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Imunologia Médica Amanda Schmidt – Turma XXVIII 1 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 2 de março de 2020 Imunologia celular Imunologia Definição Estudo do sistema imune (SI) e dos mecanismos que os seres humanos e outros animais usam para defender seus corpos da invasão de microorganimos. ▪ Células e órgãos especializados em defesa ▪ Resposta imune inata ▪ Resposta imune específica Funções da resposta imune 1) Reconhecimento imunológico: - detecção da infecção através das células; 2) Conter a infecção e se possível eliminá-la: - sistema complemento, anticorpos, granulócitos e linfócitos; 3) Proteger o indivíduo contra reinfecção a partir de um mesmo patógeno: memória imunológica (forte e imediata). Sistema Imunológico Celulas NK (participa da resposta imune inata) é rica em grânulos. o Sistema imunológico: Ao mesmo tempo que combate agentes externos pode causar lesão em relação a órgãos internos o Regulagem muito fina: células regulatórias, tudo que é ativado precisa ser desativado para que ocorra uma homeostase o R.I.Inata: Vai tentar proteger contra tudo e todos, sem especificidade, indiscriminada. Todas células que participam da resposta imune inata tem ações inespecíficas. o R.I.Especifica/adaptativa: altamente especifica, vários mecanismos que fazem com que as células reconheçam o antígeno, totalmente direcionada. Funções Sistema complemento (formado por proteínas), anticorpo (sintetizado por linfócito B – única célula). Célula de memória: produzidas por linfócito B e T, lembra que já foi ativada antigamente, então no segundo contato tem uma ação mais efetiva. A linfa (com muitos organismos) passam pelos linfonodos (são órgãos linfoides secundários e dentro desses linfonodos pode ter início da resposta imuno específica). Resposta imuno específica: obrigatoriamente com participação de Linfócito B e Linfocito T, células de Neutrofilos. Dentro dos vasos linfáticos tem células passando, atuando como sentinelas – procurando antígenos, que são capturados e transportados até o linfonodo mais próximo e gerar resposta mais rápida. Medula é responsável pela produção de células, hematopoiese, principalmente depois do nascimento, antes o fígado fetal era o grande responsável pela síntese de células. Célula pluripotente: tem capacidade de se transformar em muitas células, com dois grandes grupos ▪ Progenitor linfoide – origina linfócitos: linfócitos B (produção de anticorpos – 2 tipos), T(CD4 e CD8) e NK. ▪ Progenitor mieloide – origina todas as outras, macrófagos e granulócitos (neutrófilo, basófilo, megacariócito/eritrócito – origina plaquetas) *Monócito sempre vai estar no sangue, quando sai da corrente sanguínea e vai para os tecidos, sofre amadurecimento e se torna macrófago. Monócito X Macrófago (engloba, fagocita e apresenta): é a mesma célula, só que em fases e lugares diferentes, com funções diferentes. Células dendríticas: pode capturar muitos antígenos, engloba, fagocita, destrói e apresenta dentro dos linfonodos para os linfócitos. Linfonodo e Baço: são órgãos linfoide secundários! Todas as células possuem grânulos que tem função. ▪ Basófilos: alergias ▪ Eosinófilos: parasitoses/vermes; alergias; ▪ Mastócitos: participam do processo alérgico, grânulos ricos em histamina e heparina no citoplasma, encontrados nos tecidos adjacentes dos vasos sanguíneos em grande concentração nos tecidos não encontram-se circulantes O que é um receptor? Dispara um sinal químico no núcleo da célula. Eosinófilo também faz a ADCC e também libera histamina. 2 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 2 de março de 2020 ADCC = citotoxicidade mediada por anticorpo. APC = célula apresentadora de antígeno Neutrófilos o Neutrófilos: (PMN): São as mais numerosas durante uma RI o Não é uma APC (fagocita mas não mostra) fagócito que destrói o Ag em vesículas intracelulares através de enzimas de degradação; o Grânulos contém enzimas: Ex: lisozima, elastase, colagenase e outros; o Primeiro tipo celular a migrar em resposta à maioria das infecções bacterianas e fúngicas; o Vida curta (12h) após fagocitose dos patógenos PUS Monócitos/Macrófagos o Monócito sai da medula óssea → aproximadamente 1 dia na corrente sanguínea → se estabelece em algum tecido (macrófago) → 2 - 4 meses; o 1° Linha de defesa, sendo rapidamente ajudados pelos neutrófilos (imunidade inata); o Destruição de patógenos (fagocitose); o Liberação de citocinas ativando outras células; o São células “limpadoras”: eliminam células mortas e restos celulares; o É uma APC (apresenta antígenos – imunidade adquirida). Principais células Macrófago (células limpadoras – eliminam células mortas) e neutrófilo. Neutrófilos e Macrófagos: papel chave na imunidade inata. o Ambos reconhecem, ingerem e destroem os patógenos sem a ajuda da imunidade adaptativa. o Ambos são fagócitos, porém somente os macrófagos são APCs. (célula apresentadora de antígenos), apresenta o que comeu para os linfócitos. Células apresentadoras de antígenos (APC) o Portas de entrada para microorganismos: – Pele, área gastrointestinal e área respiratória o Abaixo do epitélio há células especializadas localizadas que capturam Ag e os transportam para os tecidos linfóides secundários (linfonodos) Macrófagos e células dendríticas fazem uma ponte entre sistema imune inato e especifico! Quais são as células apresentadoras de antígenos? Células de Langerhans; Macrófagos (pulmão, peritônio); Linfócito B e Célula dendrítica. Pele temos células de Langerhans (subtipo/ variação de células dendríticas) que ao capturar antígeno leva para os linfonodos. A origem da célula dendrítica é mieloide Células dendríticas o As células dendríticas saem da medula óssea e colonizam diversos tecidos; o Sua principal função é a captura e apresentação de antígenos proteicos (peptídeo) para os linfócitos T imunidade adquirida; o Fazem uma ligação crucial entre a imunidade inata e adquirida; o Podem capturar substâncias particuladas por fagócitos e ingerir grandes quantidades de fluido extracelular por um processo chamado de macropinocitose. Célula folicular vai atuar junto com o Linfocito B, a normal é linfócito T. *Tipos de linfócito T: TCD4 e TCD8 Como as APC reconhecem o antígeno? o PRRs: Receptores de Reconhecimento Padrão (presentes nas células) o PAMP: Padrões moleculares associados aos patógenos Exemplos de PRRs: Scavangers receptors, Receptores para a porção Fc, Receptores de Manose Receptores Toll Like (Toll Like receptors) Tudo aquilo que está na superfície dos patógenos é chamado de PAMP, que parte da célula que vai reconhecer? os PRRs (superfície das células) Forma como as células identificam os patógenos Marcadores celulares: pesquisas e separação de células Como diferencia? Por marcadores moleculares que tem na superfície, Linfocito T CD4 e Linfocito B CD8 vão ter o marcador CD3 + CD4 (LT) e CD3 + CD8 (LB). Sinal de negativo diz que a célula especifica não tem nem os respectivos marcadores, significando não está madura. Conforme o grau de maturação esses marcadores vão aparecendo. ▪ Imunidade humoral: participação de linfocitos B ▪ Imunidade mediada por células: participação dos linfócitos T. Na superfície de linfócito B tem o receptor de linfócito B = IgM (anticorpo) 3 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 2 de março de 2020 O Linfócito T tem o TCR (receptor de célula T). TCR e IgM são os que percebem! Populações de Linfócitos: Linfócitos: LB LT e NK Células natural killer/linfócitos NK (assassinasnaturais). Linfócitos grandes e cheios de grânulos o Mediadores de imunidade inata; o Não expressam receptores de antígeno como os LT e LB; o Importantes contra vírus e tumores; o Células não específicas aos Antígenos. NK não são especificas, pois participam das células imune inata, os grânulos (perfurinas e granzinas – entra no buraco e assim vai ter toda uma destruição da célula no seu interior). A vantagem de recrutar macrófago é para fagocitar. Corresponde a 10% dos linfócitos do sangue e dos órgãos linfóides periféricos; Reconhecem alterações na membrana celular de células anormais (células infectadas e tumorais); Destruição da célula alvo não é por fagocitose, mas pela liberação de grânulas; Ativam os macrófagos; Linfócitos T helpers = LT auxiliador Linfócitos B São as únicas células capazes de produzir anticorpos o Imunidade humoral. o Expressão de anticorpo de superfície – IgM: Receptor LB) Receptores que reconhecem antígenos ▪ Antígenos solúveis e antígenos na superfície de micróbios e outras células ▪ Ativação celular Ativação dos LB: 1) Ligação do Ag através de uma APC 2) Cooperação dos LT auxiliar. Linfócito T Imunidade Celular o Receptores reconhecem fragmentos de peptídeos de ag o Ligados ao complexo de histocompatibilidade principal (MHC); T CD4+ = helper ou auxiliares ▪ Ajudam B a produzir anticorpos ▪ Fagócitos a destruir micróbios fagocitados; T CD8+ = citotóxicos ou citolíticos ▪ Destroem células que abrigam microorganismos intracelulares. Ativação LT: apresentação do Ag via APC 1) A cromatina torna-se menos densa; 2) O nucléolo aparece; 3) Aumento do volume do núcleo e citoplasma.; 4) Novos RNAm e novas proteínas são sintetizadas. A ativação de linfócitos T vai se diferenciar em linfoblasto e assim vai ter a expansão clonal. *HLA = MHC *Naivi ou virgem = não entraram em contato com os antígenos, ainda não foram ativados Quando o linfócito T libera uma citocina, o macrófago vai potencializar sua fagocitose. Linfocitos CD*= destroem células que abrigam microorganismos intracelulares (exemplo: vírus) O macrófago vai apresentar um pedacinho do que fagocitou para o receptor do linfócito T (TCR), esse pedacinho apresentado vai ser dado pelo MHC (complexo principal de histocompatibilidade). Assim, o linfócito T reconhece isso liberando citocina e potencializando a capacidade fagocítica do macrófago. 1 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 9 de março de 2020 Órgãos Linfáticos Imunologia Linfócito B o IgA (rica no leite materno) o IgE AC ou o IgG imunoglubulina o IgM o IgD Entrada de patógenos Patógenos: entram em qualquer parte do organismo. Linfócitos: localizados no sangue, linfa e órgãos linfóides. Nos órgãos linfóides secundários: Baço, linfonodos, tecidos linfóides de mucosa. Órgãos do sistema imune o Órgãos primários ou centrais (que constitui, forma células): Timo e medula óssea. o Órgãos secundários ou periféricos (onde ocorre o início das respostas imunes específicas ou adaptativas, são locais onde irá ocorrer o encontro dos antígenos com o linfócito). Órgãos centrais - primários Origem, maturação e diferenciação das células linfóides; Medula Óssea: origem dos LT e LB; diferenciação e maturação de LB; Timo: maturação dos LT. ▪ Bilobulado situado acima do coração; ▪ Cada lobo é envolvido por uma cápsula e dividido em Lóbulos; ▪ Lóbulos se dividem em: córtex (LT imaturos) e medula (LT maduros); ▪ Desenvolve-se a partir da sexta semana fetal Órgãos linfóides periféricos - secundários Linfonodos, baço, placas de Peyer, linfonodos, tonsilas, GALT e BALT– Onde os linfócitos encontram os antígenos e onde inicia a resposta imune. Estes tecidos estão conectados através dos vasos linfáticos – Linfa Vasos linfáticos - linfa Mistura de substâncias absorvidos nos epitélios e tecidos, sendo escoados para os linfonodos; Sai dos tecidos periféricos devido à pressão exercida pela sua produção contínua; Conduzida por vasos linfáticos; Vasos linfáticos: Drenam fluidos extracelulares e células livres dos tecidos, transportando-os pela linfa e finalmente devolvendo-os ao sistema sanguíneo. Linfa: entrada e saída dos linfonodos Linfa X Linfonodo A linfa quando entra nos linfonodos, deixa Ag e linfócitos que vieram dos espaços intersticiais e quando sai, carrega novos linfócitos que estavam no linfonodo. Linfonodos: agregados ovóides (tecido linfóide) localizados ao longo de canais linfáticos no corpo; transportam a linfa dos epitélios, dos tecidos conjuntivos e da maioria dos órgãos parenquimatosos; Locais onde as respostas imunes são iniciadas Presentes nas axilas, virilha, pescoço e abdomen; Possuem 3 regiões: córtex, paracórtex e medula. o Córtex: Linfócitos B, macrófagos, células dendríticas (DC); o Paracórtex: LT e DC; o Medula: Plasmócitos. A passagem da linfa no linfonodo: captura, transporte e concentração dos Ags Baço o Responsável pelas RI contra Ag da corrente sanguínea; e maturação Linfócito B; o Principal local de produção de Anticorpos o Filtra o sangue capturando Ag sanguíneos; o Não tem ligação com o sistema linfático; o Coleta Ag do sangue e está envolvido em RI contra patógenos sanguíneos; o Os linfócitos entram e saem do baço via vasos sanguíneos; o Coleta e descarta as hemácias senescentes. 2 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 9 de março de 2020 o Sangue entra no baço por uma cadeia de canais(sinusóides) forrada de fagócitos. o Opsonização: marcação das células encapsuladas para ser morta. o Capturam antígenos e os concentra – células dendríticas e macrófagos. ~ 50% Linfócitos B ~ 30 - 40% Linfócitos T Polpa vermelha: macrófagos e eritrócitos, local onde eritrócitos velhos são destruídos; Polpa branca: envolve os ramos da artéria esplênica com linfócitos T e folículos primários (LB). Esplectomia: retirada do baço, aumenta em 40% as infecções graves bacterianas. MALT Tecido linfóide (tecido conjuntivo) associado a mucosa e encontrado em várias partes do corpo: São locais onde as respostas imunes também ocorrem quando antígenos ultrapassaram a barreira epitelial MALT é o conjunto de todos. GALT: tecido linfóide associado ao trato gastrointestinal Ex: Placas de Peyer (duodeno). BALT: tecido linfóide associado aos brônquios NALT: tecido linfóide associado ao nariz SALT: tecido linfóide associado à pele Tonsilas o Numerosos folículos linfóides secundários (área das células B), cercados por regiões interfoliculares (área de células T); o Presença de células epiteliais envolvidas em processos da RI. GALT o Ricos em IgA; o Células M: pinocitose e recolhem o Ag do lúmem intestinal para os tecidos subepiteliais; o Linfócitos intraepiteliais (LTCD8+ gama/delta); o Lâmina própria: LTCD4+, Plasmócitos, macrófagos, eosinófilos e Mastócitos; 1 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 2 de maio de 2020 Imunidade inata e específica Imunologia Imunidade inata ou natural Através dos PAMPS e PRR, não tem anticorpo (pois é produzido pelos linfócitos B – sendo específico). Imunidade específica Expansão clonal: o LB -> plasmócitos -> sofre expansão clonal (produz milhares de clones de LB, com a mesma especificidade do LB que foi ativado, por exemplo, “clones específicos para o vírus X, ou/e Y”) o LT -> linfócitos -> sofre expansão clonal (produz milhares de clones de LT, com a mesma especificidade do LT que foi ativado, ou seja, exclusivo do que ativou) A expansão clonal garante uma resposta imunológica eficiente. Características Sistema Complemento MAC = complexo de ataque à membrana, formação de poros.A via clássica do sistema complemento é dependente de anticorpo e participa da resposta específica! As outras duas vias não dependem de anticorpo, sendo importante da imunidade inata. Componentes da Imunidade Linhas de defesa Microrganismos → Barreiras Físicas, Químicas & Biológicas (Microbiota e células) → Respostas Focalizadas/Inflamação → Imunidade Específica (adquirida ou adaptativa). Características da resposta Imune Inata ou Natural o Barreiras físicas: pele, mucosas, cílios; o Barreiras químicas: lisozimas, ácido clorídrico, saliva, muco, etc... o Mecanismos fisiológicos: pH vaginal, fluxo urinário, peristaltismo; o Mecanismos Biológicos: microbiota o Defesas moleculares: complemento e interferon; o Fagocitose, inflamação. Mecanismos externos de resistência natural Mucosas: do sistema respiratório, do sistema gastrintestinal e do sistema urogenital . Resistência natural da pele: estrutura variada em relação à: queratinização, quantidade de pêlos, glândulas sebáceas, glândulas suporíparas e flora bacteriana normal. 2 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 2 de maio de 2020 Barreiras epiteliais São barreiras feitas por junções ocludentes. o São proteínas catiônicas ricas em cisteína, produzidos por células epiteliais de superfície mucosa, e por neutrófilos, células NK... Formam póros nas membranas Virais, bacterianas e fúngicas o Células de panet do intestino delgado: produzem defensinas E assim limitam a quantidade de Micróbios no lúmem. Defensinas – Produtos secretados As defensinas possuem uma atividade bactericida, e estão ligadas em algum lugar do corpo humano. Originalmente encontradas nos neutrófilos, tem uma expressão constitutiva, ou seja, nascemos com elas. Sintetizadas antes da própria constituição/formação dos neutrófilos. Barreiras Naturais Pêlos e glândulas sebáceas: o Retenção de partículas; o Ácido lático, caprílico e capróico têm ação bactericida e fungistático em regiões pilosas. o Secreção de ácidos graxos pelas glândulas sebáceas Ex: nas narinas, no couro cabeludo, na vulva e próximo ao ânus Conjuntiva Lisozima: Destrói o esqueleto de peptidioglicano da parede celular de bactérias Gram+. Proteína presente nas lágrimas, saliva, muco, bem como no interior de neutrófilos e macrófagos. É também encontrada no leite e clara de ovo. Leite materno também é rico em lisozima!! Sistema gastrintestinal - Saliva e Enzimas Função: lavagem Enzimas: o Amilase – efeito bactericida sobre Legionella pneumoniae (pneumonia grave- água contaminada) o Lisozima (produzido por céls epiteliais, neutrófilos – Ação sobre Streptococcus mutans (causa cárie) o Peroxidase – tem ação sobre Streptococcus mutans. Entre as refeições e nas desidratações ocorre aumento do número de bactérias da orofaringe. Sistema gastrintestinal - Ácido Clorídrico e peristaltismo o O pH do estômago fica entre 1-2 (secreção de HCl por células parietais); Microrganismomácido-resistente: Helicobacter pylori; O peristaltismo associado a produção de muco controla o crescimento de microrganismos – o fluxo impede adesão das partículas ao epitélio Vibrio cholerae produz mucinase que degradam o muco. Sistema Respiratório o Mucosa nasal: flora bacteriana, grande quantidade de pêlos, epitélio ciliado, glândulas mucosas e serosas (produção de amilase e lisozima). o Traquéia e brônquios – células ciliadas e muco. A secreção de muco limpa cerca de 90% do material depositado a cada hora. Trato digestivo o Saliva: lisozima, defensinas o pH baixo do estômago e ácido clorídrico o Microbiota no intestino; Sistema Urogenital Uretra: Secreção de muco; Rins: presença de macrófagos; Útero: produção de muco no canal endocervical impedindo a proliferação bacteriana pela cavidade endometrial; Vagina: pH ácido protege contra leveduras e bactérias Gram negativas e anaeróbias; Sistema genital masculino: espermina e espermidina (bactericidas). Microbiota Visão Geral das Barreiras Naturais 3 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 2 de maio de 2020 Outros Produtos secretados - Proteínas do sistema complemento. Função do Sistema Complemento A proteína C3b pode funcionar como uma opsonina, ou seja, podendo também ser marcada. Muito importante na defesa contra bactérias O Sistema do complemento consiste em várias proteínas plasmáticas que, ativadas por microorganismos, promovem sua destruição e inflamação. Sempre vai ter clivagem. Outros Produtos secretados - Interferons Sangue: INTERFERONS Muito importante na defesa contra vírus. Interferons alfa e beta: proteção contra vírus Interferon do Tipo I. Fagocitose Fases: reconhecimento, ligação, ingestão, morte e/ou degradação. Responsáveis pela degradação: espécies ativas de oxigênio, enzimas lisosomais, óxido nítrico e mieloperoxidas Fagócitos: Neutrófilos e Monócitos/Macrófagos o A função primária dos fagócitos é identificar, ingerir e destruir microorganismos. o Neutrófilos são os leucócitos mais abundantes, mas têm vida curta. o Macrófagos são as células efetoras dominantes em estágios mais tardios da resposta imune. Produzem citocinas importantes da RI Inata e adquirida. 4 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 2 de maio de 2020 Reconhecimento do “próprio” pela RI Inata o Existem estruturas restritas aos microorganismos, geralmente essenciais a sua sobrevivência ou patogenicidade e que são comuns a uma classe inteira de patógeno. o Tais estruturas são consideradas alvos microbianos da RI Inata e são descritas como “padrões moleculares” → Padrões moleculares associados aos patógenos (PAMPs) A RI inata desenvolveu receptores de reconhecimento de padrão, que identificam estruturas altamente conservadas presentes em um amplo grupo de microorganismos. Desse modo a RI Inata é capaz de distinguir o “próprio” do “não-próprio”. Padrões moleculares associados aos patógenos (PAMPs) Reconhecimento do microorganismo NTs e MØs expressam receptores de superfície que reconhecem microorganismo no sangue e nos tecidos, estimulando a fagocitose e morte do microorganismo. ▪ Receptores para opsoninas (Ex. FcgR) ▪ Receptores semelhantes ao Toll (TLRs) ▪ Receptores para citocinas ▪ Receptores de manose atuam na ligação e ingestão do microorganismo. Receptores toll Família de proteína presente em células de defesa, que desempenha o papel de receptor iniciador da resposta imune inata. Tipos de receptores toll: o TLR1/TLR2- ligam-se a lipopolipeptídeos bacterianos. o TLR2/TLR6- reconhece o ácido lipoteicóico de bactérias gram positivas e zimosan. o TLR4/TLR4 – liga-se ao LPS de bactérias gram neg. o TLR5- liga-se a flagelina de bactérias móveis. Receptores toll ou Toll-Like Receptors (TLR): Receptores para substâncias de origem Microbiana Receptores de reconhecimento de padrão são encontrados em MØs, células dendríticas e outras células apresentadoras de antígeno (APCs). 5 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 2 de maio de 2020 Resposta dos fagócitos à infecção Bactérias produzem sinais N-formil-metionina (peptídeo quimiotático) e outros peptídeos que ativam a cascata de complemento. Resposta de fagocitose 1. Aderência vascular 2. Diapedese 3. Quimiotaxia 4. Ativação celular 5. Fagocitose e morte Recrutamento de leucócitos para locais de infecção A partir da RI inata fagócitos liberam mediadores que iniciam a RI adaptativa. Citocinas na RI Inata Recrutam e ativam leucócitos e produzem alterações sistêmicas que potencializam a resposta antimicrobiana. Fontes de citocinas na RI Inata: Macrófagos, Neutrófilos e células Natural Killer. o Interferons: controlam a infecção virale ativam MØs. o TNF, IL-1 e quimiocinas: medeiam a inflamação. o IL-15 e IL-12: estimulam a proliferação e atividade das céls NK. o TGF-b e IL-10: controlam a inflamação. Propriedades gerais da Resposta Imune (RI) Tarefa resposta imune primária e secundária o Pesquisar e estudar sobre as respostas (primária e secundária) mediante um quadro infeccioso o Escrever diferenças entre as duas respostas o Anticorpos envolvidos em ambas as situações o Elabore um caso clínico – Exemplifique com uma situação real 1 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 23 de março de 2020 Sistema Complemento Imunologia Introdução É um sistema responsável pela defesa do organismo contra infecções. Funciona ativando a resposta inflamatória, removendo imunocomplexos e eliminando microrganismos através da opsonização, fagocitose e lise celular. Constituído por 30 proteínas inativas (zimogênios), sintetizados no 1° trimestre da vida fetal (produzido no fígado). o Fragmentos maiores: B; o Fragmentos menores: A (exceto: C2, A maior e B menor); 3 vias Via clássica Há participação do anticorpo pentamérico IgM e monomérico IgG; 1 IgM e 2 IgG. Ligação complexo C1q → C1r → C1s → cliva C2 em C2a e C2b; C4 em C4a e C4b → C4b2a (C3 convertase) → cliva C3 em C3a e C3b → C4b2a3b (C5 convertase) → cliva C5 em C5a e C5b → C5b + C6 + C7 + C8 + C9 (MAC). Via das lectinas Sem anticorpos; lectina ligadora de manose (semelhante C1) e serinas associadas à MBL (MASP 1 e MASP 2 semelhante a C1r e C1s). Ligação MBL → MASP-1 → MASP-2 → cliva C2 em C2a e C2b; C4 em C4a e C4b → C4b2a (C3 convertase) → cliva C3 em C3a e C3b → C4b2a3b (C5 convertase) → cliva C5 em C5a e C5b → C5b + C6 + C7 + C8 + C9 (MAC). Via alternativa Clivagem espontânea de C3 (ou sofre hidrólise ou é clivado em C3a e C3b). Ligação C3b → aproximação Fator B (clivado pelo Fator D em Ba e Bb) → C3bBb (C3 convertase) → cliva C3 em C3a e C3b → C3bBbC3b (C5 convertase) → cliva C5 em C5a e C5b → C5b + C6 + C7 + C8 + C9 (MAC). Properdina: responsável pela estabilização da C3 convertase (C3bBb). Ligação da C3b se dá por ligação covalente do tipo tio-éster Anafilotoxina Fragmentos de C5a e C3a; mastócitos e basófilos possuem receptores para C5a e C3a. 2 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 23 de março de 2020 Consequências: liberação de histamina e diapedese de neutrófilos (migração para os tecidos, pelos capilares, para que haja processo inflamatório). Quimiotaxia Locomoção de células em direção a um gradiente químico, permite migração de neutrófilos e outros leucócitos aos locais de inflamação/ infecção no organismo. Entre a migração, há diferenciação de monócitos em macrófagos. OBS: lectinas – plasmáticas (MBL e ficolinas). Proteínas reguladoras o Inibidor C1 (C1INH): liga-se ao C1r, C1 ativado, removendo-o de C1q. o Fator H: liga-se ao C3b, deslocando Bb, co-fator para I; auxilia DAF. o Fator I: protease que cliva C3b, auxiliado por H ou CR1. o DAF: proteína de membrana que desloca Bb de C3b. o CD59 (properdina): impede formação do complexo de ataque à membrana (MAC) – inibe montagem poli-C9. o Proteína S: impede inserção de C5b-C7 na membrana. Controle da ativação espontânea de C5 via CD59 e proteínas S Deficiência inibidor 1 Angiodema hereditário, caráter autossômico dominante. Se não houver a regulação do Sistema Complemento, a produção de C3a será constante e como este induz a resposta inflamatória, continuará produzindo histamina e causando edema. Evasão de patógenos o Staphylococcus aureus: sintetiza proteína SCIN (inibidor do complemento que se liga e inibe os C3 convertases das 3 vias). o Trypanossoma cruzi (Doença de Chagas): liga-se ao C3b e impede as formações de C3 convertase. Funções do Sistema Complemento 1 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 8 de abril de 2020 Complexo de Histocompatibilidade Imunologia Introdução HLA localiza-se no braço curto do cromossomo 6, genes em loci diferentes. o Classe I: todas em células nucleares – B, C e A o Classe II: APCs – macrófagos, células dendríticas e linfócitos B – DP, DQ e DR. Poligênico, Polimórfico e Apresenta Codominância Em alfa 1 e alfa 2 aumenta a variabilidade genética, beta 2 e alfa 3 não são polimorfas. Classe II tem peptídeos maiores que da Classe I. OBS: Moléculas de MHC possui uma única fenda de ligação, apresenta um peptídeo por vez Citocinas aumentam a expressão MHC e estimula taxa de transcrição dos genes. o IL-4: aumenta expressão de MHC II em células B. o IFN-gama: aumenta expressão de moléculas de MHC. O MHC não discrimina próprio e não próprio, LT que o faz. Epítopo: porção peptídica que se liga a molécula de MHC para reconhecimento por uma célula T. Apresentação de antígenos Classe I: 1) Proteínas no citosol marcadas com ubiquitina; 2) Clivagem de proteínas pelo proteossoma; 3) TAP – transporta peptídeos para RE; 4) Montagem peptídeo – MHC no RE; 5) Expressão peptídeo-MHC na superfície da APC e apresentação aos LT CD8+; Apresenta antígenos citoplasmáticos. RP-57 (chaperonas): estabilizam MHC enquanto s peptídeos não são recebidos por meio das TAPS. Classe II: 1) Captação de proteínas extracelulares para dentro de vesículas da APC; 2) Processamento nas vesículas; 3) Transporte MHC II para endossomos; 4) Associação peptídeo-MHC nas vesículas; 5) Expressão peptídeo-MHC na superfície e apresentação aos LT CD4+; Apresenta antígenos extracelulares. Sem necessidade de chaperonas mas de uma cadeia invariante que a mantém estável. Deficiência de TAP Defeito de expressão do MHC I na superfície celular e não será possível apresentar os antígenos associados à Classe I para os linfócitos T CD8+. Mecanismo de evasão viral As imunovesinas (proteínas) produzidas por vírus interferem no processamento do antígeno que se liga às moléculas do MHC I. Passo a passo MHC II 1º. Degradação de proteínas capturadas pela APC (acidificação ativa proteases); 2º. Cadeia invariante é clivada e o peptídeo CLIP bloqueia a fenda da molécula Classe II; 3º. Molécula HLA-DM (não expressa na superfície, não é APC, atua através de mecanismos catalíticos) remove o peptídeo CLIP; 4º. Peptídeo interagem com moléculas de Classe II (potencializa por IFN-gama), transporte para superfície; Gluteraldeído Forma química de fixação tornando a célula metabolicamente inerte. Quadro resumo 1 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 13 de abril de 2020 Estrutura e função dos anticorpos Imunologia Anticorpos São glicoproteínas produzidas por linfócitos B antígenos específicos Cada clone de Linfócito B que for ativado nos órgãos linfóides secundários, é específico para determinado antígeno. Anticorpos estão presentes em compartimentos de membrana (Retículo endoplasmático e Complexo de Golgi) e na superfície das células B (Ig de membrana - BCR). Maturação dos Linfócitos T e B A medula óssea vai dar origem a esses linfócitos e faz a maturação do LB, o LT é maturado no Timo. Cada clone de linfócito T ou B irá expressar um receptor de antígeno (TCR ou BCR) com uma estrutura única de ligação com o antígeno Bursa de Fabricius Local de diferenciação dos LB nas aves. Na Bursa de Fabricius tinham células que produziam anticorpos, o nome se deu pela identificação dessas células em aves. Nas aves, a Bursa de Fabricius atua como órgão linfoide primário. Proteínas na membrana das células B maduras. Ig de membrana e Ig secretada A molécula de anticorpo pode ser encontrada na sua forma de membrana (durante todo o próprio desenvolvimento do Linfócito, com uma imunoglobulina – atua como receptor de células B / imunoglobulina de membrana); A cauda é muito curta. A função dessas cadeias desinais é favorecer a transdução de sinais. Receptor preso na superfície da membrana é da classe IgM. Características estruturais de um anticorpo Anticorpo tem forma de Y (braços levantados e as mãos/ em vermelho são chamadas de regiões variáveis). Nessas regiões variáveis é o sítio de ligação do antígeno. Recebem denominação de acordo com o número de aa que elas possuem, podem ser definidas como pesadas ou leves. Regiões nas mãos são “Iguais”. C = regiões constantes, pesadas ou leves. Na parte de baixo, tem outros domínios constantes. Estrutura da molécula de anticorpo As ligações de cadeia ocorrem através de pontes dissulfeto. A ligação antígeno-anticorpo é reversível, para cada classe de anticorpo, em diferentes IgGs. 2 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 13 de abril de 2020 A diferença da porção constante de cadeias pesadas define as 5 classes de anticorpo com diferentes funções no SI. Ou seja, o que muda em uma classe e outra é a região constante. Entre os diferentes anticorpos, a região constante muda (estruturalmente). As regiões variáveis (de reconhecimento/ligação ao antígeno), se tiver síntese ou produção de IgM ou IgG, vai ser semelhante. Pois a especificidade tem que ser a mesma para o antígeno (por exemplo para o H1N1). A dobradiça permite que o anticorpo se ligue a diferentes determinante (epidotos – regiões especificas na superfície do antígeno onde os anticorpos vão se ligar). A dobradiça faz com que o anticorpo possa se mover para ligar aos epidotos do antígeno, mesmo distante ou próximo. As dobradiças tornam o anticorpo em maleável. BCR e TCR com homologia estrutural e a nível gênico Essa imagem mostra a similaridade entre os dois receptores. A molécula de anticorpo (na superfície do Linfócito B – classe IgM) tem uma característica estrutural muito parecida com o TCR. Região variável e constante leve e pesada. Se for comparar, também tem as regiões variáveis e constantes. A região em vermelho é o sítio de ligação. O TCR (receptor de células T) vai reconhecer o complexo peptídeo MHC, sendo estruturalmente semelhante ao IgM. Temos 2 tipos de linfócitos T: alfa-beta (a maioria) e gama - delta (quantidade muito pequena). A Região variável pesada do BCR é comparável a região gama-delta do TCR. E a região variável leve do BCR é comparável a região variável alfa-beta do TCR. Clivagem proteolítica por Papaína e Pepsina As enzimas papaína e pepsina foram usadas por pesquisadores para estudar os anticorpos. Enzima pepsina: Todas as regiões constantes foram fracionadas em pequenos peptídeos, mesmo sem a parte de baixo do anticorpo, tinha a capacidade se ligar ao antígeno (tinha a manutenção das regiões variáveis pesadas e leves). A 3 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 13 de abril de 2020 porção de ligação se manteve intacta e se ligava ao antígeno. Mas não tem mais a capacidade de se ligar a um receptor na superfície das células. Enzima papaína: A clivagem era acima da dobradiça. Toda a parte de baixo se mantinha intacta. A parte inferior é responsável por funções efetoras (porção FC do anticorpo), se essa porção se ligar ao receptor presente na superfície das células, ainda sim vai ser capaz de gerar uma transdução de sinais. Regiões hiper variáveis da molécula de anticorpo Dentro dessas regiões variáveis leves e pesadas, temos a região hipervariável. São basicamente 3 regiões (CDR 1, CDR2 e CDR3). Nessas regiões hipervariáveis, temos maior variabilidade de aa, é nelas que vai ocorrer o sítio de ligação ao antígeno. A alteração de alguns aa faz com que essa molécula seja capaz de se ligar a um antígeno diferente. Tornando possíveis milhões de recombinações diferentes. Regiões determinantes de Complementariedade (CDRs) o Formadas por 3 segmentos hipervariáveis de cadeia leve e pesada originando o sítio de ligação ao Ag; o São intercaladas, entre si, por sequências de aminoácidos mais conservados, formando uma região estrutural. É a região que vai proporcionar maior contato com o antígeno, CDR 1, 2 e 3. Estão entre as regiões variáveis leves e pesadas do anticorpo. CDRs: regiões determinantes de complementariedade das regiões VL e VH; - Diferenças nas sequências aminoácidos entre as CDRs de diversas moléculas de anticorpos contribuem para diferentes especificidades; - CDR3 dos segmentos VL e VH: são as mais variáveis e proporcionam maior contato com o ag. Receptor do Linfócito B (BCR) O receptor de linfócito B precisa de moléculas de sinalização acessória alfa e beta, pois as caudas são curtas. Essas moléculas ajudam na transdução de sinais. Diferentes funções efetoras dos isotipos de IG Resumo das cadeias pesadas e leves que constituem cada molécula de anticorpo. As cadeias leves são iguais (tipo kappa e lambda) e as cadeias pesadas são diferentes Mostra qual anticorpo está em maior quantidade no organismo. Em maior quantidade é o IgG. Mostra também quais imunoglobulinas ativam o complemento. Receptor de célula B (IgM na superfície) é capaz de reconhece antígenos na sua forma nativa. Células T só vão reconhecer peptídeos de origem proteica apresentados/processados via MHC. 4 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 13 de abril de 2020 Classe de Imunoglobulinas humanas – determinada pela cadeia pesada A IgM quando está na superfície do LB está na sua forma monomérica, mas quando ela é secretada está na sua forma pentamérica. IgA é muito rica nas mucosas, e quando estão presentes nelas, sua estrutura está na sua forma dimérica (tendo 4 sitios de ligação). A quantidade de carboidratos presentes na estrutura varia de antígeno-anticorpo. O número de domínios também varia de forma estrutural. IgE tem 3 domínios, por exemplo. Imunoglobulinas humanas – tipo de cadeias leves IgM A vantagem de sua forma pentamérica é que tem mais sítio de ligação ao antígeno, tendo 10 sítios de ligação ao antígeno. Essa cadeia J é aquela dobradiça, fazendo com que a IgM consiga se ligar maleavelmente. Os sítios de ligação vão formar uma rede, aglutinam bactérias Propriedades: Primeira imunoglobulina que aparece no soro, terceira mais abundante no soro, fixa complemento e aglutina bactérias. IgD Monômero. Sempre vai estar presente na superfície do LB junto com a IgM, é uma imunoglobulina que atua como marcador de Linfócito D maduro, sensível a proteólise. Propriedades: Pouco abundante no soro, sensível à proteólise, vida curta, é um marcador de LB maduro e não liga complemento. IgG Monômero. Tem várias subclasses, IgG e IgA são as que mais tem subclasses. IgG é a principal – mais abundante no soro, única imunoglobulina que atravessa a placenta. Adora fazer opsonização, principalmente de antígenos/bactérias encapsuladas. Fazem ADCC. Propriedades: Principal e mais abundante Ig do soro principal Ig dos espaços extravasculares, transferência placentária, fixa complemento (exceção IgG4), aglutina antígenos e liga vários receptores da porção Fc (nos fagócitos – reconhecem antígenos opsonizados; nas células NK – ADCC). IgA Monomérica no soro, secreções (sIgA) – dímeros, cadeia J, componente secretório. Principal imunoglobulina presente nas secreções, tem a capacidade de entrar e sair das mucosas, justamente pela porção secretória. Cadeia J que faz com que permita que a IgA possua maleabilidade. A IgA consegue se ligar a essas toxinas, não permitindo que essas toxinas se liguem aos receptores das células, evitando que entre no interior das células. Propriedades: Segunda mais abundante no soro, principal Ig das secreções (mucosas ou imunidade local – lágrimas, saliva, suco gástrico e secreções pulmonares), não fixa complemento e neutraliza vírus e bactérias. 5 Amanda Schmidt - Turma XXVIII13 de abril de 2020 IgE Monômero. Primeiro contato com um determinado alérgico, vai ser sintetizado, vai na superfície dos mastócitos. No segundo contato que vai ter ação. Se liga nos eosinófilos através de receptores presentes na sua superfície. Propriedades: baixa concentração no soro (liga via porção Fc em basófilos e mastócitos – não requer a presença do antígeno para se ligar), reações alérgicas, infecções parasitárias (helmintos – ligação via FC aos eosinófilos) e não fixa complemento. Aglutinação: IgM e IgG Neutralização: IgG e IgA. Elas se ligam ao vírus impedindo que o vírus entre através do receptor da célula. Opsonização: IgG e IgM IgA: atravessa e sobrevive em epitélios de mucosas Através do receptor de poli-imunoglobulina e cadeia secretória vão permitir que a IgA dimérica atravesse até as mucosas. IgE: promover a degranulação de mastócitos, basófilos e eosinófilos O primeiro contato com o alérgico vai permitir que o IgE se ligue aos receptores, mas só no segundo contato é que vai ocorrer transdução de sinais e com liberação de heparina, etc Origem da IgG Temos a concentração de IgG, durante o nascimento a criança nasce com uma quantidade muito grande de IgG materno (pois é a única que atravessa a placenta). Ao longo do tempo, a quantidade vai diminuindo, pois a criança vai tendo a capacidade de produzir seus próprios anticorpos através dos linfócitos B. Acontece então uma diminuição da IgG materna e um aumento do IgG produzido pela própria criança, auto suficiência dessa criança na síntese de IgG. No aleitamento materno a grande quantidade de IgA dimérica, vai dar toda a proteção das mucosas desse bebê. Subclasses de imunoglobulinas diferem na estrutura e na função 1 Amanda Schmidt – Turma XXVIII 27 de abril de 2020 Desenvolvimento de linfócitos Imunologia Stin Cell: origina, na medula óssea, a célula progenitora pluripotente - originar os LT (maturação no timo) e LB (maturação na medula óssea). Desenvolvimento dos LB Antes do nascimento, os LB se desenvolvem a partir de células precursoras no fígado fetal e depois vão ser geradas pela medula óssea. Subtipos de LB Dependendo da origem, vai ter subtipos de LB (foliculares circulantes, B1 e MZD – LB de zona marginal) - L infócitos B1: Encontrados principalmente na cavidade pleural, peritoneal e em menor quantidade no baço. Independentes de LT, são precursores do fígado fetal, vão produzir anticorpos da classe IgM, não precisam da participação de LT para produzir essas IGM. Possuem alta capacidade renovadora. São responsáveis pela maior produção de IgM naturais e também da maioria de anticorpos de classe IgM. Importante também para remoção de células envelhecidas. - L infócitos B2 foliculares: Localizados nos folículos linfoides. São dependentes de LT, vão fazer principalmente a circulação à procura de antígenos, se estabelecendo nos centros germinativos dos órgãos linfoides secundários. Possuem como receptor IgM (BCR) e, também, o outro marcador de maturação celular - IgD. Interagem com o T para serem ativados, células de memória de longa duração, com meia vida muito longa (diferente dos outros subtipos). Reconhecem antígenos de origem proteica. Atuam em um estágio mais avançado da resposta adquirida, gerando LB de memória e plasmócitos por meio da resposta humoral T dependente. - L infócitos B2 da zona marginal: Localizadas na região periférica ou marginal do baço (sinusoide esplênico). São independentes de LT, ou seja, podem responder a estímulos antigênicos e se diferenciam em células secretoras de anticorpo sem necessidade do auxílio do LT. Vão reconhecer antígenos de origem lipídica e polissacarídeos – não proteicos... Fazem parte da chamada resposta de memória natural, geram rapidamente células efetoras nos estágios iniciais da resposta imune. Estrutura anticorpo Anticorpo: regiões variáveis (reconhece antígeno – braço direito semelhante com o braço esquerdo; cadeia pesada e cadeia leve) e região constante (pesadas e leves – define o tipo de anticorpo). A especificidade da região variável de subtipos de anticorpos vai ser igual, pois veio do mesmo clone, a diferença nas constantes das cadeias pesadas define os 5 tipos de anticorpos. Estrutura da molécula de anticorpo Na região variável: leve - constituída de cadeia leve kappa ou lambda (processo de recombinação dos segmentos gênicos) e cadeias pesadas (vários tipos – relacionada com o tipo de anticorpo). o Cadeias leves: kappa ou lambda o Cadeias pesadas: alfa (IgA), delta (IgD), épsilon (IgE), gama (IgG) ou um (IgM) o Regiões: Aminoterminal (NH3) e Carboxiterminal (COO-) o Regiões: Varíavel (VH e VL) e Constante (CH) o Pontes de dissulfeto: S-S Nas regiões variáveis tanto cadeia leve e pesada, tem regiões hiper variáveis – complementariedade de CDR1 CDR2 CDR3 - sítio de ligação ao antígeno. Nessas regiões tem uma maior variabilidade de aminoácidos. Alta especificidade, maior número de resíduos de aa. Mudança na sequência de aa, maior probabilidade de reconhecer diferentes antígenos. CDR3 dos segmentos VL e VH são as mais variáveis e proporcionam maior contato com o ag. CDRs: Formadas por 3 segmentos hipervariáveis de cadeia leve e pesada originando o sítio de ligação ao Ag; São intercaladas, entre si, por sequências de aminoácidos mais conservados, formando uma região estrutural. 2 Amanda Schmidt – Turma XXVIII 27 de abril de 2020 Importante lembrar Todos os anticorpos produzidos por uma mesma célula B tem regiões VH e VL idênticas -> especificidades iguais. Mas, por exemplo, se for por H1N1 – IgG e outro clone gerado por uma bactéria, a especificidade vai ser diferente. Moléculas de Anticorpos – mIg (anticorpo de membrana do LB/ receptor de reconhecimento) e Ig (anticorpo secretado). Ou seja, as moléculas de anticorpo podem atuar como anticorpo de membrana (na superfície LB – receptor BCR) e podem sintetizar – anticorpos secretados. Homologia das regiões variáveis de BCR e TCR VL BCR = VaTCR VH BCR = VbTCR Domínio do anticorpo variável leve é semelhante no tipo de segmento gênico que vai dar origem a esse domínio – sequência genica que vai dar a origem, ela é constituída por segmentos V (variável) e outro que é o J (de junção). Pesada é do tipo, V, D e J. Geração de diversidade Cada LB possui um receptor BCR específico para cada epítopo (porção do antígeno que vai ser reconhecida pelo anticorpo) antigênico. Como explica a diversidade se tem poucos genes? Pela recombinação dos segmentos/alelos de cada porção (sequência genica) que vai proporcionar diversidade de receptores de LB e LT. Complexo gênico com regiões V (D) J e C que quando se rearranjam dão origem a um gene de Imunoglobulina Estrutura da molécula de anticorpo. A reorganização gênica das cadeias leves, da porção variável, vai ser constituída de segmento V e J, já a cadeia pesada V- D-J. Porção constante vai determinar a parte estrutural de cada tipo de imunoglobulina. Possibilidades de recombinação Não importa o número de sequências, mas importa saber que nas cadeias leves é kappa ou lambda. Só tendo V e J, não D. Variabilidade genica Cálculo das possíveis combinações em torno de 2,6x106 (capacidade do linfócito B de produzir diferentes anticorpos com diferentes especificidades). Existem outras estratégias para aumentar variabilidade: hipermutação somática (acontece na periferia do órgão linfoide secundário, quando um anticorpo está reconhecendo um antígeno - inserir ou retirar nucleotídeos para aumentar a afinidade por esse antígeno). Mecanismos são feitos em relação a adição ou retirada de nucleotídeos para facilitar e melhorar a afinidade, ou aumentar a variabilidade genética... Ontogenia dos LB Maturação LB na medula ósseaobjetiva fazer com que sejam identificados clones autorreativos para serem destruídos dentro da medula e não serem liberados na periferia. Estágios de desenvolvimento do LB Mostra fases de maturação dos LB. Dentro da medula óssea, tem objetivo da maturação de LB que expressa IgM, mas não pode reconhecer ag próprios, fazer eliminação dos clones autorreativos. Todo esse gerenciamento de sobrevivência dessas células e passagem de um estágio a outro vão ser dependentes da expressão de 3 genes (TdT, Rag 1 e Rag 2) – responsáveis gerenciam a recombinação gênica para a síntese de Ig. Pro-B inicia rearranjo cadeia pesada para Pré-B (cadeia pesada já foi rearranjada – segmentos envolvidos VDJ - o primeiro rearranjo que vai acontecer entre os segmentos vai ser do tipo DJ e depois se liga ao segmento V). No Pré-B vai ter uma cadeia invariante, enquanto a leve não é formada, associada a cadeia pesada – vai ter a síntese da Pró-B: expressão dos genes, início da expressão gênica da cadeia pesada (u – IgM): V-D-J, enzima TdT (permite a adição de nucleotídeos adicionais entre os segmentos juncionais). Pré-B: Exclusão alélica: contribui para que toda célula B expresse um único receptor mantendo a especificidade clonal – rearranjo de um único alelo parental; Enzima tirosina kinase de Bruton (BTK): emite sinais de sobrevivência, proliferação e amadurecimento celular 3 Amanda Schmidt – Turma XXVIII 27 de abril de 2020 cadeia leve (segmentos VJ). Pré- B pode ter também uma explosão alélica: contribui para que toda célula B expresse um único receptor mantendo a especificidade clonal – rearranjo de um único alelo parental, ex: segmento gênico da mãe não foi organizado, ele vai ser destruído e vai usar o do pai . No LB imaturo já está na divisa entre a medula e a periferia, precisa testar antes – seleção negativa – mas existe segunda chance de sobrevida, tipo kappa expresso que reconheceu com alta afinidade ag próprios. Então a célula vai internalizar, reorganizar os genes e testar outra cadeia kappa, se mesmo assim tiver alta afinidade, vai expressar cadeia lambda (edição de receptor) se não tem tanta afinidade sobrevive e vai para a periferia, mas se não, vai morrer – apoptose para impedir que clones de LB autorreativo vão pra periferia. Vai terminar sua maturação no baço e expressar a IgD – indica maturação celular – tem o BCR e IgD – grau de maturação concluído. Edição de receptor ou apoptose celular é a seleção negativa (ocorre na etapa de LB imaturo) Deficiência da enzima BTK não consegue chegar ao final de maturação celular – graves deficiências de LB. De acordo com a fase de maturação da célula vai ter marcadores de superfície celular diferente. Desenvolvimento de LB Célula B Imatura: - Seleção positiva (Moléculas na superfície da membrana emitem sinais de sobrevivência, um LB precisa ter sinais intracelulares que vão fazer com que moléculas anti- apoptoticas sejam ativadas no seu interior para que ela não morra) - Seleção negativa (Edição de receptor ou morte por apoptose) Obs: A troca das cadeias leves por edição do receptor pode resgatar algumas células B autorreativas pela mudança da sua especificidade antigênica. Células B imaturas que expressam IgM ligadas à membrana deixam a medula → Baço → Células B (foliculares) amadurecem e expressam IgM e IgD ligadas à membrana. Se eu tenho dentro da medula óssea um clone de LB que na fase de LB imaturo é testada em alta afinidade com ag próprio (internaliza, regionaliza e expressa outro receptor de superfície – mas se não adiantar ele vai morrer por apoptose). Se o sangue autorreativo cair na periferia, pode desenvolver uma doença autoimune. A região variável pesada (VDJ) V de variedade D de diversidade e J de junção. A região constante vai determinar a parte estrutural das imunoglobulinas, o primeiro segmento é o da IgM, depois IgD, depois IgG, depois IgE e depois IgA Demonstrando a sequência de anticorpos produzidos. A IgM quando sai da medula óssea, p ser madura precisa expressas Resposta 1° + IgM e Resposta 2° + IgG Segmentos são unidos por recombinação Força para ligar VI com o J, “pegar uma corda e empurrar um no sentido da outra”. Parte do DNA vai ser cortada e unida o segmente V1 com a J Todo segmento gênico vai se moldar para que saia o pedaço de DNA para haver a junção. Organização dos loci da imunoglobulina o Cadeia pesada - variável: cromossomo 14. o Cadeia leve – variável: kappa (cromossomo 2) e lambda (cromossomo 22) 4 Amanda Schmidt – Turma XXVIII 27 de abril de 2020 Um gene de imunoglobulina rearranjado produtivamente é expresso imediatamente como proteína pela célula B em desenvolvimento. Organização desses genes de outra maneira, união DJ da cadeia pesada e depois a união final da cadeia pesada com uma região variável. Recombinação dessas possíveis sequências genicas é que confere diversidade genética. Primeiro, união DJ e depois VDJ por recombinação somática, depois sofre processo de transcrição vai ter fita de RNA m – splicing (retirada dos introns e junta os exons) – ligação cadeia VJ as regiões constantes. Recombinação e expressão dos genes da cadeia leve kappa das Imunoglobulinas Splicing Ele mesmo pode ajudar na diversidade genética – é um processo que remove os íntrons e junta os éxons durante a transcrição do RNA. Splicing alternativo: um mesmo mRNA pode dar origem a diferentes proteínas de acordo com o splicing alternativo que clivará o mRNA e unirá os fragmentos em diferentes ordens e tamanhos, originando diferentes proteínas Obs: Vacina: fazer com que ela estimule no organismo a interação de LT e LB, pois são mais eficazes – com maior duração. Os estágios nos rearranjos gênicos da imunoglobulina Dentro do órgão linfoide secundário quando o anticorpo está ligando com um ag, as vezes a afinidade não é tão boa. Então faz ajustes de aa, para que fique mais firme, feito pela enzima AID. Desenvolvimento e diversidade de LT Os LT são oriundos da medula óssea, mas o processo de maturação ocorre no Timo. A retirada do timo não afeta significativamente, pois temos células de memória – são de longa duração e também pela própria divisão de células maduras (transdução de sinal intracelular que faz com que se mantenham vivas por mais tempo). Receptor de célula T – TCR TCR: receptor de célula T na superfície do LT, tem outras proteínas responsáveis pela transdução de sinal (CD3) intensificam sinais celulares. 30.000 receptores de antígenos idênticos por célula Tipos de TCR TCR (95% - alfa e beta): interagem e ativam LB - são as únicas responsáveis pela especificidade do Ag e pela restrição da célula T ao MHC Restrição = linfócito T cd4 só vai se ligar a MHC de classe 2; linfócito T cd8 só vai se ligar MHC de classe 1. TCR (gama e delta): residem na pele, parecem ser capazes de reconhecerem ag sem necessidade de serem apresentados via MHC. CD3: Proteínas responsáveis pela transdução de sinais para o núcleo da célula; ativação do LT após o reconhecimento do antígeno; 5 Amanda Schmidt – Turma XXVIII 27 de abril de 2020 Co-receptores de células T LT CD4 vai ter TCR e co-receptor de CD4 (formado por 4 dominios extracelulares– liga a MHC 2). LT CD8 vai ter TCR e co-receptor de CD8 (formado por 2 cadeias – uma alfa e outra beta – liga aMHC classe 1) Maturação LT Stin cell sai da medula óssea e vai até o timo Na cadeia beta do TCR – segmentos VDJ Na cadeia alfa do TCR – segmentos VJ Importe RAg: responsáveis pelos rearranjos TdT: recombinação e sobrevivência das células. Na cadeia pré T, já vai ter rearranjo da cadeia beta em VDJ – também tem o rearranjo de um pré- receptor alfa (apoio) até o momento que ocorra o rearranjo gênico da cadeia alfa. Check-point depois do rearranjo alfa e beta.Durante o processo de maturação do LT, ele vai expressar os dois co-receptores, por isso, é chamado de duplo positivo. O que faz com que seja monopositivo? A interação com o MHC apresentado pelas células epiteliais dentro do timo. Isso é uma parte da seleção positiva (em relação aos correceptores e principalmente pela capacidade do TCR de reconhecer o MHC como próprio – tem que reconhecer com baixa afinidade). Clones de LT que se ligam com alta afinidade ao MHC está respondendo muito forte como que é própria. Depois que se tornaram monopositivos, o processo de seleção negativo – TCRs que reconhecerem com alta afinidade o MHC peptídeo próprio (por ser dentro do timo só temos peptídeos próprios), esse clone de LT precisa ser deletado por apoptose para não ir para a periferia. Quando sai do timo, ela vai para a periferia já maduro naivi (não entraram em contato com os ag). Já o LB sai da medula óssea ainda sai com uma característica imatura (termina sua maturação no baço com a expressão do IgD). Organização dos loci do TCR TCR beta e delta (cromossomo 7); TCR alfa e delta (cromossomo 14). Obs: Recombinação dependem de componentes específicos da recombinase (complexo de enzimas), chamados de RAG-1 e RAG-2. Outras enzimas com atividade nuclease, DNA ligase e outros também são importantes nesse processo. Indivíduos com deficiência de RAG 1 e 2 - processo de maturação do LT nem acontece. Reorganização VDJ cadeia beta e depois VJ da cadeia alfa. Estágios de rearranjo gênico LT diferenciam no timo O Timo é formado pela região cortical (células epiteliais – expressam MHC classe 1 e classe 2, onde vai ocorrer a seleção positiva – BCR duplo positivo) e medular. Seleção negativa ocorre na região medular do timo. Co-receptor CD4 = Liga-se na fenda hidrofóbica formada na junção dos domínios beta 2 da molécula de MHC II Co-receptor CD8 = Liga-se na fenda hidrofóbica formada na junção dos domínios alfa 3 da molécula de MHC I 6 Amanda Schmidt – Turma XXVIII 27 de abril de 2020 Processo de seleção do timo CD8 negativo significa que o co-receptor foi eliminado. Seleção negativa 1 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 4 de maio de 2020 Sistema ABO e Rh Imunologia Componentes do sangue Plasma: rico em fibrinogênio, fatores de coagulação Sistema ABO Único gene “I’, mas vários alelos. O grupo O na superfície da hemácia do indivíduo O não vai ter aglutinogênio A nem B. Os grupos do sistema ABO são determinados por uma série de 3 alelos, IA , IB e i onde: IA = IB > i o Gene IA determina a produção/síntese do aglutinogênio (antígeno na superfície da hemácia) A. o Gene IB determina a produção/síntese do aglutinogênio B. o Gene i determina a não produção de aglutinogênios. Aglutinógenos nas Hemácias (carboidratos) Todos os aglutinógenos na superfície das hemácias são os carboidratos. Nas 4 hemácias têm em comum a Fucose. Estrutura Química do Sistema ABO A estrutura vertical dos 3 antígenos tem um radical comum e a fucose (antígeno H) Na ponta da estrutura final que vai ser a diferenciação, determinação do tipo sanguíneo. O gene ABO codifica as glicosiltransferases (enzimas) responsáveis pela transferência dos resíduos específicos de açúcar (galactose, N-acetil galactosamina na superfície dos eritrócitos) ao substrato H e os convertem ao antígeno A ou B respectivamente. Essas enzimas vão fazer o transporte do antígeno H e ele vai levar os carboidratos em antígeno A, B ou H (tipo O). Sem a enzima, não vai ter na superfície das hemácias esses carboidratos que vão definir o tipo sanguíneo. Aglutinogênios (antígenos) e Aglutininas (anticorpos) Teoria do surgimento da aglutina Os anticorpos surgem, pois após o nascimento, a criança começa a respirar, se alimentar . No intestino, existem algumas Plasma ou soro: Rico em anticorpos (aglutininas) Sedimento com hemácias: contém os antígenos (aglutinogênios) 2 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 4 de maio de 2020 bactérias que tem uma similaridade com os carboidratos na superfície das hemácias. Devido a essa similaridade, o sistema imunológico começa a produzir esses anticorpos. Ou seja, a presença dessas bactérias no intestino que tem similaridade com os anticorpos na superfície e, a partir daí, os anticorpos vão ser gerados. Via clássica, formação do MAK Então o corpo, não vai produzir anticorpos contra ele mesmo. Ex: Se eu tenho sangue B e receber sangue A, as minhas aglutininas vão se ligar ao aglutinogênio A – tendo ativação do sistema imunológico, do sistema complemento, explosão de toxinas inflamatórias e anafilotoxinas. Transfusão no sistema ABO Essas aglutininas formadas pelo sistema ABO são da classe IgM tendo alto peso molecular. Antígenos ABO – Localização Não estão restritos apenas à membrana dos eritrócitos. Podem ser encontrados em: linfócitos, plaquetas, endotélio capilar venular e arterial, células sinusoidais do baço, medula óssea, mucosa gástrica secreções, saliva, urina e leite. Transfusão errada: todo o organismo entra em um colapso geral, pois a presença desse carboidrato não é presente só nas hemácias. Sistema Rh o Trata-se de outro sistema de tipagem sanguínea, baseado na presença ou ausência de uma proteína (D) na superfície da hemácia. Importante nas reações transfusionais. o Genes envolvido: R e r o Indivíduos RR ou Rr sintetizam (produzem) a proteína D: Rh+ o Indivíduos rr, não sintetizam a proteína D: Rh- Proteina D: Encontrada exclusivamente nos eritrócitos o Rh+ é de indivíduos que possuem proteína “D”. o Rh- é de indivíduos que não possuem a proteína “D”. Fator Rh é Proteína encontrada nas hemácias que atuam como antígeno se for inserida em indivíduos que não possuam a proteína D na superfície das células. Transfusão – Sistema Rh Importante Anticorpos anti-Rh não existem naturalmente no plasma. Somente são produzidos mediante uma sensibilização prévia. Exemplo - Er i troblastose Fetal: rompimento de vasos sanguíneos da placenta, podendo ocorrer a passagem de sangue do filho (Rh+) para a circulação da mãe (Rh-). A mãe começará a produzir/ sintetizar anticorpo anti Rh+ encontrado na superfície da hemácia do feto. Vai ter a ativação de linfócitos no organismo da mãe. Na primeira gestação, não vai acontecer nada no feto, pois o primeiro anticorpo a ser produzido é o IgM, tendo alto peso molecular – não atravessa a placenta. Numa segunda gestação, se tiver algum sangramento, essa hemácia do filho se for rh positivo, células de memória da mãe vão ser ativadas. Em uma resposta imune secundária, vai ter grande quantidade de IgG materna (único anticorpo que atravessa a placenta), se ligando as hemácias desse feto. Tendo ativação do sistema complemento e fagocitose, dependendo da fase gestacional esse feto vai à morte. Transfusão no Sistema ABO e Rh Fenótipo Bombain É um tipo sanguineo raro, descrito em torno de 1000 casos na cidade de Bombain, na India, tinham mutação genética – sem a enzima H, com isso, os carboidratos não eram levados até a superfície das hemácias. Esses indivíduos geneticamente 3 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 4 de maio de 2020 têm os alelos, mas não tem na superfície das hemácias nenhum tipo de carboidrato (sem fucose, nem a estrutura do radical comum a todos). Se eles recebem sangue de um individuo normal O (tem a fucose), a fucose vai ser reconhecida como estranha desencadeando uma resposta imunológica - vai ter hemólise, aglutinação. Se ele receber sangue A, tem anti-A, se recebe B tem anti-B. Ou seja, só pode receber sangue de outro individuo Bombain. Possuem anti-A e anti-B no plasma, mas não possuem (nenhum) tipo de carboidrato na superfície das hemácias Consequênciasde uma Transfusão Reação hemolítica imediata: 1) Lise intravascular das hemácias (provavelmente pelo sistema complemento), anafilotoxinas C3a e C3b que vão fazer o recrutamento. 2) extensa fagocitose de eritrócitos revestidos anticorpos e complemento e por macrófagos no fígado e no baço. 3) Hemoglobina liberada (hemácias lisadas) pode ser tóxicas para células de rim: 4) Necrose aguda de células tubulares renais e insuficiência renal. 5) Alta quantidade de TNF ou IL-1: Febre alta, coagulação intravascular disseminada.... A coagulação intravascular d isseminada consome grandes quantidades dos fatores de coagulação mais rápido do que eles podem ser sintetizados (e o paciente pode, paradoxalmente morrer de hemorragia na presença da coagulação generalizada). Perda progressiva das hemácias transfundidas: anemia e icterícia, sobrecarga do fígado com derivados da hemoglobina. Respostas Timo Dependente e Independente Se o sistema ABO é composto na superfície das suas hemácias de carboidrato, é uma resposta timo-independente. Linfócito B (tem na superfície receptor de célula B). Quando reconhece carboidrato – LB vai produzir anticorpos da classe IgM, por outro lado, ao reconhecer proteína, vai precisar interagir com o LT. O LT vai liberar citocinas que vai ativar o LB e este vai produzir outros tipos de anticorpos. Resposta Timo Independente: o Sistema ABO, o Natureza do Ag: Açúcar, carboidrato, polissacarídeo, glicolipídeo... o Anticorpo produzido: IgM Resposta Timo dependente o Sistema Rh o Natureza do Ag: Proteína o Anticorpo produzido: IgG, IgA, IgE. Reações de aglutinação envolvendo antígenos do sistema ABO Extra de Eritroblastose Fetal: -Como e quando ocorre -Mecanismos imunológicos envolvidos -Consequências ao feto -Como tratar A Eritroblastose fetal, conhecida como Doença Hemolítica Perinatal (DHPN), ocorre quando há incompatibilidade entre grupos sanguíneos da mãe (Rh-D negativo) e do feto (RG-D positivo), o antígeno D é responsável por determinar o tipo sanguíneo Rh. Na primeira gestação de uma criança Rh+, em que as hemácias do feto passaram à circulação da mãe, inicia- se uma resposta Timo Independente, com consequente produção do anticorpo IgM – que por seu alto peso molecular não consegue atravessar a placenta. No entanto, caso essa mãe tenha uma segunda gestação de uma criança também Rh+, os linfócitos B maternos reconhecem os antígenos Rh-D +do feto e inicia-se uma resposta Timo Dependente, pois vão ser ativadas as células de memória da mãe com grande produção de anticorpos IgG (únicos capazes de atravessarem a placenta). Então, os anticorpos maternos passam a atacar eritrócitos fetais, esse processo de hemólise fetal, dependendo do grau de sensibilização, podem ocasionar um quadro profundo de anemia, retardo de crescimento intrauterino, lesões do sistema nervoso, icterícia pelo excesso de bilirrubina (resultado da hemólise) no sangue e até mesmo morte fetal. 4 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 4 de maio de 2020 Para evitar isso, é importante, o acompanhamento pré-natal e após 72 horas do parto do primeiro filho, nos casos de incompatibilidade sanguínea por fator RH, a mulher deve tomar gamaglobulina anti-Rh (concentrado de anticorpos que combatem os antígenos Rh) injetável intramuscular, bloqueando, assim, a produção dos anticorpos anti-Rh pela mãe, evitando sua sensibilização.. 1 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 25 de maio de 2020 Ativação dos Linfócitos Imunologia Introdução Clones não autorreativos de LT saem do Timo e vão para periferia e clones de LB saem da medula óssea e vão para periferia. Considerando que não são autorreativos, não tem a capacidade de reconhecer antígenos próprios, mas sim estranhos. Sinais necessários – Ativação do LT Para que Linfócitos sejam ativados, são necessárias a participação de algumas células que vão processar os antígenos e apresentar para o LT. Presença de: APC (macrófago, LB ou célula dendrítica) + Linfócito + Antígeno. Onde ocorre a ativação das respostas do LT? Toda ativação de LT e LB virgens/naivi (não entraram em contato com o antígeno) sempre vai ocorrer dentro de um órgão linfoide secundário (baço, tonsilas, linfonodos, MALT, GALT, BALT etc). Nessa imagem temos células B e T imaturas e APS (com o antígeno) chegando no órgão linfoide secundário. Dentro do órgão linfoide secundário está chegando antígenos que vieram através da linfa pelo seu gradiente de pressão e antígenos que foram capturadas pelas APCs. Então dentro do órgão linfoide 2° tem LT e LB virgens, APC que está trazendo o antígeno. O baço não é irrigado pelos vasos linfáticos, então todo antígeno que chega nele é proveniente do sangue. Os linfócitos virgens precisam ser ativados para que possam sofrer expansão clonal, se multiplicar contra um determinado antígeno ao qual foram inicialmente ativados. Esses linfócitos precisam sair do órgão linfoide e ir para periferia para combater o antígeno. Por exemplo, se tem um vírus, há presença muitos LT CD8+ (gosta de matar ag intracelulares), mas também vai ter a ativação de LT CD4+ e de LB. Muitos anticorpos têm a capacidade de neutralizar os vírus (IgG e IgA). A grande função da ativação de um linfócito é para que ele saia de um estado naivi para um estado efetor – capacidade de executar suas ações efetoras no sítio onde há infecção. É no órgão linfoide secundário que tem a estratégia para ir ao sítio de infecção e combater os antígenos. Ativação das respostas do LT Para ativação dentro dos linfonodos precisa ter sinais de ativação. Dentro do linfonodo, tem o LT naivi que tem seu TCR (receptor célula T, ao lado célula dendritica que está apresentando via MHC). 1° sinal: ligação do TCR ao complexo peptídeo-MHC. Precisa da ligação de outras moléculas paralelas. Por ex, B7 (superfície APC) e CD28 (superfície LT). 2 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 25 de maio de 2020 2° sinal: ligação das moléculas co-estimulatórias - correceptores B7 com o CD28. Tendo o 1° e o 2° sinal vai desencadear reações intracelulares no interior do LT que vai fazer com que tenha a produção de citocinas. Essa citocina é chamada interleucina-2 importante para expansão clonal dos LT. Clones com mesma especificidade do peptídeo proveniente do antígeno original. Parte dos linfócitos que foram produzidos vão se diferenciar em células efetores (sai do órgão linfoide secundário e vão para a periferia até o sítio de infecção) e células de memória (podem ficar dentro dos órgãos linfoides secundários ou dentro da medula óssea, tem literaturas que mostram que algumas células de memória são circulantes). Ou seja, função da ativação dos linfócitos é para que eles se diferenciem em células efetoras e células de memória. Conjunto do 1° sinal com o 2° sinal, faz com que o LT além de sintetizar IL-2, ele vai expressar na sua superfície o receptor para a IL-2..Toda citocina vai se comunicar com uma célula através do seu receptor. Então quando tem uma célula que produz citocina e seu receptor, faz com que tenha ação na própria célula, gerando uma transdução no núcleo da célula que vai ativar genes, atores de transcrição e várias modificações vão ocorrer até que ocorra a expansão clonal desse LT. Quando tem uma citocina produzida pela célula e que cuja ação vai ocorrer na própria célula, a citocina tem ação autócrina. Em algumas literaturas, a IL-2 pode ter uma ação parácrina podendo se ligar a células que estão próximas da célula original. Importância dos sinais de ativação Na primeira imagem temos apenas o 1° sinal – APC em repouso e TCR se ligação ao complexo peptídeo-MHC. B7 não está expressa, então não vai ter a ativação de LT. O 2° sinal é essencial para que ocorra a ativação de LT, pois sem ele não vaiter a síntese de IL-2 Na segunda imagem, tem o 1° sinal e o 2° sinal, tendo então além de uma transdução de sinal para que ocorra a síntese de IL-2 pelo LT e ativação de citocinas da APC para o LT, pois está diante de um LT naivi. LT CD4+ pode ser de dois padrões: padrão PH1 e padrão PH2. Dependendo do tipo de microorganismo que está levando a ativação dessa célula, do tempo de interação da APC com o LTCD4+ e das citocinas que foram liberadas nesse meio – esse conjunto de fatores vai fazer com que essa célula se diferencie em LT CD4+ padrão PH1 ou PH2. Isso vai influenciar o tipo de microorganismo que vai ser combatido. Etapas chave da ativação do LT Primeiro sinal: APC deve processar e apresentar peptídeos às células T. Fornecido pela ligação do complexo peptídeoMHC ao receptor TCR Segundo sinal: Células T devem receber um sinal coestimulador (CD28-B7). Fornecido pelas moléculas coestimulatórias presentes na superfície celular das APC(s) que se ligam a receptores específicos no Linfócito T A proliferação e a diferenciação de células T necessita desses sinais co-estimulatórios promovidos pelas APC(s) resultantes da indução antigênica. o Moléculas acessórias de adesão devem auxiliar a estabilizar a ligação de células T e APC: ▪ (CD4/MHC classe II; CD8/MHC classse I; LFA1/ICAM- 1; CD2/LFA-3) o Sinais de superfície celular (transdução de sinal) devem ser transmitidos para o núcleo via mensageiros secundários. o Citocinas, incluindo IL-2, ajudam a dirigir a divisão celular Moléculas co-estimulatórias Molécula na superfície de LT (CD28), a qual liga-se as moléculas B7-1 (CD80) e B7-2 (CD86) presentes em células dendríticas, macrófagos e linfócitos B. B7-1 e B7-2 tem afinidade pela CD28. Isso vai fazer com que haja uma transdução de sinal com o núcleo da célula com ativação de vários genes. O objetivo final é a síntese de proteínas. 3 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 25 de maio de 2020 Moléculas co-estimulatórias CD28 o Expresso constitutivamente nas células TCD4+ e TCD8+, significa que quando as células saem do timo expressando na sua superfície a molécula CD28, não precisa ser estimulada para ser expressa. o Liga-se às moléculas co-estimulatórias B7-1 e B7-2 presente nas células APC o Emite sinais que aumentam diversas respostas das células T aos Antígenos o Emite sinais de sobrevivência celular pelo aumento de expressão da proteína antiapoptótica BcL-x, pois nesse momento a célula está sendo ativada e não pode morrer o Induz a produção de citocinas como a IL-2 o Induz a diferenciação das células T naive em células efetoras e de memória. Moléculas co-estimulatórias B7-1, B7-2 o Expressas principalmente em APCs: células dendríticas, macrófagos e linfócitos B. o Camundongos nocaute para os genes de B7-1, B7-2 apresentam deficiências profundas nas respostas imunológicas adquiridas à antígenos protéicos (obrigatoriamente vão ser apresentados via MHC). o Interação de LT e LB vai promover uma síntese de anticorpos de classe IgG, IgA, IgE o Expressão de B7-1 e B7-2: ▪ B7-2: expressa constitutivamente em baixos níveis; induzido após ativação das APCs ▪ B7-1: não é expressa constitutivamente, sendo induzido após horas ou dias. ▪ Significa que APC profissional vai ter uma baixa expressão de B7-2 Sinapse imunológica Muitos receptores interagindo uns com os outros tanto na APC quanto no linfócito T. Chama atenção para a CTLA4! Transdução de sinal pelo complexo TCR Eventos iniciais de membrana Eventos Iniciais de fosforilação da tirosina durante o primeiro sinal na ativação de células T. Tem uma cascata de sinalização de várias enzimas ativadas no interior das células. Ativação de fatores de transcrição que regulam expressão gênica em células T o A importância final destas vias é que elas estimulam a expressão de genes que codificam proteínas necessárias para a expansão clonal e funções efetoras da célula T o A regulação transcripcional da maioria dos genes de citocinas incluindo da IL-12 e Il-4, é em grande parte controlada pela ligação de proteínas a sequências nucleotídicas 5´, onde se liga a enzima RNA- polimerase o O início da transcrição do gene da citocina requer diversas vias de sinalização que ativam simultaneamente diferentes proteínas que se ligam ao DNA. Expansão clonal (proliferação) de linfócito T mediada pela IL-2 Dentro do órgão linfoide secundário, teve os 2 sinais que desencadearam várias transduções de sinal para o núcleo da célula, onde gene específico para IL-2 foi ativado até que ocorra a síntese de proteínas. Paralelamente a expressão de IL-2 também está ocorrendo a ativação de genes relacionados a síntese de proteínas desse receptor, que vai ser formado e vai para a superfície da célula Linfócito T em repouso expressa as cadeias α β do receptor para IL-2 (afinidade moderada) e após ativação o LT expressa todas as cadeias (α β γ) tornando-se um receptor de alta afinidade. IL-2 age sobre o receptor, gera uma transdução de sinal para que ocorra a proliferação celular/ expansão clonal. Fases das respostas da célula T Reconhecimento do Ag induz: ▪ expressão citocinas; ativação de linfócitos ▪ expansão clonal ▪ diferenciação ▪ funções efetoras ▪ células de memória 4 Amanda Schmidt - Turma XXVIII 25 de maio de 2020 Ativação e proliferação de células T Tem os 2 sinais LT CD4+ são ativados → produz interleucina e citocinas → ligar em receptores específicos LT CD4+ → vai se diferenciar Th1 Th2 Th17 Tregulatórios. Tudo que é ativado precisa ser desativado – Treg liberam citocinas IL-20 e TGF-beta que, depois que o antígeno foi combatido, vão se ligar em receptores específicos gerando uma transdução de sinal para que as células parem de ser ativadas, ou seja, não permitindo a expressão de IL-2. IL-17 está relacionado com reações inflamatórias crônicas – artrite reumatóide (processo crônico instalado nas articulações) Resposta funcional de LT – antígenos e coestimuladores A célula efetora ativada vai encontrar no sítio de infecção uma outra APC que está fagocitando aquele antígeno ao qual ela foi ativada e então ela vai interagir com essa APC. Libera citocinas para que aumente a capacidade do macrófago fagocitar – aumentar dentro dele a síntese de óxido nítrico, oxigênio etc. Função da molécula CD40 A interação da molécula CD40L (ligante) presente na superfície do LT vai interagir com a molécula CD40 presente na superfície de APC que amplifica a ativação do LT. Como? A ligação de CD40 nas APC faz com que estas células aumentem a expressão de moléculas B7 e secretem citocinas como IL-12 que promoverão a diferenciação das LT em Ph1 e Ph2. A ativação é dependente dos 2 sinais e de IL2. Função de CD40 Vai ter o primeiro sinal com a CD40 que vai se se ligar com CD40L favorecendo a expressão de mais B7 para então ter a ativação completa e necessária do 1° e do 2° sinal para que ocorra a síntese da IL-2 Consequências na ativação de LT o Th1 → IFN-gama e IL-2 o Th2 → IL-4, IL-5 e IL-13 o Th17 → IL-17, IL-21 e IL-22 o Treg → IL-10 e TGF-beta Ativação de LT CD8+ Expansão clonal dos LT CD8+ Essa imagem mostra que no momento que tem LT naive (sem contato com o antígeno) → ativados pelo 1° e 2° sinal com participação de IL-2 → sofre expansão clonal para se diferenciar em milhares de células com mesma especificidade da célula original que foi ativada → sai do órgão linfoide secundário → vai para periferia (onde está o antígeno) para executar sua função efetora → matar com liberação de perforinas e granzimas os antígenos de origem intracelular. Depois que o antígeno foi combatido, as células precisam ser desativadas para não executar mais sua função de morte - sistema imunológico precisa estar em
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