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Sustentabilidade em arquitetura e urbanismo Aula 3 - A problemática urbana e o desenvolvimento sustentável INTRODUÇÃO O conceito do desenvolvimento sustentável baseia-se em uma série de princípios e diretrizes que devem representar os elementos norteadores das políticas e dos planos mundiais, re�etidos nos planejamentos e nas ações dos diversos setores de atividades da sociedade. O equilíbrio econômico, social e ambiental, também identi�cado como o tripé da sustentabilidade, somado a outros princípios, forma as bases para um desenvolvimento que pretenda ser sustentável. Entre as necessidades básicas dos seres humanos e suas relações com a problemática, ambiental, social e econômica da sustentabilidade, percebe-se a forte presença de questões relacionadas ao acesso e à disponibilidade de ambientes construídos, que venham a atender às necessidades das populações, com qualidade, e sem representar danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Essa problemática ambiental e social urbana será o foco desta aula. OBJETIVOS Reconhecer a problemática ambiental e social urbana. Identi�car as principais prioridades e os desa�os que devem ser assumidos pelos pro�ssionais de Arquitetura e Urbanismo, visando à redução dos impactos ambientais no espaço urbano. PROBLEMÁTICA RELACIONADA À CIDADE E AO AMBIENTE CONSTRUÍDO A problemática relacionada à cidade e ao ambiente construído, principalmente dos grandes centros urbanos, altamente degradados, foi amplamente discutida no Relatório Brundtland, sendo alvo de um capítulo especialmente dedicado a sua discussão. Entre os problemas presentes, nos atuais processos de urbanização, observam-se: Especulação imobiliária ocasionando perdas e desperdícios pela substituição do espaço edi�cado, muitas vezes, em condições de habitabilidade. Incoerência entre a limitação de recursos energéticos com as matrizes de transporte urbano adotadas. Poluição e contaminação ocasionadas pelas atividades humanas, relacionadas principalmente ao uso do automóvel e a queima de combustíveis fosseis. Destruição do habitat e das paisagens naturais ocasionadas pela expansão urbana. (ZAMBRANO, 2004) POLUIÇÃO DAS CIDADES A poluição pode ser de�nida como a introdução, no meio ambiente, de qualquer matéria ou energia que venha a alterar as propriedades físicas, químicas ou biológicas desse meio. Ela afeta, ou pode afetar, por isso, a "saúde" das espécies animais ou vegetais que dependem ou tenham contato com esse meio, ou que nele venham a provocar modi�cações físico-químicas nas espécies minerais presentes. Fonte: //revistaonda.blogspot.com.br/2010/11/ondaecopoluicao.html Fonte: Shutterstock DISCUSSÕES INTERNACIONAIS Segundo o Relatório Brundtland (ONU; COMISSÃO BRUNDTLAND, 1987), os governos, por meio de suas políticas, deverão encontrar maneiras de desacelerar as atuais taxas de urbanização observadas nas grandes cidades. Atualmente, em especial no “Terceiro Mundo”, os governos das grandes cidades não têm condições de suprir as necessidades básicas de moradia e toda a infraestrutura necessária, para as pessoas que nelas chegam diariamente, atraídas por melhores perspectivas de trabalho. Como podemos ver na imagem a seguir: Fonte: //revistaonda.blogspot.com.br/2010/11/ondaecopoluicao.html Além de não atender às necessidades básicas das populações e de gerar riscos a sua saúde, a expansão física descontrolada das cidades implica ainda em importantes repercussões para a economia e para o meio ambiente, tornando-os muito complexos e difíceis de serem atendidos, como: Abastecimento de água. Esgotamento sanitário. Suprimento de vias e meios de transportes e demais serviços públicos. Também as paisagens naturais e o meio rural que circundam as cidades passam a sofrer pressões e degradação em função de seu crescimento. Na Conferência Mundial da ONU para o Desenvolvimento Sustentável — Rio 92 — foi estabelecida a Agenda 21, como o principal instrumento de planejamento e ação a ser adotado global, nacional e localmente, pelos governos e pela sociedade civil dos países membros das Nações Unidas, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente. Em 1996, a conferencia Habitat II, em Istambul, con�rmou a inclusão do desenvolvimento das cidades nas perspectivas do desenvolvimento sustentável de�nidas na Rio 92. Nessa ocasião, nasceram os termos desenvolvimento urbano sustentável e cidades sustentáveis. Fonte: https://i.pinimg.com/736x/78/7e/97/787e976095cdca1af036ca73bda99852--ems.jpg Essa conferência trouxe ao mundo a visão de que é preciso administrar a cidade e os processos sociais que a produzem e a modi�cam, tendo em vista que o futuro do planeta depende de como evoluirão as soluções urbanísticas, com a certeza de que qualquer ideia de sustentabilidade deverá provar a sua operacionalidade em um mundo urbanizado. A cidade sustentável depende de um conjunto de mudanças e... ... da capacidade de reorganizar os espaços, gerir novas economias externas, eliminar as deseconomias de aglomeração, melhorar a qualidade de vida das populações e superar as desigualdades socioeconômicas como condição para o crescimento econômico e não como sua consequência. Zambrano, 2004 O crescimento acelerado das grandes cidades, frequentemente desequilibrado em relação às cidades de médio porte, demanda dos governos a criação de estratégias para desaceleração de seu crescimento, ao mesmo tempo em que estimulam ao desenvolvimento de centros secundários. Neste sentido, ressalta-se a importância de coordenar ações de incentivos econômicos em diversas escalas, para tornar esses centros mais atrativos para a instalação de empresas, melhor supridos de infraestrutura e condições de moradia e trabalho, criando assim as condições necessárias para seu desenvolvimento. No sentido de um melhor equilíbrio entre cidades e entre o ambiente urbano e rural, apresentam-se algumas estratégias que foram apontadas no Relatório Brundtland. A abordagem da problemática urbana, dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável, é tratada nas esferas de planejamento urbano das cidades, com o nome de Desenvolvimento Urbano Sustentável. Termo usualmente utilizado para ao conceito de sustentabilidade associado à cidade, como uma entidade física, nascido a partir da interpretação do conceito geral do desenvolvimento sustentável. Observe, na imagem a seguir, um plano sustentável de uma cidade: Fonte: Shutterstock Fonte: https://i.pinimg.com/736x/58/3b/67/583b67fdf867bd7994a1921ef46aa478--master-plan-site-plans.jpg Além da necessidade de se implantar estratégias na esfera nacional para a descentralização entre cidades com a criação de novos polos de atração, observam-se ainda importantes estratégias internas às cidades que devem orientar sua ocupação, distribuição e seu crescimento, estabelecendo assim, princípios para se obter “Cidades Sustentáveis”. Portanto, devem ser construídas estratégias tanto nas esferas nacionais como locais, de orientação de políticas econômicas e setoriais, no sentido de controlar e ordenar o crescimento das cidades. Fonte: //www.emilianozapata.com.br/wp-content/uploads/2016/05/EZ_Blog_17objetivosONU.jpg Destaca-se no Relatório Brundtland que: O desenvolvimento urbano não pode se basear em esquemas padronizados, importados ou não. As possibilidades de desenvolvimento são particulares a cada cidade e devem ser avaliadas no âmbito da própria região. ONU; Comissão Brundtland, 1987, p.276 CIDADES SUSTENTÁVEIS DA AGENDA 21 BRASILEIRA Fonte da Imagem: A Agenda 21 visa representar um instrumento de planejamento e ação para as cidades, a ser construído a partir das esferas locais, passando pelas esferas regionais até a esfera nacional. No Brasil, este instrumento vem sendo aplicado com êxito, e representa um importante articulador entre os planos e as estratégias nacionais, e as particularidades das necessidades. O documento Cidades Sustentáveis da Agenda 21 Brasileira elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com diversos atores do governo eda sociedade civil, reuniu os debates em torno dos subsídios para elaboração da Agenda 21 Brasileira no que concerne à incorporação da dimensão ambiental nas políticas urbanas vigentes. Por intermédio das agendas 21 locais, as municipalidades devem estabelecer seus planos de ação para cumprir os objetivos do desenvolvimento sustentável. Para tanto, o Ministério do Meio Ambiente de�niu um série de premissas e estratégias, por meio do projeto formulação e implementação de políticas públicas compatíveis com os princípios do desenvolvimento sustentável de�nidos na Agenda 21, visando orientar as ações nas diversas escalas governamentais, onde destacam-se: (ROMERO, 2001) Crescer sem destruir Signi�ca desenvolver os diversos setores da sociedade, para gerar mais empregos, produtividade, renda aos mais pobres, qualidade de vida nas cidades etc., dentro do compromisso de reduzir a contaminação, os danos ambientais, a pobreza e as desigualdades. Fonte: //www.casadacidade.org.br/wp-content/uploads/2015/08/IMAGEM_PETICAO_FACEBOOK2.jpg Indissociabilidade da problemática ambiental e social Dinâmicas de promoção social devem combinar-se com dinâmicas de redução dos impactos ambientais no processo urbano. Diálogo entre as estratégias da Agenda 21 brasileira e as atuais opções de desenvolvimento Estratégias propostas nas Agendas 21 das cidades devem ser compatíveis com os planos e as políticas estabelecidas na esfera nacional, pautados na a�rmação de uma postura de inserção competitiva em uma economia globalizada, com vistas a viabilizar o desenvolvimento. Especi�cidade da Agenda Marrom Menciona a problemática do ambiente urbano, radicalmente alterado pela ação humana, onde a correção dos efeitos negativos não é tarefa para uma só geração, embora mitigá-los seja desejável e inadiável. A Agenda Marrom concentra-se, sobretudo, na melhoria da qualidade sanitário-ambiental das populações urbanas. Incentivar a inovação e a disseminação das boas práticas Tornar a utopia das cidades sustentáveis concreta, isto é, ir além de estratégias mitigadoras, equilibrando a inovação com a valorização das práticas urbanas existentes que apresentem componentes de sustentabilidade. Fortalecimento da democracia Não há sustentabilidade sem democracia. Desenvolver a cidadania ativa e aperfeiçoar instituições ou criá-las com um desenho que estimule a vida democrática no país. O modelo de democracia con�gurado nas recomendações da Agenda é o participativo. Os consensos necessários para que as mudanças, no modelo de desenvolvimento, sejam operadas só serão possíveis por meio do fortalecimento das possibilidades de gestão democrática e participativa. Gestão integrada e participativa Reestruturação dos sistemas de gestão, de forma a viabilizar o planejamento intersetorial e os programas conjuntos em diversas escalas. Flexibilização de mecanismos para favorecer a participação, propiciando aporte de recursos técnicos e �nanceiros (do mercado, setor público não governamental, comunitário) e ampliando a responsabilidade ecológica da sociedade. Foco na ação local Fortalecimento dos municípios com a descentralização das instâncias decisórias e de serviços, e incentivo da gestão comunitária. Com isso, a sociedade assume suas próprias decisões no que se refere ao desenvolvimento de um modo geral, à melhoria da qualidade de vida urbana e à preservação do meio ambiente. ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DAS CIDADES BRASILEIRAS No que concerne às estratégias, foram sistematizadas quatro ações prioritárias: A imagem a seguir, apresenta os parâmetros propostos para a Quota Ambiental: Fonte: //www.camara.sp.gov.br/zoneamento/dicionario/ Aos governos cabe ainda dar o apoio indispensável aos grupos comunitários que se mobilizam e se organizam, fornecendo meios para uma ajuda mútua a �m de lidar com os problemas de moradia, saúde, meio ambiente, segurança etc., especí�cos das áreas da cidade. Como foi mencionado no Relatório Brundtland: Aperfeiçoar a regulação do uso e da ocupação do solo urbano e promover o ordenamento do território, contribuindo para a melhoria das condições de vida da população, considerando a promoção de equidade, e�ciência e qualidade ambiental. Promover o desenvolvimento institucional e o fortalecimento da capacidade de planejamento e gestão democrática da cidade, incorporando no processo a dimensão ambiental urbana e assegurando a efetiva participação da sociedade. Promover mudanças nos padrões de produção e consumo da cidade, reduzindo custos e desperdícios e fomentando o desenvolvimento de tecnologias urbanas sustentáveis. Desenvolver e estimular a aplicação de instrumentos econômicos no gerenciamento dos recursos naturais visando à sustentabilidade urbana. ... os governos podem se tornar parceiros e patrocinadores das pessoas que são a estrutura humana principal de suas cidades. ONU ; Comissão Brundtland, 1987, p. 279 UMA PROBLEMÁTICA PRIORITÁRIA NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO: HABITAÇÃO Entre os inúmeros problemas urbanos, destaca-se o problema da habitação para os pobres. As problemáticas associadas aos assentamentos humanos já vem sendo alvo de preocupações e atenções há muitos anos. A ONU, buscando solução para esses problemas, promoveu: PRIMEIRA CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE ASSENTAMENTOS HUMANOS Em 1976, a ONU promoveu a Primeira Conferência Mundial sobre Assentamentos Humanos. Depois, em 1996, na segunda conferência, conhecida como Habitat II, por meio da Declaração de Istambul, foi estabelecida a Agenda Habitat. PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA OS ASSENTAMENTOS HUMANOS Na mesma ocasião, foi criado o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos. Tais iniciativas visam promover a melhoria de qualidade dos assentamentos humanos, entre outros, objetivando: • a equidade, • a erradicação da pobreza, • o desenvolvimento sustentável, • a qualidade de vida, • o fortalecimento da família, • a cidadania e participação, • a parceria, • a solidariedade, • a habilitação, e • a promoção da saúde humana e ambiental (FERNANDES, 2003). No Brasil, como em muitas cidades dos países em desenvolvimento, há poucas habitações de baixo custo, para as pessoas de baixa renda. Essas pessoas veem-se obrigadas a morar de forma precária, ora alugando cômodos em casas ou barracos de terceiros, ora construindo sua própria casa ou barraco em terrenos de ocupação ilegal, na maioria das vezes, sem nenhuma ou com infraestrutura precária, e frequentemente em áreas que apresentam riscos físicos ou à saúde. Não tendo as necessidades básicas de grande parte da população supridas em condições mínimas, o problema da habitação deve corresponder a uma prioridade por parte dos governos, nas diversas escalas. Fonte: Shutterstock / Favela do Rio de Janeiro ... o homem precisa primeiro sobreviver, atender e corresponder a suas necessidades básicas de sobrevivência — alimentação, moradia, saneamento — e depois cuidar do meio ambiente. Walter Pinto Costa, CMMAD, 1985, apud, ONU; COMISSÃO BRUNDTLAND, 1987, p. 280 O Relatório Brundtland enfatiza que deve haver opções legais de terrenos, mais bem situados, e com melhor disponibilidade de serviços e infraestrutura, para os lotes em terrenos ilegais. A pressão sobre os recursos aumenta quando as pessoas �cam sem alternativas. As políticas de desenvolvimento devem dar mais opções para que as pessoas disponham de um meio de vida sustentável onde existe desgaste ecológico. ONU; Comissão Brundtland, 1987, p. 62 Segundo o relatório, as opções são particulares de cada local, citando alguns exemplos de estratégias e instrumentos diversos que podem ser adotados, como doações diretas, eliminação de dívidas tributárias, deduções de juros sobre hipotecas, e tratar da especulação fundiária, a corrupção e outras atividades indesejáveis que normalmente acompanham processos desse tipo. Destaca-se ainda que os gestores e planejadores precisam... ... valorizar mais o espírito de iniciativa das comunidades e o uso de tecnologias baratas. ONU; Comissão Brundtland,1987, p. 59 Fonte da Imagem: As estratégias de cooperação econômica entre os países em desenvolvimento são apontadas como sendo um caminho para enfrentar os problemas urbanos e ambientais, para aumentar a capacidade de criar soluções, desenvolver tecnologias de baixo custo e facilitar o acesso a recursos internacionais de assistência ao desenvolvimento. Neste sentido, em 1996 foi criado o Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ROLAC), com sede no Rio de Janeiro, objetivando contribuir e promover os esforços regionais para fortalecer capacidades organizativas e técnicas no âmbito regional, nacional e municipal na formulação e implementação de políticas e estratégias. (PNUD BRASIL, 2007) A conferência Habitat III realizada em outubro de 2016, em Quito, no Equador, teve enfoque mais rígido em duas questões-chave: A equidade no desenvolvimento urbano, com foco na informalidade. A de�nição de normas de planejamento urbano através de regras e legislação. Umas das condições básicas para uma cidade sustentável é a adequada gestão dos recursos ambientais nela presentes: • os recursos hídricos, • as condições climáticas, • o solo, • o relevo, • a vegetação etc. A exploração dos recursos ambientais acima dos limites, o descaso sobre estes limites e sobre a capacidade de suporte do ambiente às atividades urbanas leva invariavelmente à deterioração ambiental, à perda de qualidade de vida e ao aumento de consumo de recursos necessários para suprir as “deseconomias” advindas de tal cenário. EXERCÍCIOS Agora, vamos fazer uma pequena revisão do conteúdo. Para isso, responda as questões a seguir: A problemática urbana foi abordada no Relatório Brundtland dando destaque a alguns temas, EXCETO: Destruição do habitat e das paisagens naturais ocasionadas pela expansão urbana. Todos os edifícios que se relacionam diretamente com a paisagem tornam-se sustentáveis. Legalização dos assentamentos informais nas grandes cidades melhorando a qualidade de vida das pessoas. Especulação imobiliária ocasionando perdas e desperdícios pela substituição do espaço edi�cado, muitas vezes, em condições de habitabilidade. Poluição e contaminação ocasionadas pelas atividades humanas, relacionadas principalmente ao uso do automóvel e a queima de combustíveis fosseis. Justi�cativa O Ministério do Meio Ambiente de�niu uma série de premissas e estratégias, por meio do projeto formulação e implementação de políticas públicas compatíveis com os princípios do desenvolvimento sustentável de�nidos na Agenda 21, visando orientar as ações nas diversas escalas governamentais, EXCETO: Gerar incentivos �scais para o uso de energia alternativa nas residências nos países desenvolvidos. Desenvolver a cidadania ativa e aperfeiçoar instituições e/ou criá-las com um desenho que estimule a vida democrática no país. Desenvolver dinâmicas de promoção social que combinem com dinâmicas de redução dos impactos ambientais no processo urbano. Tornar a utopia das cidades sustentáveis concreta, isto é, ir além de estratégias mitigadoras, equilibrando a inovação com a valorização das práticas urbanas existentes que apresentem componentes de sustentabilidade. Flexibilizar mecanismos de gestão para favorecer a participação, propiciando aporte de recursos técnicos e �nanceiros, e ampliando a responsabilidade ecológica da sociedade. Justi�cativa (...) A pressão sobre os recursos aumenta quando as pessoas �cam sem alternativas. As políticas de desenvolvimento devem dar mais opções para que as pessoas disponham de um meio de vida sustentável onde existe desgaste ecológico. (ONU; COMISSÃO BRUNDTLAND, 1987, p. 62) Sobre o Relatório de Brundtland é possível a�rmar: As paisagens naturais das grandes cidades se desenvolvem e acompanham o seu crescimento. O poder público precisa valorizar mais as iniciativas das comunidades e o uso de tecnologias de baixo custo. As estratégias econômicas individualizadas dos países em desenvolvimento são apontadas como sendo um caminho para enfrentar os problemas urbanos e ambientais. Os governos, por meio de suas políticas, deverão encontrar elementos para acelerar as atuais taxas de urbanização observadas nas grandes cidades para adquirir recursos a investir na infraestrutura das habitações informais. O desenvolvimento urbano não pode se basear em esquemas padronizados, importados ou não. As possibilidades de desenvolvimento são particulares a cada cidade e devem ser avaliadas no âmbito da própria região. Justi�cativa A problemática relacionada à cidade e ao ambiente construído, principalmente dos grandes centros urbanos altamente degradados, foi amplamente discutida no Relatório Brundtland, sendo alvo de um capítulo especialmente dedicado a sua discussão. Entre os problemas presentes nos atuais processos de urbanização, cite três abordados no relatório: Resposta Correta A abordagem da problemática urbana dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável é tratada nas esferas de planejamento urbano das cidades, com o nome de_________________________. Resposta Correta (...) “o homem precisa primeiro sobreviver, atender e corresponder a suas necessidades básicas de sobrevivência — alimentação, moradia, saneamento — e depois cuidar do meio ambiente”. (Walter Pinto Costa, CMMAD, 1985, apud, ONU; COMISSÃO BRUNDTLAND, 1987, p. 280) Descreva o objetivo da Agenda Habitat na problemática da habitação: Resposta Correta Glossário
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