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Níveis de escrita e sugestões de atividades

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Níveis de escrita e sugestões de atividades 
 
CARACTERÍSTICA DA ESCRITA E DA LEITURA 
NÍVEL CONCEITUAL - PRÉ-SILÁBICO 1 
 
 das partes de cada palavra. 
ou a cursiva, podendo então realizar rabiscos separados com linhas curvas ou retas ou rabiscos ondula¬dos e 
emendados. 
 
 
 
inais grá¬ficos (letras convencionais ou símbolos, ou mesmo pseudoletras - 
letras inventadas pela criança) para escrever tudo o que deseja. 
animais ou objetos grandes devem ter nomes grandes; os objetos ou pessoas pequenas, nomes peque¬nos. 
Presença marcante do realismo nominal. 
 
 
 
 
avra ou nome. 
- letra, pala¬vra, frase, texto - não são claramente defini¬das pela criança. 
 
nham um papel na escrita. Compreendem que so¬mente com as letras é 
possível escrever. 
 
- o signo gráfico é desvinculado do 
figurativo. 
 
 
uas 
palavras podem ser pensadas como sendo a mesma, porque possuem certas letras iguais. 
diferentes. Imprimem, então, diferenças nas grafias das pala¬vras, muitas vezes mudando apenas a ordem das 
letras, principalmente quando possuem poucos recursos gráficos (usam poucas letras ou pseudoletras). 
- para que seja possí¬vel ler ou escrever uma palavra, torna-se ne¬cessária uma variedade de 
caracteres gráfi¬cos. Eixo quantitativo - as crianças, de modo geral, exigem um mínimo de três le¬tras para ler ou 
escrever uma palavra. 
aparecimento de muitos conflitos para as crianças; entretanto, eles são benéficos por gerarem situações de 
incoerência e insatisfação, forçando a busca de novas formas de interpretação. 
ace aos confli¬tos que surgem, 
constitui um momento precio¬so de evolução dentro do processo de cons¬trução, ou seja, da reinvenção do 
sistema. 
ainda as partes. Também não fazem a correspondência, termo a termo, entre o que é falado e o que está escrito. 
 
 
o bem definidas. 
 
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS - SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O NÍVEL PRÉ-SILÁBICO 
 
As atividades sugeridas abaixo irão pre¬parar a criança para um melhor desempe¬nho nas atividades escritas e 
darão suporte durante todo o processo de alfabetização. 
- ativi¬dades variadas com fichas, 
crachás e alfa¬beto móvel. 
- revistas, jornais, cartazes, livros, jo¬gos, rótulos, embalagens, 
textos do profes¬sor e dos alunos, músicas, poesias, parlendas, entre outros. 
 
- notícias, propagandas, histórias, cartas, bi¬lhetes etc. 
- livros, revistas e jor¬nais à escolha da criança. 
- lis¬tas, relatórios, auto-ditado. 
 
 
, modelagem, re¬corte, dobradura. 
- de cada aluno ou da classe. 
- as que começam com a mesma le¬tra, as que possuem o 
mesmo número de le¬tras, palavras grandes e pequenas etc. 
 
 
 
 
etras; 
 
-cabeças variados com gravuras, nomes, letras; 
 
 
 
 
s com letras. 
 
 
 
 
as ou retas. 
 
 
-retrato; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– coletivo; 
nversa informal; 
 
 
 
 
 
 
 
o e reescrita de histórias; 
 
 
É necessário imaginação pedagógica para dar às crianças oportunidades ricas e variadas de interagir com a 
linguagem escrita. 
 
NÍVEL SILÁBICO 
 
Quando a criança sai do nível pré-silábico e entra no nível silábico, ela deixa de apoiar-se em idéias de “aspectos 
figurativos” do referente à palavra que o representa, ou seja, cada palavra é sempre escrita com as mesmas letras; 
começa a ver que tudo que se diz se escreve. 
Neste nível, a criança encontra uma nova formula para entrar no mundo da escrita, descobrindo que pode escrever 
uma letra para cada sílaba da palavra e uma letra por palavra na frase. 
 
CARACTERÍSTICA DA ESCRITA E DA LEITURA 
ronúncia – parte do que se fala corresponde a parte da escrita. A criança trabalha 
com a hipótese de que a escrita representa partes sonoras da fala. 
– uma letra para cada sílaba na palavra, uma letra para cada 
palavra na frase ou uma letra por sílaba oral também na frase. Há crianças que não escrevem nada para verbos. 
 
a cada uma das letras que compõem uma escrita. 
 
 
bem 
diferenciadas – às vezes pode parecer com sinais e não com letras. 
 
ima de caracteres. 
monossílabas. 
 
e escrita começam e ser vistas como duas ações com certo tipo de interligação coerente. 
 
O TRABALHO COM PALAVRAS 
As crianças já começam a vincular a fala à escrita, por isso são exploradas as vinculações sonoras – a divisão das 
palavras em tantas letras quantas forem suas sílabas orais. 
Quando se tornam silábicas, associam uma letra para cada sílaba. 
 
O TRABALHO COM TEXTOS 
É muito importante o trabalho com leitura de histórias infantis. 
Histórias poderão surgir desenhos e dos desenhos possíveis histórias. 
O trabalho com diferentes textos, parlendas, músicas, poesias, entre outros, propicia no nível silábico um trabalho 
fecundo com rimas, análises sonoras de palavras, remontagem de texto com frases fatiadas ou fatiadas em 
palavras. 
O reconto e a reescrita também estarão entre as inúmeras atividades didáticas deste nível. 
 
ATIVIDADES QUE ENVOLVAM FRASES E TEXTOS PARA FACILITAR O DISCURSO ORAL E 
TEXTO ESCRITO 
recados, sugestões, avisos e outros; 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO COM LETRAS, PALAVRAS E TEXTOS 
 
rios e palavras significativas; 
solicitando-se aos alunos que contem os pedacinhos. 
s) que iniciam com a mesma letra; 
 
 
 
o-ditado, listas, escritas espontâneas diversas; 
 
 
róprios alunos, cada um falando uma palavra; 
 
alunos quis escrever; 
o para o professor; os alunos ditam palavras ou frases para o professor escrever no quadro negro e ainda 
ditam como deve escrevê-las, depois de escrever nas versões dos alunos o professor mostra como é escrito nos 
livros; 
ca; 
 
 
 
junto de letras expostas na parede da sala com folha mimeografada que receberam; 
 
 
 
NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO 
 
A criança silábica, a medida que vai verificando a insuficiência de sua hipótese de associar uma letra para cada 
sílaba oral, amplia o seu campo de fonetização. 
Em vez de fonetizar cada palavra, preocupando-se com as sílabas orais como unidades lingüísticas, ela inicia a 
fonetização de cada sílaba, percebendo normalmente que é constituída de mais de uma letra. A criança vislumbra 
assim o princípio alfabético da escrita e avança para o nível silábico-alfabético. 
Para a criança silábica é impossível ler o que as pessoas escrevem convencionalmente. A criança acha que sempre 
sobram letras na escrita convencional, ou seja, tem mais letras nas palavras do que os sons emitidos na fala. 
A criança silábica entras em conflito porque sabe que, nos livros e nas escritas de pessoas alfabetizadas, a grafia é 
correta, e que essas pessoas têm a autoridade de saber ler e escrever. 
É muito importante para a criança que avança para o nível silábico-alfabético conhecer a grafia adequada de 
algumas palavras através da autoridade do contexto cultural que a cerca - " a dos alfabetizados". 
O confronto entre grafias corretas de palavras e o tipo de escrita silábica (em vias de ser abandonada) produzida 
pela criança, é fonte de reflexão e ajuda na passagem para o nível silábico-alfabético, porque a criança percebe a 
necessidade de colocar mais letras do que as que põe no nível silábico. 
As crianças neste nível aumentam o número de letras em suas escritas de duas formas: 
ndonando a hipótese silábica; 
aleatoriamente, conservando em parte a hipótese do nível silábico, podendo haver conflito entre a escrita silábica 
e a quantidade mínima de letras. 
 
Tais comportamentos confundem muitos os professores/alfabetizadores, que precisam estar atentos para entender 
e analisar essas situações. 
Este tipo de solução, de aumentar o número de letras é que caracteriza o nível silábico-alfabético, apesar de ser 
uma solução que resolve apenas uma parte do problema. 
A criança escreve então, nas palavras, algumas sílabas só com uma letra e outras sílabas com duas letras. Mas 
ainda vai persistir o problema da decodificação, de como ler o que escreveu. 
 
CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA E DA LEITURANÍVEL CONCEITUAL – SILÁBICO-ALFABÉTICO 
 
 
sa evolução, assim como as 
informações que o meio ofereceu. 
menores - as letras. Enfrenta novos problemas: 
letra apenas não pode ser considerada síla¬ba porque existem sílabas 
com mais de uma letra. Assim, sem nenhum critério, vai aumen¬tando o número de letras por sílabas. 
de das letras, nem a 
identidade das letras, a do som. Existem letras com a mes¬ma grafia e vários sons. Descobre que exis¬tem sons 
iguais com grafias diferentes e que, na maioria das vezes, não se fala o que se escreve e não se escreve o que se 
fala. 
riança enfrentará novos conflitos ao vivenciar os problemas ortográficos que se ini¬ciam no nível silábico-
alfabético e se estenderão por todo o processo acadêmico. 
 
as sílabas completas e outras incompletas (com uma só letra por sílaba). Usa as hipóteses dos 
níveis silábico e silábico-alfabético ao mesmo tempo. 
Porque, na verdade, é uma progressão nos níveis conceituais. 
-alfabética inicia a leitura independente de textos, palavras, dos livrinhos de literatura, entre 
outros portadores de textos. Algumas crianças utilizam-se da soletração para ler, unindo consoante e vogal. 
Outras já perce¬bem as sílabas simples na sua totalidade. 
 
nível, é importante um trabalho de construção dessas sílabas para que as crianças possam alcançar, 
gradativamente, a possibilidade de escrevê-las e lê-las nos tex¬tos dos livros e em outros materiais. 
estratégias básicas de leitura. 
 que são iniciadas por vogais. Como saída, elas podem 
fazer a inversão das letras tanto na leitura como na escrita. 
 
Exemplo: 
 
amora - lêem e escrevem maora. 
 
então - lêem e escrevem netão. 
 
esporte - lêem e escrevem seporte. 
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS 
 
O TRABALHO COM LETRAS, PALAVRAS, SÍLABAS E TEXTOS 
 
Em todo processo de alfabetização, deve-se cuidar para que todas as atividades de leitura e escrita propostas aos 
alunos apare¬çam contextualizadas e associadas a uma sig¬nificação, isto é, ligadas a aspectos da vida das 
crianças ou as atividades que realizam em sala de aula ou em casa. 
Os jogos, as brincadeiras, as rodas de con¬versa, a troca de idéias entre os alunos, e mesmo um pouco de 
competição entre eles, tornam a aprendizagem um processo de cons¬trução do conhecimento por eles mesmos. 
É muito importante que o professor/alfa¬betizador saiba que tipos de atividades ou situações pedagógicas deverão 
ser desenvol¬vidas para que as crianças avancem nos ní¬veis conceituais da escrita e da leitura e nos seus 
estágios de desenvolvimento cognitivo. 
 
 
SUGESTÕES DE ATIVIDADES 
 
 
-palavras; 
 
 
os, poesias, músicas, parlendas, textos do aluno e do professor, 
notícias, reportagens, bulas de remédio etc.; 
 
 
-línguas, quadrinhas, anedotas; 
 
 
 
 
 
 
; 
 
 
rósticos, entre 
outros); trabalhos manuais - recortes, dobraduras, pinturas, encaixes - propiciam às crianças novas formas de 
expressão e o uso, em sua linguagem, de novas palavras; 
 
rições; 
piadas; e recorte de figuras ou palavras para mon¬tagem de álbuns ou dicionários; 
ruturar frases de poesias, parlendas ou músicas que os alunos já 
sabem de cor; e localizar palavras num texto, copiá-las separando suas sílabas num diagrama. 
São inúmeras as possibilidades de traba¬lhar a linguagem oral e escrita no nível silá¬bico-alfabético, pois, nesse 
nível, as crian¬ças apresentam um desenvolvimento acele¬rado, já iniciando a leitura e a escrita de for¬ma mais 
independente. 
A criatividade do professor na seleção e ela¬boração das atividades fará com que as crian¬ças assimilem, 
gradativamente, a palavra es¬crita e falada de forma prazerosa e natural. 
O professor, durante as atividades propos¬tas, observa, acompanha, avalia e registra o que as crianças dizem, 
explicam e pergun¬tam entre si. 
Estas atividades devem ter prosseguimento no 1º ano do 1º ciclo do Ensino Fundamental. 
 
 
 
NÍVEL ALFABÉTICO 
 
A hipótese silábico-alfabética também não satisfaz completamente a criança, e ela prossegue sua pesquisa em 
busca de uma solução mais completa que só será alcançada, através da fonetização da sílaba, ou seja a 
constituição alfabética de sílabas. 
O aluno começa a escrever alfabeticamente algumas sílabas e, outras, permanece escrevendo na hipótese silábica. 
São escritas silábico-alfabéticas, mas já fazem parte do nível alfabético, mesmo se tratando do uso de dois tipos 
de concepção. 
O nível alfabético se caracteriza pelo reconhecimento do som da letra. 
Entretanto, a criança ainda não consegue, nesse nível, a solução de todos os problemas no que se refere à leitura e 
escrita, entre eles: 
 
1.0 - primeiro problema que a criança enfrenta se refere aos tipos de sílabas. As crianças, de modo geral, 
generalizam que todas as sílabas têm sempre duas letras (isso se dá pela freqüência de sílaba com duas letras na 
nossa escrita) e dificilmente con¬cluem, automaticamente, que existem si-labas de uma, duas, três, quatro ou 
cinco letras. Devido à freqüência de sílabas cons¬tituídas de consoante e vogal, os alunos acreditam que todas as 
sílabas são assim. Quando deparam com palavras ou sílabas iniciadas por vogais, fazem a inversão na escrita e 
também na leitura. Exemplo: 
 
ARMÁRIO > RAMÁRIO. 
 
2.0 - segundo problema que as crian¬ças vivenciam é a separação das palavras na produção de textos. Durante a 
escrita de textos espontâneos, as crianças ora emendam palavras, ora dividem palavras em duas ou três partes. 
Isso acontece porque, quando a criança escreve, concen¬tra-se na sílaba; assim, as palavras tendem a desaparecer 
como um todo. Aparecem as primeiras junturas (quando escreve a cri¬ança várias palavras emendadas) e 
seg¬mentações (quando escreve separando, indevidamente, as palavras), muito co¬muns nas escritas dos alunos 
ao ingressa¬rem no nível alfabético, e que, nesse nível, serão trabalhadas visando, desde já, a construção da base 
ortográfica. 
 
3.0 - terceiro problema refere-se à ênfa¬se sobre a escrita fonética. A criança, ao dar ênfase à escrita fonética, ou 
seja, a ade¬quação fonética do escrito ao sonoro, en¬frenta as questões ortográficas. Descobre que uma mesma 
letra pode ter som de outras letras, como, por exemplo, X com som de CH, S com som de z etc., chegando a 
constatar que isso acontece em muitas palavras. Exemplo: chave, chaveiro, chácara, xícara, xale, Elisabete, 
roseira etc. 
 
4.0 - Por último, a criança enfrenta dificul¬dades na escrita e na leitura de sílabas com¬plexas. A compreensão de 
grupos consonantais é fruto de muito esforço lógico de raciocínio e não de memorização ou fixa¬ção mecânica. 
 
A aquisição da base ortográfica envolve a inter-relação de componentes lógicos, perceptivos, motores, afetivos, 
sociais e cul¬turais na aprendizagem. E preciso um traba¬lho constante com a construção das sílabas com 
dígrafos e encontros consonantais nes¬se nível de conceitualização, o qual se estenderá às séries posteriores do 
Ensino Fun¬damental. 
O nível alfabético constitui o final da evo¬lução construtiva do aprendizado da leitura e da escrita. Uma 
aprendizagem marcada pela reelaboração pessoal do aluno e da reflexão lógica. 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA E DA LEITURA 
 
NÍVEL CONCEITUAL - ALFABÉTICO 
 
 
nculação mais coerente entre lei¬tura e escrita. 
-se na sílaba para escrever. 
 
para a cri¬ança nenhuma relação entre si). 
 
que a silaba. 
 e com imagem. 
 
 
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS 
O TRABALHO DE LEITURA E DE PRODUÇÃO DE TEXTOS 
 
Algumas crianças chegam ao nível alfa¬bético apresentando dificuldades, tais como: 
a produzem escritas silábicas; 
 
Isso acontece porque a leitura e a escrita não foram desenvolvidas, até então, de for¬ma correlacionada durante o 
processo de aprendizagem. 
O professor atento a essas dificuldades, que são normais no nível alfabético, propi¬ciará aos alunos oportunidades 
para vincu¬lar as ações de ler e de escrever. A possibili¬dade de exercê-las nummesmo contexto auxilia o 
domínio de ambas. 
A prática de produção de textos é uma ati¬vidade essencial ao longo de todo o processo de alfabetização. No 
nível alfabético, a crian¬ça já é capaz de escrever sozinha os seus próprios textos. A criança já possui um mínimo 
necessário de discriminação do significado de cada uma das unidades lingüísticas. 
A sílaba escrita é a ponte de comunica¬ção entre letra, palavra e frase, de modo a dar-lhes uma significação 
própria porque diferenciada. 
A produção de textos é uma atividade expressiva e criativa que envolve reflexão constante, uma reflexão lógica. 
Essa reflexão é de suma importância em todas as ações inteligentes para decidir como se escrevem palavras cuja 
escrita não está memorizada. 
A leitura de textos, por sua vez, envolve a seleção pelo professor dos tipos de textos que serão oferecidos aos 
alunos de primei¬ra série ou pré-escolar, já alfabéticos, tendo em vista oferecer experiências múltiplas, concretas 
e reais com o verdadeiro uso da coisa escrita na vida de alguém. 
A produção de textos pode ser indivi¬dual ou coletiva. O importante é que a criança de primeiro ano do primeiro 
ci¬clo do Ensino Fundamental ou pré-esco¬lar leia e escreva muito, e que todas as suas produções sejam muito 
valorizadas pelo professor e outros. 
Cada criança escreve do seu jeito e não há "certo" ou "errado" neste momento. O texto produzido pelo aluno é 
como um de¬senho ou qualquer outra forma de mani¬festação expressiva. Não cabe, absoluta¬mente, qualquer 
forma de correção ou de modificação. 
Esses textos são um indicador valioso so¬bre o andamento do processo de aprendi¬zagem dos alunos. Eles 
fornecem dados que poderão ser utilizados em outras atividades de escrita. 
É preciso que, em alguns momentos, o professor se torne o escriba da turma, por¬que é indispensável para o 
aluno poder per¬ceber atos de escrita de pessoas alfabetiza¬das, seja na escrita de textos, palavras ou letras. Isso 
possibilita ao aluno a análise de aspectos espaciais e motores envolvidos, bem como a direção que se segue ao 
escre¬ver (da esquerda para a direita), os tipos de sinais gráficos utilizados (letras, sinais de pontuação), tipos de 
letras e suas modali¬dades, a ortografia das palavras, como tam¬bém observar que se escreve tudo (e não só os 
substantivos). É importante que o profes¬sor leia o texto escrito para as crianças, apon¬tando, com um a régua, o 
que está lendo. 
Os textos são trabalhados em sala de aula para serem analisados nos dias subsequen¬tes à sua produção. Nesse 
sentido, devem ser expostos na parede, para visualização dos alunos, em dois tipos de letras - cursiva e de 
imprensa. Poderão ser transcritos para os alunos, que os utilizarão em inúmeras ativi¬dades e explorações 
didáticas, assumindo características diferentes para os alunos de acordo com seu nível psicogenético. 
 
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM TEXTOS 
 
As atividades devem ser elaboradas e/ou selecionadas pelo professor visando aos alu¬nos em situações desiguais 
dentro da psicogênese. Dificilmente todos os alunos de uma classe estarão ao mesmo tempo num mesmo nível 
conceitual. 
Uma mesma atividade pode ser trabalha¬da com crianças em vários níveis no proces¬so de aquisição da escrita e 
da leitura, contanto que ela englobe um espaço amplo de problemas e que o professor provoque, diferentemente, 
com questões e desafios adaptados aos alunos em situações desi¬guais, reconhecendo e valorizando as suas 
respostas e comportamentos frente ao que foi proposto. 
Assim, as atividades aqui sugeridas po¬dem atender também a outros níveis, que não apenas ao alfabético; o que 
muda é o foco de interesse didático. 
 
 
a escrita de textos a partir de outros textos já conhecidos pelos alunos: letras de música, poesias, 
histórias memorizadas, descrição de brincadeiras, regras de jogos etc. (também podem ser utilizados para leitura e 
análise). 
 sobre acontecimentos ou interesses dos alunos naquele momento. 
 
- leituras globais ou parciais; 
- reconhecimento de palavras, frases ou letras no texto; 
- análise de palavras do texto quanto ao número de sílabas e de letras, quanto à letra inicial ou final etc.; 
- ditado de palavras e frases relativas ao texto trabalhado; 
- copiar palavras do texto com uma, duas, três sílabas etc.; 
- marcar, no texto mimeografado, nomes próprios e comuns, rimas, palavras no singular e no plural etc.; 
- remontagem do texto com fichas de frases ou palavras; 
- produção de um desenho para ilustrar o texto; 
- separar frases em palavras; 
- cópia do texto estando marcados apenas os espaços (atividade mimeografada); 
- completar lacunas de palavras; 
- escolher palavras do texto e elaborar pequenas frases; 
- ditar palavras do texto para um colega e vice-versa; 
- registrar, à frente das frases, o número de palavras que a compõem; 
- montar frases com fichas das palavras do texto; 
- produções de histórias em quadrinhos. 
palavras numa frase ou texto a partir de suas palavras (texto ou frase fatiadas em palavras). 
acontecimentos, notícias, listas de palavras etc.). Esse ca¬derno pode ser trabalhado em casa ou em sala de aula. 
músicas, poesias, parlendas, adivinhações, trava-línguas etc. 
 a macrovinculação do texto escrito com o discurso oral). 
 
O TRABALHO COM SÍLABAS 
 
A criança começa a construção da sílaba desde o nível silábico, quando percebe que não pode ler o que foi escrito 
por ela. Pros¬segue no nível silábico-alfabético quando acrescenta letras nos seus escritos sem resol¬ver o 
problema, que só vai ser superado com a escrita alfabética no nível alfabético. 
A introdução sistemática das famílias silá¬bicas não é o modo mais indicado para aju¬dar alunos alfabéticos a 
evoluir em suas con¬cepções sobre a escrita. E muito mais indica¬do encorajá-los a refletir sobre a pronúncia 
para pensar a escrita. A percepção auditiva entra como matéria-prima em todo o trabalho de inteligência, e o fato 
de nossa língua não ser inteiramente fonética implica, subsidiariamente, uma elaboração mental dos elementos 
ouvidos para chegar à escrita. 
Nesta proposta didática, sugere-se desen¬volver um trabalho com sílabas começando pela sua identificação 
parcial, pelo desmembramento das palavras em todas as suas sílabas e pela montagem de palavras por meio de 
sílabas, só chegando às famíli¬as silábicas através das descobertas dos pró¬prios alunos. 
O professor deve permitir ao aluno explo¬rar ao máximo o mundo das palavras, das frases, dos textos e das letras, 
incentivando¬-o a extrair o máximo de conhecimen¬tos por conta própria, e só entrar com a sis¬tematização 
clássica se for necessário, e da forma mais construtiva possível, sem nenhu¬ma ordenação de dificuldades. 
 
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM SÍLABAS 
No trabalho com sílabas é preciso levar em conta as condições cognitivas das cri¬anças, que concernem a: 
 
de sílabas); 
 
da sílaba etc. 
As atividades propostas devem envol¬ver palavras de um universo semântico vin¬culado ao interesse dos alunos: 
nomes de animais, partes do corpo, personagens de histórias, novelas e outros, ou de palavras que surgem na sala 
de aula. 
tar a primeira ou a última sílaba dos nomes ou palavras com material concreto (fichas, 
jogos). 
 
 
 todas as si¬labas de uma palavra com a palavra corres¬pondente. 
 
 
tos móveis. 
 
 
Exemplo: 
PEDRO ESTÁ DOENTE 
( ) ( ) ( ) 
nam com uma determinada sílaba. 
 
O TRABALHO COM LETRAS 
Desde o início da psicogênese, as crianças têm contato com letras, palavras, frases e textos e também de alguma 
forma com as sílabas (ao menos oralmente). 
É de muita importância trabalhar simultaneamente as letras, sílabas, palavras e tex¬tos em todos os níveis 
psicogenéticos. Apenas para fins didáticos, separamos as sugestões de atividades por unidades lingüísticas. 
O trabalho com letras é feito desde o início da escolarização através dos níveis pelos quais a criança perpassa.Esse trabalho é também indispensável no nível alfabético (mes¬mo com crianças já alfabéticas, isto é, que lêem e 
escrevem alfabeticamente). 
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM LETRAS 
desafios interes¬santes do professor. 
letras dos nomes 
dos colegas do grupo. 
 
 
or (inclusive de ordem ortográfica). 
 
Extraído: Fonte escola ativa, Fundescola

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