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1 Emergências Hipertensivas Professor: Franceska – Aula: III Letícia Moreira Batista Crises Hipertensivas – Definição: As emergências e urgências hipertensivas são denominadas genericamente CRISES HIPERTENSIVAS, elevação rápida e inapropriada, intensa e sintomática da PA, com risco de deterioração rápida dos órgãos alvo da hipertensão, podendo haver risco de vida imediato ou potencial Classificação atual da HAS: Epidemiologia: HAS atinge 32,5% dos adultos (36 milhões) Mortalidade: 13,8% Prevalência 0,45% a 27,5% de todos os atendimentos em pronto atendimento 25% são urgências hipertensivas, AVC, SCA e EAP Urgência Emergência Nível pressórico elevado acentuado: PAD > 120mmHg Nível pressórico elevado acentuado: PAD > 120mmHg Sem LOA aguda e progressiva Com LOA aguda e progressiva Combinação medicamentosa oral Medicamento parenteral Sem risco iminente de morte Com risco iminente de morte Acompanhamento ambulatorial precoce (7 dias) Internação em UTI Aneurisma de aorta, IC descompensada, AIT/AVCi, DAC, glomerulonefrite aguda, pré-eclâmpsia, tontura Dissecção de aorta, edema agudo de pulmão, AVCi/AVCh, SCA, insuficiência renal aguda, eclâmpsia, encefalopatia hipertensiva 2 Urgência: Importante tratar a causa de base do aumento da PA Ambiente calmo Afastar pseudocrise – Repouso, analgésico ou ansiolíticos Captopril Clonidina Beta-bloqueador Proscrito nifedipino Metas: Emergência: Suporte + tratamento de acordo com a emergência hipertensiva Cerebrovasculares: Encefalopatia hipertensiva Hemorragia intracerebral Hemorragia subaracnoide AVCi/h Cardiovasculares: Dissecção aguda da aorta Edema agudo do pulmão com insuficiência de VE Infarto agudo do miocárdio Angina instável Renais: Lesão renal aguda rapidamente progressiva Crises adrenérgicas graves: Crise do feocromocitoma Dose exagerada de drogas ilícitas – cocaína, crack, LSD Hipertensão na gestação: Eclâmpsia Pré-eclâmpsia grave Síndrome HELLP – Hemólise, enzimas hepáticas e plaquetopenia Hipertensão grave em final de gestação Investigação clínica Metas – Urgência: Reduzir PA 25% na 1ª hora ou mais Reduzir PA para 160/110mmHg em 2-6h PA 135/85 mmHg 24-48h 3 Gerais – ansiedade, dor, dieta, comorbidades, uso de anti-hipertensivos, álcool e outros fármacos Cardiovascular – Dor ou desconforto no tórax, abdome ou dorso, dispneia, fadiga, tosse, frequência e ritmo cardíaco, sopros cardíacos e vasculares, estase de jugular, congestão pulmonar, abdominal e periférica o ECG, saturação de O2 raio X de tórax, eco, marcadores de necrose, hemograma, LDH, angiotomografia, RNM Neurológica – Tontura, cefaleia, alteração de visão, audição ou fala, nível de consciência ou coma, agitação, delírio ou desorientação, déficits focais, rigidez de nuca, convulsão o TC, RNM, punção lombar Renal e genitourinária – Alterações no volume ou frequência miccional, aspecto da urina, hematúria, edema, desidratação, massas e sopros abdominais o Sumário de urina, ureia, creatinina, NA, K, Cl, gasometria Fundoscopia: Papiledema, hemorragias, exsudatos, alterações nos vasos – Cruzamentos arteriovenosos patológicos, espessamento na parede arterial, aspecto em fio de prata ou cobre Medicamentos na crise hipertensiva: 1. Tratamento da Síndrome Coronariana Aguda associada à hipertensão arterial AAS 300mg Beta bloqueador (se não houver contraindicações) Nitroglicerina (contraindicado no IAM de VD) Morfina 2 a 4 mg a cada 5 a 10 minutos ECG seriado 2. Dissecção Aguda de Aorta: Tipo A: Indivíduos com anormalidade do colágeno (Síndrome de Marfan) o Dissecção acima do arco aórtico o Tratamento cirúrgico Tipo B: o Indivíduos hipertensos de longa data o Dissecção distal 4 o Tratamento em sua grande maioria clínico Dissecção Aguda = Controle da dor, controle da PA, avaliação clínica, exames laboratoriais, exames de imagens Suporte ventilatório e hemodinâmico, oxigênio, avaliação cirúrgica de urgência ECG, raio X de tórax – Todos Paciente estável – TC multidetector ou RNM ou angiografia Paciente instável – Ecocardiografia na sala de emergência 3. Acidente Vascular Cerebral: 5 4. Edema Agudo Hipertensivo: Associado à descompensação da ICC Paciente dispneico, ansioso e sudoreico. Disfunção predominantemente diastólica. Início de VNI precocemente. Nitrato 5mg SL de 5 em 5min Furosemida 20 a 40mg IV Morfina 3 a 4mg IV Considerar infusão de nitroglicerina 5. Encefalopatia Hipertensiva: Letargia, confusão, cefaleia, distúrbios visuais e convulsões. Hipertensão não tratada ou subtratada. Associada à insuficiência renal, terapia imunossupressora, por, eclâmpsia. Exame de fundo de olho é obrigatório. Melhora com controle pressórico. Medicação de escolha no Brasil é nitroprussiato (efeito vasodilatador). Esmolol, labetalol e nicardipina tem melhor efeito. Em caso de convulsões, fenitoína 15 a 20 mg/kg. 6. Insuficiência Renal Aguda: Astenia, mal estar, perda de peso. Associa sinais e sintomas relacionados a outros órgãos alvos. Proteinúria não nefrótica a insuficiência renal franca. Medicamento de escolha nitrorussiato de sódio. Redução na primeira hora de 20 a 25% do valor total da pressão inicial. 7. Eclâmpsia: Proteinúria e hipertensão após 20 semanas de gestação até 6 semanas pós parto. Associado à convulsões. Medicação de escolha é hidralazina venosa. Nitroprussiato apenas após 36 semanas de gestação, em vigência de parto, quando não há controle adequado com hidralazina. Uso concomitante de sulfato de magnésio para evitar convulsão Na convulsão é uitilizado o diazepam 6 Metas Pressóricas:
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