

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Ezequiel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Silvio Dutra 
 
 
 
 
 
 
DEZ/2015 
 
 
2 
Sumário 
 
Ezequiel 1 4 
Ezequiel 2 13 
Ezequiel 3 16 
Ezequiel 4 26 
Ezequiel 5 31 
Ezequiel 6 37 
Ezequiel 7 40 
Ezequiel 8 47 
Ezequiel 9 56 
Ezequiel 10 60 
Ezequiel 11 66 
Ezequiel 12 73 
Ezequiel 13 81 
Ezequiel 14 87 
Ezequiel 15 93 
Ezequiel 16 96 
Ezequiel 17 101 
Ezequiel 18 116 
Ezequiel 19 125 
Ezequiel 20 128 
Ezequiel 21 148 
Ezequiel 22 156 
Ezequiel 23 162 
Ezequiel 24 170 
Ezequiel 25 177 
 
 
 
3 
 
 
 
Ezequiel 26 181 
Ezequiel 27 185 
Ezequiel 28 191 
Ezequiel 29 201 
Ezequiel 30 208 
Ezequiel 31 213 
Ezequiel 32 218 
Ezequiel 33 224 
Ezequiel 34 235 
Ezequiel 35 242 
Ezequiel 36 245 
Ezequiel 37 254 
Ezequiel 38 263 
Ezequiel 39 268 
Ezequiel 40 274 
Ezequiel 41 282 
Ezequiel 42 287 
Ezequiel 43 292 
Ezequiel 44 296 
Ezequiel 45 301 
Ezequiel 46 305 
Ezequiel 47 309 
Ezequiel 48 319 
 
 
 
 
4 
 
Ezequiel 1 
 
O profeta Ezequiel foi juntamente com o Daniel 
para Babilônia, na primeira leva de cativos que se 
deu em 605 a.C, quando o rei Joaquim foi levado por 
Nabucodonosor para Babilônia. 
Ele afirma que no quinto ano do cativeiro de 
Joaquim, ou seja, 5 anos após terem sido levados 
para Babilônia, ele começou a ter visões de Deus. 
As citações aos anos em que recebera visões e 
revelações da parte Deus, ao longo de todo o seu 
livro, tem como referencial o início do seu cativeiro 
em Babilônia juntamente com o rei Joaquim, Daniel, 
muitos príncipes, nobres e outras pessoas do povo 
de Judá. 
Assim, quando ele diz sexto ano, significa que se 
encontrava no sexto ano do seu cativeiro, e dos 
demais judeus que se encontravam com ele em 
Babilônia. 
Ezequiel era filho do sacerdote Buzi, e portanto, 
também seria preparado para o sacerdócio, porque 
este cargo era vitalício, que passava de pai para 
filho, desde a descendência dos filhos de Arão. 
Todavia, o Senhor o chamou para o ofício profético 
quando se encontrava já em Babilônia há cinco 
anos, e a primeira visão e profecia que lhe vieram, 
descritas neste e nos próximos capítulos, lhes foram 
dadas quando se encontrava junto ao rio Quebar. 
5 
Neste primeiro capítulo ele descreve a visão que 
tivera da glória celestial, e especialmente dos 
quatro seres viventes, ou querubins, sobre os quais 
estaremos falando mais especificamente neste 
nosso comentário, em conexão com os capítulos 
nono e décimo, nos quais eles são achados em ação, 
e vinculados ao propósito da visão que fora dada 
pelo Senhor a Ezequiel. 
Todavia, cabe ressaltar que as visões e profecias que 
tivera no quinto ano, encontram-se registradas do 
primeiro ao sétimo capítulo do seu livro; e as que 
tivera no sexto ano, estão contidas do oitavo ao 
décimo nono capítulo; as do sétimo ano, do 
vigésimo ao vigésimo terceiro; as do nono ano, no 
vigésimo quarto e vigésimo quinto capítulos; as do 
décimo primeiro ano do vigésimo sexto ao vigésimo 
oitavo, e trigésimo primeiro; as do décimo ano no 
vigésimo nono e trigésimo; as do décimo segundo 
ano, do trigésimo segundo ao trigésimo nono; as do 
décimo quarto ano, do quadragésimo até o último 
capítulo (quadragésimo oitavo). 
Assim, as visões que tivera dos querubins, 
registradas nos capítulos nono e décimo lhes foram 
dadas um ano após da primeira que é narrada por 
ele neste primeiro capítulo. 
Os quatro seres viventes, ou querubins, são citados 
em Gên 3.24; Êx 25.18-22; 26.1,31; 36.8,35; 37.7-9; 
Nm 7.89; I Sm 4.4; II Sm 6.2; 22.11; I Rs 6.23-35; 
7.29,36; 8.6,7; II Rs 19.15; I Cr 13.6; 28.18; II Cr 3.7-
14; 5.7,8; Sl 18.10; 80.1; 99.1; Is 37.16; Ez 1.5-26; 9.3; 
10 (todo o capítulo); 11.22; 28.14-16; 41.18-20,25; Is 
6 
37.16; Hb 9.5; Apo 4.6-9; 5.6,8,11,14; 6.1,3,5-7; 7.11; 
14.3; 15.7; 19.4. 
A palavra Querubim significa guardar, cobrir, 
proteger o acesso etc (Êx 25.17-22). 
Os quatro querubins, que proclamam dia e noite, 
sem descanso que Santo, Santo é o Senhor Deus, o 
Todo-poderoso, aquele que era, que é e que há de 
vir, são chamados também de seres viventes, pelo 
profeta Ezequiel e pelo apóstolo João, em 
Apocalipse (Apo 4.8); quando derem glória, honra e 
ações de graças a Deus (Apo 4.9) os 24 anciãos se 
prostrarão diante do Senhor e o adorarão (Apo 
4.10,11); os 4 querubins também se prostram e 
adoram a Deus juntamente com os 24 anciãos e 
todos os anjos (Apo 7.11; 19.14); são eles que 
chamam, respectivamente, os 4 cavaleiros quando 
os 4 primeiros selos do livro são abertos (Apo 
6.1,3,5,7); e são eles que dão aos sete anjos, as sete 
taças cheias da ira de Deus (Apo 15.7). 
Ezequiel os viu quando Deus manifestou ao profeta 
a Sua glória, estando eles sob o firmamento 
celestial (Ez 1.1,5-26), e posteriormente os viu no 
templo em Jerusalém (Ez 10.1-22). A glória do 
Senhor estava sobre os querubins e se dirigiu para a 
entrada do templo (Ez 9.3; 10.4). Depois a glória do 
Senhor saiu da entrada do templo e parou sobre os 
querubins, e estes levantaram suas asas e se 
elevaram da terra (Ez 10.18-20). 
Na visão de Ezequiel, os quatro seres viventes ou 
querubins (Ez 10.20), tinham quatro rostos e quatro 
asas, cada um, e a semelhança de mãos de homens 
7 
debaixo das asas (Ez 1.6,8; 10.21), sendo parecidos 
com os serafins da visão de Is 6.2,3 sendo que estes 
tinham seis asas cada um, como os quatro seres 
viventes de Apo 4.8, tendo também estes seis asas, 
cada um em vez de quatro. 
A forma dos querubins é como de homem (Ez 1.5). 
A cabeça possui quatro faces, sendo rosto de 
homem na frente, rosto de leão, à direita, rosto de 
boi, à esquerda, e rosto de águia na parte de trás (Ez 
1.10). 
O apóstolo João teve a visão dos seres quanto à 
forma do rosto, como tendo cada um, 
respectivamente, rosto de homem, leão, boi e águia 
(Apo 4.7) e os viu cheios de olhos por dentro e por 
fora, em todo o seu redor (Apo 4.6,8). Já quanto aos 
olhos, Ezequiel viu que além dos olhos em todo o 
corpo dos querubins, inclusive nas asas e mãos (Ez 
10.12) havia uma roda ao lado de cada querubim e 
estas também estavam cheias de olhos ao redor (Ez 
1.15-18; 10.12) e estas seguiam os querubins aonde 
quer que fossem. Havia algo semelhante ao 
firmamento sobre a cabeça dos querubins, 
brilhante como cristal (Ez 1.22), e sobre o 
firmamento que estava sobre as suas cabeças, havia 
algo semelhante a um trono, como uma safira, e 
sentado no trono alguém semelhante a um homem 
(Ez 1.26; 10.1); e o tatalar das asas dos querubins 
fazia um estrondo semelhante ao tropel de um 
exército e como o som de muitas águas (Ez 1.24). No 
meio destas visões o Espírito de Deus entrou em 
8 
Ezequiel e o Senhor lhe falou enviando-o como 
profeta à casa de Israel (Ez 2.1-7). 
O aspecto deles é como o de carvão em brasa, 
semelhante a tochas, e ziguezagueavam como 
relâmpagos, como também saiam relâmpagos entre 
eles (Ez 1.13,14). 
Os querubins com as rodas formavam uma 
carruagem sobrenatural para o trono de Deus, que 
era carregado pelos seres viventes. 
A aparição deles a Ezequiel tinha a ver com os juízos 
que seriam ainda despejados sobre Judá, 
especialmente com a destruição do templo e da 
cidade de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C., 
portanto cerca de sete anos depois da visão dada ao 
profeta. Este juízo está descrito no Novo 
Comentário da Bíblia, da seguinte forma: “O 
incêndio de Jerusalém (Ez 10.1-22): O trono (v 1) 
estava vazio (cfr 9.3), os querubins aguardavam 
Jeová para alçar vôo e partir. 
O destruidor da cidade era o homem vestido de 
linho (v 2), que anteriormente havia feito uma 
marca nos fiéis, separando-os para a preservação; 
todos os sete anjos. Dessa forma, eram ministros 
vingativos, como em Apo 8.1-11.15. 
A santidade exige sempre o que é correto em nosso 
comportamento. As pernas dos querubins eram 
direitas (Ez 1.7). Não se viravam em seu movimento, 
sempre indo para a frente, indo para onde o espírito 
havia de ir (Ez 1.9,12). Quem lança mão do arado 
não deve olhar para trás. Não deve servir a Deuscom o olhar voltado para o mundo, para a vida que 
9 
tinha antes da conversão. E deve estar sob governo 
do seu espírito e não da sua alma, tal como os 
querubins. 
A santidade é progresso contínuo. 
É uma caminhada em busca da perfeição divina, 
fazendo o que agrada a Deus. Se o crente pára em 
sua caminhada, ele começa a cair. 
A carne o vencerá porque a antiga natureza 
sobrepujará a nova, recebida na regeneração. As 
rodas e os querubins sempre se movimentavam 
para a frente, nem para trás, nem para a direita, 
nem para a esquerda. O caminho é Cristo. É estreito 
e reto. É neste caminho que o crente deve andar, e 
é nisto que consiste a sua santificação. 
 
“1 Ora aconteceu no trigésimo ano, no quarto mês, 
no dia quinto do mês, que estando eu no meio dos 
cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e 
eu tive visões de Deus. 
2 No quinto dia do mês, já no quinto ano do 
cativeiro do rei Joaquim, 
3 veio expressamente a palavra do Senhor a 
Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos 
caldeus, junto ao rio Quebar; e ali esteve sobre ele 
a mão do Senhor. 
4 Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do 
norte, uma grande nuvem, com um fogo que emitia 
de contínuo labaredas, e um resplendor ao redor 
dela; e do meio do fogo saía uma coisa como o 
brilho de âmbar. 
10 
5 E do meio dela saía a semelhança de quatro seres 
viventes. E esta era a sua aparência: tinham a 
semelhança de homem; 
6 cada um tinha quatro rostos, como também cada 
um deles quatro asas. 
7 E as suas pernas eram retas; e as plantas dos seus 
pés como a planta do pé dum bezerro; e luziam 
como o brilho de bronze polido. 
8 E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, 
aos quatro lados; e todos quatro tinham seus rostos 
e suas asas assim: 
9 Uniam-se as suas asas uma à outra; eles não se 
viravam quando andavam; cada qual andava para 
adiante de si; 
10 e a semelhança dos seus rostos era como o rosto 
de homem; e à mão direita todos os quatro tinham 
o rosto de leão, e à mão esquerda todos os quatro 
tinham o rosto de boi; e também tinham todos os 
quatro o rosto de águia; 
11 assim eram os seus rostos. As suas asas estavam 
estendidas em cima; cada qual tinha duas asas que 
tocavam às de outro; e duas cobriam os corpos 
deles. 
12 E cada qual andava para adiante de si; para onde 
o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando 
andavam. 
13 No meio dos seres viventes havia uma coisa 
semelhante a ardentes brasas de fogo, ou a tochas 
que se moviam por entre os seres viventes; e o fogo 
resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos. 
11 
14 E os seres viventes corriam, saindo e voltando à 
semelhança dum raio. 
15 Ora, eu olhei para os seres viventes, e vi rodas 
sobre a terra junto aos seres viventes, uma para 
cada um dos seus quatro rostos. 
16 O aspecto das rodas, e a obra delas, era como o 
brilho de crisólita; e as quatro tinham uma mesma 
semelhança; e era o seu aspecto, e a sua obra, como 
se estivera uma roda no meio de outra roda. 
17 Andando elas, iam em qualquer das quatro 
direções sem se virarem quando andavam. 
18 Estas rodas eram altas e formidáveis; e as quatro 
tinham as suas cambotas cheias de olhos ao redor. 
19 E quando andavam os seres viventes, andavam 
as rodas ao lado deles; e quando os seres viventes 
se elevavam da terra, elevavam-se também as 
rodas. 
20 Para onde o espírito queria ir, iam eles, mesmo 
para onde o espírito tinha de ir; e as rodas se 
elevavam ao lado deles; porque o espírito do ser 
vivente estava nas rodas. 
21 Quando aqueles andavam, andavam estas; e 
quando aqueles paravam, paravam estas; e quando 
aqueles se elevavam da terra, elevavam-se também 
as rodas ao lado deles; porque o espírito do ser 
vivente estava nas rodas. 
22 E por cima das cabeças dos seres viventes havia 
uma semelhança de firmamento, como o brilho de 
cristal terrível, estendido por cima, sobre a sua 
cabeça. 
12 
23 E debaixo do firmamento estavam as suas asas 
direitas, uma em direção à outra; cada um tinha 
duas que lhe cobriam o corpo dum lado, e cada um 
tinha outras duas que o cobriam doutro lado. 
24 E quando eles andavam, eu ouvia o ruído das 
suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz 
do Onipotente, o ruído de tumulto como o ruído 
dum exército; e, parando eles, abaixavam as suas 
asas. 
25 E ouvia-se uma voz por cima do firmamento, que 
estava por cima das suas cabeças; parando eles, 
abaixavam as suas asas. 
26 E sobre o firmamento, que estava por cima das 
suas cabeças, havia uma semelhança de trono, 
como a aparência duma safira; e sobre a 
semelhança do trono havia como que a semelhança 
dum homem, no alto, sobre ele. 
27 E vi como o brilho de âmbar, como o aspecto do 
fogo pelo interior dele ao redor desde a semelhança 
dos seus lombos, e daí para cima; e, desde a 
semelhança dos seus lombos, e daí para baixo, vi 
como a semelhança de fogo, e havia um resplendor 
ao redor dele. 
28 Como o aspecto do arco que aparece na nuvem 
no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor 
em redor. Este era o aspecto da semelhança da 
glória do Senhor; e, vendo isso, caí com o rosto em 
terra, e ouvi uma voz de quem falava.” (Ezequiel 1) 
 
 
 
13 
 
Ezequiel 2 
 
Como Ezequiel ficou prostrado com a glória da visão 
que tivera, o Senhor lhe ordenou que ficasse de pé 
para que pudesse lhe falar, e ao ter ouvido tal 
ordem, o Espírito Santo entrou nele e o fortaleceu e 
o colocou de pé, e então pôde ouvir e entender o 
que Deus lhe falava. 
O Senhor disse que lhe estava enviando aos filhos 
de Israel, às duas casas (Israel e Judá) que Ele 
chamou de nações rebeldes, porque estavam 
transgredindo contra Ele, tal como haviam feito os 
seus antepassados. 
Seria a um povo endurecido e obstinado de coração 
que Ezequiel teria que profetizar, mas atendessem 
ou não às palavras que o Senhor lhe daria para 
serem pregadas a eles, saberiam que houve um 
profeta entre eles, porque o Senhor mesmo seria 
com Ezequiel e falaria através dele, de modo que 
não deveria temê-los, ainda que fossem para ele 
como espinhos e escorpiões, por causa da sua 
rebeldia. 
Ezequiel deveria ser diferente deles, porque 
importava que fosse sensível e receptivo ao Senhor, 
à Sua vontade e Palavra, para que pudesse se 
comunicar com Ele, e assim cumprir o ministério 
para o qual estava sendo designado. 
Então, o que deveria falar lhe foi mostrado como 
um rolo escrito por dentro e por fora, o qual lhe foi 
14 
ordenado que o comesse, e o livro continha 
lamentações, suspiros e ais, porque consistia 
em repreensões e visões de Deus relativas aos 
pecados de Israel, e o próprio profeta lamentaria, 
suspiraria e se afligiria diante de tais repreensões e 
visões, porque este era o mesmo sentimento de 
Deus diante das transgressões do Seu povo. 
 
“1 E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e 
falarei contigo. 
2 Então, quando ele falava comigo entrou em mim 
o Espírito, e me pôs em pé, e ouvi aquele que me 
falava. 
3 E disse-me ele: Filho do homem, eu te envio aos 
filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram 
contra mim; eles e seus pais têm transgredido 
contra mim até o dia de hoje. 
4 E os filhos são de semblante duro e obstinados de 
coração. Eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o 
Senhor Deus. 
5 E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque 
eles são casa rebelde), hão de saber que esteve no 
meio deles um profeta. 
6 E tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas 
as suas palavras; ainda que estejam contigo sarças 
e espinhos, e tu habites entre escorpiões; não temas 
as suas palavras, nem te assustes com os seus 
semblantes, ainda que são casa rebelde. 
7 Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam 
quer deixem de ouvir, pois são rebeldes. 
15 
8 Mas tu, ó filho do homem, ouve o que te digo; não 
sejas rebelde como a casa rebelde; abre a tua boca, 
e come o que eu te dou. 
9 E quando olhei, eis que tua mão se estendia para 
mim, e eis que nela estava um rolo de livro. 
 
 
10 E abriu-o diante de mim; e o rolo estava escrito 
por dentro e por fora; e nelese achavam escritas 
lamentações, e suspiros e ais.” (Ezequiel 2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Ezequiel 3 
 
Talvez não haja capítulo que tenha servido à 
formulação de uma falsa doutrina sobre justificação 
na própria Igreja de Cristo, do que este, em conjunto 
com o que se afirma no capítulo 18, por causa da sua 
incorreta interpretação. 
Antes de tudo, devemos ter em perspectiva 
permanentemente no estudo destas passagens, que 
Ezequiel fora enviado aos israelitas e a nenhum 
outro povo, conforme o próprio Deus afirma neste 
texto (v. 5 e 6). 
E tão endurecidos eles estavam no pecado, 
especialmente de idolatria, que foram conduzidos 
ao cativeiro. Este endurecimento aqui referido pelo 
Senhor no livro de Ezequiel, pode ser visto em todos 
os seus detalhes e nuances no livro do profeta 
Jeremias. 
Então o próprio Ezequiel fora feito enrijecido (não 
quanto ao pecado, mas quanto à coragem e 
firmeza) pelo Senhor, para poder suportar a dureza 
dos israelitas, a qual ele teria que enfrentar. 
Assim, os ímpios que deveriam ser admoestados 
pelo profeta, seriam os próprios israelitas, o próprio 
povo de Deus na Antiga Aliança, que apesar de 
estarem aliançados com Ele, em decorrência 
daquela aliança que foi feita com todos os 
descendentes de Jacó, a grande maioria deles não 
tinha o Seu temor e não O conhecia, apesar de ter 
17 
se revelado a eles, e lhes escolhido, dentre todas as 
nações da terra, para ser o Seu povo particular. 
E justamente eles haviam se endurecido totalmente 
contra Ele, aos quais se encontrava aliançado, tanto 
que o Senhor afirma que caso tivesse enviado 
Ezequiel a qualquer outra nação da terra, ele seria 
ouvido por eles, mas Israel se recusaria a ouvi-lo (v. 
6). 
Ezequiel não falaria por si mesmo, e nem 
mecanicamente sendo um mero repetidor de 
palavras que Deus lhe dissesse, mas o faria pelo 
testemunho do Espírito Santo que o tomara (v. 12 e 
14), tendo as suas entranhas cheias da Palavra de 
Deus (v. 1 a 3), o efeito disso foi que ele pôde 
experimentar, conduzido pelo Espírito, e cheio da 
Palavra de Deus, a amargura e a indignação de Deus 
contra o pecado do Seu povo, em seu próprio 
espírito. E Ezequiel se sentiu inteiramente tomado 
pelo poder de Deus (v. 14). 
Logo, o que será dito por Deus adiante, depois de 
ter dado tal experiência ao profeta, não seriam 
conceitos teológicos sobre o modo da salvação da 
alma, especialmente do modo da justificação dos 
ímpios, mas um toque de trombeta poderoso nos 
ouvidos rebeldes da própria nação judaica que 
estava no cativeiro, para que nenhum deles viesse a 
ser destruído pelo juízo do Senhor, mesmo já se 
encontrando debaixo de um juízo que viera da Sua 
parte, de terem que viver numa terra estranha por 
setenta anos. 
18 
Aqueles que dessem ouvidos a Ezequiel 
preparariam um bom caminho diante do Senhor 
para o retorno de Babilônia, quando fossem 
libertados por Ciro, mas os que se endurecessem e 
permanecessem na prática da idolatria, receberiam 
os juízos descritos neste livro, em continuação a 
tudo que lhes havia sido sucedido, e conforme fora 
profetizado especialmente por Jeremias, com morte 
pela espada, pela peste e pela fome. 
Assim, Ezequiel foi conduzido pelo Espírito a viver 
no meio do povo que estava cativo, na região em 
que eles estavam morando junto ao rio Quebar, e 
ainda se encontrava pasmado no meio deles por 
causa das revelações que lhe haviam sido feitas (v. 
15) e pela dureza da missão que ele teria que 
cumprir junto a eles. 
Passados os sete dias de pasmo, o Senhor tornou a 
falar a Ezequiel dizendo que lhe havia constituído 
por atalaia (vigia, sentinela) sobre os judeus, e como 
sentinela de Deus, seu dever seria alertá-los sobre 
tudo o que lhe dissesse, especialmente, quanto aos 
perigos que estavam correndo, por permanecerem 
na prática da impiedade. 
Então Ezequiel seria posto no ofício profético para o 
próprio bem deles, assim como a sentinela que 
guarda a cidade para avisá-la do perigo da 
destruição que se aproxima, de maneira que seus 
habitantes possam se defender a tempo. 
Deus estava em guerra com os ímpios do Seu povo, 
mas lhes deu um sentinela para avisá-los, antes de 
submetê-los a um juízo de destruição (v. 17). 
19 
Então, para o cumprimento fiel da sua missão, Deus 
impôs a Ezequiel o jugo da responsabilidade de não 
deixar de avisar a todos os ímpios de Israel sobre a 
condição deles perante Ele, sob pena, de o Senhor 
demandar das próprias mãos do profeta, a 
destruição de morte que traria sobre tais rebeldes 
que não fossem avisados por Ezequiel. 
Eles deveriam morrer pelos juízos do Senhor, mas 
era da vontade do Senhor que lhes fosse dada antes 
a oportunidade para se arrependerem, de modo 
que desviaria tal juízo daqueles que se 
arrependessem. 
O mesmo sucede com o evangelho na dispensação 
da graça, porque tem sido imposto aos cristãos o 
dever de serem os atalaias de Deus em todo o 
mundo, de forma, que aqueles que não têm 
desempenhado a sua função de protestarem contra 
o pecado, e alertarem as pessoas sobre o juízo que 
lhes aguarda, caso não se arrependam de seus 
pecados e creiam em Cristo, elas serão condenadas, 
mas o Senhor requererá dos cristãos negligentes o 
sangue delas, ou seja a condenação a um juízo de 
morte eterna aos quais teve que submetê-las por 
não conhecerem o terrível juízo que lhes aguardava 
por causa do pecado não perdoado. 
Por isso o apóstolo Paulo se esforçava 
sobremaneira para que não fosse achado culpado 
de tal pecado de negligência. 
“26 Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou 
limpo do sangue de todos. 
20 
27 Porque não me esquivei de vos anunciar todo o 
conselho de Deus.” (Atos 20.26,27) 
Não se está falando portanto de condenação eterna 
do atalaia infiel, nem mesmo de salvação pelas 
obras da lei. 
Porque a grande ênfase do Senhor no proferimento 
desta palavra dada a Ezequiel recaía sobretudo no 
livramento da morte física, em razão de aplicação 
de maldições previstas na Antiga Aliança, sobre o 
povo daquela aliança, a saber, os judeus. 
 Então, não seria pelo simples fato de Ezequiel 
proclamar a Palavra do Senhor aos judeus, que 
todos eles se converteriam a Ele, mas todos seriam 
avisados sobre o que lhes sucederia caso não se 
arrependessem. 
É importante lembrar que o justo citado no verso 
20, não é o justificado pela fé, mas o justo da Antiga 
Aliança que guardava os mandamentos de Deus. 
Caso tal judeu deixasse de praticar a justiça e 
começasse a praticar a iniquidade, então o Senhor 
colocaria diante dele um tropeço, que era uma das 
maldições da Antiga Aliança, e mataria o tal judeu 
que deixou de perseverar na obediência aos 
mandamentos da aliança, especialmente por 
retornar à prática da idolatria. 
Mas mesmo este, deveria ser avisado por Ezequiel 
que a justiça que ele havia praticado antes de voltar 
ao pecado, não seria levada em consideração por 
Deus, para remover o juízo que viria sobre ele, por 
causa da sua atual iniquidade. 
21 
Então, não se trata de possibilidade de perda de 
salvação de justificados pela fé, mas de perda dos 
benefícios das bênçãos prometidas da Antiga 
Aliança, por se colocar numa condição que em vez 
de bênção, deveria receber a promessa da maldição 
constante da lei, especialmente a que diz que 
“Maldito é aquele que não confirmar as palavras 
desta lei, para as cumprir.” (Dt 27.26). 
Para o justificado pela fé, na Nova Aliança, Cristo se 
fez maldição em seu lugar na cruz, de modo que já 
não há nenhuma condenação para quem está de 
fato em Cristo, unido a Ele pela fé. 
Porque em Cristo está morto para Lei, e 
consequentemente para a maldição da Lei, que 
Deus estaria aplicando aos judeus, e por isso 
chamou Ezequiel para alertá-los, porque aqueles 
eram dias em que vigorava a Antiga Aliança em toda 
a sua plenitude, e vigoraria ainda, por cerca de 
seiscentos anos mais, até que Jesus morresse na 
Cruz, e inaugurasse uma Nova Aliança no Seu 
sangue, que revogaria e substituiria a Antiga. 
Então, Deus havia descritoa Ezequiel qual seria a 
sua missão, e depois disto fez com que ele visse a 
Sua glória, quando saiu ao vale, igual à que tinha 
visto junto ao rio Quebar, e que ele descreveu no 
primeiro capítulo, e isto fez com que caísse com o 
rosto em terra em atitude de adoração e reverência 
para com Deus. 
Ele ficara portanto na condição necessária para ser 
tomado pelo Espírito Santo, e foi quando o Espírito 
entrou nele e lhe colocou em pé, e lhe falou dizendo 
22 
que deveria entrar no interior da sua casa (v. 24), e 
ser amarrado com cordas, e não sair de casa, e o 
Espírito faria com que a língua do profeta ficasse 
presa ao seu palato, de modo que não poderia falar 
palavra alguma, como um sinal para os judeus de 
que não lhes serviria receberem um repreendedor, 
porque não o ouviriam por causa da rebeldia deles 
(v. 25,26). 
Todavia, quando o Senhor votasse a falar ao 
profeta, Ele lhe abriria a boca, e então deveria 
proclamar aos judeus o seguinte: 
 “Assim diz o Senhor Deus: Quem ouvir, ouça, e 
quem deixar de ouvir, deixe; pois casa rebelde são 
eles.” (v. 27) 
De tudo isto o que se aprende é que aqueles que se 
mantiverem rebeldes contra Deus, não se 
convertendo a Ele pela fé em Cristo, e comprovando 
tal conversão por um andar no Espírito em 
santificação, podem estar certos, alertados por esta 
palavra, que o que lhes aguarda é um juízo de morte 
eterna. 
 
 
“1 Depois me disse: Filho do homem, come o que 
achares; come este rolo, e vai, fala à casa de Israel. 
2 Então abri a minha boca, e ele me deu a comer o 
rolo. 
3 E disse-me: Filho do homem, dá de comer ao teu 
ventre, e enche as tuas entranhas deste rolo que eu 
te dou. Então o comi, e era na minha boca doce 
como o mel. 
23 
4 Disse-me ainda: Filho do homem, vai, entra na 
casa de Israel, e dize-lhe as minhas palavras. 
5 Pois tu não és enviado a um povo de estranha fala, 
nem de língua difícil, mas à casa de Israel; 
6 nem a muitos povos de estranha fala, e de língua 
difícil, cujas palavras não possas entender; se eu aos 
tais te enviara, certamente te dariam ouvidos. 
7 Mas a casa de Israel não te quererá ouvir; pois eles 
não me querem escutar a mim; porque toda a casa 
de Israel é de fronte obstinada e dura de coração. 
8 Eis que fiz duro o teu rosto contra os seus rostos, 
e dura a tua fronte contra a sua fronte. 
9 Fiz como esmeril a tua fronte, mais dura do que a 
pederneira. Não os temas pois, nem te assustes com 
os seus semblantes, ainda que são casa rebelde. 
10 Disse-me mais: Filho do homem, recebe no teu 
coração todas as minhas palavras que te hei de 
dizer; e ouve-as com os teus ouvidos. 
11 E vai ter com os do cativeiro, com os filhos do teu 
povo, e lhes falarás, e tu dirás: Assim diz o Senhor 
Deus; quer ouçam quer deixem de ouvir. 
12 Então o Espírito me levantou, e ouvi por detrás 
de mim uma voz de grande estrondo, que dizia: 
Bendita seja a glória do Senhor, desde o seu lugar. 
13 E ouvi o ruído das asas dos seres viventes, ao 
tocarem umas nas outras, e o barulho das rodas ao 
lado deles, e o sonido dum grande estrondo. 
14 Então o Espírito me levantou, e me levou; e eu 
me fui, amargurado, na excitação do meu espírito; 
e a mão do Senhor era forte sobre mim. 
24 
15 E vim ter com os do cativeiro, a Tel-Abibe, que 
moravam junto ao rio Quebar, e eu morava onde 
eles moravam; e por sete dias sentei-me ali, 
pasmado no meio deles. 
16 Ao fim de sete dias, veio a palavra do Senhor a 
mim, dizendo: 
17 Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a 
casa de Israel; quando ouvires uma palavra da 
minha boca, avisa-los-ás da minha parte. 
18 Quando eu disser ao ímpio: Certamente 
morrerás; se não o avisares, nem falares para avisar 
o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de 
salvares a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua 
iniquidade; mas o seu sangue, da tua mão o 
requererei: 
19 Contudo se tu avisares o ímpio, e ele não se 
converter da sua impiedade e do seu mau caminho, 
ele morrerá na sua iniquidade; mas tu livraste a tua 
alma. 
20 Semelhantemente, quando o justo se desviar da 
sua justiça, e praticar a iniquidade, e eu puser diante 
dele um tropeço, ele morrerá; porque não o 
avisaste, no seu pecado morrerá e não serão 
lembradas as suas ações de justiça que tiver 
praticado; mas o seu sangue, da tua mão o 
requererei. 
21 Mas se tu avisares o justo, para que o justo não 
peque, e ele não pecar, certamente viverá, porque 
recebeu o aviso; e tu livraste a tua alma. 
22 E a mão do Senhor estava sobre mim ali, e ele me 
disse: Levanta-te, e sai ao vale, e ali falarei contigo. 
25 
23 Então me levantei, e saí ao vale; e eis que a glória 
do Senhor estava ali, como a glória que vi junto ao 
rio Quebar; e caí com o rosto em terra. 
24 Então entrou em mim o Espírito, e me pôs em pé; 
e falou comigo, e me disse: Entra, encerra-te dentro 
da tua casa. 
25 E quanto a ti, ó filho do homem, eis que porão 
cordas sobre ti, e te ligarão com elas, e tu não sairás 
por entre eles. 
26 E eu farei que a tua língua se pegue ao teu 
paladar, e ficarás mudo, e não lhes servirás de 
repreendedor; pois casa rebelde são eles. 
27 Mas quando eu falar contigo, abrirei a tua boca, 
e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus: Quem ouvir, 
ouça, e quem deixar de ouvir, deixe; pois casa 
rebelde são eles.” (Ezequiel 3) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Ezequiel 4 
 
Esta profecia foi dada a Ezequiel quando Jerusalém 
estava sendo sitiada pelos babilônios, nos dias do 
rei Zedequias (sabemos pelo livro de Jeremias que 
este cerco durou um ano e oito meses), de forma 
que durante o período do sítio, Ezequiel deveria 
fazer uma pequena maquete que representasse a 
cidade de Jerusalém sendo cercada pelos 
babilônios, tal como já estava ocorrendo, e deveria 
deitar para dormir somente sobre um dos lados do 
seu corpo por um determinado período de dias, e 
depois de cumpridos tais dias determinados pelo 
Senhor, deveria se deitar sobre o lado oposto. 
Ezequiel estava entre os exilados de Babilônia, que 
haviam sido levados para lá, antes do cerco de 
Jerusalém, nos dias do rei Joaquim. 
Todavia, como o coração dos judeus que estavam 
em Babilônia, se encontrava em Jerusalém, 
pensando em retornarem para lá, o Senhor lhes 
mostrou o que sucederia àquela cidade, e qual era 
o motivo de tais juízos, conforme se verá nos 
capítulos seguintes, de maneira que não aspirassem 
mais retornar para aquilo que seria inteiramente 
destruído pelo Seu juízo, através do braço de 
Babilônia. 
Ele ficaria deitado sobre o seu lado esquerdo por 
390 dias, simbolizando que estava levando sobre si 
a iniquidade da casa de Israel (Reino do Norte) que 
27 
havia sido levado para o cativeiro pelos assírios 
desde 722 a. C. 
 E depois deveria ficar deitado 40 dias sobre o seu 
lado direito, como que levando a iniquidade da casa 
de Judá (Reino do Sul), que viria a ser levado numa 
nova leva de cativos para Babilônia, e quando a 
cidade de Jerusalém e o templo, seriam destruídos 
e queimados, pelo rei de Babilônia, em 586.a.C. 
Esta ordem de Deus ao profeta tinha principalmente 
o propósito didático de revelar que os israelitas 
estariam em aperto, e perderiam a liberdade para 
dormirem em paz enquanto durassem as assolações 
da dominação estrangeira que estava determinada 
sobre eles, numa terra estranha. 
No entanto, o tempo de opróbrio de Judá seria 
menor do que o de Israel (Reino do Norte) porque 
não se achou mais naquele reino constituído pelas 
dez tribos do norte, algo bom, como ainda se achava 
em Judá. E seria portanto, principalmente através 
de Judá, que o Senhor daria prosseguimento ao Seu 
plano de salvar em todas as nações do mundo, pela 
revelação que continuaria fazendo através deles, 
até que o Messias se manifestasse. 
Durante o sítio de Jerusalém haveria grande 
escassez de alimentos na cidade, e isto está descrito 
neste capítulo de Ezequiel, especialmente no símile 
que lhe foi dado pelo Senhor, para servir de 
comparação ao que sucederia aos judeus que 
estivessem no interior daquela cidade, porque 
experimentariama fome a ponto de comerem até 
mesmo seus próprios filhos, para se alimentarem. 
28 
Então Ezequiel deveria profetizar que Jerusalém 
não poderia se libertar do sítio que lhe fora imposto 
pelo Senhor, até que se cumprissem os dias 
determinados por Ele para o seu fim. 
A comida do profeta seria um pão simples feito de 
trigo, cevada, favas, lentilhas e milho, e durante os 
390 dias em que estivesse deitado sobre o seu lado 
esquerdo (v. 9,10). 
Ele deveria também reduzir a medida de água que 
beberia diariamente (v. 11), para servir de sinal aos 
judeus sob o cerco de Babilônia que haveria 
escassez de água para eles. 
 Além disso, Ezequiel deveria assar o seu pão sobre 
excremento humano, para representar que o pão 
que os israelitas comeriam espalhados entre as 
nações seria um pão imundo aos próprios olhos 
deles, tal como seria aos olhos do profeta. 
Como Ezequiel disse ao Senhor, que estava 
constrangido pelo seu próprio amor à lei, que 
proibia o comer coisas imundas, o Senhor lhe deu 
no lugar de excremento humano, excremento seco 
de boi, para que pudesse usá-lo como combustível 
para assar o seu pão (v. 18). 
Tudo isto estava profetizado na Antiga Aliança 
como maldições que viriam da parte de Deus sobre 
o Seu povo, quando eles insistissem em transgredir 
os Seus mandamentos (veja Levítico 26). 
Então eles teriam sobressalto e espanto de espírito 
ao comerem e ao beberem, em face da grave 
escassez com que o Senhor faria que viesse sobre 
eles, em cumprimento às ameaças que lhes fizera 
29 
desde os dias de Moisés, em caso de 
descumprimento da Sua aliança. 
Quando a Igreja não anda nos caminhos do Senhor, 
os seus ministros sofrem juntamente com o povo, 
as correções que lhes vem da parte de Deus, por 
mais consagrados que sejam a Ele esses ministros, 
tal como vemos no exemplo do que Ezequiel teve 
que viver, e não somente Ele, como todos os 
profetas de Deus que sofreram e foram perseguidos 
pelo próprio povo ao qual serviam com fidelidade, 
para o bem deles. 
 
 
“1 Tu pois, ó filho do homem, toma um tijolo, e pô-
lo-ás diante de ti, e grava nele uma cidade, a cidade 
de Jerusalém; 
2 e põe contra ela um cerco, e edifica contra ela uma 
fortificação, e levanta contra ela uma tranqueira; e 
coloca contra ela arraiais, e põe-lhe aríetes em 
redor. 
3 Toma também uma sertã de ferro, e põe-na por 
muro de ferro entre ti e a cidade; e olha para a 
cidade, e ela será cercada, e tu a cercarás; isso 
servirá de sinal para a casa de Israel. 
4 Tu também deita-te sobre o teu lado esquerdo, e 
põe sobre ele a iniquidade da casa de Israel; 
conforme o número dos dias em que te deitares 
sobre ele, levarás a sua iniquidade. 
5 Pois eu fixei os anos da sua iniquidade, para que 
eles te sejam contados em dias, trezentos e noventa 
dias; assim levarás a iniquidade da casa de Israel. 
30 
6 E quando tiveres cumprido estes dias, deitar-te-ás 
sobre o teu lado direito, e levarás a iniquidade da 
casa de Judá; quarenta dias te dei, cada dia por um 
ano. 
7 Dirigirás, pois, o teu rosto para o cerco de 
Jerusalém, com o teu braço descoberto; e 
profetizarás contra ela. 
8 E eis que porei sobre ti cordas; assim tu não te 
voltarás dum lado para o outro, até que tenhas 
cumprido os dias de teu cerco: 
9 E tu toma trigo, e cevada, e favas, e lentilhas, e 
milho miúdo, e espelta, e mete-os numa só vasilha, 
e deles faze pão. Conforme o número dos dias que 
te deitares sobre o teu lado, trezentos e noventa 
dias, comerás disso. 
10 E a tua comida, que hás de comer, será por peso, 
vinte siclos cada dia; de tempo em tempo a 
comerás. 
11 Também beberás a água por medida, a sexta 
parte dum him; de tempo em tempo beberás. 
12 Tu a comerás como bolos de cevada, e à vista 
deles a assarás sobre o excremento humano. 
13 E disse o Senhor: Assim comerão os filhos de 
Israel o seu pão imundo, entre as nações, para onde 
eu os lançarei. 
14 Então disse eu: Ah Senhor Deus! eis que a minha 
alma não foi contaminada: pois desde a minha 
mocidade até agora jamais comi do animal que 
morre de si mesmo, ou que é dilacerado por feras; 
nem carne abominável entrou na minha boca. 
31 
15 Então me disse: Vê, eu te dou esterco de bois em 
lugar de excremento de homem; e sobre ele 
prepararás o teu pão, 
16 Disse-me mais: Filho do homem, eis que 
quebrarei o báculo de pão em Jerusalém; e comerão 
o pão por peso, e com ansiedade; e beberão a água 
por medida, e com espanto; 
17 até que lhes falte o pão e a água, e se espantem 
uns com os outros, e se definhem na sua 
iniquidade.” (Ezequiel 4) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Ezequiel 5 
 
Este capítulo, por um outro símile que foi dado por 
Deus aos judeus que se encontravam já cativos em 
Babilônia, por meio de Ezequiel, deveria servir de 
completo desencorajamento a eles quanto a 
abrigarem qualquer sonho no sentido de 
retornarem a Jerusalém, para se unirem aos seus 
irmãos que se encontravam sob o cerco, que lhes 
fora imposto por Babilônia. 
O Senhor ordenou ao profeta que raspasse os 
cabelos de sua cabeça e barba, e que os dividisse em 
três partes iguais. 
Estes cabelos assim repartidos simbolizariam o 
próprio povo de Deus estando debaixo dos juízos 
específicos que Ele lhes traria. Afinal, todos eles 
tinham um DNA comum, de um ancestral comum 
(Jacó), e bem poderiam ser representados pelo DNA 
deles que havia no cabelo de Ezequiel. 
Assim, quando acabasse os dias de sítio, Ezequiel 
deveria pegar uma terça parte daqueles cabelos e 
queimá-la no fogo, no meio da maquete que ele 
fizera da cidade de Jerusalém, para revelar aos 
judeus que ela seria queimada pelo fogo; uma outra 
parte deveria ser colocada ao redor da maquete da 
cidade e ser ferida com uma espada, porque isto 
representaria os judeus que seriam mortos pela 
espada dos babilônios, especialmente aqueles que 
tentassem fugir quando Jerusalém fosse tomada 
33 
por eles; e a última terça parte deveria ser 
espalhada ao vento, para simbolizar aqueles que 
em fuga seriam ainda assim perseguidos pela 
espada (v. 2). 
Destes cabelos raspados de sua cabeça e barba, 
Ezequiel deveria reservar uma pequena parte para 
ser guardada atada nas bordas da sua capa, e ainda 
desta parte reservada deveria tomar um tanto para 
ser queimado no fogo, simbolizando que mesmo 
depois da queda da cidade, haveria um fogo de 
destruição que seria trazido sobre o remanescente 
que nela ficasse (v. 3, 4). 
Todavia, um resto ficaria preso à capa de Ezequiel, 
simbolizando os judeus que escapariam do juízo de 
Deus, que seriam muito poucos, comparativamente 
a todo o cabelo que havia sido destruído ou lançado 
fora. 
Do verso 5 ao 17 Deus descreve estas ações que 
dera em símile a Ezequiel, em detalhes relativos ao 
que faria a Judá por causa da sua rebeldia aos Seus 
mandamentos, que era ainda maior do que as das 
nações ao seu redor. 
Então, não foram rejeitados por Ele, como as 
demais nações, porque tinha uma aliança com 
Israel, e permaneceria fiel à aliança, mesmo em face 
da infidelidade deles, porque os Seus planos não 
podem ser frustrados. 
 
 
“1 E tu, ó filho do homem, toma uma espada afiada; 
como navalha de barbeiro a usarás, e a farás passar 
34 
pela tua cabeça e pela tua barba. Então tomarás 
uma balança e repartirás os cabelos. 
2 A terça parte, queimá-la-ás no fogo, no meio da 
cidade, quando se cumprirem os dias do cerco; 
tomarás outra terça parte, e com uma espada feri-
la-ás ao redor da cidade; e espalharás a outra terça 
parte ao vento; e eu desembainharei a espada atrás 
deles. 
3 E tomarás deles um pequeno número, e atá-los-ás 
nas bordas da tua capa. 
4 E ainda destes tomarás alguns e, lançando-os no 
meio do fogo, os queimarás no fogo; e dali sairá um 
fogo contra toda a casa de Israel. 
5 Assim diz o Senhor Deus: Esta é Jerusalém; 
coloquei-a no meio das nações, estando os países ao 
seu redor; 
6 ela, porém, se rebelou perversamente contra os 
meus juízos, mais do que as nações, e os meus 
estatutos mais do que os países que estão ao redor 
dela; porquerejeitaram as minhas ordenanças, e 
não andaram nos meus preceitos. 
7 Portanto assim diz o Senhor Deus: Porque sois 
mais turbulentos do que as nações que estão ao 
redor de vós, e não tendes andado nos meus 
estatutos, nem guardado os meus juízos, e tendes 
procedido segundo as ordenanças das nações que 
estão ao redor de vós; 
8 por isso assim diz o Senhor Deus: Eis que eu, sim, 
eu, estou contra ti; e executarei juízos no meio de ti 
aos olhos das nações. 
35 
9 E por causa de todas as tuas abominações farei 
sem ti o que nunca fiz, e coisas às quais nunca mais 
farei semelhantes. 
10 portanto os pais comerão a seus filhos no meio 
de ti, e os filhos comerão a seus pais; e executarei 
em ti juízos, e todos os que restarem de ti, espalha-
los-ei a todos os ventos. 
11 Portanto, tão certo como eu vivo, diz o Senhor 
Deus, pois que profanaste o meu santuário com 
todas as tuas coisas detestáveis, e com todas as tuas 
abominações, também eu te diminuirei; e não te 
perdoarei, nem terei piedade de ti. 
12 uma terça parte de ti morrerá da peste, e se 
consumirá de fome no meio de ti; e outra terça 
parte cairá à espada em redor de ti; e a outra terça 
parte, espalha-la-ei a todos os ventos, e 
desembainharei a espada atrás deles. 
13 Assim se cumprirá a minha ira, e satisfarei neles 
o meu furor, e me consolarei; e saberão que sou eu, 
o Senhor, que tenho falado no meu zelo, quando eu 
cumprir neles o meu furor. 
14 Demais te farei uma desolação, e objeto de 
opróbrio entre as nações que estão em redor de ti, 
à vista de todos os que passarem. 
15 E isso será objeto de opróbrio e ludíbrio, e 
escarmento e espanto, às nações que estão em 
redor de ti, quando eu executar em ti juízos com ira, 
e com furor, e com furiosos castigos. Eu, o Senhor, o 
disse. 
16 Quando eu enviar as malignas flechas da fome 
contra eles, flechas para a destruição, as quais eu 
36 
mandarei para vos destruir; e aumentarei a fome 
sobre vós, e tirar-vos-ei o sustento do pão. 
17 E enviarei sobre vós a fome e feras, que te 
desfilharão; e a peste e o sangue passarão por ti; e 
trarei a espada sobre ti. Eu, o Senhor, o disse.” 
(Ezequiel 5) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Ezequiel 6 
 
O teor das ameaças dirigidas por Deus contra os 
judeus neste capítulo de Ezequiel, é muito parecido 
ao que nós encontramos especialmente nos vinte 
primeiros capítulos do livro de Jeremias. 
A palavra de destruição pela espada não é dirigida 
propriamente contra os montes, colinas e vales de 
Judá, mas aos judeus que costumavam oferecer 
neles seus sacrifícios e oferendas a falsos deuses. 
Daí ter sido ordenado a Ezequiel que profetizasse 
contra os montes, colinas e vales. 
Não somente os adoradores de falsos deuses seriam 
destruídos pelo juízo do Senhor, como também os 
seus altares e os seus ídolos (v. 4). E os cadáveres 
dos idólatras seriam colocados ao redor dos seus 
altares e ídolos para que os que estivessem vivos 
soubessem que o que se pode conseguir com a 
adoração de falsos deuses é apenas a morte (v. 5, 
13, 14). 
Todavia, o Senhor deixaria que escapasse do juízo 
da morte pela espada, um remanescente que 
viveria espalhado pelas nações, e estes se 
lembrariam dEle, quando lhes quebrantasse o 
coração corrompido, que havia se desviado dEle, e 
que em consequência fez com que seus olhos 
espirituais ficassem cegados a ponto de adorarem 
ídolos, e caindo em si, sentiriam nojo pelo que 
haviam feito (v. 9). 
38 
Então saberiam que todo aquele mal que lhes 
sobreviera havia partido do próprio Senhor (v. 10). 
Todavia, não morreriam apenas pela espada, mas 
também pela fome e pela peste, conforme estava 
previsto nas ameaças de maldições da Lei (v. 11). 
Os que fugissem da espada seriam alcançados pela 
peste, e o que sobrasse deles, morreria de fome, 
porque o Senhor derramaria o Seu furor contra eles 
(v. 12). 
 
 
“1 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 
2 Filho do homem, dirige o teu rosto para os montes 
de Israel, e profetiza contra eles. 
3 E dize: Montes de Israel, ouvi a palavra do Senhor 
Deus. Assim diz o Senhor Deus aos montes, aos 
outeiros, às ravinas e aos vales: Eis que eu, sim eu, 
trarei a espada sobre vós, e destruirei os vossos 
altos. 
4 E serão assolados os vossos altares, e quebrados 
os vossos altares de incenso; e arrojarei os vossos 
mortos diante dos vossos ídolos. 
5 E porei os cadáveres dos filhos de Israel diante dos 
seus ídolos, e espalharei os vossos ossos em redor 
dos vossos altares. 
6 Em todos os vossos lugares habitáveis as cidades 
serão destruídas, e os altos assolados; para que os 
vossos altares sejam destruídos e assolados, e os 
vossos ídolos se quebrem e sejam destruídos, e os 
altares de incenso sejam cortados, e desfeitas as 
vossas obras. 
39 
7 E os traspassados cairão no meio de vós, e 
sabereis que eu sou o Senhor. 
8 Contudo deixarei com vida um restante, visto que 
tereis alguns que escaparão da espada entre as 
nações, quando fordes espalhados pelos países. 
9 Então os que dentre vós escaparem se lembrarão 
de mim entre as nações para onde forem levados 
em cativeiro, quando eu lhes tiver quebrantado o 
coração corrompido, que se desviou de mim, e 
cegado os seus olhos, que se vão corrompendo após 
os seus ídolos; e terão nojo de si mesmos, por causa 
das maldades que fizeram em todas as suas 
abominações. 
10 E saberão que eu sou o Senhor; não disse 
debalde que lhes faria este mal. 
11 Assim diz o Senhor Deus: Bate com a mão, e bate 
com o teu pé, e dize: Ah! por causa de todas as 
péssimas abominações da casa de Israel; pois eles 
cairão à espada, e de fome, e de peste. 
12 O que estiver longe morrerá de peste; e, o que 
está perto cairá à espada; e o que ficar de resto e 
cercado morrerá de fome; assim cumprirei o meu 
furor contra eles. 
13 Então sabereis que eu sou o Senhor, quando os 
seus mortos estiverem estendidos no meio dos seus 
ídolos, em redor dos seus altares, em todo outeiro 
alto, em todos os cumes dos montes, e debaixo de 
toda árvore verde, e debaixo de todo carvalho 
frondoso, lugares onde ofereciam suave cheiro a 
todos os seus ídolos. 
40 
14 E estenderei a minha mão sobre eles, e farei a 
terra desolada e erma, em todas as suas habitações; 
desde o deserto até Dibla; e saberão que eu sou o 
Senhor.” (Ezequiel 6) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
Ezequiel 7 
 
Ao tempo em que estas profecias eram dadas a 
Ezequiel, relativas ao sítio e à queda de Jerusalém, 
em Babilônia, Jeremias ainda profetizava em Judá. 
Certamente, chegou aos judeus, tanto de uma 
quanto de outra parte, o teor destas profecias de 
ambos, que eram uma só revelação em essência, e 
nem com isso eles se arrependeram de suas más 
obras. 
É possível pregar tudo que se refira à sã doutrina 
sobre santificação e nem assim muitos cristãos 
virem a se santificar. 
É possível pregar com exatidão sobre a segurança da 
salvação por causa da justificação, e ainda assim 
muitos cristãos viverem angustiados pelo temor da 
perda da salvação. 
Deste modo, não é nenhuma garantia de que haverá 
obediência dos cristãos, caso a Palavra seja pregada 
e ensinada como convém, isto é, estando a vida em 
acordo com a verdade pelos que pregam e ensinam, 
e por uma exposição correta da doutrina da graça e 
da verdade que estão em Cristo Jesus. 
É necessário tomar uma posição em relação ao que 
se ouve, e colocá-lo em prática. Daí a ordenança 
bíblica de que não sejamos meros ouvintes da 
Palavra, mas praticantes. 
O fato de saber a doutrina correta não é uma 
garantia de que estamos salvos ou santificados. 
42 
Apesar de ser fundamental o conhecimento da 
verdade para que haja salvação e santificação. Mas 
somente o conhecimento intelectual da verdade 
não é por si só, uma garantia de conversão, como 
podemos ver na atitude de Israel na recepção da 
Palavra que lhe foi enviada da parte de Deus pelos 
Seus profetas. 
O próprio Senhor Jesus disse que aquele que ouve a 
Palavra e não a pratica é como um insensato que 
construiusua casa sobre a areia. 
Nenhum pastor deveria se iludir portanto, 
pensando que tudo o que deve fazer é 
simplesmente aprender e ensinar a doutrina 
correta, porque conduzir a si mesmo e o povo de 
Deus à santificação é tarefa para quem é diligente 
não apenas no aprendizado da verdade, mas 
também na busca de Deus, no enchimento do 
Espírito e revestimento do Seu poder, de uma vida 
de oração e de renúncias, uma vez estabelecida a 
comunhão com nosso Senhor, que nos trará o Seu 
governo sobre o nosso espírito. 
Por isso Deus havia alertado a Ezequiel de antemão 
que Ele não seria ouvido pelos judeus, apesar de 
tudo o que lhes dissesse proviesse dEle, e fosse a 
pura verdade. Porque Deus sabe que para haver 
arrependimento e conversão é necessário muito 
mais do que simplesmente ouvir a verdade, é 
necessário ter um coração contrito perante Ele, que 
odeie o pecado, e que trema da Sua presença, pelo 
Seu temor e da Sua Palavra, de maneira que Ele 
43 
ache um caminho para poder se revelar aos nossos 
corações. 
 Como os judeus poderiam se converter ao Senhor 
enquanto seus corações estavam apegados às 
riquezas que eles haviam acumulado? Estava 
apegado de tal forma, que nem sequer no sítio que 
estavam sofrendo, viram que ouro e prata não 
matam a fome, em tais circunstâncias, porque nada 
se pode comprar com eles, e nem sequer servir para 
pagar tributos a nações que pudessem lhes 
socorrer, porque estavam em aperto e 
incomunicáveis, de maneira que toda a fortuna que 
haviam juntado de nada lhes serviria, e não 
somente isto, passaria para as mãos de outros. 
Por causa dessa riqueza do mundo eles haviam 
desprezado a celestial, e afastando-se dos caminhos 
retos do Senhor, vieram a viver na iniquidade. Então 
o dinheiro se lhes tornou em tentação e laço, que 
endureceu seus corações, preparando-lhes para a 
destruição (v. 19). 
Até mesmo os adornos que usavam foi convertido 
em soberba, lhes tornando orgulhosos, e fizeram 
deles imagens de esculturas para adorá-las (v. 20). 
Então o Senhor permitiria que caíssem nas mãos de 
ímpios, e também que o Seu próprio templo fosse 
profanado, porque eles haviam se tornado indignos 
de entrarem na Sua casa e adorá-lO. 
Nos dias da sua destruição eles buscariam a paz, 
mas não a paz que o Senhor dá, e por isso não 
achariam nenhuma paz (v. 25). 
44 
O Senhor agrada-se em dar a Sua paz, porque é um 
dos Seus atributos, é parte do fruto do Seu Espírito, 
mas não pode dar tal paz a quem vive na iniquidade, 
e que se recusa a se arrepender de seus pecados. 
Jesus é o Príncipe da paz, e nos dá a Sua paz não 
conforme é dada pelo mundo, ou seja, pela 
ausência de dificuldades e tribulações. Ele nos dá 
paz em meio às aflições, quando O buscamos de 
todo o nosso coração, dispostos a tomar sobre nós 
o jugo da obediência que Lhe é devida. 
Fazendo assim, sendo Seus imitadores, por sermos 
mansos e humildes de coração tal como Ele, 
acharemos por fim a Sua paz, porque agrada-se em 
dá-la aos que procedem de tal forma. 
Buscar meramente alívio de aflições, tal como os 
judeus fariam na hora da destruição que viria sobre 
eles, não significa buscar a paz de Deus, nem mesmo 
ao próprio Deus, porque é possível achar conforto e 
alívio que nos seja dado por Ele, para logo 
endurecer de novo o coração, pela falta de um 
verdadeiro arrependimento, tal como a Bíblia está 
cheia de exemplos nas pessoas de Esaú, faraó, o rei 
Acabe, Judas e tantos outros. 
 
“1 Ainda veio a palavra do Senhor a mim, dizendo: 
2 E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor Deus à 
terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro 
cantos da terra. 
3 Agora vem o fim sobre ti, e enviarei sobre ti a 
minha ira, e te julgarei conforme os teus caminhos; 
e trarei sobre ti todas as tuas abominações. 
45 
4 E não te pouparei, nem terei piedade de ti; mas eu 
te punirei por todos os teus caminhos, enquanto as 
tuas abominações estiverem no meio de ti; e 
sabereis que eu sou o Senhor. 
5 Assim diz o Senhor Deus: Mal sobre mal! eis que 
vem! 
6 Vem o fim, o fim vem, despertou-se contra ti; eis 
que vem. 
7 Vem a tua ruína, ó habitante da terra! Vem o 
tempo; está perto o dia, o dia de tumulto, e não de 
gritos alegres, sobre os montes. 
8 Agora depressa derramarei o meu furor sobre ti, e 
cumprirei a minha ira contra ti, e te julgarei 
conforme os teus caminhos; e te punirei por todas 
as tuas abominações. 
9 E não te pouparei, nem terei piedade; conforme 
os teus caminhos, assim te punirei, enquanto as 
tuas abominações estiverem no meio de ti; e 
sabereis que eu, o Senhor, castigo. 
10 Eis o dia! Eis que vem! Veio a tua ruína; já 
floresceu a vara, já brotou a soberba. 
11 A violência se levantou em vara de iniquidade. 
Nada restará deles, nem da sua multidão, nem dos 
seus bens. Não haverá eminência entre eles. 
12 Vem o tempo, é chegado o dia; não se alegre o 
comprador, e não se entristeça o vendedor; pois a 
ira está sobre toda a multidão deles. 
13 Na verdade o vendedor não tornará a possuir o 
que vendeu, ainda que esteja por longo tempo 
entre os viventes; pois a visão, no tocante a toda a 
46 
multidão deles, não voltará atrás; e ninguém 
fortalece a sua vida com a sua própria iniquidade. 
14 Já tocaram a trombeta, e tudo prepararam, mas 
não há quem vá à batalha; pois sobre toda a 
multidão deles está a minha ira. 
15 Fora está a espada, e dentro a peste e a fome; o 
que estiver no campo morrerá à espada; e o que 
estiver na cidade, a fome e a peste o consumirão. 
16 E se escaparem alguns sobreviventes, estarão 
sobre os montes, como pombas dos vales, todos 
gemendo, cada um por causa da sua iniquidade. 
17 Todas as mãos se enfraquecerão, e todos os 
joelhos se tornarão fracos como água. 
18 E se cingirão de sacos, e o terror os cobrirá; e 
sobre todos os rostos haverá vergonha e sobre 
todas as suas cabeças calva. 
19 A sua prata, lança-la-ão pelas ruas, e o seu ouro 
será como imundícia; nem a sua prata nem o seu 
ouro os poderá livrar no dia do furor do Senhor; 
esses metais não lhes poderão saciar a fome, nem 
lhes encher o estômago; pois serviram de tropeço 
da sua iniquidade. 
20 Converteram em soberba a formosura dos seus 
adornos, e deles fizeram as imagens das suas 
abominações, e as suas coisas detestáveis; por isso 
eu a fiz para eles como uma coisa imunda. 
21 E entrega-la-ei nas mãos dos estrangeiros por 
presa, e aos ímpios da terra por despojo; e a 
profanarão. 
47 
22 E desviarei deles o meu rosto, e profanarão o 
meu recesso; porque entrarão nele saqueadores, e 
o profanarão. 
23 Faze uma cadeia, porque a terra está cheia de 
crimes de sangue, e a cidade está cheia de violência. 
24 Pelo que trarei dentre as nações os piores, que 
possuirão as suas casas; e farei cessar a soberba dos 
poderosos; e os seus lugares santos serão 
profanados. 
25 Quando vier a destruição eles buscarão a paz, 
mas não haverá paz. 
26 Miséria sobre miséria virá, e se levantará rumor 
sobre rumor; e buscarão do profeta uma visão; mas 
do sacerdote perecerá a lei, e dos anciãos o 
conselho. 
27 O rei pranteará, e o príncipe se vestirá de 
desolação, e as mãos do povo da terra tremerão de 
medo. Conforme o seu caminho lhes farei, e 
conforme os seus merecimentos os julgarei; e 
saberão que eu sou o Senhor.” (Ezequiel 7) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
Ezequiel 8 
 
Aos que iam ao templo, parecia que tudo lá era 
feito de acordo com as prescrições da Lei de Moisés, 
que lhe fora dada pelo Senhor, pela qual entrara em 
aliança com Israel. 
Todavia, o Senhor sabe tudo o que os homens fazem 
às ocultas. Não somente exteriormente como no 
interior de seus próprios corações. 
Cristãos podem parecer em seu procedimento 
exterior, especialmente quando se encontram na 
igreja, como templos vivos aprovados por Deus, 
mas Ele conhece perfeitamente o que está no 
interior destes templos vivos que são os cristãos, 
porque discerne não somente os pensamentos 
como até mesmo as intenções dos corações. Se 
amam e obedecem de fato a Ele e à Sua Palavra, ou 
não. 
Então o Senhor revelariaa Ezequiel, pela instrução 
de um anjo, tudo o que se estava fazendo às ocultas 
nas câmaras do Seu próprio templo em Jerusalém, 
pelos sacerdotes e anciãos de Judá. 
Havia decorrido um ano desde que Ezequiel havia 
recebido as visões e profecias narradas nos 
capítulos anteriores, quando foi arrebatado por 
uma das tranças dos seus cabelos por um varão 
semelhante ao fogo, sendo transportado desse 
modo pelo Espírito Santo, de Babilônia até ao 
templo de Jerusalém. 
49 
Nós vimos anteriormente que ele havia rapado a 
sua cabeça, e então seus cabelos estavam de novo 
crescidos porque um ano se passara desde que 
tivera as visões e profecias narradas até o capítulo 
sétimo. 
A Jeremias não foram dadas tais revelações do que 
havia de escondido nas câmaras do templo, mas 
Ezequiel as havia recebido da parte de Deus, para 
que o povo soubesse que os juízos terríveis que 
estava proclamando através de Jeremias contra 
Jerusalém e contra o próprio templo, não poderiam 
ser suspendidos, porque haveria necessidade de se 
purificar o santuário de toda aquela grosseira 
idolatria, e de todas as contaminações que haviam 
sido colocadas nas paredes da própria casa do 
Senhor. 
Como poderia o Senhor e a Sua glória habitarem 
num tal lugar? 
Então este capítulo é preparatório para as visões 
que Ezequiel teve nos capítulos seguintes não 
somente das medidas que estavam sendo tomadas 
para purificar Jerusalém e o templo pelo fogo, como 
também para constatar que de fato, isto foi feito, 
porque o Senhor e a Sua glória havia abandonado o 
templo, conforme foi dado a Ezequiel ver nos 
capítulos seguintes. 
O povo, de um modo geral desconhecia a Lei de 
Deus, em todas as suas minúcias, especialmente 
quanto às regras para o funcionamento do culto no 
templo. Então foi muito fácil para os escribas e 
sacerdotes infiéis introduzirem uma imagem de 
50 
escultura à porta norte do templo, próximo do altar 
dos holocaustos, sob a possível alegação de que 
fazia parte da estrutura que fora ordenada pelo 
Senhor, quando na verdade se tratava de um 
acréscimo abominável. Por isso é chamada de 
imagem do ciúme, ou seja que despertava e 
provocava a zelos ao Senhor, por causa da Sua 
santidade. 
Não é incomum que ministros acrescentem à forma 
de adoração já instituída por Deus para a forma que 
deve ser adorado pela Igreja, que é em espírito e em 
verdade, práticas de cunho carnal e mundano, a 
pretexto de serem formas lícitas de se adorar a 
Deus, quando pessoas esclarecidas na verdade, 
sabem muito bem que se trata também de uma 
provocação ao zelo do Senhor, por causa do amor à 
Sua própria santidade, e da glória do Seu grande 
nome que deve ser santificado na terra, assim como 
é no céu, ou seja, conforme a forma por Ele 
prescrita. 
Por maiores que sejam as justificativas, a presença 
ou ausência da glória do Senhor nas pessoas desses 
ministros e dos demais adoradores, responderá se 
estão agindo de modo correto ou não. 
Todavia, os ministros do templo não agiam por 
ignorância, porque sabiam muito bem que estavam 
cultuando a outros deuses e lhes dando honra no 
lugar do Senhor. E pior de tudo, fazendo isto tudo 
descaradamente na Sua própria casa. 
51 
Com isto, o povo se corrompeu, porque vemos 
neste capítulo mulheres chorando em adoração em 
honra do falso deus Tamuz. 
Se a consciência desses ministros não lhes 
condenava, no entanto lhes acusava perante o 
Senhor, porque o que havia de pior entre eles, 
faziam às ocultas, tanto que foi ordenado a Ezequiel 
que fizesse um buraco numa das paredes do templo 
que conduzia a uma câmara onde setenta anciãos se 
reuniam para adorar falsos deuses, que haviam sido 
estampados nas paredes daquela câmara na forma 
de répteis, e de animais imundos, e todos os ídolos 
da casa de Israel (v. 10). 
Além disso foi mostrado a Ezequiel 25 adoradores 
no átrio interno do templo com seus rostos voltados 
para o nascente, adorando o sol. 
Ora, eles fizeram tudo isto deliberadamente, e por 
terem considerado que haviam sido abandonados 
pelo Deus de Moisés, de maneira que escolheram 
deuses para serem adorados segundo a própria 
conveniência deles, esquecidos que tinham uma 
aliança com o Senhor, pela qual, estavam sujeitos a 
juízos de bênçãos ou de maldições, segundo a 
obediência ou desobediência deles, 
respectivamente. 
A Lei nos ensina portanto em figura, que mesmo 
estando numa Nova Aliança com Cristo, e não 
estando mais debaixo da Lei, isto não significa que 
eles têm liberdade para adorar o que bem 
entendam ou que não estão sujeitos a nenhum 
castigo da parte do Senhor caso venham a andar de 
52 
modo desordenado, contra a santificação que Lhe é 
devida. 
Ainda que não sejam mais amaldiçoados com as 
mesmas maldições especificadas na Antiga Aliança, 
certamente serão sujeitados à Sua disciplina e não 
serão tidos por aprovados ou abençoados ou bem-
aventurados, quando viverem deliberadamente na 
prática da iniquidade, tal como viveram os judeus 
nos dias de Ezequiel, e que por isso foram 
destruídos pelos juízos do Senhor. 
Que comunhão pode existir entre luz e trevas? 
Entre Cristo e Belial? 
Entre a glória do Senhor e os demônios? 
Por isso, quando Ezequiel foi arrebatado ao templo 
de Jerusalém, ainda se via a glória do Senhor 
naquele lugar, para que ele constatasse quão 
incompatível é que tal glória permaneça onde 
predominam as trevas do pecado nos corações. 
Então a glória seria removida do templo, assim 
como é removida dos corações dos cristãos que 
entristecem o Espírito Santo, e que apagam o fogo 
da Sua glória, até que eles venham a se arrepender, 
porque o corpo deles é templo do Espírito, e Ele não 
pode estar se manifestando em glória num templo 
que esteja sujo. 
 
“1 Sucedeu pois, no sexto ano, no mês sexto, no 
quinto dia do mês, estando eu assentado na minha 
casa, e os anciãos de Judá assentados diante de 
mim, que ali a mão do Senhor Deus caiu sobre mim. 
53 
2 Então olhei, e eis uma semelhança como 
aparência de fogo. Desde a aparência dos seus 
lombos, e para baixo, era fogo; e dos seus lombos, 
e para cima, como aspecto de resplendor, como e 
brilho de âmbar. 
3 E estendeu a forma duma mão, e me tomou por 
uma trança da minha cabeça; e o Espírito me 
levantou entre a terra e o céu, e nas visões de Deus 
me trouxe a Jerusalém, até a entrada da porta do 
pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava 
o assento da imagem do ciúme, que provoca ciúme. 
4 E eis que a glória do Deus de Israel estava ali, 
conforme a semelhança que eu tinha visto no vale. 
5 Então me disse: Filho do homem, levanta agora os 
teus olhos para o caminho do norte. Levantei, pois, 
os meus olhos para o caminho do norte, e eis que ao 
norte da porta do altar, estava esta imagem do 
ciúme na entrada. 
6 E ele me disse: Filho do homem, vês tu o que eles 
estão fazendo? as grandes abominações que a casa 
de Israel faz aqui, para que me afaste do meu 
santuário; Mas verás ainda outras grandes 
abominações. 
7 E levou-me à porta do átrio; então olhei, e eis que 
havia um buraco na parede. 
8 Então ele me disse: Filho do homem, cava agora 
na parede. E quando eu tinha cavado na parede, eis 
que havia uma porta. 
9 Disse-me ainda: Entra, e vê as ímpias abominações 
que eles fazem aqui. 
54 
10 Entrei, pois, e olhei: E eis que toda a forma de 
répteis, e de animais abomináveis, e todos os ídolos 
da casa de Israel, estavam pintados na parede em 
todo o redor. 
11 E setenta homens dos anciãos da casa de Israel, 
com Jaazanias, filho de Safã, no meio deles, estavam 
em pé diante das pinturas, e cada um tinha na mão 
o seu incensário; e subia o odor de uma nuvem de 
incenso. 
12 Então me disse: Viste, filho do homem, o que os 
anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um 
nas suas câmaras pintadas de imagens? Pois dizem: 
O Senhor não nos vê; o Senhor abandonou a terra. 
13 Também me disse: Verás ainda maiores 
abominações que eles fazem. 
14 Depois me levou à entrada da porta da casa do 
Senhor, que olha para o norte; e eis que estavam ali 
mulheresassentadas chorando por Tamuz. 
15 Então me disse: Viste, filho do homem? Verás 
ainda maiores abominações do que estas. 
16 E levou-me para o átrio interior da casa do 
Senhor; e eis que estavam à entrada do templo do 
Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e 
cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e 
com os rostos para o oriente; e assim, virados para 
o oriente, adoravam o sol. 
17 Então me disse: Viste, filho do homem? Acaso é 
isto coisa leviana para a casa de Judá, o fazerem eles 
as abominações que fazem aqui? pois, havendo 
enchido a terra de violência, tornam a provocar-me 
à ira; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz. 
55 
18 Pelo que também eu procederei com furor; o 
meu olho não poupará, nem terei piedade. Ainda 
que me gritem aos ouvidos com grande voz, 
contudo não os ouvirei.” (Ezequiel 8) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
Ezequiel 9 
 
Antes que os exércitos de Babilônia destruíssem 
especialmente os idólatras que haviam sido 
mostrados a Ezequiel no capítulo anterior, o Senhor 
mostrou ao profeta estas destruições como sendo já 
consumadas por Ele, pela mão de um anjo 
destruidor, assim como fizera na terra do Egito nos 
dias de Moisés, quando o anjo destruidor matou 
todos os primogênitos egípcios. 
Tal como no passado em que havia mandado 
marcar as casas dos israelitas com o sangue do 
cordeiro pascal, para que o destruidor passasse 
(páscoa) sobre elas sem lhes fazer mal, de igual 
modo, o Senhor ordenou antes que fossem 
marcados com um sinal invisível em suas testas 
somente visto por Ele, todos aqueles que estavam 
chorando por causa das abominações que estavam 
sendo feitas em Jerusalém, para que fossem 
poupados da destruição. 
Ezequiel viu seis homens (anjos) com armas de 
destruição em suas mãos caminhando juntamente 
com um varão vestido de linho branco com um 
tinteiro de escrivão em seu cinto, com o qual 
marcaria os que seriam poupados da destruição dos 
que traziam as armas. 
Na ocasião, a glória do Senhor estava sobre um 
querubim, porque como já comentamos no 
primeiro capítulo, o Seu trono está acima dos 
57 
querubins, e Ele se assenta sobre eles, como sendo 
suas carruagens vivas e móveis com as quais se 
desloca em glória. 
E saindo de sobre o querubim a glória do Senhor 
veio para junto à entrada do templo, não para 
abençoar, mas para ser glorificado nos Seus juízos, 
porque havia deixado o Seu trono de graça, para 
castigar o pecado de Israel. 
É importante sabermos que Deus é glorificado nos 
Seus santos tanto quando os abençoa, quanto 
quando os corrige. E quanto aos juízos que traz 
sobre os ímpios, Deus também é glorificado nisto 
porque mostra o quão santo e justo Ele é. 
Uma vez marcados partiu a ordem de Deus que 
começassem a matança a partir do próprio templo, 
e que a ninguém poupassem dos que não tivessem 
a marca, independentemente de sexo, idade ou 
posição social. 
Tal foi a extensão da destruição que o profeta 
Ezequiel viu, que ele caiu com o rosto em terra e 
começou a clamar dizendo: “Ah Senhor Deus! 
destruirás todo o restante de Israel, derramando a 
tua indignação sobre Jerusalém?”. 
Todavia a resposta que o Senhor lhe deu, era a de 
que a culpa da casa de Israel e de Judá era 
grandíssima e a terra estava cheia de sangue por 
causa da injustiça e da violência deles, e ainda 
diziam que o Senhor estava indiferente ao que eles 
faziam, porque já não era o Deus deles e nem 
sequer sabia o que eles estavam fazendo. 
58 
Então mostraria por aqueles juízos que é o Deus 
vivo que tudo vê e julga, porque agiria de acordo 
com a Palavra da aliança que havia feito com eles. 
 
“1 Então me gritou aos ouvidos com grande voz, 
dizendo: Chegai, vós, os intendentes da cidade, cada 
um com as suas armas destruidoras na mão. 
2 E eis que vinham seis homens do caminho da porta 
superior, que olha para o norte, e cada um com a 
sua arma de matança na mão; e entre eles um 
homem vestido de linho, com um tinteiro de 
escrivão à sua cintura. E entraram, e se puseram 
junto ao altar de bronze. 
3 E a glória do Deus de Israel se levantou do 
querubim sobre o qual estava, e passou para a 
entrada da casa; e clamou ao homem vestido de 
linho, que trazia o tinteiro de escrivão à sua cintura. 
4 E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, 
pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as 
testas dos homens que suspiram e que gemem por 
causa de todas as abominações que se cometem no 
meio dela. 
5 E aos outros disse ele, ouvindo eu: Passai pela 
cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem 
vos compadeçais. 
6 Matai velhos, mancebos e virgens, criancinhas e 
mulheres, até exterminá-los; mas não vos chegueis 
a qualquer sobre quem estiver o sinal; e começai 
pelo meu santuário. Então começaram pelos 
anciãos que estavam diante da casa. 
59 
7 E disse-lhes: Profanai a casa, e enchei os átrios de 
mortos; saí. E saíram, e feriram na cidade. 
8 Sucedeu pois que, enquanto eles estavam ferindo, 
e ficando eu sozinho, caí com o rosto em terra, e 
clamei, e disse: Ah Senhor Deus! destruirás todo o 
restante de Israel, derramando a tua indignação 
sobre Jerusalém? 
9 Então me disse: A culpa da casa de Israel e de Judá 
é grandíssima, a terra está cheia de sangue, e a 
cidade cheia de injustiça; pois eles dizem: O Senhor 
abandonou a terra; o Senhor não vê. 
10 Também, quanto a mim, não pouparei nem me 
compadecerei; sobre a cabeça deles farei recair o 
seu caminho. 
11 E eis que o homem que estava vestido de linho, 
a cuja cintura estava o tinteiro, tornou com a 
resposta, dizendo: Fiz como me ordenaste.” 
(Ezequiel 9) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
Ezequiel 10 
 
Quanto às características dos querubins, estas já se 
encontram comentadas no primeiro capítulo. 
O que há agora para se comentar em relação a este 
décimo capítulo, é o modo como os juízos do Senhor 
foram disparados a partir deles, e executados pelo 
homem que estava vestido de linho branco, citado 
também no capítulo anterior. 
Nós já dissemos no primeiro capítulo que são os 
querubins que chamam os cavaleiros do Apocalipse 
a exercerem seus juízos sobre a terra. E são também 
eles que chamam os anjos para lançarem suas taças 
cheias com os juízos de Deus sobre a terra, nos dias 
do Anticristo. 
Eles têm participação nestes juízos, porque são 
guardiões da santidade de Deus, e por isso se 
encontravam esculpidos no tabernáculo e no 
templo, para que fosse ensinado em figura qual é a 
função deles. 
É dito então que eles fazem repousar a glória de 
Deus nos lugares que estão debaixo da Sua 
aprovação, ou até mesmo da Sua condenação, 
como era agora o caso do que se ocorria em Judá 
nos dias de Ezequiel. 
Eles estão em movimento porque Deus se 
movimentou de Seu trono para exercer juízos sobre 
a terra. 
61 
Por isso Ezequiel viu o trono do Senhor em forma de 
pedra de safira, acima da cabeça dos querubins (v. 
1), e partiu do trono uma voz ao homem vestido de 
linho dizendo-lhe que entrasse por entre as rodas 
giratórias dos querubins e que enchesse as suas 
mãos de brasas acesas que estavam dentre os 
querubins, que são o fogo do juízo do Senhor contra 
o pecado; e que lançasse tais brasas espalhando-as 
sobre todas a cidade de Jerusalém (v. 2). 
Neste momento os querubins estavam de pé ao 
lado direito do templo, quando entrou o homem 
vestido de linho, e nessa hora uma nuvem encheu o 
átrio interior do templo (v. 3). 
E após a entrada do homem vestido de linho, a 
glória do Senhor se levantou de sobre o querubim e 
passou para a entrada do templo enchendo-a de 
uma nuvem, e assim, o átrio interior se encheu do 
resplendor da glória do Senhor (v. 4). 
Ezequiel ouviu o ruído do bater das asas dos 
querubins, estando no átrio exterior, como se fosse 
a voz do próprio Deus, e mais uma vez se ordenou 
ao homem vestido de linho que pegasse fogo entre 
as rodas dentre os querubins, e ele se colocou junto 
a uma roda, e um dos querubins pegou o fogo que 
estava entre eles, e o colocou na mão do homem 
vestido de linho,o qual o tomou e saiu, para lançá-
lo sobre Jerusalém para que fosse queimada. 
Com isto estava selado o juízo de Deus sobre a 
cidade que seria executado pelos babilônios. 
A visão dada a Ezequiel tinha o propósito de lhe 
revelar e aos judeus que estavam exilados em 
62 
Babilônia que nada poderia impedir que Jerusalém 
fosse destruída pelo fogo, coisa que muitos deles 
não estavam acreditando, porque o templo do 
Senhor se encontrava nela, e pensavam que Deus 
estava obrigado a defender a cidade, por causa do 
Seu templo. 
Nos versos 8 a 14 são descritas características dos 
querubins que já comentamos no primeiro capítulo. 
Depois que o homem vestido de linho saiu, os 
querubins se elevaram ao alto, e as rodas que 
acompanhavam os seus movimentos também se 
elevaram com eles, porque a visão para Ezequiel era 
a de uma carruagem de fogo, composta por seres 
viventes. 
Logo após, a glória do Senhor saiu da entrada do 
templo e repousou sobre os querubins, e então 
estes bateram as suas asas e se elevaram ainda mais 
à vista de Ezequiel, tendo depois parado à entrada 
da porta Leste do templo, e a glória de Deus 
permanecia sobre eles. 
Estes querubins eram os mesmos que Ezequiel havia 
visto em sua primeira visão descrita no primeiro 
capítulo, ou seja, existem no céu apenas estes 
quatro querubins que foi permitido não somente a 
Ezequiel vê-los, como também ao apóstolo João, e 
registrar o que viram em relação a eles, na Palavra 
de Deus. 
 
 
 
63 
“1 Depois olhei, e eis que no firmamento que estava 
por cima da cabeça dos querubins, apareceu sobre 
eles uma como pedra de safira, semelhante em 
forma a um trono. 
2 E falou ao homem vestido de linho, dizendo: Vai 
por entre as rodas giradoras, até debaixo do 
querubim, enche as tuas mãos de brasas acesas 
dentre os querubins, e espalha-as sobre a cidade. E 
ele entrou à minha vista. 
3 E os querubins estavam de pé ao lado direito da 
casa, quando entrou o homem; e uma nuvem 
encheu o átrio interior. 
4 Então se levantou a glória do Senhor de sobre o 
querubim, e passou para a entrada da casa; e 
encheu-se a casa duma nuvem, e o átrio se encheu 
do resplendor da glória do Senhor. 
5 E o ruído das asas dos querubins se ouvia até o 
átrio exterior, como a voz do Deus Todo-Poderoso, 
quando fala. 
6 Sucedeu pois que, dando ele ordem ao homem 
vestido de linho, dizendo: Toma fogo dentre as 
rodas, dentre os querubins, entrou ele, e pôs-se 
junto a uma roda. 
7 Então estendeu um querubim a sua mão de entre 
os querubins para o fogo que estava entre os 
querubins; e tomou dele e o pôs nas mãos do que 
estava vestido de linho, o qual o tomou, e saiu. 
8 E apareceu nos querubins uma semelhança de 
mão de homem debaixo das suas asas. 
9 Então olhei, e eis quatro rodas junto aos 
querubins, uma roda junto a um querubim, e outra 
64 
roda junto a outro querubim; e o aspecto das rodas 
era como o brilho de pedra de crisólita. 
10 E, quanto ao seu aspecto, as quatro tinham a 
mesma semelhança, como se estivesse uma roda no 
meio doutra roda. 
11 Andando elas, iam em qualquer das quatro 
direções sem se virarem quando andavam, mas 
para o lugar para onde olhava a cabeça, para esse 
andavam; não se viravam quando andavam. 
12 E todo o seu corpo, as suas costas, as suas mãos, 
as suas asas, e as rodas que os quatro tinham, 
estavam cheias de olhos em redor. 
13 E, quanto às rodas, elas foram chamadas rodas 
giradoras, ouvindo-o eu. 
14 E cada um tinha quatro rostos: o primeiro rosto 
era rosto de querubim, o segundo era rosto de 
homem, o terceiro era rosto de leão, e o quarto era 
rosto de águia. 
15 E os querubins se elevaram ao alto. Eles são os 
mesmos seres viventes que vi junto ao rio Quebar. 
16 E quando os querubins andavam, andavam as 
rodas ao lado deles; e quando os querubins 
levantavam as suas asas, para se elevarem da terra, 
também as rodas não se separavam do lado deles. 
17 Quando aqueles paravam, paravam estas; e 
quando aqueles se elevavam, estas se elevavam 
com eles; pois o espírito do ser vivente estava nelas. 
18 Então saiu a glória do Senhor de sobre a entrada 
da casa, e parou sobre os querubins. 
19 E os querubins alçaram as suas asas, e se 
elevaram da terra à minha vista, quando saíram, 
65 
acompanhados pelas rodas ao lado deles; e 
pararam à entrada da porta oriental da casa do 
Senhor, e a glória do Deus de Israel estava em cima 
sobre eles. 
20 São estes os seres viventes que vi debaixo do 
Deus de Israel, junto ao rio Quebar; e percebi que 
eram querubins. 
21 Cada um tinha quatro rostos e cada um quatro 
asas; e debaixo das suas asas havia a semelhança de 
mãos de homem. 
22 E a semelhança dos seus rostos era a dos rostos 
que eu tinha visto junto ao rio Quebar; tinham a 
mesma aparência, eram eles mesmos; cada um 
andava em linha reta para a frente.” (Ezequiel 10) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
 
Ezequiel 11 
 
Este capítulo conclui a visão e revelações que o 
Senhor dera a Ezequiel desde que o arrebatara pelo 
cabelo para transportá-lo de Babilônia para 
Jerusalém. 
No capítulo anterior nós vimos que a glória do 
Senhor havia saído do templo e repousado sobre os 
querubins. 
E este se inicia nos informando que o Espírito Santo 
havia levado Ezequiel à porta Leste do templo, e 
junto à entrada daquela porta se encontravam 25 
homens, e entre eles Jaazanias e Pelatias, príncipes 
do povo, ou seja magistrados, dos quais o Espírito 
disse serem os homens que maquinavam a 
iniquidade e que davam conselhos ímpios em 
Jerusalém, porque diziam que não estava próximo o 
tempo de edificar casas, porque Jerusalém era a 
panela e eles a carne. 
Com isso queriam dizer que estavam em segurança 
como a carne que está sendo cozida no interior de 
uma panela de metal fervente, e que ninguém, 
portanto se intrometeria com eles, porque seriam 
queimados pela panela ou pela água fervente. 
Então o Espírito ordenou a Ezequiel que 
profetizasse contra eles, dizendo que os mortos 
com os quais eles haviam enchido a cidade, esses 
que eram a carne, e não eles, mas Jerusalém era de 
fato a caldeira, mas o Senhor os arrancaria do meio 
67 
dela; porque o temor deles da espada faria com que 
o Senhor trouxesse a espada sobre eles. 
Eles tentavam anular a Palavra do Senhor na boca 
dos Seus profetas quanto a dizer que se 
encontravam seguros naquela caldeira, mas Ele 
cumpriria totalmente a Palavra que havia proferido 
por meio deles, quando eles próprios fossem 
entregues nas mãos dos babilônios, e eles cairiam à 
espada, e até mesmo nos confins de Israel os 
alcançaria e julgaria. 
Como magistrados eles deveriam julgar segundo a 
Lei do Senhor, mas procediam conforme os 
costumes das nações pagãs. 
Enquanto Ezequiel profetizava, um daqueles dois 
homens ímpios citados pelo Espírito, caiu morto, a 
saber, Pelatias. Então Ezequiel clamou com grande 
voz apelando junto ao Senhor que não desse cabo 
ao remanescente de Israel. 
Todavia, o Senhor lhe revelou que os seus próprios 
irmãos, da sua parentela, e toda a casa de Israel, 
eram aqueles dos quais os habitantes de Jerusalém 
haviam dito que se afastassem do Senhor, porque 
aquela terra se lhes havia sido dada em possessão. 
Então Ele saberia muito bem a quem preservar 
como remanescente do Seu povo. E mandou 
Ezequiel lhes dizer que ainda que lhes enviasse para 
longe entre as nações, todavia ainda lhes seria por 
santuário, por um certo tempo nas terras para onde 
fossem espalhados pelo Seu juízo. 
E depois os ajuntaria do meio dos povos e os 
recolheria das nações para onde lhes havia 
68 
espalhado, e lhes traria de volta à terra de Israel (v. 
17). 
Ao retornarem, restaurariam o culto devido ao 
Senhor, purificando-se de todas as coisas 
detestáveis e abomináveis, e o Senhor lhes daria um 
só coração, e poria neles um novo espírito, e tiraria 
o seu coração de pedra e lhes daria um coração de 
carne. (v. 19). 
E faria isto para que andassem nos Seus estatutos e 
guardassem os seus mandamentos e os 
cumprissem, e então seriam de fato o Seu povo, e 
Ele o

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