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Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. Grandezas e Unidades de Proteção Radiológica Samuel Queiroz Pelegrineli Supervisor da Radioproteção AI-0028/CNEN Doutorando em Engenharia Nuclear pela COPPE/UFRJ; Mestre em Engenharia Nuclear pela COPPE/UFRJ; Especialista em Proteção Radiológica e Segurança de Fontes - IAEA / CNEN; Bacharel em Física pela Universidade Federal Fluminense - UFF; Consultor em Proteção Radiológica. E-mail: samuelfisica@yahoo.com.br samuel.fisico@bezerradearaujo.com.br mailto:samuelfisica@yahoo.com.br mailto:Samuel.fisico@bezerradearaujo.com.br Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. Grandezas Propriedade de um fenômeno, de um corpo ou de uma substância, que pode ser expressa quantitativamente sob a forma de um número e de uma referência. (Vocabulario Internacional de Metrologia VIM 2008) Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. ICRP E ICRU International Commission on Radiological Protection, ICRP - Comissão Internacional de Proteção Radiológica - fundada em 1928, promove o desenvolvimento da radioproteção e faz recomendações voltadas para as grandezas limitantes. International Commission on Radiation Units and Measurements, ICRU - Comissão Internacional de Unidade de Radiação, fundada em 1925, cuida especialmente das grandezas básicas e das operacionais. Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. É expressa por : dm dQ X = Unidade : Legal no S.I. (C/kg) Especial: roentgen (R) 1 R = 2,5810-4 C/kg 1 R = 1,6x1012 pares íons/g Definida pela carga total dQ dos íons de um mesmo sinal produzidos por elétrons secundários criados pela radiação eletromagnética (raios X e ) gerados num elemento de volume de massa dm de ar, quando todos os elétrons secundários são totalmente freados no ar. EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO (X) Coulomb / Quilograma Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. EXPOSIÇÃO : Atualmente em desuso. A ICRP-60 usa o termo para referir-se ao ato de expor à. Limitações ? Definida apenas para: • Radiação X ou gama • Meio material AR Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. Meios de interesse : sólidos, líquido, tecido humano, etc. Tipos de radiação : partículas alfa, beta, nêutrons, prótons, fragmentos de fissão Conclusão A grandeza EXPOSIÇÃO não é adequada para descrever a energia de qualquer tipo de radiação absorvida por qualquer tipo de meio. Para superar esta dificuldade : DOSE ABSORVIDA Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. Energia média depositada (dE) pela radiação ionizante (qualquer tipo e energia) num elemento de volume de matéria de massa (dm) (qualquer meio) dm dE D = onde dE é a energia média depositada pela radiação ionizante num elemento de volume de matéria de massa dm. DOSE ABSORVIDA (D) Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. Grandeza é de maior importância na dosimetria, pois refere-se à absorção de qualquer tipo e energia de radiação em qualquer meio. A dose absorvida é definida em um ponto específico, mas na publicação ICRP-60 é usada como dose média no tecido ou orgão (para o uso em proteção radiológica). Unidade : Legal no S.I. J/kg – gray (Gy) Especial: rad (radiation absorbed dose) (erg/g) 1 Gy = 100 rad DOSE ABSORVIDA (D) Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. DOSE EQUIVALENTE NO TECIDO HT A Dose Equivalente no tecido ou num órgão HT , expressa em Sievert, é obtida pelo produto do valor médio da dose absorvida DT,R sobre o tecido ou órgão T, devido à radiação R com fator de peso wR Onde, wR = fator de peso da radiação, dado pela Tabela 1. (nêutrons Tabela 2) DT = dose absorvida no tecido ou órgão T, expressa em Gray Unidade = joule/kilograma = J kg-1 = Sievert = Sv TRT D.wH = Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. DOSE EQUIVALENTE NO TECIDO HT Tipo de radiação R wR Fótons X e gama, todas as energias 1 Elétrons e muons, todas as energias 1 Prótons ( não de recuo), energia > 2 MeV 5 Partículas alfa, Fragmentos de fissão, íons pesados 20 Tabela 1 – Fator de peso da radiação Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. FATOR DE PESO DA RADIAÇÃO WR PARA NÊUTRONS Tabela 2 – Fator de peso da radiação para nêutrons Tipo de radiação Fator de peso da radiação wR Nêutrons, energia <10 keV 5 >10 keV a 100 keV 10 100 keV a 2 MeV 20 2 MeV a 20 MeV 10 > 20 MeV 5 Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. DOSE EFETIVA E E DOSE EQUIVALENTE DE CORPO INTEIRO HWB É a soma ponderada das doses equivalentes em todos os tecidos ou órgãos do corpo, expressa por: Onde, wT é o fator de peso para o tecido ou órgão T (ver Tabela 3) e HT é a dose equivalente a ele atribuída. Unidade = joule/kilograma = J kg-1 = Sievert = Sv Obviamente que, ∑== T TTWB H.wHE ∑∑∑ ∑ R R,TR T T R T R,TTR D.w.wD.w.wE == Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. • Especial : a unidade de dose equivalente, adotada pela ICRU até 1975, foi o rem (roentgen equivalent men) – erg /g • Legal no S.I. Em 1975, a unidade adotada pela ICRU foi mudada para J / kg - sievert (Sv). Unidades 1 Sv = 100 rem Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. FATOR DE PESO PARA TECIDO OU ÓRGÃO T, wT Tabela 3 – Fator de peso para tecido ou órgão T, wT ICRP 60 e Norma CNEN NN-3.01 (2005) Órgão ou tecido T Fator de peso wT ICRP 26 e Norma CNEN-NE-3.01 (1988) ICRP 60 e Norma CNEN-NN-3.01 (2005) Gônadas 0,25 0,20 Medula óssea (vermelha) 0,12 0,12 Cólon - 0,12 Pulmão 0,12 0,12 Estômago - 0,12 Bexiga - 0,05 Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. FATOR DE PESO PARA TECIDO OU ÓRGÃO T, wT Tabela 3 – Fator de peso para tecido ou órgão T, wT ICRP 60 e Norma CNEN NN-3.01 (2005) Órgão ou tecido T Fator de peso wT ICRP 26 e Norma CNEN-NE-3.01 (1988) ICRP 60 e Norma CNEN-NN-3.01 (2005) Mama 0,15 0,05 Fígado - 0,05 Esôfago - 0,05 Tireóide 0,03 0,05 Pele - 0,01 Superfície óssea 0,03 0,01 Restantes* 0,30 0,05 *Cérebro, intestino grosso superior, intestino delgado, rins, útero, pâncreas, vesícula, timo, adrenais e músculo Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. Orgãos e tecidos apresentam diferentes radiosensibilidades. Quanto mais rapidamente uma célula se divide maior é a sua radiosensibilidade. Considerações A relação entre a probabilidade de ocorrência de efeitos estocásticos e a dose equivalente varia com o tecido ou orgão T irradiado. Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. Tireóide = 0,05 Plumão = 0,12 Intestino Delgado = 0,06 Gônadas = 0,20 Contribuição (peso) de cada órgão - wT Os valores de wT estão associados à radiosensibilidade do órgão ou tecido à radiação (Tauhata, et al, 2001). Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. Exemplo: • Dose equivalente nas gônadas = 20 mSv • Dose equivalente na tireóide = 10 mSv • Dose equivalente no pulmão = 10 mSv E = 20 x 0,20 + 10 x 0,05 + 10 x 0,12 E = 5,7 mSv Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. O ser humano não dispõe de sistemas próprios para a detecção da presença de radiação ionizante: - incolor, inodora, não palpável e inaudível. Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. EQUIVALÊNCIA: EXAMES RADIOLÓGICOS E RADIAÇÃO NATURAL EXAMES DOSE EFETIVA (mSv) EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO NATURAL Raios X Extremidade 0,01 1,5 dias Peito (PA) 0,02 3 dias Crânio 0,1 2 semanas Espinha dorsal 1,0 6 meses Quadril 0,3 2 meses Abdomen 1,5 9 meses Uso de bário Esôfago 2,0 1 ano Estômago 5,0 2,5 anos Intestino grosso 9,0 4,5 anos Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. EQUIVALÊNCIA: EXAMES RADIOLÓGICOS E RADIAÇÃO NATURAL (CONT.) EXAMES DOSE EFETIVA (mSv) EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO NATURAL Tomografia Cabeça 2,0 1 ano Peito 8,0 4 anos Uso de radionuclídeos Rim 1,0 6 meses Tireóide 1,0 6 meses Osso 5,0 2,5 anos Miocárdio (Tl-201) 18,0 9 anos Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. VALORES MÉDIOS DA TAXA DE DOSE PARA DIVERSAS FONTES DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO Fontes de exposição Taxa de dose (mSv/ano) Ocupacional (IOE) –CNEN-NN-3.01 20 Indivíduos do Público 1 Radiação natural média (EUA) 3,6 Exposições médicas (EUA) 0,53 Fall out (testesnucleares) <0,01 Usina nucleares (média população-EUA) <0,001 Raios X de TV (a 2,54 cm de distância) 0,005 Avião a 12 000 m 0,005 Radiação cósmica 0,27 Radiação terrestre média (EUA) 0,28 Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. VALORES MÉDIOS DA TAXA DE DOSE PARA DIVERSAS FONTES DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO (CONT.) Fontes de exposição Taxa de dose (mSv/ano) Radionuclídeos no corpo humano (40K) 0,39 Água potável 0,05 Radiografia de tórax 0,08 Raios X dentário 0,2 Radiografia pescoço, cabeça, coluna 0,2 Radiografia lombar 1,3 Exame de tireóide (corpo inteiro) 11 Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Informes técnicos: Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 330. Brasília, 2019. BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Comissão Nacional de Energia Nuclear. Informes técnicos: Posição Regulatória 3.01 – Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica. Brasília, 2014. TAUHATA L.; et al. Radioproteção e Dosimetria: Fundamentos – 10ª revisão. Rio de Janeiro. IRD/CNEN. Abril de 2014. BUSHONG, S.C. Ciência Radiológica para Tecnólogos – Física, Biologia e Proteção. Rio de Janeiro, 2010. OKUNO E., YOSHIMURA E. M., Física das Radiações. São Paulo: Oficina de Texto, 2010. Prof. Samuel Queiroz Pelegrineli; M.Sc. FIM Treinamento em Proteção Radiológica Grandezas e Unidades Radiológicas Samuel Queiroz Pelegrineli Supervisor da Radioproteção AI-0028/CNEN Doutorando em Engenharia Nuclear pela COPPE/UFRJ; Mestre em Engenharia Nuclear pela COPPE/UFRJ; Especialista em Proteção Radiológica e Segurança de Fontes - IAEA / CNEN; Bacharel em Física pela Universidade Federal Fluminense - UFF; Consultor em Proteção Radiológica. E-mail: samuelfisica@yahoo.com.br samuel.fisico@bezerradearaujo.com.br mailto:samuelfisica@yahoo.com.br mailto:Samuel.fisico@bezerradearaujo.com.br
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